{Um mês depois}
{Reita pov's on}
-Chibi,tem certeza que você vai fazer isso?-Perguntei,olhando atentamente a "arte" que Ruki estava fazendo na cozinha do Takashima.
-Absoluta.Olha pelo lado bom,Akira,não vai ser uma vingança ruim,vai ter um lado... bom -Me fitou com o típico sorriso de quem acabou de aprontar.
-Chibi...-Eu tentava fazer com que ele parasse com aquilo de alguma forma,,mas todas eram impossíveis.
-Reita,você não confia em mim,né?-Desmanchou o sorriso e se virou,cruzando os braços na frente do peito.
-Não é isso,Ruki.Eu só acho que isso pode dar alguma coisa errada e eles acabarem não...-Uruha acabara de adentrar a cozinha.
-Olá,gente...O que estão fazendo aqui?-Uruha se aproximou e encarou a caneca nas mãos do Ruki,logo ele a estendeu e Uruha a pegou,achando estranho aquela ação vinda do meu chibi.
-É macumba?-Uruha tentou sentir algum cheiro estranho.
-Não -Acabei rindo,sendo acompanhado por Takanori.
-Pode beber,Kou,não tem nada de ruim aí -Ruki tocou o ombro de Uruha de leve,fazendo este se sentir mais aliviado e bebericar o chá quente.
-Delícia...Obrigado,Takanori -Uruha deu um sorriso infantil e inocente.Mal sabia ele o que poderia acontecer com ele...
-Nani mo -Ruki deu um sorriso falso e se virou para mim,dessa vez com um sorriso diabólico.
-Chibi-chan,sua barriga é uma fofura -Uruha se aproximou e acariciou a barriga de três meses de Ruki.
Uruha,se cuide...
-Eu sei,Kou-chan...Logo,logo eu terei meus bebês aqui comigo –Ruki olhou para o teto com um sorriso bobo no rosto.
-Eu também queria ter... –Nessa hora,Ruki abriu um sorriso enorme e mais diabólico ainda.
-Um dia você terá,Uruha.Acredite... –Aquele Takanori sabia fingir muito bem,poderia até ser ator.
-Etto...Onde Aoi está? –Perguntei,tentando mudar de assunto.
-Aoi ainda não chegou do trabalho.Estava cheio de serviço hoje e me ligou dizendo que chegaria mais tarde –Uruha tomou mais um gole daquele chá.
A cada golada que ele dava,eu sentia que eu ficava cada vez mais suado.
-Aki-chan,acho melhor nós irmos.Estou cansado –Ruki fingiu bocejar.
-T-Tudo bem –Acabei gaguejando.
-Eu levo vocês até a porta –Uruha se ofereceu.Assentimos e fomos até à porta,acompanhados por Uruha.
{Já em casa}
-Ruki,eu ainda não acredito que você fez aquilo com o coitado –Me joguei no sofá e fiquei observando o pequeno tirar seu casaco e colocá-lo sobre o braço do sofá.
-Eu só quis dar uma ajudinha à ele,já que ele me fez ficar assim... –Ruki apontou para sua própria barriga.
-Mas isso foi uma coisa boa que aconteceu,não é? –Comecei a ficar preocupado com o jeito que ele falava e apontava para a barriga.
-Claro que foi.Nunca poderia ser tão grato à Kouyou...Mas acabei agradecendo ele do mesmo jeito que ele fez comigo... –Novamente ele esbanjou aquele sorriso nada santo.
Dei risada de seu sorriso e me ajeitei no sofá,abrindo os braços para ele pedindo para que ele se aproximasse.Ele se aproximou,se deitou em cima do meu corpo e me abraçou,pousando sua cabeça sobre meu peito.
Comecei a acariciar seus cabelos macios,vendo que este estava quase dormindo com as minhas carícias.
{Um mês depois}
-TAKANORI,ABRA ESSA PORTA AGORA! –Uruha gritava do outro lado da porta.
Ruki estava tomando banho e como eu estava na sala tive de abri-la.
-Kouyou,o quê que... –O mesmo me interrompeu e adentrou a casa sem nenhuma permissão.
-ONDE AQUELE BAIXINHO FILHO DE UMA PUTA ESTÁ?! –Dava para ver que ele não estava nada contente com seu amigo.
-Ele está no banho,mas qual o... –Fui interrompido novamente.
-Ótimo! –Abaixou um pouco o tom de voz e seguiu para o banheiro do quarto que eu dividia com Ruki.
Olhei para trás e pude ver Aoi com os ombros encolhidos e olhando para o chão.Me aproximei dele e coloquei minha mão sobre um de seus ombros,fazendo com que ele se assustasse e me olhasse com os olhos um tanto arregalados.
-Calma...O que aconteceu para o Kouyou estar desse jeito? –Vi Aoi suspirar pesado e olhar para seus pés novamente,antes de me fitar de novo.
-Longa história...
-Senta lá e me conta –Indiquei o sofá com uma das mãos,vendo ele ir se sentar.O segui e me sentei do seu lado.
Não precisei falar nada e ele logo começou a se pronunciar.
-Começou tudo ontem...
