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História My Antichrist (HIATUS) - Sangue e Dor


Escrita por: van_wolfe

Notas do Autor


OI, gente, é o seguinte. A partir do Capitulo 20 começa a segunda fase, provavelmente.

Capítulo 17 - Sangue e Dor


P.O.V's Jason

Enquanto Jason ainda olhava o pergaminho desenrolado a sua frente, as parede do castelo tremeram, aquilo não era comum, ele enrolou novamente o pergaminha e deixando a arca aberta, ele correu pro corredor, depois pras escadas e quando conseguiu abrir a porta se viu novamente na escuridão do céu nublado, mas era mais iluminado que o quarto do segundo andar. Ele levou o pergaminho pro quarto e o trancou numa gaveta, mas de qualquer forma ele ainda estava assustado pelo tremor e pelo desenho no papel, oque seria capaz de fazer um castelo de pedra firme tremer? Ele foi até a varanda, alguns poucos pingos de chuva cairam sobre ele, os olhos azuis vistoraram até onde puderam do reino. Então achou uma coisa estranha, bastante na verdade. No meio do campo algo havia queimado, mas não tinha raios caindo, o formato tambem não conhecidia a algum que um raio faria, provavelmente estaria pegando fogo ainda, mas a grama havia queimado e formavam o formado de asas. 

Jason começava a achar que estava enlouquecendo, aqueles meninos não podiam ser Percy e Nico, e aquela marca só podia está errada, de alguma forma errada. Ele parou respirando fundo, então ouviu a porta do quarto abrir, ele se virou e Piper entrava. 

-Ouviu isso? -ele perguntou. 

-Ouvi, tudo se mexeu. 

-O que acha que foi?

-Apenas um terremoto, nada demais. 

-Piper, acha que posso ficar louco? -ele perguntou entrando novamente no quarto. 

-Por que? 

-Me diga oque ver com aquela marca. -ela passou por ele e foi na varanda, ele a viu puxar muito e dizer. 

-Vejo asas. 

-Asas, Piper, asas. Como um raio faria asas? 

-Tem outras formas estranhas que raios fazem, não é por isso que irá ficar louco. -ele não queria mostrar o pergaminho, não sabia oque aquilo ainda significava, nem se poderia ser real, Percy alias não tinha... asas. 

-Não, mas talvez por outras coisas. Piper... -ele disse ainda preso no pensamento. -Pode me deixar sozinho?

-Claro. -ela disse franzindo a testa e saindo do quarto. 

Quando anunciaram o casamento do pai de Nico, os olhos dele ficaram negros. Jason viu de perto e tinha certeza que aquilo, oque quer que seja, parecia querer lhe tomar o olho todo, eram como pequenas veias que se moviam do canto dos olhos dele indo em direção a iris e depois talvez ao todo. Jason estava ficando chocado com os pensamentos, ele lembrava perfeitamente disso e sabia que não havia sido coisa da sua cabeça. Ele passou as mãos pelos cabelos e soltou todo o ar que prendia. Agora vinha Percy, não havia nada sobre ele que lhe constatasse asas, não até agora. Jason quando criança normalmente ia a igreja com a mãe e a irmã, que era meio obrigada. Ele acreditava em Deus e no Diabo, mas se aquela imagem estivesse falando sobre isso. Ele estaria do lado do Demonio, com Nico. Mas como Percy seria o anjo dessa estoria se havia sido tão idiota e tão... "impuro"? 

Jason riu pensando que realmente estava levando aquilo a serio, mas a preocupação dele interior mentia o riso. A duvida ainda o corroia, ele então abriu o armario e pegou um crucifixo de ouro que a mãe havia lhe dado antes de morrer, o pos no pescoço e saiu do quarto.

Correu pelos corredores até o quarto de Percy, bateu na porta e ninguem atendeu. Ele então desistiu e foi voltando pro proprio quarto se achando idiota, oque perguntaria? "Licença, posso ver se tem asas nas suas costas?" estava ficando louco.

Então viu que na sua direção vinha Nico com o cenho franzido, ele perguntou:

-O que está fazendo aqui?

