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História My boy ( Jikook) - O jantar


Escrita por: JiKook1704

Capítulo 7 - O jantar


Fanfic / Fanfiction My boy ( Jikook) - O jantar

Capítulo 7 O jantar

Jimin ( on)

Depois que passei mal e fui para o hospital, Jeon tirou dois dias de folga para ficar comigo. Segundo o médico, eu estava estressado. E eu nem sabia o que isso significava. Talvez estresse fosse aquela falta que eu sentia do Jeon durante o dia todo. Mesmo gostando muito de ficar na companhia de Jung, eu pensava em Jeon quase do tempo todo.

Quando os dias de folga de Jeon terminaram, acordamos cedo e ele me levou até Jung.

Meu medo de andar de carro aos poucos diminuía e ficava fácil me distrair com qualquer pensamento bom. Geralmente eu pensava em Jeon, mesmo ele estando do meu lado no carro.

Chegamos ao salão e Jeon saiu do carro carregando minha mochila.

Jeon: - Jimin! - Me fazendo parar e ouvi-lo.

Jeon: - Aprenda bastante coisas boas! E obedeça Jung em tudo.

- Se sentir alguma coisa avise a ele ou me mande uma mensagem.

- Cuide de seu celular. Não o perca.

- Coma direito e não se esforce demais.

- Não fiquei triste! Tá bom?! – Colocando as mãos nos meus ombros.

Eu assenti a todas suas recomendações e sorri para ele no final. Jeon me sorriu de volta e acenou um tchau à Jung. Jeon me entregou a mochila e voltou para o carro.

Ele não tinha nem dado a partida e eu já estava com saudades.

Jung: - Pintinho?! Você está melhor? – Colocando o braço ao redor do meu pescoço.

- Hoje vamos fazer várias coisas diferentes. – Disse sorrindo.

Entramos no salão, mas não ficamos muito tempo lá. Jung mandou eu deixar a mochila no escritório e disse que sairíamos.

Realmente saímos. Mas dessa vez fomos de carro. Fomos em uma cafeteria e tomamos café juntos. Eu mesmo cheio por já ter tomado café com Jeon, comi novamente.

Depois fomos a um lugar que segundo Jung, era cheio de dinheiro. E lá ele conversou com uns homens que usavam roupas parecidas com as do Jeon. Tinham mulheres por lá também. E enquanto esperava por Jung, eu observava todo mundo ao meu redor. Por que havia a separação entre homens e mulheres? Eu percebia que era diferente, mas o quão era diferente?

Com certeza isso eu perguntaria à Jung. Quando ele terminou de conversar com os homens daquele lugar. Fomos até um grande computador. E de lá Jung tirou várias papéis todos do mesmo tamanho. Depois que organizou tudo saímos daquele local.

Jung: - Jimin, vamos ao shopping?

Eu entendia pouco sobre o mundo e algumas coisas ainda não eram tão familiares para mim, mas shopping era uma coisa que eu gostava.

No shopping fomos novamente a uma loja de roupas. Jung e eu experimentamos muitas roupas.

De longe, avistei na loja, camisetas com desenhos do Mickey na frente. Sai correndo para ver de perto. E enquanto corria escutei o grito de Jung ecoando pela loja.

Jung: - GATINHO! ONDE VOCÊ VAI? – Berrou.

Mas ele se acalmou quando parei ao lado das camisetas com desenhos do Mickey e fiz gestos mostrando que eu as queria. Sim! Eu estava aprendendo a pedir coisas.

Jung: - O que quer? – Perguntou já se aproximando de mim.

E eu apontei para a camiseta. E em seguida fiz o número “3” com os dedos.

Jung: - Três? Quer três?

- Por que seu guloso? – Sorrindo.

- Ahhhhh! Eu, você e Jeon? – Perguntou.

E eu assenti rapidamente. Jung permitiu que eu escolhesse as camisetas e depois caminhamos até o lugar de pagar com um monte de roupas nas mãos.

Depois que Jung pagou, ajudei a carregar as sacolas e segurei em sua mão. Eu adorava andar de mãos dadas com ele. Aliás eu adorava vê-lo sorrindo para mim.

Fomos também em uma loja de fotos. Jung comprou um quadro pequeno que não tinha nada desenhado. E também pegou um envelope com alguma coisa dentro. E eu não entendi nada.

Caminhamos um pouco pelo shopping. E depois fomos ate o lugar onde deixamos o carro. E guardamos as compras no carro.

Jung: - Agora vou te levar em um lugar bem legal! Aposto que vai adorar. – Me arrastando pela mão.

