História My Boss. (Imagine Katsuki Bakugou) - XVIII - Desenvolvimento.

O dia havia amanhecido frio trazendo consigo um céu acinzentado mais chegado ao preto, as nuvens escuras pairavam no céu enquanto do quarto podia-se sentir o cheiro forte de café vindo da cozinha, mas trazendo consigo o cheiro de bolinhos pré-assados, que fazia a cabeça de S/n delirar. Caminhava devagar pelos corredores sem fazer nenhum barulho, já tinha feito suas higienes mas o dia estava tão calmo que resolveu continuar de pijama. 

A mãe terminava o café colocando os bolinhos na mesa enquanto via vídeos aleatórios em seu celular, de vez enquanto gargalhando baixinho na esperança de não acordar os filhos, mau sabia ela que S/n já havia acordado horas atrás, mas não tinha levantado na cama por pura preguiça, as vezes seus dias de folga lhe faziam bem, pois dormia o quanto queria e ainda sim aproveitava.

— Bom dia!- dizia baixinho para a mãe que tomava sua xícara de café. 

— Bom dia, dormiu bem?- a mais velha disse sorrindo grande. 

— Muitíssimo bem.- disse sorrindo. — Tomura ainda não acordou?- perguntou esperançosa. 

— Ainda não, ele fica até tarde mexendo no celular e só acorda mais tarde.- deu de ombros. — Não sei o que disse ao seu irmão, mas ele apareceu muito acuado e meio receoso com você, espero que não tenham se batido lá dentro.- ela disse duvidosa. 

— Eu apenas coloquei juízo naquela cabeça oca que ele tem. E não sinta pena dele, a senhora sabe que seus filhos podem ser muito manipuladores.- a mais nova disse comendo um bolinho. — Não vou detalhar o que disse, enfim, vou acordar ele.

— Deixa ele dormindo.- a mais velha disse baixo. — Deixa ele quieto lá.- disse autoritária. 

— Querida e ótima mãe, enquanto estiver comigo em sua casa, Tomura vai se adequar aos meus horários, a senhora me conhece mais do que ninguém, e sabe que eu sou persuasiva.- disse saindo da cozinha. 

Andou pelos corredores indo até o quarto do irmão, abriu a porta devagar vendo ele deitado esparramado na cama, sorte que a porta não estava trancado, assim pôde com mais calma ver os detalhes mínimos que faziam o quarto do mais novo. 

Na estante ao lado da cama vários bonequinhos das animações que ele gostava, alguns mangás e gibis também faziam a mesinha clara. Dentro do quarto a coloração era escura, mas não muito. Seu quarto era em tons de azul e uma parede branca localizada a direita, onde não existia nada nela á não ser fotografias e uns travesseiros brancos. 

As fotografias eram a maioria em shows dos artistas que gostavam, S/n sempre o levou neles pois talvez assim pudesse ficar um pouco mais próxima do irmão, que resultou em uma bela amizade antes da mais velha se mudar. As fotos todas ele segurava algumas coisas que faziam jus aos grupos musicais. 

Algumas eram apenas fotografias aleatórias que tirara em dias de tédio, mas uma chamou muito sua atenção, Tomura estava ao lado de alguém que S/n não pôde identificar, mas a garota ao seu lado era sorridente e os dois estavam abraçados, atrás alguns amigos faziam bobagens enquanto Tomura fazia um "v" com os dedos e sorria envergonhado, enquanto a garota se divertia. 

Talvez fosse uma namorada ou melhor amiga, não sabia ao certo o quê, mas simpátizou muito com a loirinha de coques laterais no cabelo e franja desgrenhada. 

Saiu dos pensamentos indo até a cama do mais novo que continuava na posição de antes dormindo tranquilo, S/n teve uma idéia de assustar ao mais novo, mas retirou-a da mente com medo que pudesse fazer algo grave ao irmão. 

Remexeu o mais novo enquanto ouvia barulhos de desaprovação vindo dele, grunhidos em raiva faziam os ouvidos da mais velha. 

— Acorda Tomura!- disse audível e o azulado respirou fundo se enfiando nas cobertas novamente. 

— Sai daqui, deixa eu dormir em paz.- ele resmungou chateado. — Nossa como você é chata, sai daqui.- disse ralhando bravo.

— Acorda já está na hora de acordar, princesa.- disse com deboche. 

— Caralho sai daqui.- disse ele ralhando de bravo.

— Acorda seu pirralho nojento. - disse e o azulado riu debaixo das cobertas.— 'Tá rindo do quê? 

— Tinha esquecido o quão irritante você é, já estava até me acostumando sem você aqui.- disse tirando a cara das cobertas. — Eu vou tomar um banho e já vou.- ele disse levantando. 

— Bom dia.- disse a irmã sorrindo minimamente. 

— "Bom dia", ah mimimi.- disse imitando uma voz fina. — Bom dia irritante.- disse pegando sua toalha. 

S/n saiu do quarto indo até a cozinha tomar seu café da manhã, sorriu vendo a mãe limpando a pia enquanto comia bolinhos. Pegou seu celular de cima da mesa vendo algumas mensagens de Shinsō e Bakugou, respondendo os dois rapidamente e logo após deixando novamente na mesinha da sala enquanto tomava seu café e degustava os bolinhos salgados e alguns salgados que a mãe fez questão de ir na panificadora comprar. Nunca sabia de onde vinha esse costume que as mães tinham de acordar super cedo, mas gostava disso. 