-Vim falar com o Percy. -os olhos de Jason estavam fixos nos de Nico. 

-Está tudo bem? 

-Tudo. 

-Ótimo. -Jason não soube porque havia feito aquilo, talvez apenas quisesse, o puxou pela nuca e o beijou, mas então Nico se afastou chiando, ele arfou e pos a mão no pescoço, Jason notou espantado que o crucifixo fazia descer uma gota de sangue pela camisa preta. Olhou pra Nico que tirou a mão do pescoço e mostrou a cruz em carne viva que havia ficado ali. 

 

P.O.V's Percy

Lelahel foi andando calmamente de volta para a caverna do lago do inferno. Percy tinha as asas contraidas, pelo tamanho ele achava que eram muito pesadas, mas a conclusão foi tirada errado, eram muito leves pra ele, apesar de voar até a caverna ser uma opção mais facil, ele ainda não estava pronto. 

Eles entraram no escuro da caverna, mas agora simbolos dourados brilhavam nas paredes, Percy observava cada um, então ele disse pensando alto:

-Enoquiano. -ouviu Lelahel rir. 

-Exatamente, consegue entender? 

-Alguma coisa sobre os mortos, sobre suas almas. 

-Tente ler uma das frases inteiras. -Percy parou, olhou e analisou todas as letras. 

-"Onde os mortos caminham para a luz."

-O lago que o Malcolm entrou o levou para o Paraiso. 

-Pensei que quando o anjo subiu com ele, ele já havia ido. 

-Não, Hazel só o trouxe para cá. -eles chegaram então ao grande espaço circular o lago começou a se mexer mesmo não tendo vento ou nada. -A luz só aparece quando um morto realmente merece subir. 

-E quando tem que descer? 

-A agua os afunda, Malcolm entrou na agua e calmamente mergulhou, se houvesse de descer, a luz apagaria e ele seria violentamente abaixado pela agua. 

-O lago o engole. -era uma das frases que havia conseguido ler. 

-Sim. 

-O que acontece se um anjo entrar? 

-Descubra. -ela continuava a olhar fixamente pra agua, ele franziu a testa e fez oque ela disse, tirou os sapatos e foi andando até a agua, assim que tocou o pé nela não sentiu como normalmente sentia os braços as veias dos braços queimarem, foi o corpo todo, como se sentisse o poder em cada parte dele. Ele foi entrando mais na agua e quando essa tocou até o meio de suas costas onde as asas rasgavam para sair sentiu arder quente como por a mão no fogo. -Aguente a dor. -disse Lelahel. -Faz parte. 

Ele aguentou, sentindo o gosto de sangue por ter cortado o labio. Ele olhou pra cima, arfou e arqueou sentindo a testa na agua. Parecia está sendo puxado pra cima, pro céu. Palavras se formavam pelos labios dele, ele sabia que era em enoquiano, mas não entendia nem um pouco oque dizia, então a pressão que o puxava passou, a dor das asas queimando nos cortes passou, ele se perguntava se não havia sofrido demais por um dia. Olhou pra Lelahel e ela o mostou um espelho e ele viu que não eram só suas iris que agora estavam douradas, os olhos dele os dois brilhavam completamente. 

-Pode sair. -ela disse, Percy saiu com as roupas pesadas de agua, Lelahel segurou o braço dele e fez uma corte com uma faca o assustando, mas logo se surpreendendo com o dourado que saiu do lugar do seu sangue. 

-Vai ser assim pra sempre?

-Vai, é um anjo. 

 

P.O.V's Nico 

Quando Nico tirou as mãos do ferimento no pescoço olhou pras proprias mãos e as escondeu, Jason parecia vidrado, sem saber oque fazer. Nico se virou e saiu correndo pro quarto, chegando lá foi direto para o banheiro, assim que jogou agua encima sentiu como se cortasse mais, ele olhou pras maos que tremiam muito.

