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História My bad boy - Sensações.


Escrita por: Milk25

Notas do Autor


Aqui, mais um cap.
( nem sei se esta muito bom.. se sintam a vontade para comentar) bjs.
Desculpe qualquer erro!

Capítulo 4 - Sensações.


Fanfic / Fanfiction My bad boy - Sensações.

(RAMON)


Abro lentamente os olhos, tento enxergar alguma coisa em meio a escuridão que reinava no local, passo o braço pela cama, e percebo que ainda estava quente, porém vazia.

Escuto um grito, que me desperta. Era a voz daquele garoto, aparentemente desesperado.

Levanto aos tropeços, será que assaltaram a casa? Sequestradores? Assassino!? Corro depressa,  procurando de onde vinham os barulhos.

Me deparo com uma cena da qual não estava preparado, tinha um homem praticamente em cima de Jake, tentando tirar sua roupa, enquanto o pequen se debatia, mas o cara só se aproveitava para se esfregar mais ainda. As mãos do homem filho da puta passeavam pela pele se Jake, em lugares...

Meu sangue  ferve. Não penso duas vezes, começo a andar até lá, sentindo meu coração bater mais forte a  cada passo, pego o desgraçado pela blusa e jogo o mais longe que consigo, escuto o barulho do impacto do mesmo na parede, me viro para Jake que estava no canto assustado, seus olhos brilhavam no escuro, talvez estivesse chorando, sinto vontade de consola-lo. Eu posso.  Mas não consigo.

- Você está bem? - Pergunto.

- N-Não sei... - Ele diz, abaixando o rosto e cobrindo com as mãos. 

Chego perto do cara que ainda estava sentado no chão, me olhando assustado, ele estava bêbado do tipo que não deve lembrar nem do próprio nome. De repente ele levanta e cambaleia em minha direção. Tenta me acertar um soco, desvio com facilidade. Seguro seu braço virando para trás, impedindo seus movimentos agressivos.

- Me larga! - Grita tentando se soltar. - Quem é ele!? - Pergunta se virando para Jake que continuava imóvel no canto.

- Sou o cara que vai te quebrar na porrada. Prazer, Ramon. Não sei quem você é, mas acho melhor sair daqui, e não tocar nele de novo. - Digo o intimidando. - Se não faço você se arrepender... - Ameaço em seu ouvido.

- Ramon...? Qu-que tu... ta fazendo aqui? Quem é você? - Perguntou desentendido.

- Ja falei quem eu sou! - Grito impaciente.  
 
Olho para frente, onde Jake se encontrava, esticando o braço para acender a luz.


*

*

*


- Você!? - Me assusto, ao perceber que conhecia esse cara. - Seu... nome é... Nial não é?

- Pe-pera. Vocês se conhecem? - Jake pergunta surpreso.

- Ele vende drogas na boate. - Digo sério. Sem entender a situação.

- Ele vende O QUÊ!?  - Grita um Jake exaltado.

- Drogas.

- Ah! E-eu não.. - Diz o outro se soltando por completo, me encarando com ódio.

- Não acredito nisso... - Jake fala irritado. Massageando as têmporas.

- Olhe. - Sussurro, fazendo com que o bêbado ridículo me olhasse. Fecho o punho com força, e dou um soco em cheio na sua face. Que agora ele cobria  com a mão, o nariz sangrando.

- Por que VOCÊ FEZ ISSO SEU ESCROTO!? - Pergunta vermelho como se fosse explodir.

- Por que!? PORQUE VOCÊ É UM FILHO DA PUTA QUE ESTÁ ARRUINANDO A BOATE DO MEU AMIGO COM ESSAS SUAS DROGAS! E AINDA TENTOU ABUSAR DELE! - Praticamente cuspo na sua cara abobada. - E ainda fica com essa cara lavada para mim!? Escute bem isso aqui... NÃO O TOQUE NUNCA MAIS SEU FILHO DA PUTA IMUNDO! - Berro apontando para Jake. A essa altura Nial estava encolhido no canto da parede.

Era gostoso ver caras como ele se encolherem assim diante dos outros. Caras egocêntricos, nojentos, que se achavam muito superiores. Por um acaso, talvez eu seja um desses caras...

Me recomponho devagar respirando com dificuldade. Não me lembro a última vez que gritei assim, mas esse cara merece mais que um soco.

Jake tem que tomar cuidado... esse homem é perigoso. Não agora, agora ele está "indefeso", mas ele tem amiguinhos que não são tão legais.

- Saia daqui. - Jake finalmente se manifesta. Ordena bravo saindo do canto, e indo para perto do outro, com um... rolo de macarrão!? Na mão de uma forma ameaçadora.

Levemente  me lembra Katlin, quando me tirou de casa me mandando sair "Para a puta que pariu", suas palavras soavam como se realmente fosse ela gritando em meu ouvido. Ela me mandou ir para a puta que pariu... e olha onde eu vim parar. Talvez eu tenha aparecido na hora certa.

