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História My Big Friends 5, The Search For Light - A Âncora


Escrita por: Ersj

Notas do Autor


No capítulo anterior:
Twilight acordou dois dias após o acidente e se deparou com toda uma Ponyville chorosa e desmotivada, por isso, sentiu-se na obrigação de se manter forte. Depois de alguns reencontros e notícias ruins, como perceber que suas amigas morreram e que sua sobrinha foi sequestrada, ela decidiu iniciar um treinamento arriscado com apoio do livro de feitiços da Trixie, o qual foi pego por Luna.

Capítulo 2 - A Âncora


PDV. Twilight

Na diretoria, observo seis pré-adolescentes reunidos à minha frente, os quais haviam acabado de se apresentar para mim. O primeiro deles é Sandbar, um garoto que julgo ser um pouco maior do que eu quando tinha a sua idade, tem um corpo magro e parece ser extremamente tranquilo. Seus olhos são verde-mar-claro, sua pele clara e seu cabelo liso-espetado para baixo e um pouco longo é divido entre as cores ciano-claro e opala-moderado. A segunda me pareceu um pouco grosseira, sendo ela a Smolder, que é mais alta que o primeiro, possui o corpo um pouco mais forte também e carrega um sorriso e olhar confiantes. Seu cabelo é estilo micro bob, pouco ondulado e cor de orquídea; sua pele é escura e seus olhos da cor ciano.

Também tem o sarcástico Gallus, o qual é mais alto e forte que os dois anteriores. Seus olhos são azul-moderados, sua pele é morena e seu cabelo curto e espetado com um topete é cerúleo-brilhante com as pontas indo da cor primavera-acinzentada a âmbar-brilhante. Já Ocellus aparentemente é tímida, é a mais baixa e magra, tem a pele clara, olhos grandes, fofos e da cor ciano-moderado e seus cabelos são de um tom leve de amaranto, ondulados e curtos. 

A quinta é a Yona, a mais gordinha e segunda maior, parecendo ser um pouco atrapalhada. Seu cabelo escarlate-moderado é longo, liso, divido no meio e fica preso em duas mechas como círculos formados por laços rosados; sua pele é amarelada e seus olhos são verde-oliva. Por fim, a hiperativa Silverstream, que não poupou empolgação, a qual é magra e a mais alta entre os seis. Sua pele é clara e rosada, seus olhos são violeta-azulados e seu cabelo longo, liso e cheio possui as cores centáurea-azul-claro e centáurea-azul-claro-acinzentado.

Os seis parecem aguardar algum comentário da minha parte.

— Oh... é uma prazer conhecer todos vocês. Espero que sejam aplicados nos estudos. — Tento parecer o mais interessada possível, mas vejo Gallus e Smolder franzirem o cenho com a minha resposta. — Celestia, podemos conversar?

A diretora, que está sentada à sua banca logo atrás do sexteto, sorri e aponta para eles com uma das mãos.

— Os seis ainda estão se conhecendo também, mas são alunos que manifestaram magia, Twilight. — Ela revela com empolgação. — Pensei que gostaria de dar uma olhada nos talentos que cada um possui.

— Ah, claro... Qualquer dia poderia dar uma boa olhada mesmo. Eu vim aqui para avisar que ficarei para a aula, acho que será melhor para mim voltar a ter uma rotina. Ficar em casa sozinha e pensativa seria ainda pior.

— Tudo bem...

— Tenham um bom dia. — Digo e me retiro da sala.

Ando pelo corredor principal sob os olhares e comentários de todos os alunos. Consigo ouvir alguns, os quais falam que sou a garota que viu todas as amigas morrerem. Isso me magoa, não por me darem esse título, mas por me lembrarem que o tenho.

— Twilight... — Alguém à minha frente me chama, fazendo-me parar. Para a minha surpresa, noto ter sido a Sour Sweet. — Nós queríamos nos desculpar por tudo o que houve.

— A Sunset nos fez usar vocês. — Sunny Flare complementa.

— Todas nós nos sentimos culpadas pelo resultado daquela batalha. — Sugarcoat vai direto ao ponto.

— Meninas... — Tento responder.

— Sabemos que a nossa dor não é nem de longe tão forte quanto a sua, mas estamos realmente arrependidas por tudo o que fizemos em Ponyville. — Revela Indigo Zap.

— Mesmo que não haja um jeito ideal de nos desculparmos, gostaríamos que soubesse que pode contar com a gente, com todas nós. — Lemon Zest ressalta.

— Não posso negar que vocês fizeram coisas horríveis ao nos enganarem. — Concordo, deixando-as mais envergonhadas delas mesmas. — Apesar disso, no confronto final, o que realmente importa, estavam do nosso lado. Sou grata a vocês por isso, também podem contar comigo.

O quinteto sorri e troca olhares emotivos.

— Abraço em grupo? — Lemon sugere.

— Abraço em grupo. — Aceito e, assim, fazemos o que sempre era pedido pela Pinkie Pie.

