História My Baby - Tom Riddle - Décimo

Angel havia voltado para o seu dormitório, ela havia imaginado um dia divertido ao menos dez vezes durante esse dia, a pequena segurava os seus livros molhados, assim como a sua roupa estava encharcada.

Ela queria gritar de dor, não dor física, de dor emocional, ela não entendia, ela sorria, ela dividia seus docinhos, ela cumprimentava e oferecia sua ajuda.

Por que a chamavam de doente o tempo todo?

Ela enfim chega ao seu dormitório, derrotada, seu corpo tremendo por inteiro.

Druella estava andando de um lado para o outro com Walburga ao seu lado, a dizendo algo.

- EU NÃO QUERO SEUS BEIJOS AGORA, QUE INFERNO, ME DEIXE EM PAZ - A loira grita para a morena, que dá passos para trás, entretanto, a porta se abre revelando a pequena Angel, que segurava livros e mais livros que pingavam água no carpete do dormitório - eí, ei bebezinha, o que houve? Fale comigo, sim? - Druella se humilhava sobre o olhar de Walburga que entendera o porquê do apego da família Rosier...era como se "ela", Angel, fosse como um ponto de sanidade que insanamente os faziam dependentes, por isso as pilhas de cartas dos pais das duas garotas, todas desesperadamente pedindo para mandarem qualquer sinal de que Angel estava bem...o pai de Angel, ele era o que mandava cartas à todo tempo...eles estavam desesperados por notícias e Druella não mandava uma sequer...Druella não mentia para os pais, logo eles saberiam se elas não estivessem bem.

- Angel, por favor, querida, o que houve com os seus livrinhos e com o seu joelhinho? - Druella a vê chorando desolada derrubando seus livros no chão e indo para sua cama, onde havia pegado sua chupeta...ela estava molhada, ela havia voltado a usar fraldas, ela não se sentia bem para se lembrar de ir ao banheiro, ela evitava ir para qualquer cômodo da escola em que pudesse ser vista com muito atenção - Por favor, minha fofinha, conte quem fez isto com você, eu imploro, Angel - Druella estava ajoelhada ao lado da figura feminina encolhida na cama com a chupeta na boca e segurando a pelúcia nas mãos.

Após quinze minutos de insistência, Angel estava com os olhos fechados, soluçando pelo choro enquanto continuava a chupar sua chupeta, e Druella enfim se levantou, ela secou cuidadosamente cada um dos livros, os restaurando como novos novamente, ela sentia tanto...ela havia imaginado...imaginado que Angel seria amada, muito amada...mas, Ele mandou que todos se afastassem dela...nenhum sonserino poderia se aproximar, nenhum deles sequer a encaravam, ela estava cansada daquilo.

Druella não entendia o porquê daquela obsessão estranha pela sua irmã...Riddle, nunca havia feito algo assim.

Duas batidas são dadas na porta de seu dormitório, Walburga já havia saído do recinto, ela não aguentou ver Druella naquele estado...ela não sentia por Angel, ela sentia por Druella e fora exatamente por isso que ela e a loira haviam brigado naquela tarde.

A loira abre a porta dando de cara com Evan, ele parecia tão abatido quanto ela, eles sabiam que aquilo tinha uma parcela de culpa deles.

- O que houve? Você falou com ele? - Druella indaga ao fechar a porta do dormitório assim que seu irmão adentra ao cômodo.

- Sim - fora tudo o que Evan a respondeu, ele balança sua varinha e as coisas de Angi que ainda restavam no dormitório vão para as mãos do loiro.

- O que está fazendo? Onde estão as coisas dela? - Druella enfim abre o armário vendo tudo vazio - o que...o que está havendo, Rosier? - Druella questiona.

- Venha, Angi, acorde, querida - Evan a acorda.

- Por que está a acordando...para onde você vai levá-la, Evan? - Druella segura o braço de seu gêmeo.

- Ele propôs a segurança dela, e eu não pude negar...ela vai dormir nos aposentos dele...foi o acordo - Evan diz ao vê-la levantar e o encarar com seus lindos olhos azuis.

- O que? Não, eu não permito, não...eu vou falar com o papai - Druella chorava pegando um pergaminho em suas mãos.

- Não vai, sabe que não pode - Evan responde ao pegar a mão de Angel que não entende o que estava acontecendo.

- Você...céus - Druella se levanta vendo Evan levando Angel pela mão para fora do dormitório.

Evan não dizia nada no caminho e Angel não estava completamente acordada, apenas seguindo seu irmão em silêncio.

Eles param em frente à uma porta no alto de uma escada e o Rosier sorri fraco para Angel que nada compreende, até que a porta se abre Evan a pede para entrar e assim Angel entra esperando que seu irmão também adentre o recinto, mas, a porta é inesperadamente fechada, Angel se vê sozinha naquela pequena comunal.

Ela enfim entende...eles estavam se livrando dela.

[...]

- Ella, você não pode ficar assim, ele vai protege-la, é o melhor para a sua irmã e você está fazendo esse show à toa - Walburga dizia estressada enquanto os três estavam presentes no dormitório das duas garotas, Órion também estava alí.

 - CALE A BOCA - Druella grita com a morena - EU...ODEIO VOCÊS - ela pausa irritada - são egoístas, só se importam com vocês mesmos, ela é a porra da minha irmã, eu a amo com a minha vida, mas, não acho que saibam o que isso significa, vocês nem ao menos se amam e me tratam como a porra do cachorrinho de estimação de vocês...eu odeio estar com vocês e quero que vão se foder, seus fodido ordinários, vão achar outra cadela pessoal para vocês se esfregarem já que não se suportam o suficiente para fazerem isso como um casal - Druella derramava suas palavras com amargor - Eu repudio vocês e espero que fiquem o mais longe possível de mim e da minha família - a loira saí de seu dormitório indo para a Torre do Relógio, era o seu refúgio.

Druella chorava, chorava por não poder fazer nada pela sua irmã e chorava por ter se deixado ser usada por tanto tempo.

- Ei, bela dama...será que poderia chorar mais baixo, estou tentando desenha-la - uma voz aveludada e baixa soa na parte mais afastada da torre e Druella levanta seu rosto assustada...encontrando um garoto com quem nunca havia falado em toda a sua vida escolar, o irmão de Walburga... o belíssimo e silencioso Cygnus Black.