História My Boss Sexy - Parte XXII

A noite já podia ser notada quando o crepúsculo apareceu radiante sobre a grande janela de vidro da sala. Angelina estava sentada sobre suas pernas no chão frio da sala; fitando o horizonte a sua frente ela imaginava como sua vida havia mudado tanto em menos de um mês. Ela notou que em alguns dias faria um mês que ela exercia seu cargo na casa de Styles. As lembranças de sua chegada na mansão a fazia soltar um suspiro, em apenas pensar no quão inocente ela foi ao pensar que seu emprego seria entediante ou até desagradável. Pelo contrário, Harry se mostrou atencioso até demais. As investidas que ele jogou contra ela apenas aumentaram o desejo reprimido que havia dentro da inocente menina. 

Angelina sabia que não poderia se denominar inocente. Pois, em menos de um mês sua virgindade fora entregue a seu patrão. Harry havia tragado seu coração sem fazer esforço algum, e isso assustava a garota. Mesmo que ele se demostrasse  amoroso, ela tinha receio de ser deixada de loado após algum tempo. A rejeição não seria suportável para a empregada. O amor já predominava o coração da garota, a deixando dependente de Harry. Dependente de seu amor. Dependente de seus beijos.

...

Ao passar das onze horas da noite, Angelina já havia começado a preparar suas malas. Harry comentou que a ajudaria com as arrumações, mas o mesmo ainda não tinha chegado de sua empresa. Angelina acreditava que Styles estava atarefado preparando seus funcionários para sua ausência. 

A mediana mala da cor preta estava repousada sobre a cama, a mesma estava aberta portando algumas peças de roupas. Mesmo que Angelina tentasse ser organizada , ela não sabia ao certo o que levar para a viagem. Aliás,  ela não sabia nem para onde iria. Angelina apenas esperava que tudo saísse agradavelmente, e sem nenhuma coisa ruim entre eles.

O barulho da porta de entrada sendo aberta, alertou Angelina de que seria Harry chegando. Os passos do rapaz subindo as escadas anunciou que ele vinha em direção ao quarto da empregada.

- Angelina? -  sua voz soou através da porta fechada.

Prontamente, a garota se direcionou a porta a abrindo para o patrão.

- Olá, Harry. - disse fitando Styles.

O rapaz portava um largo sorriso nos lábios; parecia que sua empolgação era palpável.

- Olá, Angel. - com um passo a frente, os lábios de Harry se colaram aos da garota num selinho rápido. As bochechas de Angelina coraram com o ato carinhoso. - Já  começou a arrumar suas malas? - seu tom era de felicidade intensa.

- Sim. - ela rumou em direção as roupas que descansavam sobre o colchão. - Mas, não sei o que levar.

- Não precisa levar muitas roupas. Eu compro outras para você.

- Não precisa gastar dinheiro comigo Harry. - sua voz amuada demostrava sua indignação; ela não gostaria que ele pensasse que ela estaria com ele por dinheiro ou para receber algumas regalias. 

- Eu quero gastar meu dinheiro contigo. Pode confiar, isso não me fará empobrecer. 

- Essa não é a questão. Minha preocupação é que você pense que estou contigo por algum interesse material. - Angelina abaixou seu olhar fitando as mãos frias. Ela sabia que estava se abrindo com Harry mais do que deveria.

- Eu nunca pensei nisto. Acredite. - as mãos do rapaz seguraram os lados do rosto rosado da empregada, a fitando. Angelina sorriu. Acreditando nas palavras dele.

- Você me ajudará a arrumar as malas?

- Apenas quando você tiver que escolher as lingeries . - os lábios finos portaram um sorriso torto malicioso.

- Harry! - exclamou ela.

- É brincadeira. - a gargalhada do rapaz entonou pelo cômodo. - Vamos, eu te ajudo.