 

PDV. Celestia

Assim que os jovens deixam a sala desanimados, certamente esperavam mais atenção da Twilight, viro-me para Luna, que está em pé, apoiada à parede com os braços cruzados.

— A Twilight estava totalmente desinteressada. Viu como eles ficaram tristes? — Pergunto.

— Tem certeza? — Luna fala com certa ironia.

— Luna! Eles ainda nem se dão bem entre si, imagina pensar que também não se darão bem com a Twilight. Achei que ela gostaria de investir na magia deles, já que esse parece ser um dom dela.  

— Eu a entendo, mas devemos considerar que pode ser momentâneo. Talvez, a Twilight reaja melhor a eles quando ela estiver bem. Muitos estão passando por isso de forma pior, ela está se esforçando para melhorar. Veja o Quibble que deixou Ponyville, por exemplo. Inclusive, precisamos ajeitar a questão da matrícula dele... Também há o Braeburn, Caramel, Cheese e Thunderlane que se ausentaram da aula hoje. Pelo que o professor disse, somente Soarin está na sala. E não somente os garotos, como também o Discórdia e o Big McIntosh que estão de licença do trabalho, e até as pequenas Apple Bloom, Scootaloo e Sweetie Belle. Twilight só está reagindo de forma diferente, irmã.

Assinto com a cabeça, a Luna está completamente certa. O que eu estava pensando? Que ela pularia de alegria e os abraçaria?

— Tem razão. — Afirmo com um sorriso. — Seria...

Abro a minha bolsa e pego o celular que toca, notando que se trata de uma chamada do Shining Armor.

— Deve ser alguma notícia sobre a busca pela Flurry. — Cogito.

— Por favor, conte-me depois. Irei conferir com o Sombra se mais algum aluno faltou hoje. — Pede Luna.

— Ter ele supervisionando está ajudando muito. Pode deixar, eu contarei.

Atendo a ligação e vejo a minha irmã se retirar da diretoria.

 

PDV. Flash

Aproveitando que está no momento do intervalo, corro em direção à sala da Twilight, pois ouvi comentários de que está no colégio hoje. Não foi muito difícil encontrá-la, está caminhando seriamente para longe dos demais que se retiram do seu ambiente de estudo.

— Hey, Twilight! — Chamo-a, correndo para ficar ao seu lado.

— Flash, tudo bem?

— Até que sim, mas... — Observo algumas manchas em seus pulsos, mas rapidamente ela as esconde, puxando as mangas compridas da blusa que usa por baixo uniforme. — Twilight, você está com queimaduras?

— Queimaduras? Não, de onde você tirou essa ideia?

— Dos seus pulsos. Deixaria eu ver como estão? — Peço, mas ela esconde as mãos por trás das costas.

— Eu apenas estive tentando algo novo. Nem sempre os cremes deixam a pele mais sedosa.

Suspiro. Não acredito no que diz, mas não quero a atormentar ainda mais.

— Como está a sua situação escolar? — Ela me pergunta, provavelmente quer mudar de assunto.

— Eles me deixaram não ter sido reprovado por todo tempo em que estive desacordado. Apesar disso, claro que teria algo em troca, até porque eu perdi muito conteúdo. Terei algumas provas e aulas extras, o que tomará muitas das minhas tardes. — Percebo agora que não consegui disfarçar o desanimo com as minhas últimas palavras.

— Achei que estaria feliz por poder continuar na mesma turma que os seus amigos. — Twilight se mostra um tanto confusa com o meu descontento.

— E eu estou. Apenas... queria ter mais tempo para passar com você, principalmente agora. — Um pouco tímido, exponho a minha frustração por não poder dar tanto apoio quanto gostaria, mas noto que ela sorri de canto. — Eu estive me perguntando sobre aquelas garotas que todos falam que estão presas, inclusive uma tentou me queimar vivo.

Rapidamente, o semblante dela muda, assumindo uma postura mais séria. Seu olhar chega a me amedrontar, estando ele carregado de raiva.

— Flash, você está proibido de ter qualquer contato com elas. A Sunset tentou tirar você de mim mais de uma vez, e a Starlight acabou com as minhas amigas. Elas são muito perigosas. Por favor, prometa que não irá atrás delas em hipótese alguma. — Ela me pede com urgência.

— Eu... — Cogito prometer, mas não acho certo mentir para ela. Se algo acontecer, não medirei esforços para ajudar, nem que precise entrar em contato com esse trio que nem conheço direito. — Eu não posso prometer algo que talvez não possa cumprir.

Sou puxado para um abraço e a sinto me apertar com força, mas não de modo bruto, é como se me soltar agora signifique me perder.

— Por favor, Flash, você viu o que aconteceu. Eu tentei impedir o meu pesadelo de se concretizar, tentei o afastar, e, mesmo assim, aconteceu. — Ela insiste sem me soltar. Por sua voz, sei que está emotiva.