Voltamos para dentro do shopping e subimos todas as escadas. Ficamos em uma pequena fila e compramos pipoca. Em seguida, entramos em uma sala enorme que tinha luzes verdes nas escadas. Haviam muitas cadeiras lá também.

Escolhemos um lugar e sentamos um do lado do outro. As luzes se apagaram e uma enorme TV ligou em nossa frente.

Olhei para Jung e ele fez um “ shiu" com o dedo indicador na frente dos lábios.

Era um filme. Eu já havia visto filmes com Jeon. Mas todos foram alegres e cheios de ação. E aquele filme que via com Jung não era tão alegre assim.

Era a história de uma menina que viajou para a casa do pai em uma fazenda. Ela não se dava bem com ele e viviam brigando. Nessa fazenda ela conheceu um garoto e os dois encostavam suas bocas uma na outra de vez em quando. Perto do final do filme o pai da menina morreu. E percebi que Jung estava com o nariz escorrendo e os olhos também.

Jung não estava bem. E limpou o nariz com um lencinho até o filme acabar.

Quando saímos daquela grande sala, ele estava com os olhos vermelhos. E o rosto triste. Mas eu queria vê-lo sorrir.

Então o abracei forte e escondi meu rosto em seu peito.

Jung: - Querido! Você também ficou triste com o filme? – Passando a mão em meus cabelos.

- É só uma história. – Me afastando um pouco do abraço e me encarando.

- Vamos tomar um Milk-shake? – Segurando minha mão.

Fomos até uma lanchonete ali no shopping mesmo. E Jung me mostrou mais uma coisa boa da vida: os milks-shakes.

Jung: - Bom né?

- Só não podemos tomar todo dia senão viraremos duas bolotas. – Disse sorrindo.

- Gostou do filme?

Peguei meu bloquinho e escrevi...

Jung: “ - Sim. Mas foi triste.” – Leu.

- Ah sim! Nem tudo na vida é felicidade.

- Histórias como a do filme fazem a gente dar mais valor as coisas pequenas da vida.

Novamente escrevi no bloquinho...

Jung: “ – Você chorou por que a história era triste?” – Leu.

- Foi sim. – Com um sorriso.

Escrevi mais uma vez...

Jung: “ - Jeon também chora?” – Leu.

- Todos nós choramos.

- Jeon já foi um chorão. Mas de uns tempos para cá está meio seco.

- Ele está meio sem sentimentos. Entende?!

- Eu tenho tentado reverter isso nele há algum tempo.

Escrevi mais no bloquinho...

Jung: “ – Quero ajudar!” – Leu.

- Eu sei meu anjo. Acredite! Você já está ajudando.

- Até eu tenho revivido sentimentos depois de te conhecer. – Sorrindo.

Me levantei e fui em sua direção e lhe abracei novamente. Seu sorriso era como uma força que me atraía.

Jung: - Estou ficando mal acostumado de tanto carinho seu. – Disse enquanto recebia meu abraço e passava a mão nos meus cabelos.

- Vamos para o salão? Está quase na hora de Jeon ir te buscar.

Assenti e soltei Jung para que ele se levantasse da cadeira.

Saímos do shopping de mãos dadas e fomos até o carro.

Jung: - Jimin, tem medo de carros né?!

- Agora que lembrei.

Eu respondi fazendo um gesto de “ mais ou menos” com a mão.

Jung: - O que faz para não ficar com tanto medo quando anda de carro com Jeon?

Escrevi no bloquinho bem rápido.

Jung: “ - Penso em coisas felizes e legais.” – Leu.

- Huuum!

- Então pense em Milk-shake! - Disse sorrindo.

Eu sorria de volta e coloquei o cinto sozinho.

Voltamos para o salão. Peguei as sacolas com as roupas que tinha ganhado e minha mochila. Deixei tudo sobre o sofá. Estava tudo pronto para quando Jeon viesse me buscar. Eu estava ansioso para lhe mostrar as camisetas que tinham o desenho do Mickey na frente. Mas... ele estava atrasado.

Eu já estava cansado de esperar e Jung me olhava preocupado. Até que o celular de Jung tocou e ele atendeu aos berros.

Jung: - Onde você está? – Perguntou em tom alto ao telefone.

- Ele está bem aqui na minha frente. E já está cansado de te esperar.

- Vai o que?

- Com quem?

- Você sabe que sim né?!

- Vou levar ele para minha casa.

- Problema seu!

- Esperai!

- Toma meu bem! – Me entregando o celular.

Quando coloquei sobre o ouvido não escutei nada e olhei para Jung com cara de interrogação.