Nelas estavam seu sangue, o sangue negro e sujo dos demonios. Ele lavou as mãos rapido, pegou uma toalha e pressionou encima. Ele se olhou no espelho e viu os olhos negros tomando conta, então num ato de pura raiva ele socou o espelho, mas acabou se cortando tambem, mais sangue negro. 

Jason entrou no quarto e Nico fechou a porta do banheiro com a chave. 

-Nico, abra a porta!

-Não, pode deixar. 

-O que foi aquilo? 

-Não sei... apenas me deixa. 

-Está sangrando? 

-Eu estou bem, Jason. 

-Não foi isso que perguntei. 

-Não está sangrando. -ele mentiu, ficou tudo em silencio, então a porta fechou.

Mas Nico sabia que ele ainda estava ali, apenas sentia isso. Não entendia como isso funcionava, então apenas gritou:

-Serio, Jason, sai. 

-Eu só quero ver como está. 

-Mais tarde, quando estiver melhor. 

-Então está ruim? 

-Não. -ele suspirou. -Olha, não está bom, mas dá pra sobreviver, certo? 

-Qualquer coisa grite. 

-Pode deixar. -Quando novamente a porta abriu e fechou Nico soube que estava só, tirou a toalha e sentiu a dor da marca da cruz no pescoço, os dedos tambem sangravam preto, ele passou agua por cima e tambem apertou com a toalha.

Quando os dois pararam de sangrar ele enfaixou os dedos com o quite de primeiros socorros. Depois saiu do banheiro, lá fora a chuva caia grossa e o barulho dos trovões deixava tudo mais desagradavel. Então as lamparinas apagaram e Nico viu na fraca luz a silhueta do um homem na porta da varanda:

-Machucado por um humano? -disse rindo.

-Por um crucifixo, não por ele. 

-Ele usava um crucifixo.

-Pare de o culpar. 

-Ah -fez o demonio se jogando na cama de Nico ainda no escuro. -O jovem Anti-Cristo está apaixonado. 

-Na verdade nao tanto. 

-Seu outro alvo é o outro primo, certo? 

-Não o chame de alvo. 

-Me confunde com sentimentos humanos, não os entendo. 

-No inicio tambem me confundia, mas agora faz sentido, é tudo ilusão, ou eles se iludem sozinhos ou acompanhados e pro resto da vida. 

-Ainda não entendo, não tente. 

-E desde quando me chama de Anti-Cristo? Até agora só fui chamado de Anjo-Demonio. -disse Nico andando até a porta de vidro da janela.

-Desde que é isso que você é. 

-E por que sempre desliga as luzes? 

-Parece que o seu eu humano toma conta da luz, fica normal no escuro. -Nico riu e ouviu o menino se levantar e ir até sua frente. -Estamos ficando preocupados. 

-Não vou morrer, não agora. 

-Não sabemos quem é o Soldado Celeste, pode ser qualquer um, até o seu namoradinho. 

-Ciumes Gadrel? -ele riu e negou com a cabeça, logo depois olhando pro lado de fora. 

-É muito gentil de sua parte se importar com oque sinto, mas não mude de assunto. -Nico revirou os olhos e soltou o ar.

-Não é o Jason, eu saberia. 

-Ele pode está a um passo de você e se ele lhe matar... -Nico estava olhando lá pra fora como se não se importasse com oque ele dizia, Gadrel segurou com força a mandibula dele e o virou pra ele com raiva. -Se ele lhe matar acabam os nossos planos, já se esqueceu do seu papel nisso? 

-Claro que não. -respondeu afastando a mão do demonio. -Eu sei muito bem oque fazer. 

-Eu estou aqui para o ajudar, não fique me ignorando, eu ajudei o seu pai. 

-O Armagedom é meu, Gadrel. O começo como eu quiser. 

-Primeiro derrube o Soldado. 

-Claro. 

-Nem é tão ruim usar o corpo dos humanos. 

-Vai ficar por aqui então? 

-É, seu primo Will vai enfraquecendo aos poucos e não tenta lutar tanto. É até legal. 

-Ele não é meu primo. 

-O primo do seu corpo, tanto faz. 


Notas Finais


E ai? Comentem <3


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