— Você me afastou e nem por isso deixou de acontecer, Twilight. Pelo visto, não é tão simples driblar as suas premunições. Se juntos ou separados o resultado é o mesmo, que fiquemos juntos, então. — Acaricio a sua cabeça e suspiro com temor do que pode estar por vir. — Você não precisa carregar tudo sozinha nas costas, eu prometi ajudar, lembra?

Ela me solta e assente menos nervosa, o que me alivia um pouco. Contudo, percebo que se atenta para algo atrás de mim. Viro-me e avisto Timber saindo da sala da Celestia, se bem me lembro o nome do garoto que já soube ter se aproximado dela.

— Bem, acho melhor eu ir. Soarin deve estar precisando de mim também. — Justifico-me, enquanto me distancio.

 

PDV. Twilight

Sem reação, observo Flash se afastar. É a segunda vez que ele vai embora com a aproximação do Timber. Não que eu quisesse os dois brigando por mim, mas... não entendo a sua reação.

— Eu queria pedir desculpas por ontem. — Timber diz, parando ao meu lado. — Não tinha nada que ir falar da Gloriosa para você, principalmente depois de tudo o que houve.

— Tudo bem, Timber, eu fui um pouco explosiva. Esse comportamento nem é comum, eu só me sinto confusa e infeliz.

— Não, não está tudo bem. Se eu amo você tanto como gosto de dizer, preciso deixar isso claro em gestos, não somente em palavras. Por favor, aceite as minhas desculpas, eu prometo não voltar com o assunto.

— É claro que eu aceito, seu bobo.

Fico na ponta dos pés para beijar a sua bochecha, o que o faz mostrar o seu costumeiro sorriso convencido. Porém, ela arqueia uma sobrancelha e toca em meu pescoço com uma das mãos.

— Você está queimada? — Questiona preocupado.

— Não, não. — Nego e afasto a sua mão. — Quer dizer, sim, mas foi algo simples. Quando se prepara waffles, nunca se sabe onde a massa vai parar.

— Geralmente, no prato...

— É, mas existem algumas variantes. — Persisto na mentira e forço uma risada. Se isso não era nítido até hoje, já está claro que minhas habilidades para mentir beiram o fracasso. — Enfim, sobre o que falávamos?

O sinal para o fim do intervalo toca, o que faz muitos alunos ao redor lamentarem. Suspiro aliviada por poder finalizar a conversa, mas tenho a minha mão segurada por uma do Timber, que devolve o beijo que o dei na bochecha.

— Irei levar a madame até o seu castelo, vulgo sala de aula. — Ele brinca. — Já contei que arrumei um emprego? Estou fazendo algumas entregas por aqui mesmo, a Derpy disse que estavam precisando de mais um voluntário no Correio de Ponyville e eu pensei ser uma boa oportunidade.

— Isso é tão bom, Timber. Fico feliz que esteja fazendo algo que o agrade e ainda o ajude financeiramente.

— Quer dizer que está orgulhosa?

— Você gostaria que eu estivesse?

— Eu me sentiria muito honrado por orgulhar uma garota tão incrível e aplicada quanto Twilight Sparkle. Certo que por si só Timber Spruce é um garoto prodígio e aclamado, mas imagina ser o motivo de orgulho dessa joia aqui!

Não consigo conter a risada. Ainda que o jeito convencido do Timber me incomodasse mais no início, agora me é motivo de descontração. A sua presunção chega a ser fofa. Sei que não pensa assim de verdade, mas gosta de se colocar como alguém importante.

— Depois das entregas, poderia fazer uma visita? — Ele pede permissão, o que é algo novo.

— Eu adoraria. — Aceito animada por saber que não ficarei sozinha.

 

PDV.  Soarin

Dentro do banheiro masculino da quadra, fito o longo espelho e encaro o meu reflexo. O que vejo? Um babaca entristecido. Como eu pude ser tão besta? Confiar na Lightning... Se eu estivesse ao lado da Rainbow durante tudo o que houve no último mês, talvez fosse diferente, ela estaria menos abalada para enfrentar todos aqueles patifes, não partiria com raiva de mim.

Abaixo o olhar para a pia, não consigo continuar a encarar o meu reflexo. Fecho os olhos e cerro os punhos, sentindo a culpa se tornar uma sensação física. Meu corpo se endurece e me causa uma terrível agonia interna. Nunca conseguirei me perdoar. Nunca!

Com raiva, volto a olhar para o meu reflexo, conseguindo ver todo o rancor que carrego. Eu odeio a pessoa que está à minha frente, odeio tudo o que ele fez. O pior é que se saiu impune, continua não pagando por seus pecados. Isso me enfurece tanto. Reparo bem nos seus olhos marejados e avermelhados, sendo isso pouco para tudo o que merece sofrer.

Concentro toda a energia negativa em meu punho direito e soco o rosto do meu reflexo. Grito de dor, pois os cacos perfuraram minha mão e outros se espalharem pela pia, chegando a cortar algumas partes do meu torso. Ainda assim, desfiro outro soco, observando o sangue escorrer da mesma forma que as minhas lágrimas, mas continuo com os golpes, cada vez mais acelerados e com mais ódio. Porém, sou puxado para longe do espelho por alguém, que logo percebo ser o Flash, ao me soltar dele.