- O que? - Nial pergunta novamente , como se não fizesse a menor idéia de que a maior possibilidade, era de que isso acontecesse.

- Saí! Sai daqui! Vá embora.  - Diz  Jake apontando para a porta agressivamente.

- Onde eu vou ficar? - Fala parecendo retomar mais a "sanidade" devido ao medo. - Você não..

- EU NÃO QUERO SABER! Sai daqui... - Grita agora com lágrimas nos olhos. Sua voz estava começando a falhar, enquanto gritava com o outro para ir embora, ou do contrário iria chamar a polícia. Quase batendo nele com o rolo de macarrão de madeira, se ele tentasse... eu com certeza não impediria.


          *

*

*


Demorou, mas depois de ameaças, tirei Nial da casa dele. Afinal... Jake já estava entrando em desespero.

Ignorei todas as ameaças e xingamentos dos quais tive que ouvir vindo de Nial. Fecho a porta, suspirando, logo o dia ia começar a clarear.

Me assusto ao ouvir barulhos de ambulâncias, caminhão de bombeiro ou polícia... penso em abrir a porta para espiar, mas tive receio do maluco estar aí fora a espreita. Suspiro desitindo.

- Pronto. - Digo me virando para Jake que estava imóvel. - Tudo bem? - Questiono tentando faze-lo olhar para mim. Ele não me parece nada bem. Quero fazer ele se sentir melhor, não sei como fazer isso com esse pequeno.. 

- Sim... - Responde depois de uns segundos me encarando. - Eu só não estou acreditando ainda...

- Vem - Puxo ele para o quarto. - Senta aqui... - E o direciono para a cama.
 -  Ele te machucou?  - Pergunto enquanto o mesmo, passa a mão pelo corpo. Percebo algumas partes avermelhadas em sua pele branca.

- Não. Estou bem. - Diz coçando os olhos. E de tristeza sua expressão se transforma em nojo. - Estou fedendo... nossa. Estou fedendo a ele, a alcool. - Já volto!

- Ok.

Jake se levanta rapidamente e corre para o banheiro, nunca vi alguém tão desesperado para tomar um banho. Encosta a porta, e em menos de uns segundos o barulho de água começa. Era quase cômico.

As coisas dele, inclusive ele... são tão limpas, e organizadas. Coisa que já é impossível para mim.

 Começo a caminhar pelo quarto, praticamente vazio, observo algumas fotos coladas na parede com fita adesiva, algumas com pessoas que nunca vi na vida. Outra com Nial... e outras imagens, que na verdade eram calendários de provas, e assuntos.

Me viro para sua mesa repleta de livros, e cadernos.
- Meu Deus.- Fico surpreso, esse menino não pode ler tanto assim.

De repente o barulho do chuveiro para, volto a me sentar na cama, esperando o outro voltar. Não quero que ele pense que estou fatucando suas coisas, mesmo que esteja realmente fazendo isso.
 
 - Ramon? - Grita do banheiro.

- Sim?

- Poderia me fazer um favor? Esqueci de pegar roupas... tem no meu armário, logo na primeira gaveta. - Fala meio baixo, com a porta encostada.

- Ahn... ok. - Levanto, abro a armário, milimetricamente organizado.  - Credo... Dá até agonia olhar isso aqui. - Resmungo, abro a gaveta, pego uma cueca, qualquer bermuda, e uma blusa.

Caminho até o banheiro abrindo a porta, onde ele estava colocando a toalha na cintura, saindo do box.

 - Que susto! - Exclama quase a derrubando. - Custa bater na porta? - Reclama.

Como resposta, jogo as roupas em cima dele.

- Aqui suas roupinhas. - Falo sarcástico.

- Aí! Porque fez isso? - Tira as roupas do rosto, colocando sobre o ombro, e fazendo a famosa pose, "mamãe brava", colocou a mão na cintura e me olhou irritado. De repente ele se vira para trás e pega um bolo de roupa.  - Aproveitando... vocé esqueceu isso aqui. - Disse jogando em cima de mim, e pelo fedor de alcool... suponho que sejam minhas roupas de antes.

-  Nossa, que caatinga da desgraça...  - Reclamo da roupa que tiro de cima de mim. Embolo o máximo que consigo e coloco em cima da pia.

- Porco. Ah! Faltou isso aqui. - Diz com a minha cueca no dedo mindinho.

Ele dá um passo para joga-la em mim, quando seu pé escorrega no pano de chão, fazendo sua perna deslizar, pulo para frente tentando impedir sua queda, quando ele puxa meu braço tentando se segurar, e me leva junto, caindo em cima de mim com tudo.

- Ngh... porra.- Gemo de dor, ao bater as costas no chão. 

Abro os olhos e fico encarando o outro sobre mim. - Eí pequeno Nerd. A sua toalha. - Digo.

- AH! Meu Deus! - Grita tentando cobrir o corpo exposto.  - Fecha os olhos, fecha! FECHA! - Grita esticando os braços e colocando a mão sobre meus olhos.