Durante os próximos minutos, o casal se ocupou em escolher as peças de roupas para a viagem. Angelina conseguiu notar que Styles a orientava a escolher roupas leves; assim, ela chegou na conclusão de que seu destino seria em um lugar bem quente. 

- Pronto. - disse Harry, fechando o zíper da grande mala. - Agora, precisamos descansar. Amanhã será um grande dia.

                                                           [...]

O vestido azul-claro de um macio pano modelou perfeitamente o corpo de Angelina. Ela fitava seu reflexo pelo espelho do banheiro do quarto de seu patrão; noite passada o casal dividiu, mais uma vez, a mesma cama. Pelo amanhecer, a garota se permitiu tomar banho no banheiro do patrão, o mesmo a aguardava pelo exterior do cômodo.

- Vamos lá, Angelina. Saia deste banheiro, preciso tomar meu banho também. - a voz rouca do rapaz gritou pelo lado oposto da porta. 

A mão de Angelina segurou a maçaneta da porta ,a abrindo para o patrão.

Os olhos verdes de Harry se ampliaram ao ver a figura da empregada, sua expressão se mostrou embasbacada diante da garota.

- Angel... - a voz diminuída sussurrou. - Você está perfeita.

A voz descrente do homem soou através de seus lábios lentamente. Harry estava alarmado ao ver Angelina portando outra peça de roupa a não ser o mesmo uniforme de trabalho.

- Obrigada. - murmurou.  As bochechas ganhando um tom escarlate. - Você também está uma graça.

- Uma graça? - a voz incrédula soou pelos lábios finos. Harry não acreditava que sua boxe preta apertada ganhou um adjetivo tão bobo; ele gostaria de algo mais intenso, mais quente.

- Sim, qual o problema? - perguntou. - Ser uma graça é deverás bom.

- Sim, só para ti. - murmurou, rumando sua mão direita em direção ao traseiro da garota,  o apertando lentamente.

- Harry... - a lentidão porta na palavra arrepiou os pelos do braço do rapaz. 

Rapidamente, um beijo devasso e cheio de  desejo se iniciou, causando gemidos em ambos.

- Eu preciso de um banho bem gelado. - Styles comentou, afastando sua boca dos lábios da empregada.

Angelina soltou um sorriso lascivo, após sentir um relevo lhe tocando na barriga.

 ...

Uma música clássica entonava pelo interior do carro. Um clima agradável e leve exalava entre o casal, causando alguns suspiros e sorrisos bobos.

A perna direita de Angelina batucava incessantemente sob o piso do automóvel, num ato de nervosismo e ansiedade.

- Está tudo bem, Angel? - a pergunta do rapaz assustou a garota.

- Sim, claro. - forçou u m sorriso.

- Diga,  o que foi? Quer desistir da viagem?

- Claro que não!  Só estou um pouco ansiosa.  - a mão de Harry descansou sobre a coxa da empregada iniciando um carinho calmo.

- Fique calma. Eu estou aqui.

Pelo horizonte que apareceu através do vidro do Audi R8 de Harry, uma enorme armação de ferro branca expandiu os olhos de Angelina.

- Um navio? - exclamou.

- Não! Um cruzeiro, querida. - Harry gargalhou observando o modo parvo que obtinha na face da garota.

- Vamos entrar nele? - a pergunta retórica apenas intensificou as gargalhadas de Styles. - Pare de rir, okay? Eu nunca viajei antes...

- Desculpe, Angel... - o fôlego do rapaz era quase nulo. - Mas, sua pergunta foi muito boba.

 As unhas pintadas na cor rosa-claro pareciam esconder o ardor das bochechas de Angelina, ela as fitava tentando  disfarçar sua vergonha e até um pouco de caretice. 

- Eu sei, mas...

- Não diga mais nada, querida. - num ato rápido  as mãos de Harry seguraram os lados do rosto feminino a pressionando a fitá-lo . - Desculpe, fui um pouco infantil contigo. - os lábios finos do homem colaram-se ao de Angelina num selinho mais longo; apenas o contato, nada de línguas.