Jung: - Pode falar que ele está ouvindo. – Disse em tom alto bem próximo ao celular que eu segurava.

E então comecei a ouvir a voz de Jeon.

Jeon: - Jimin, tenho um compromisso e vou chegar tarde hoje. Jung vai te levar para a casa dele. E mais tarde eu te busco.

- Devolve o celular para o Jung agora. – Ordenou.

Eu obedeci e entrei o celular para Jung. Caminhei até o sofá e desabei sentado.

Jung ainda conversou um pouco com Jeon em tom baixo e depois guardou o celular no bolso.

Jung: - Hoje, vou embora mais cedo. – Avisou aos funcionários.

- Tranquem tudo quando saírem.

Jung caminhou até o sofá onde eu estava e se sentou ao meu lado.

Jung: - Ele tem um jantar com os velhos da empresa onde trabalha. – Explicou.

- E nós dois vamos para a minha casa e vamos fazer um monte de coisas legais. Tá? – Segurando minha mão.

Respirei fundo e sorri para Jung. As vezes ele era mais atencioso e carinhoso comigo que Jeon. E eu adorava aquela atenção toda.

Em poucos minutos estávamos no carro de Jung novamente. Me disse que daríamos uma volta de carro antes de ir para casa. Segundo ele, eu precisava superar os meus medos.

Não foi ruim o passeio. E passamos por alguns lugares que eu andava quando morava em todo canto. Passamos perto do bar onde conheci Jeon. E pela praça onde nos encontramos pela segunda vez. E mesmo que eu quisesse me distrair meus pensamentos estavam sempre nele.

Quando chegamos no edifício onde Jung morava, ele aprontou o maior escândalo na garagem. Pois a barra de sua camisa enganchou na porta do carro.

A cena foi engraçada. Já que Jung estava com as mãos ocupadas com algumas sacolas. E eu não conseguia abrir a porta do carro.

Jung: - Jimin! Acode! Abre a porta!

E eu balançava a cabeça em negativa enquanto tentava abrir a porta.

Ficamos alguns minutos lutando com a porta do carro até conseguirmos soltar a barra da camisa de Jung.

Depois fomos de elevador até seu apartamento. Que era bem diferente de onde eu morava com Jeon.

Jung: - Fique à vontade!

- ¡Mi casa es tu casa! – Disse antes de sumir para dentro de um dos quartos.

Eu andei pelo apartamento. Olhei os quadros e as fotos. Jung tinha fotos da família dele. E entre elas havia uma foto de Jeon. Eles eram realmente muito amigos.

Jung: - Está olhando as fotos? – Me assustando.

- Falta essa! - Colocando o pequeno quadro que havia comprado mais cedo sobre a mesa.

Havia uma foto minha naquele quadrinho.

Jung: - Agora tenho você também! - Falava sobre minha foto.

E eu o olhei todo feliz.

Jung: - Olha a foto desse sem-vergonha! - Pegando a foto de Jeon de cima da mesa.

- Gosta dele né? – Perguntou enquanto olhava a foto.

E eu sorri com um “sim".

Jung: - Ele é um sortudo!

- Porque ele tem a gente para cuidar dele! – Concluiu.

- Agora, banho! Anda! – Colocando a foto sobre a mesa e me empurrando para um dos quartos.

- Vista uma das roupas novas. – Recomendou.

Jung me deixou sozinho no quarto e eu tirei a roupa e fui tomar banho.

Meus pensamentos ainda estava em Jeon. Será que ele estava cansado?

Sempre que chegávamos em casa ele tomava banho e comíamos algo. Depois ele analisava documentos, ou simplesmente deitava na cama ou no sofá. As vezes assistia algo comigo. Ou escutava música e dançava pela casa. Quanto mais tempo se passava, mais eu aprendia sobre Jeon. Mas mesmo assim ele ainda era um mistério para mim.

Eu pensava principalmente em como era sua vida quando estava no trabalho. Com quem conversava? Que horas comia? Para quem ele sorria?

Terminei meu banho e escolhi uma roupa dentre as novas. Acabei vestindo um pijama amarelo que Jung havia escolhido. Depois sai do quarto cabisbaixo.

Jung: - O que foi? Não gostou do pijama? – Ao me ver todo triste.

Neguei balançando a cabeça.

Jung: - Quer comer? – Me puxando pela mão.

Sentamos à mesa e comemos várias coisas misturadas. Sorvete, pão, suco, salgadinhos e doce de leite.

Jung: - Vamos virar duas bolotas. – Me fazendo sorrir.