- Aí meu olho cacete! Você enfiou o dedo! - Reclamo os coçando. - Se acalme.- Digo  abrindo os olhos devagar com receio dele tentar me cegar novamente.

Jake estava com o rosto todo vermelho ainda me encarando, só que dessa vez, não fez nada mais, além de me observar. Fui de seu rosto para seu corpo, suas costas ainda meio molhadas com gotículas de água. E uma bunda... e que bunda! Toda empinada e... Meu Deus!

Imagens pervertidas voam em minha mente, me deixando desconcertado. Tudo isso que estava vendo, se encaixava perfeitamente, seu rosto vermelho, corpo sensual, posição... pera, que!? Pare Ramon.

O que diabos estou pensando!? No rosto e corpo sensual que ele tem, um menino... um homem? Eu só devo estar confuso demais. Não vou ficar excitado por causa de outra cara... vou? Não! Haha claro que não. Ou já estava...

- Pa-para de olhar! - Reclama com a  voz falha de vergonha, vira minha face para o outro lado. Sinto  o peso dele se esvair de cima de mim, não viro o rosto para frente, até ouvi-lo dizer:

- Pronto. - Já estava vestido, com as roupas que eu havia pego - Desculpa. Ter caído em você... e feito você ver isso tudo. - Pede, coçando a nuca envergonhado.

- Tudo bem. - Falo sem graça. - Isso tudo o que? - Pergunto sem entender direito, levanto do chão me apoiando na pia tão limpa, que não possuía nem um fio de cabelo.

- Meu corpo.

- Seu corpo? Ele é bonito. - Digo normalmente.  Pelo menos estou tentando ser simpático.... mesmo o corpo dele sendo tão bonitinho, mas, isso não importa cacete.

- Estou meio acima do peso... - Acrescenta triste.

- E que se foda. Umas dobrinhas não matam ninguém, além de serem bonitas. - Nunca tive problema com esse tipo de coisa. - E quem gosta de osso é cachorro, como minha vó dizia...  - Falo, observando ele ficar de boca aberta. E depois olhar para mim com um sorriso enorme. Se aproxima me abraçando. Seu perfume doce penetra meu nariz, deixando-me cada vez mais embaraçado. 

- Obrigado Ramon, por me ajudar com Nial. - Sussurra. Dou umas batidinhas "carinhosas" em suas costas, fico totalmente sem reação.

- De nada. - Me afasto devagar. Ele sorri mais uma vez e depois sai do banheiro, me deixando lá parado, enquanto um turbilhão de sensações me invadiam. 

O que é isso dentro de mim?

.

.

.


- Bom... cadê você? - Questiono o procurando pelo quarto.

- Aqui! - Responde, sigo sua voz, chegando na sala. Onde ele estava em pé, próximo a TV com o controle remoto na mão.

- O que você está fazendo? - Pergunto bocejando.

- Ligando a TV, o jornal das 5:30 vai começar, de que vai adiantar dormir se já vai amanhecer? - Explica sem tirar os olhos da tela.

- Sua lógica é terrível. - Digo surpreso, as vezes ele nem parece um adolescente. - Se tem uma cama ali, e não tenho nada para fazer, é só dormir. - Suspiro sentando no sofá.

Como ele consegue ficar assim? Ele nem pregou os olhos durante a noite pelo que posso ver. Mal o conheço mas na verdade, sinto o contrário. Como se Jake já fizesse parte da minha vida a muito tempo

- Pode ir dormir. - Diz sem ao menos me olhar.

- Certo... eu fico aqui, tudo bem. - Respondo me ajeitando no sofá.

- Finalmente, essa merda. - Resmunga baixo batendo o controle na mão. E o jornal começa.  Ele caminha e se senta do meu lado.

" Um acidente ocorreu na rua [...] Estamos aqui ao vivo, presenciando o trabalho dos bombeiros [...] Muitas pessoas foram feridas. Mas estão vendo entre os destroços se acham algum indivíduo vivo, ou ferido.

[...] Até agora nada... Não sobrou muita coisa na parte de dentro do local. Essa era uma casa de festas... Perdão, Boate muito frequentada [...] no Bairro do centro da cidade. [...] Nós daremos mais informações logo logo. Bom dia. [...] "



- Não pode ser. - Meu coração foi parar na garganta, não sabia o que fazer, nem o que pensar ao certo.

Olho para o lado. O outro encarava a TV espantado.

- Foi aqui pertinho... na Boate. - Sussurra baixo.


Marcos. Merda. um nó se forma em minha garganta. O desespero toma parte do meu corpo. Ele vai estar bem... ele vai estar bem, ele vai estar vivo.

Ele vai estar vivo.











Notas Finais


Obg, por ler!

Eu to terminando a segunda temporada de Stranger Things 😢 (último episódio) minha vida vai perder o sentido...😣 (Drama) Nem sei o que isso tem haver... mas esse é um dos motivos da demora para postar. Sorry, bjs, Até o próximo!


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