(Ramon)
- Ei... ei Ramon... - Uma voz fraca, baixa, e doce como mel, bem próxima ao meu ouvido chamava, e um hálito de chocolate muito bom, tudo isso muito perto, me fazia despertar aos poucos, tentando distinguir o que ainda era sonho e o que era real.
Dormi?
Lentamente abro os olhos, me sentia quente, e minha coluna latejava de dor.
- ARGH!!! - Exclamo assustado ao me deparar com um Jake que tinha a boca suja de chocolate, me encarando bem de perto, com seus grandes olhos castanhos me observando muito, muito perto. - Que porra você está fazendo!? - Questiono tentando me recuperar do susto repentino.
- Você sabe que horas são? - Pergunta sem tirar os olhos dos meus. E não, eu não fazia a menor idéia de que horas eram, e nem ligava na verdade, só me lembrava de ter deitado no sofá... e aqui estou. - Está de noite fofo. - Ele me chamou de fofo!?
- E o quê que tem? - Pergunto sem entender o motivo do nanico ter me acordado dessa forma.
- Você dormiu aí, todo torto e desconfortável. - Explicou. - A tarde toda. - Acrescentou. - E não comeu nada.
- Ah... entendi... Grandes merdas. - Arfo de dor ao sentar, agora podia entender o motivo da minha coluna latejar. Me sinto como um velho.
- Aí! - Exclamo quando ele coloca a mão nas minhas costas, e começa a movimenta-las. Não me movo, aquilo me deixava desconfortável, mas aos poucos foi ficando cada vez melhor. E quando dei conta ele já estava sentado bem próximo com as duas mãos massageando minhas costas, e estava muito bom.
- Caralho... não sabia que você era massagista. - Debocho virando para encara-lo.
- E Não sou. - Ele sorri fraco,e me olha também. Abaixo o olhar, e me deparo com sua boca, estico a mão para seu rosto, e passo o polegar delicadamente pelo canto da mesma, entreaberta, e suja de chocolate. Não duvido que ele coma essas porcarias o dia todo.
Para minha surpresa, Jake pega meu dedo devagar, leva até a boca, ainda me encarando, e lambe a parte suja sem tirar os olhos dos meus.
Meu Deus...
E de repente seu rosto fica vermelho, como se tivesse se tocado do que acabara de fazer, levanto rapidamente, ignorando a dor por mais que não esteja latejando tanto quanto antes graças a sua massagem dos Deuses.
- Ahn... e que horas são mesmo!? - Questiono nervoso, tentando disfarçar, não sei como, ele consegue me deixar sem jeito como uma criança tão facilmente. Que saco.
- S-são.. são... - Ele começa a falar, como se tentasse não gaguejar, mas se levanta de repende correndo para o quarto. O quê que deu nele? Vou atrás sem a mesma rapidez, me deparando com o mesmo, de costas para mim, parado de pé na porta do banheiro.
- O que foi? - Questiono sem sair do lugar, e também sem entender merda alguma.
- Na...nada. - Responde se virando para mim. - São quase 8 horas da noite, vá comer algo, eu preciso... eu vou tomar um banho. - Fala apressado. E entra fechando a porta logo atrás de si, e antes dele sumir da minha vista tive a vasta impressão de ver um pequeno volume debaixo da sua calça. Será que ele ficou du..duro... mas porque!?
Balanço a cabeça para espantar esses pensamentos indo até a cozinha, abrindo a geladeira devagar me surpreendendo com a quantidade de chocolates que esse menino tem... pego uma maçã e levo até a boca, ainda contando todos os doces inúteis.
Chocolatra descarado.
(JAKE)
Entro no banheiro as pressas, rezando para que ele não tenha percebido o volume de repente.
Me olho no espelho, e tomo um susto, parecia que tinha sido estapeado na cara diversas vezes de tão vermelho. O que deu em mim para lamber o dedo dele daquela forma!? E porque ele tem um olhar tão quente e sedutor.