— Para com isso, Soarin! — Ele me pede assustado.

— Eu não vou!

Viro-me para voltar ao meu castigo improvisado, mas meu amigo segura um dos meus braços e me faz novamente me direcionar para ele.

— Não vai continuar fazendo uma besteira dessas! — Flash fala como se me desse uma ordem.

Tentando me soltar, mas não conseguindo por sua insistência, uso o meu punho solto, o que está ensanguentado, para apontar para ele como uma ameaça.

— Você vai me bater? É isso? Vamos, faça! Não seria a primeira vez. — Flash pede ficando com lágrimas nos olhos. — Vamos, Soarin, bata! Eu não irei o soltar, independente do quanto de sangue que queira deixar no meu rosto.

Seus olhos se fecham quando invisto com o meu movimento, mas ouço um suspiro de alívio ao abraçá-lo e apertá-lo com força. Abaixo a cabeça em seu ombro e me permito chorar desesperadamente, de modo que algumas das lágrimas que não ensopam a sua farda caem sobre a minha mão, a qual também o mela, e se misturam com o sangue.

— Ela está morta, Flash. Eu não fiz nada para ajudar. — Lamento entre soluços.

— Você não poderia adivinhar. E, mesmo se não tivessem brigado, acredito que aquele confronto ocorreria do mesmo jeito. Pelo que ouvi, a tal da Starlight causou tudo com o seu objeto maluco. Em nada a discussão de vocês mudaria naquilo. Seu erro foi outro, não assuma a culpa por algo que não poderia ser mudado por você. — Ele me conforta, passando a mão em minhas costas, mas, ao terminar, segura os meus ombros e me afasta para olhar meu rosto. — Eu quero compensar o tempo que estive longe, por favor, não faz isso de novo. Quando se sentir ruim, pode me procurar e chorar no meu ombro, igual como sei que posso fazer com você.

Assinto e limpo o nariz, o que me faz melá-lo de sangue.

— Agora, precisamos dar um jeito nessa mão. — Flash segura o meu braço direito e observa o ferimento. — Ah, e também no espelho, mas isso é o mínimo.

Encaro o objeto quebrado e com muitas rachaduras em sua extensão. A Celestia irá me matar.

— Obrigado, Flash.

— Não precisa agradecer, estou aqui para isso.

Cabisbaixo, volto a chorar e recebo outro abraço. Ter o Flash de volta foi a melhor coisa que pôde me acontecer nos últimos dias.

 

PDV. Twilight

— Twilight, veja o seu corpo! — Spike reclama.

Ando de um lado para o outro com o livro da Trixie nas mãos, estando dentro da caverna do dragão. Ele se recusa a continuar com o treino que tivemos na noite passada.

— Spike, eu almocei cedo só para podermos ter mais tempo de treino, preciso que coopere comigo. Além disso, foram só algumas queimaduras simples, não é como se meu corpo tivesse sido reduzido a cinzas. — Argumento, mas o vejo fungar e liberar fumaça pelo nariz, em discordância.

— Você gritava de dor!

— Essa dor vale bem mais a pena do que uma possível morte, você não acha? Preciso que esteja do meu lado.

O olhar dele fica tristonho, mas nega com a cabeça. Sinto raiva da sua insistência, mas está tentando me proteger, o que não me deixa ficar brava com ele. Conformada, sento-me onde estou e abro o livro de feitiços.

— Por que não me mostra algumas das coisas que consegue fazer? Mais simples, de preferência. — Spike pede curioso.

— Poderia me fornecer alguns materiais?

Sem demora, o dragão puxa algumas moedas e pequenas jóias com a sua cauda. Às vezes, esqueço-me de como são valiosos os objetos que existem aqui dentro.

— Bem, por enquanto, consigo fazer algumas coisinhas básicas, como, por exemplo, isso. — Aproximo minhas mãos com um espaço circular entre elas e sussurro algumas palavras, de modo que uma esfera de luz roxa surge entre elas. Lanço-a para cima e deixo a caverna mais iluminada. — Mas, também consigo fazer algumas transmutações. — Levito três moedas de ouro e as transformo em uma bússola, um jarro antigo e um cachimbo. — Por enquanto, é isso.

— Você é incrível, Twilight! — Ele me deixa tímida com o elogio. — Faz menos de um dia que pegou esse livro e já conseguiu aprender alguns feitiços.

— Aproveitei para ler durante a madrugada e em alguns momentos vagos na aula de hoje. — Justifico. — A verdade é que... gostaria de encontrar algo que possa mudar tudo o que aconteceu. — Revelo, sentindo a tristeza que tentei evitar durante toda a manhã. — Talvez, Spike, exista uma solução nesse livro.

Meu celular toca, o que corta o clima tristonho que pairava entre nós dois. Corro até a minha mochila, a qual se encontra encostada em um canto da caverna, e pego o aparelho, atendendo a ligação do meu irmão.