Depois de comer, fomos para a sala e assistimos programas que Jung me disse que se chamavam doramas. Adormeci deitado no sofá.

Jeon (on)

Durante muito tempo minha rotina era acorda cedo, ir para a empresa e depois voltar de lá e esperar o outro dia chegar e tudo recomeçar. Mas a pouco mais de um mês, minha rotina havia mudado. Agora eu tinha um motivo para voltar para casa. Tinha alguém que esperava ser buscado por mim todos os dias.

No dia que não pude buscar Jimin depois do trabalho, me senti mal.

O chefe marcou um jantar para discutirmos uma nova forma de investimentos. E eu fui obrigado a ir.

No final do expediente, avisei a Jung que demoraria a chegar e pedi que cuidasse de Jimin mais um pouco. E depois segui junto com o urubuzal, meu pai, Sub e Mika até um restaurante.

De jantar aquilo não tinha nada. Com aqueles velhos todos de preto o restaurante ficou parecido com um velório ou uma convenção das bruxas. Só a treva! E a única pessoa que tinha luz ali era a Mika. E eu tratei logo de sentar ao lado dela, já que o ar em outras partes da mesa era praticamente irrespirável.

Mika: - Está nervoso? – Perguntou ao ver minha perna sacudindo freneticamente.

Jeon: - Só... deveria estar em outro lugar agora.

Mika: - Entendo!

A reunião prosseguia e eu checava as horas frequentemente. E sempre que acendia a tela do celular via a foto de Jimin. Que agonia! Eu sentia como se fosse sufocar se não o visse logo. Eu precisa vê-lo pessoalmente para respirar aliviado. Ele era meu remédio contra o cansaço e o estresse.

A reunião se prolongava e para meu maior espanto e surpresa, minha mãe apareceu no restaurante. E eu nem sabia que ela havia chegado da última viagem que tinha feito para só Deus sabe onde.

Ela não tinha vindo sozinha. Consigo veio um homem que segundo o urubuzal seria nosso novo sócio.

Não questionei nada. Também não iria conseguir. Eu só era notado quando precisavam de alguma análise ou de alguém para espezinhar.

Certos momentos da reunião eu estava tão desligado, que me lembrei que não lavava roupa há algum tempo. E que provavelmente eu e Jimin estaríamos usando as últimas cuecas limpas.

Quando os velhos finalmente deram as mãos e agradeceram a presença de todos eu fui o primeiro a deixar a mesa.

Mika: - Jeon! - Correndo atrás de mim no estacionamento.

Parei e olhei para trás.

Mika: - Pode me dar uma carona?

- Deixei o carro na empresa e vim com o

... – Sendo interrompida.

Jeon: - Então vem logo! – Já entrando no carro.

Ela me seguiu e entrou no meu carro. E mal a deixei colocar o cinto e já dei a partida no carro.

Mika: - Meu Deus que cinto apertado! – Reclamou.

Ele estava apertado porque estava ajustado para o Jimin.

Mika: - Está atrasado para algo? - Puxando conversa.

Jeon: - Tenho que encontrar alguém. – Respondi com cara de poucos amigos.

Mika não puxou mais assunto e logo a deixei em frente a um prédio. Que era bem perto de onde eu morava. Talvez por isso tenha a encontrado no parque daquela vez.

Dali segui para a casa de Jung. Com um pouco de sorte ainda estariam vendo TV.

O porteiro me deixou entrar na garagem já que me conhecia. Eu tinha certeza de que ele achava que eu e Jung tínhamos algo.

Subi até o apartamento sem problemas algum. Então não era tão ruim o que o porteiro achava sobre eu e Jung. Sorri pensando nisso.

Toquei a campainha e esperei até ouvir os chinelos de Jung arrastando enquanto se aproximava da porta.

Jung: - Entra! – Ao abrir a porta.

Jeon: - Cadê ele?

Jung: - Dormindo no sofá.

Caminhei até a sala com Jung me seguindo. E vi Jimin deitado no sofá usando um pijama amarelo.

Jeon: - Obrigado Jung!

Jung: - Não mexe nele! – Com a cara feia.

Jeon: - Tenho que levá-lo para casa.

Jung: - Ele te esperou até não aguentar mais. Deixe-o dormir.

Jeon: - Estou cansado também.

Jung: - Durma aqui também.

- E aí me faça companhia.

Jeon: - Tá bom! - Ao ser convencido.

- Vou coloca-lo no quarto. – Me abaixando e pegando Jimin no colo.

Era um pouco de exagero carrega-lo, mas eu queria fazer aquilo.