Quem sou eu para mentir assim. Ele é QUENTE!
E quem é afrodite perto desse cara?
Tiro a blusa, e logo depois a calça, ficando só de cueca, percebendo que estava mesmo duro. Sou muito sensível... droga.
- Um banho deve resolver isso. - Por último tiro a cueca. - Pênis inconveniente! - Reclamo entrando no box, ligo o chuveiro, pulando para o lado ao sentir a água fria cair em minha pele.
Minutos depois de um banho "relaxante", ainda bem... Meu problema insistente havia sumido, diminuído na verdade. Tive que pensar em flores, unicórnios, e cachorrinhos, para meu pinto idiota voltar ao normal, foi difícil porque qualquer coisa remetia a Ramon. E não vou me masturbar pensando nele.
Saio do banheiro com a toalha amarrada na cintura, torcendo para que ele não estivesse lá, e por sorte estava vazio. Encosto a porta, e troco de roupa o mais rápido possível, e quando me viro dou de cara com Ramon parado atrás de mim.
- AH! MERDA! - Pulo para trás com o susto. - Você está aí a quanto tempo!? - Coloco a mão sobre o peito, ainda o encarando assustado. Essa cara quer me matar.
- Eu... Acabei de chegar. - Afirmou em um tom de voz nada verdadeiro, resolvo relevar, ele não teria sequer motivos para ver outro cara pelado.
- Tá bom... - Suspiro sentando na cama. - Vou dormir, amanhã tenho que entregar um trabalho na facul. - Bocejo e encosto no travesseiro. Sinto o colchão ao meu lado afundar, indicando que ele tinha deitado também.
- Não está cedo demais para você? - Questiono, mas ele permaneceu calado por uns segundos, até que abre os olhos me encarando também. - Para de me olhar assim... - Peço cerrando os olhos, fico vermelho novamente. Escuto sua risada debochada, ele está curtindo com a minha cara!
- Só estou te olhando. E que se foda o horário. - Responde colocando o braço em baixo do pescoço e se ajeitando mais na cama. Esse cara é boca suja.
- Certo. - Assenti ao ve-lo fechar os olhos novamente. - Boa noite então. - Sussurro, virando para a parede.
- Antes de você dormir princesa, posso perguntar algo? - Questiona convencido. Ele está tentando me irritar... e está conseguindo! Dessa forma vai espantar meu sono, se é que tinha como ter sono com Ramon por perto.
- Cala boca! - Exclamo irritado. - Seja rápido, seu ogro feio.
- Haha, Engraçadinho! Então, você é mesmo virgem?- Arregalo os olhos.- E sabe aquela hora que você lambeu meu dedo. - Lá vem - Você tinha ficado sabe, de pau duro? - Eu estava achando que nao podia piorar, doce ilusão.
- Você perguntou duas coisas.
- Não muda de assunto. - Acusa.
- Ok... Sim, sou virgem. E o que tem isso?
- Nada, só curiosidade. - Explica calmamente. Ele está esquisito. Ou devo dizer, ele é assim.
- Ramon... aquela hora, deu para ver? Ficou tão visível? - Exclamo envergonhado. - Você viu? É que sou meio sensível. - Disparo as perguntas, observando seu olhar indiferente.
- Mais ou menos... é que também, você está duro até agora. - Fala apontando para minha calça, da qual olhei para baixo, e estava visivelmente maior. Seguro a vontade de sair correndo.
- O QUÊ!? - E em segundos me cubro quase que por completo com a coberta, o encarando assustado. Ramon permaneceu quieto, até que em sua face se formou um sorriso sacana.
E novamente o maior se vira. Que maldito sorriso foi esse!?
- Idiota. - Sussurro. Antes de me afastar novamente tentando ignorar minha parte de baixo, e um pequeno risinho vindo do outro.
Ainda vai ter troco.
(...)
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