— Shining?

— Tudo bem?

— Sim, e com você? Como a Cadance está? Tem notícias da Flurry Heart?

— É sobre isso que queria falar. — Ele diz de forma chorosa, o que me deixa preocupada.

 

PDV. Sunset

A porta da minha cela é aberta e, ao passar, vejo Starlight e Trixie me esperando por trás da oficial que me soltou.

— Posso perguntar o que é isso? — Indago curiosa, quero ir direito ao ponto. — A julgar por nossas mãos ainda estarem presas por essas pulseiras que inibem magia, não é uma ajuda para que façamos uma fuga.

— Claro que não. — Resmunga a policial. — Há alguém que quer ver as três.

— Não me diga que é a Twilight de novo. — Starlight reclama.

Assim como Trixie, olho para ela, enquanto seguimos a oficial.

— A Twilight procurou você? Por quê? — Pergunto interessada no diálogo que, pelo visto, houve entre elas.

— Queria saber o que aconteceu com as amigas tontas dela. Ela realmente acha que aquilo foi planejado. — Starlight conta. Sei que ela não fez nada além de atacá-las naquele momento.

— Convenhamos que você deu uma leve surtada. Pelo menos, não saímos como umas completas perdedoras. — Vejo-a cerrar os olhos para mim.

— Mesmo durante um surto, não precisei virar um demônio.  — Ela me provoca.

— Twilight foi inteligente em procurar a Starlight. Ela não gostaria de se meter diretamente com a grande e poderosa Trixie. — Trixie destaca como se fosse verdade, coitada.

Antes de responder, fico surpresa por encontrar Discórdia sentado a uma mesa. Ele nos espera com uma expressão séria. Paramos de frente para ele. Enquanto Trixie ri e Starlight arqueia uma sobrancelha, apenas cruzo os braços.

— Isso é sério? — Starlight questiona.

— Sentem-se logo e diminuam o meu tempo perdido. — Manda a oficial.

Trixie se senta na cadeira do meio, ficando eu ao seu lado esquerdo e Starlight ao direito.

— O que você quer aqui, tirano do caos? — Pergunta Trixie.

— Quero saber exatamente o que fizeram com a Fluttershy e como reverter isso. — O mais velho responde de forma lenta e inexpressiva.

Acompanho as outras duas na risada.

— Eu não estou brincando! — Ele grita e bate as mãos na mesa.

— Uh, ele está irritadinho. Parece que eu consegui realmente fazer um estrago na mente desses benevolentes. — Starlight zomba.

— Coincidentemente, falávamos sobre isso agora mesmo, acredita? Aquilo fui uma surpresa para todos nós, Discórdia. Aceite, a sua amiguinha foi morta. Se der sorte, ela não está queimando em um mar de lava agora mesmo. Se bem que, particularmente, ela está mais segura de não passar por isso estando morta. — Provoco-o e lanço um sorriso perverso para ele.

Com um quase rosnado, ele se levanta e aperta o meu pescoço com as duas mãos, mas, no susto, acabo fazendo força para trás e viro a minha cadeira, caindo dela e me soltando do seu golpe. Sob os olhares assustados de Starlight e Trixie, levanto-me e observo dois oficiais chamarem a atenção de Discórdia, enquanto o puxam para fora de ala de visitas.

— Eu irei acabar com vocês! Irei destruir cada uma de vocês! Celestia é boazinha, ela quis deixar vocês presas. Ora, pobres jovens problemáticas, não é? Que se danem! — Grita em fúria, tentando se soltar dos policiais e resistindo aos puxões. — Irão sofrer! Irão implorar para eu ser rápido, mas eu não pouparei cada minuto a mais de dor e agonia!

Aliso o meu pescoço e já não consigo escutar mais o que ele grita. Para disfarçar o meu temor, solto uma risada e finjo estar bem para as outras, mas não posso negar que sua atitude me deu um rápido momento de terror. O que ele faria se eu não tivesse caído?

 

PDV. Sombra

Na porta da casa do Shining e da Cadance, despeço-me dele e da Twilight, junto com Celestia e Luna. A tarde já chega ao fim, por isso o clima está agradável, mas não o sentimental, tudo ainda é muito frustrante.

— Tem certeza de que já podemos ir? — Celestia pergunta preocupada.

— Sim, podem ficar tranquilos. — Shining responde mais calmo. — Obrigado por terem vindo novamente. Agora que a Cadance está dormindo, sei que ela poderá ficar um pouco mais descansada.

— Eu ficarei mais um pouco por aqui, pelo menos até que saibamos se é verdade que Chrysalis está se escondendo entre Ponyville e a Floresta da Liberdade. — Twilight nos conforta.

— Lembre-se de nos manter sempre atualizados. — Reforço.

— Podem deixar. — Shining diz.