- Tudo bem.

- Vamos, estou ansioso para lhe mostrar o interior desta maravilha. - ele disse, se referindo ao imenso cruzeiro.

Um homem de meia idade auxiliou o casal; ele vestia um uniforme branco: Uma camisa e um short que chegava abaixo dos joelhos. Atrás da blusa o nome " International Cruises " era apresentado em letras garrafais da cor azul escuro.

- Boa tarde Sr. Styles. - disse ele formalmente, apanhando a alça das malas as acomodando para o interior do cruzeiro. 

- Boa tarde, Tyler. - a voz de Harry aparecia em um tom formal e profissional .  - Qual será nosso quarto? 

- D41 , senhor. - respondeu.

- Obrigada.

...

Os olhos da garota se ampliaram ao fitar o dormitório que fora destinado para eles. Ela poderia chegar na conclusão de que aquele quarto era bem mais amplo que a enorme sala de estar da mansão; ou até pensou que aquele quarto poderia ser considerado bem mais grande que a casa que ela morou com os pais durante a infância. Ao entrar, Angelina serpenteou o local com os olhos bem abertos; descrença era notável em seu rosto.

- Gostou? 

As paredes obtinham uma decoração feita por alguns quadros com imagens marítimas; o chão quase era totalmente encoberto por um tapete felpudo na cor pálida;  uma cama de casal imensamente posta sobre o meio do quarto  a fazia ser o centro das atenções, panos que cobriam a mesma eram da cor marrom-escuro e repousavam vários travesseiros sobre ela; a parede do lado direito do quarto tinham algumas portas embutidas , como se o armário estivesse por dentro da parede e apenas as portas pudessem ser vistas; uma mesinha e um mediano sofá na cor bege estavam postos na parede esquerda, aonde pudia ser observado o horizonte azulado através de uma enorme janela de vidro.

As palavras pareciam ter se enrolado junto ao nó presente em sua garganta; Angelina estava perplexa.

- Isso é...

- O quê? Se não gostou podemos trocar de quarto. - sugeriu.

- Não! Este é perfeito... - as mãos de Angelina se moviam desregularmente. - Apenas não sei como lhe explicar. 

A menina ouviu a porta de entrada ser fechada  atrás de si, e sentiu o calor do corpo de Harry. As mãos masculinas pousaram-se sobre os ombros da empregada, iniciando uma lenta massagem.  

- Não precisa explicar, Angel... - murmurou. - Fico contente em saber que gostou.

- Gostar?  Eu amei! - disse ela extasiada, virando-se para fitar Styles. 

Os olhos  verdes do rapaz pareciam ter ganho vida, após eles esbugalhar-se. 

- Ama mais do que a mim?

A pergunta pareceu não ter sentido aos ouvidos de Angelina. Ela precisou gastar alguns minutos para consumir aquela frase. Mas, mesmo assim não encontrou lógica. 

- Como assim? - sussurrou, amuada.

- Você ama este quarto mais do que a mim? - explicou.

Os membros ficaram tensos, ao que ouviram a pergunta explicada. Angelina não estava preparada para ouvir nem ao menos respondê-la.

- Ainda não entendi. - a voz tensa mentiu. Angelina sabia o que Harry gostaria de ouvir. 

Harry bufou.

- Esqueça. - distanciou-se. - Percebi que não quer me responder.

- Harry, espere! - ela agarrou seu pulso fortemente. - Eu não me vejo pronta para lhe responder agora. - tentou explicar para o rapaz emburrado.

- Não? Pois eu me vejo pronto para lhe responder em qualquer assunto. - respondeu carrancudo. 

- Como assim? - franziu as sobrancelhas. Angelina não sabia o que Harry gostaria de dizê-la. 

Harry bufou, novamente.

- Eu quero dizer que posso afirmar que estou apaixonado.