Foi até a cozinha lavar sua xícara e logo um tempo depois ouviu os passos de Tomura indo até a cozinha, parou atrás de si enquanto dava um tabefe estalado em sua cabeça fazendo a mais velha grunhir em desaprovação. 

— Bakugou, hein?- disse o mais novo insinuante e S/n arqueoou as sobrancelhas. 

— Conhece?- disse em dúvida. 

— O "se cuida e fica bem, espero que você volte logo" dele já me diz muita coisa.- o mais novo disse enquanto comia seu bolinho. 

— Quem te deu permissão para mexer no meu celular seu fedelho idiota?- disse brava e o azulado deu de ombros. 

— Vi na barra de notificações sua anta.- o mais novo disse. 

— Parem de brigar, logo cedo?- a mais velha disse olhando os dois com raiva. 

— Desculpe.- disse os dois em uníssono. 

S/n chegou perto do irmão susurrando em seu ouvido um "não mexa no meu celular novamente ou eu arranco sua cabeça." que fez o azulado arregalar os olhos e assentir desesperado. 

A família tinha ficado na sala de estar vendo tv enquanto Tomura mantinha seus olhos fixos na tela do celular e S/n bisbilhotou vendo "Toga" e um coração no início da conversa, talvez fosse essa a garota que estava na bendita foto com o azulado. 

— Toga, hum?- disse a mais velha e o mais novo corou desligando o celular. 

— C-cala a boca.- disse sem jeito e a mais velha riu. 

— Não se preocupe diferente de você, eu não sou invasiva. Deveria trazer ela aqui para conhecer a mamãe, você sabe que ela fica uma fera quando escondem algo dela.- disse olhando para o mais novo que revirou os olhos. 

— O motivo que você quer que eu traga ela aqui não é mais do que você conhecer ela, não quero ela aqui enquanto você estiver aqui, vai queimar meu filme com ela.- disse olhando para a tv.

— Você não tem nada á temer, sua fama não é das melhores de qualquer forma.- disse olhando para o mais novo de soslaio. 

— Aquele tempo já foi embora, você deveria esquecer. - disse referindo-se á época em que vivia se metendo em brigas escolares. 

— Que bom que já foi, porquê se você continuasse daquela forma eu seria a pessoa que te daria uma coça.- disse sorrindo meiga. 

Tomura nada disse apenas revirou os olhos em indignação e se limitou a mexer no celular com uma pose em largada em cima da irmã, que deu alguns tapas para tirá-lo de cima dela, mas em vão. Os dois ficaram na posição relaxada até Tomura levantar e ir fazer alguma coisa que lhe acrescentasse algo. 

Mas ele sabia que não tinha nada para fazer numa manhã/tarde chuvosa, e por mais que esse clima fosse incrível ele não poderia de parar de achar desnecessário. Ele precisava sair de casa, mas infelizmente o cosmo estava conspirando ao seu desfavor, sendo assim, ficando em casa sem nada para fazer. 

Enquanto sua irmã pegava o notebook sentando na sala novamente fazendo o que poderia fazer para dar uma ajuda à Bakugou, já que estava próximo de algumas repaginadas que queriam dar na empresa e sair agora por alguns dias havia deixado algumas coisas acumuladas. 

Todos os arquivos que ele mandava pelo email vinham algumas com alguns recados fofos que antes fora deixado por Bakugou, esperando que estivesse tudo bem. Talvez ele fosse realmente alguém que valeria apena tentar ter algo, não sabia ao certo se poderia dizer que gostava dele, mas estava sentindo algo que lá no fundo sabia o que era. 

As mensagens fofas foram apagadas dos arquivos por precaução e todas respondidas no aplicativo de mensagens que os dois usavam, antes para conversas de trabalho e agora para conversas e papos mais íntimos ou informais. 

Eles haviam tido uma ótima relação recentemente tirando o fato de Bakugou ainda ser um mimadinho arrogante, mas nada que pudesse fazer uma má impressão, aquela era sua personalidade. No final de tudo ele era alguém que valia apena ter por perto, mesmo que — por enquanto— seja apenas uma bela amizade que as vezes tem lá seus altos e baixos. 

Aos poucos Shinsō perdia à implicância e por mais que ele fosse alguém que metesse medo em Bakugou, S/n não precisava se preocupar sabia que ele não faria nada demais, sabia dos seus limites mas sabia que ele não faria nada que pudesse fazer mal à si mesmo, ainda mais agora que estava tão contente ao lado de Kaminari, eles faziam um par incrível. 

Tokoyami iria se conhecendo melhor e tentando decifrar o que seu coração mole queria com a secretária de Bakugou, ele sabia o que era mas temia a rejeição, ele antes fora quebrado e sabia a dor de não ser correspondido, principalmente em amores unilaterais. Ele estava aflito e quem sabe até nervoso, mas ele iria respeitar qual fosse sua decisão, ele era alguém compreensivo, e por mais que o de olhos vermelhos vibrantes temesse a rejeição ele saberia aceitar. 

Não muito diferente de Bakugou, que antes temia por se apaixonar e agora estava caidinho, mas o de olhos carmesim brilhante sabia que qualquer decisão que ela tomasse seria bom para si, mesmo que tomasse um pé na bunda. 

Aos poucos cada um ia se conhecendo e por agora testando os seus limites, era algo que estava se saindo bem, e tentariam se conhecer e se aprofundar no mar de sentimentos quando estivessem prontos. 

Mas por agora tudo não passava de uma pequena diversão.