Acenando, nós nos afastamos da casa. Assim como Luna, Celestia fica silenciosa e pensativa. As duas parecem muito tensas com tudo o que tem acontecido. Afinal, Cadance é sobrinha de consideração delas, todos formam uma grande família. Estive pensando muito sobre isso há três dias, talvez seja um bom momento para revelar o que fiz, até por não poder passar de hoje.

— Então, eu comprei três ingressos para um filme. Não deve ser o filme mais incrível do ano, mas é baseado em um dos livros que li quando comecei a morar com vocês. Estava na estante do quarto de hóspedes, então, imaginei que talvez gostassem.

As duas me olham surpresas e nada dizem. Nervoso, desvio o olhar, deve ter sido uma péssima ideia. Porém, Luna ri, de modo que me faz voltar a olhar para elas.

— Obrigada, Sombra, mas eu fiquei de ver como está a situação do Discórdia. Twilight me contou que ele aparenta estar muito carregado com tudo o que houve com a Fluttershy. Esperava que me acompanhassem, mas, agora, faço questão de que não. Por favor, vejam o filme e se divirtam muito.

— Mas, Luna... — Celestia tenta discordar.

— Não, nada disso. Vocês precisam, pelo menos um pouco. Eu estarei me divertindo por saber que terão esse tempo, prometo. — A mais nova insiste e segura as mãos da irmã. — Não faça nada de inadequado com essa princesa, Sombra. — Brinca.

— Eu jamais faria. — Também gracejo. — Obrigado, Luna.

Com um sorriso de canto, ela se distancia de mim e da irmã, que a observa partir em direção à casa da Fluttershy. Quando Celestia se vira para mim, coço a cabeça por estar sem jeito.

— Eu não quis fazer a Luna seguir sozinha, desculpa. Somente pensei que poderia entreter um pouco vocês. Com tudo o que tem acontecido, um momento de distração poderia fazê-las se sentirem um pouco melhor. — Explico-me, encarando o meu pé, que arrasto pelo chão de um canto a outro.

— Tenho certeza de que as suas intenções foram as melhores. Agora, vamos direto para o cinema. — Celestia me chama e começa a andar, revelando animação. Fico contente por vê-la assim.

 

PDV. Soarin

A noite tomou conta do céu de Ponyville, por isso consigo observar algumas estrelas. Porém, não é esse o motivo de ter saído de casa e seguido até a praça centenária, mas sim para acompanhar a pequena Scootaloo. Além de passear ser algo que a ajuda a se divertir um pouco, é sempre bom sentir o ar puro e, bem, tomar um sorvete.

Aceno para a garota, que se aproxima de mim com o seu patinete. Sem demora, ela para e desce do brinquedo, tirando o seu capacete.

— Você viu a velocidade em que estava?

— Vi sim, foi incrível! Nem sei se conseguiria a pegar. — Respondo risonho.

— Se tivesse um patinete seria mais legal. Poderíamos nós dois fazer isso. Nós três, na verdade. Quando a Rainbow voltar, a gente cria o dia do patinete para fazermos toda semana. O que acha? — Scootaloo me pergunta inocentemente.

— Claro... Seria incrível mesmo. Escuta, eu prometo que irei solucionar tudo isso. O desaparecimento das meninas, a minha discussão com a Dash, tudo será resolvido, Scootaloo. Não é só a Twilight que estará nessa jornada. Gostaria de me ajudar?   

— Com certeza! — Grita animada e me abraça.

Acabo rindo com o seu ânimo, ainda que não esteja certo dos resultados da busca que estou propondo. Apesar disso, a minha risada dá espaço a um gemido de dor quando ela puxa a minha mão enfaixada.

— Desculpa, Soarin, esqueci que machucou a mão. — Scootaloo fala arrependida. — Você nem me contou o que aconteceu, na verdade. Como se feriu?

Levanto a mão enfaixada e a encaro em silêncio por algum tempo.

— Isso é só para me lembrar do quão concreta é a minha dor. — Respondo pensativo.

— Como assim?

— Acabei me cortando com um vidro no colégio, acontece. Agora, o que acha de tomarmos um sorvete bem doce e gelado?

— Será de chocolate?

— Se você quiser, sim! E pode pedir calda extra e doces por cima.

— Obrigada, Soarin! — Scootaloo agradece e me puxa pela mão machucada novamente, mas, dessa vez, contenho o grito para não a assustar.

Seguimos até a fila da barraca de sorvete, onde volto a encarar a minha mão dolorida. O quão concreta é a minha dor...

 

PDV. Flash

Na casa do Thunderlane, estou no quarto do Rumble com ele e a Sweetie Belle, que estão secando os pelos da recém-banhada Opalência.

— A Opal parece bem mais animada hoje. — Comento. Na realidade, talvez não tão bem assim, mas, pelo menos, não mais parece que está sem vida.

— Hoje, decidimos dar toda atenção para ela. — Rumble conta.

— Isso é muito legal. Tenho certeza de que ela ficará menos triste se sempre brincarem bastante. Claro, também é preciso dos momentos de descanso. — Aviso.