{Ruki pov’s on}
-RUKI,ABRE ESSA MALDITA DESSA PORTA AGORA! –Pronto,não posso nem tomar mais banho em paz.
Me enrolei na toalha e abri a porta mesmo que contra a minha vontade.
-Fala,Takashima –Bufei,irritado e fui indo para o quarto,sendo seguido por ele.
-Olha o que você fez comigo... –Ele parecia um pouco mais calmo,pois seu tom de voz ficou mais baixo.
-O quê que eu fiz para você,pato? –Fui em direção ao guarda-roupa,pegando uma roupa qualquer para ficar em casa.
-Toma –Me virei para ver o que ele queria que eu pegasse e me deparei com uns papéis em sua mão.
Não hesitei em pegá-lo e logo comecei a ler aquelas palavras.
A cada palavra que eu lia eu arregalava ainda mais os olhos.
-Kouyou! –Acho que nessa hora eu gritei de tão surpreso eu fiquei.
Foi aí que tudo começou a passar pela minha cabeça.
O chá...
Busquei Uruha com os olhos e vi que este estava sentado na beirada da minha cama com as mãos cobrindo os rosto e chorando.
Senti uma pontada no coração ao ver meu melhor amigo daquele jeito.Me aproximei e tirei suas mãos que cobriam seu rosto.
-E-Eu vou ter um filho,Chibi –Ele soluçou e começou a chorar ainda mais.Me sentei ao seu lado na cama e o abracei.
Senti ele me abraçar forte e esconder seu rosto em meu pescoço,começando a soluçar ainda mais.
Comecei a afagar seus cabelos até que Reita e Aoi entraram no quarto.
Levantei o dedo indicador na frente dos lábios indicando que fizessem silêncio.
Eles se aproximaram lentamente e se sentaram na cama.Aoi do outro lado de Uruha e Reita ao meu lado.
Levou um certo tempo até que Uruha parasse de chorar um pouco para eu começar a falar.
-Kou-chan,isso é tão ruim? –Eu continuava afagando os cabelos do loiro,vendo este levantar o rosto devagar e me olhar com um olhar triste.
-E-Eu...Não sei...-Olhou para algum canto daquele quarto.
-Não era o que você queria? –Perguntei,novamente.
-S-Sim,eu sempre quis isso –Ele gaguejou.
Acho que ele ainda não percebeu que Reita e Aoi estavam lá conosco,pois ele falava calmo e olhava somente para mim,como se estivéssemos sozinhos naquele quarto.
-E qual o motivo do choro? –Acariciei seu rosto e sequei algumas lágrimas.
-Eu não sei se... se Aoi vai aceitar... –Com certeza ele não tinha percebido a presença dos outros dois seres naquele quarto.
-Por que não pergunta à ele? –Ajeitei alguns fios de seu cabelo que insistiam em cair em seu rosto.
-Porque...Eu tenho medo da resposta... –Ele deixou mais algumas lágrimas escorrerem por seu rosto.
-E por qual motivo eu não iria aceitar um filho? –Aoi se pronunciou,quebrando aquela conversa entre eu e Takashima.
Uruha se virou assustado para onde Aoi estava sentado e começou a esfregar as mãos,nervoso.
-Porque... –Uruha não sabia o que falava.
-Uruha,eu te amo.Sempre te amei.Agora,nós vamos ter um filho! –Aoi abriu um sorriso que confortou até a mim.
Uruha voltou a chorar e dessa vez abraçou Aoi,que depositou vários beijos pelo seu rosto parando só em seus lábios.
Me virei e olhei para Reita,que observava a cena quieto.Sorri e peguei uma de duas mãos,entrelaçando nossos dedos.
Ele me fitou e sorriu,passando a mão livre em meu rosto.
-Obrigado,Takanori –Me virei para Kouyou,que sorria assim como Aoi.
-Não precisam me agradecer –Sorri de volta.
-Etto...Isso foi como uma...Vingança? –Aoi questionou.
-Hai –Acabei rindo.
-Uma bela vingança –Uruha riu também.
-Uma vingança que se toma na mamadeira,troca as fraldas,não te deixa dormir de noite... –Reita começou a numerar as coisas,nos fazendo rir ainda mais.
-Para,Reita!Eles nem nasceram ainda! –Dei um tapa leve em seu ombro.
-Mas tudo isso é verdade que eu sei –Ele levantou as mãos para o alto,como forma de defesa.
-Sim,tudo isso é verdade! –Aoi concordou,rindo.
{Mais tarde}
-Tudo resolvido –Fechei a porta atrás de mim e fui para a sala,onde Reita estava assistindo.
-Sim,ninguém está com raiva de ninguém –Ele sorriu,e pediu para que eu e sentasse ao seu lado.
Obedeci e me sentei.
-Daqui em diante,vai ser só alegria nas nossas famílias –Me debrucei um pouco para alcançar seus lábios e depositar um leve selar.
-Com certeza –Ele sorriu e me segurou em seus braços fortes,para depois aprofundar mais o beijo.
-Aproveitar? –Sorri,malicioso.
-Só se for agora –Ele devolveu o sorriso e me beijou novamente,antes de me pegar no colo e ir em direção ao quarto.
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