— Não precisaremos nos preocupar tanto com isso. A Opal está até menos arisca comigo ultimamente. Geralmente, ela só é um amor com a Rarity, mas, assim que ela voltar, tudo estará bem de novo. A Twilight resolverá tudo, Flash. — Sweetie Belle diz esperançosa.

Apoio os meus antebraços sobre as coxas, pois estou sentado na cama do garoto, e olho para a Sweetie.

— Sweetie Belle, eu concordo com você, acho que a Twilight é incrível e ela sempre fará coisas que nos deixarão boquiabertos, mas, nesse momento, é preciso espalhar a esperança. Como eu explico? — Penso um pouco, coçando o queixo. — Bem, ser ela quem sempre resolve tudo, mesmo que isso costume realmente acontecer, tem a desgastado. Precisamos que ela saiba que não precisa ser somente ela, todos nós podemos carregar isso juntos.  

— Desculpa. — A garotinha pede entristecida.

— Não precisa se preocupar, não estou reclamando com você, apenas peço que faça isso por ser uma forma ainda melhor de recuperarmos a sua irmã, certo? — Dou um sorriso para confortá-la.

Quando Sweetie assente e ri, sinto-me melhor. Não quero que ela pense que fez algo errado, ainda que me preocupe com o modo como Twilight tem se sobrecarregado.

— Irei ver o Thunderlane. — Aviso para eles, retirando-me do quarto.

Sigo para o cômodo ao lado, onde meu amigo está deitado sobre a sua cama, observando o anel de noivado como sempre faz desde aquele fatídico dia.

— Posso entrar? — Pergunto para chamar a sua atenção.

— Você não precisa perguntar. — Ele fala sem tirar os olhos do objeto.

Caminho lentamente até onde está e me sento ao seu lado.

— As crianças me parecem bem melhores. Não posso dizer o mesmo do Soarin, eu o peguei socando o espelho do banheiro da quadra hoje. Se demorasse mais um pouco, talvez a sua mão não tivesse salvação. — Revelo para ele, que finalmente cede a sua atenção visual para mim, sentando-se na cama.

— Ele se machucou muito?

— O suficiente para deixar a minha farda ensanguentada e receber alguns pontos, mas acredito que esteja bem mais calmo agora. Ainda assim, ele não está conseguindo lidar bem com... você sabe.

— Ninguém sabe lidar bem com a morte, Flash. Existem os que fingem que sabem, ou os que não se importam, mas o fazer falta é desconfortante.

— Sei disso, por isso estou falando isso para você. Eu me preocupo com o Soarin, ele reage intensamente, mas você me preocupa mais. — Percebo que ele se surpreende com o meu comentário. — Eu não sei o que se passa pela sua cabeça, Lane. Você chora, se isola, guarda os seus pensamentos negativos. Preciso ter certeza de que não pensa em fazer nenhuma besteira.

— E-eu... Mesmo que quisesse, não seria capaz de fazer algo do tipo. Não seria justo com o meu irmão, tampouco com a Sweetie Belle. Eles precisam de mim. — Conforta-me.

— É bom saber que pensa assim. E saiba que tem um amigo que estará sempre na sua cola. Posso não poder estar exatamente com você durante a manhã e a tarde, por motivos de aula e atividades extras para recompensar o tempo em coma, mas as noites são dedicadas a você, Soarin e a Twilight.

— Obrigado, Flash. — Thunderlane agradece.

— Eu...

— Por ter voltado. — Interrompe-me. — Você fez muita falta.

Sou abraçado por ele. É estranho, pois eu não sinto a falta que as pessoas sentiram de mim, por motivos óbvios. Contudo, um bom sentimento toma conta dos meus pensamentos sempre que me sinto novamente útil para cada um.

— Você se importaria se eu ficasse para dormir aqui? — Pergunto.

— Não, claro que não. Eu agradeço. — Thunderlane aceita, soltando-me. — Trouxe roupas?

— Digamos que vim pronto para dar uma atenção extra; ou seja, sim, eu trouxe. — Faço-o rir.

— Que tal prepararmos algo para as crianças? Isso os deixará contentes e ainda me fará me entreter um pouco.

— Acho uma ótima ideia!

Assim, seguimos para fora do quarto.

 

PDV. Celestia

Acredito que já se passou mais de uma hora desde que começou o filme. Ele não é bem o que esperava. Quando Sombra mencionou que seria uma adaptação de um livro, imaginei um romance, ou uma fantasia, o que, no segundo caso, não deixa de ser, mas se tratando de um desenho animado.

Sombra ri com a piada de um dos personagens, mas fica sério ao perceber que eu o encaro.

— Tudo bem? Não está gostando do filme? — Ele me pergunta atencioso.

— O filme é ótimo, mesmo que tenha fugido do que imaginei. Eu só estou observando você.

— Fiz algo de errado? Deixei refrigerante cair na minha roupa de novo, não foi?

Acabo por rir da sua preocupação excessiva, ao mesmo tempo em que ele tenta verificar se sua camiseta está manchada.

— Não é nada disso. Somente gosto de ver suas reações: o modo como ri, ou fica emotivo nos momentos tristes. — Revelo e o vejo corar.

— Eu não fico tão emotivo assim. — Nega como uma criança orgulhosa.

— Não se envergonhe, não tem nada de errado nisso. Eu gosto.

— Gosta?

Assinto com a cabeça e volto a minha atenção para o filme. Agora, eu quem me sinto envergonhada. Desde o beijo da semana passada, essa é a primeira vez que ficamos a sós em um momento menos tenso, ainda não conversamos sobre aquilo.

Fujo dos meus pensamentos ao sentir a mão dele encostar a minha no momento em que pegava a pipoca. Sentindo um calor se espalhar por minhas bochechas, olho para Sombra e o vejo puxar a sua mão ainda mais nervoso do que estou.

— Eu... Bem... Foi um acidente. — Ele se desculpa.

— Tudo bem, eu não me incomodei.

Fito a cadeira à minha frente. Será que o nosso beijo antes não significou nada para ele? Deveria sentir vergonha por, nessa idade, ainda estar me comportando como uma adolescente iludida.

Reparo ele aproximar aos poucos a sua mão esquerda da minha direita, fazendo-me rir e me sentir aliviada, principalmente pelo meu breve momento de dúvida. Algumas pessoas da sala me olham, por isso tampo a minha boca com uma mão.

— O que foi? — Sombra me pergunta sem entender.

— Você quer segurar a minha mão? — Tento parar o riso.

— Pensei que não se incomodaria.

— Você é um fofo.

Seguro a sua mão e o vejo sorrir corado e conformado. Ele, então, acaricia a minha com o seu dedão. Definitivamente, eu sou uma adulta que age como adolescente apaixonada, mas não iludida. Repouso a minha cabeça em seu ombro e volto a prestar atenção no filme.

 

PDV. Twilight

Em minha casa, termino de comer algumas batatas doces que preparei, acompanhada de Timber. Ele também comeu e elogiou bastante, por sinal, mas, nesse momento, apenas espera que termine, sentado ao meu lado à mesa.

— Então, o que planeja fazer? — Pergunta-me.

— Depois de comer?

— Não é sobre isso que falo. Você quer fazer algo a respeito das suas amigas, não é? Como terá certeza sobre o que houve com elas?

— Eu não sei. Starlight é a pessoa ideal para me responder isso, mas ela não fará, ou pelo menos não sem algo do seu interesse em troca. Estive procurando uns feitiços também, mas tudo ainda é muito confuso para eu compreender, e adivinha quem é a única que poderia me ajudar? A Trixie, outra pessoa fora de cogitação. — Bufo e afasto o meu prato quase vazio. — Os meus últimos dias com elas foram horríveis, Timber. Tivemos muitas perdas e não é justo com elas, não é justo comigo que tenham sido mortas assim. É tão difícil aceitar.

Por começar a chorar, Timber limpa as minhas lágrimas e levanta o meu rosto.

— Ei, não fica assim. Não tinha dito agora há pouco que existe uma chance de estarem vivas? — Ele me lembra.

— Sim, e eu irei me apegar a isso. No final, pode ser tudo uma grande ilusão como forma de diminuir o meu sofrimento? De fato, mas é melhor do que nada. A Scootaloo está certa, nenhuma delas morreu, não parece certo, nem sequer faz sentido que tudo tenha terminado assim. Se eu sou mesmo o símbolo de esperança que todos dizem, tenho que cumprir esse papel, tenho que recuperar todas as outras grandes salvadoras dessa cidade. Não só por mim, mas pelos seus familiares, amigos e pelas pessoas que acreditam em nós para manter a paz em Ponyville. Preciso reacender a lanterna que ilumina a escuridão no fim de túnel.

Timber sorri com a minha determinação.

— Era essa Twilight que queria ver hoje.

Devolvo o sorriso para ele e pego o meu celular. Enquanto proferia as minhas palavras de positivismo, o aparelho vibrava. Agora, vejo que foi Luna que havia enviado algumas mensagens.

— Algo de errado? — Timber questiona.

— A Luna me chamou urgentemente para a mansão abandonada. Disse que existe algo lá que preciso ver.

— Quer que vá com você?

— Não precisa, a Celestia e o Sombra também foram chamados para lá, acho que será algo mais entre nós, se é que me entende.

— Claro, mas ela não deu nenhuma pista?

— Somente disse algo sobre o qual não entendo, os Pilares de Equestria.

Troco olhares confusos com o Timber, imaginando qual deve ser o problema da vez e porque isso é tão urgente.

 

Continua...


Notas Finais


No próximo capítulo:
Enquanto tentarão solucionar o mistério envolvendo os Pilares de Equestria, Twilight decidirá dar uma chance aos Young Six. Paralelamente, o antes evitado encontro direto entre Flash e Timber ocorrerá e Luna avisará aos outros sobre os problemas causados por Discórdia, que terá uma importante ideia para reverter a situação.


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