O levei até o quarto e o acomodei na cama. Depois voltei até a sala. Retirei os sapatos e a gravata. Me sentei ao lado de Jung no sofá e respirei fundo.

Jung: - Problemas?

Jeon: - Um investimento que acho que não vai dar certo.

Jung: - Ficou calado?

Jeon: - Sim.

Jung: - Não sabe se impor?

Jeon: - Os velhos não escutam.

- E tudo o que eu queria hoje era voltar para casa com Jimin.

Jung: - Viu a Mika?

Jeon: - Dei carona para ela na volta.

Jung: - Só carona?

Jeon: - Claro!

Jung: - Gosta dele?

Jeon: - Hã?

Jung: - Gosta do garoto?

Jeon: - Lá vem você com as conversas estranhas.

Jung: - Não tem nada de estranho.

- Gosta dele? – Insistiu.

- Se não gostar dele, não alimente a mente dele.

- Posso cuidar dele e você segue sua vida. O quanto antes melhor!

Jeon: - Não vou te dar ele.

Jung: - Então gosta dele?

Jeon: - Gosto! Eu gosto dele.

Jung: - Gosta a ponto de assumi-lo?

Jeon: - Jung, vamos assistir TV ? Você disse que queria companhia por isso eu fiquei aqui. – Mudando de assunto.

Jung parou de fazer perguntas e assistimos TV até eu começar a cochilar.

Jung: - Vamos dormir! Anda! – Me cutucando.

Me levantei e fui para o quarto com Jung. A cama dele era de casal, então tinha lugar para nós dois. Me deitei ao seu lado e adormeci.

Acordei no meio da madrugada com algo fazendo peso nas margens da cama. Abri um pouquinho os olhos e vi Jimin engatinhando sobre eu e Jung.

Jeon: - Vem! - Cochichei o chamando para perto de mim.

Ele se deitou entre eu e Jung. Se virou para o meu lado e ficou me olhando.

Jeon: - Chame meu nome! - Disse quase adormecendo enquanto mexia em seus cabelos caídos na testa.

De manhã acordei com meu celular despertando sob minhas costelas. Jimin estava com um dos braços sobre mim e agarrava minha camisa com força.

Me levantei devagar para não acordá-lo. Jung não estava mais deitado, provavelmente estava na cozinha. Então fui procurá-lo.

Jeon: - Bom dia Jung! – Ao encontra-lo na cozinha já fazendo nosso café.

Jung: - Bom dia!

- E o Jimin?

Jeon: - Dormindo ainda.

Jung: - Ele foi para nossa cama durante a noite né?

Jeon: - Parece... que somos casados e ele ... E nosso filho. – Comentei sorrindo e com a boca cheia de pão.

Jung: - Você não está brincando de ser pai com ele né?

Jeon: - Às vezes eu imagino isso. – Afirmei sorrindo.

Jung: - Sua anta! Ele gosta de você! – Disse em tom baixo.

Jeon: - Eu também gosto dele! - Respondi em tom baixo.

- Ele me faz companhia e alegra meus dias.

Jung: - Tapado! Ele está apaixonado por você! – Cochichou.

Jeon: - Hã?

Jung: - Bom dia meu anjinho fofo! - Falou olhando em direção à porta.

Quando olhei para trás Jimin caminhava em nossa direção coçando os olhos.

Ele se sentou ao meu lado e ficou quieto de olhos fechados. Era como se ainda dormisse.

Jung: - Acordamos você? – Fazendo com abrisse os olhos.

Ele negou e pegou um pedaço de pão e levou à boca.

Enquanto o observava lembrava do que Jung havia dito. “ Ele está apaixonado por você!” será mesmo? Mas.... Eu nem sabia se gostava de homens.

Jung: - Se for trabalhar hoje, sugiro que se arrume logo. – Me despertando.

Jeon: - Ah sim! – Me levantando da mesa.

Fui até o quarto e coloquei a gravata e os sapatos. Bati a mão pela roupa para tirar os pelos e desamassar um pouco. Em seguida voltei à cozinha para me despedir.

Jeon: - Jimin, hoje eu te busco mais cedo. Prometo!

E ele me olhava assentindo.

Jung: - Seu seco! Se despede do garoto direito.

- Sua boca não vai cair se você fizer isso. – Segurando o rosto de Jimin e dando um beijo em uma de suas bochechas.

Jeon: - Aí Jung! Você não é fácil! – Me aproximei de Jimin segurei seu rosto e também beijei sua bochecha.

- Estou indo agora! – Indo em direção à porta.

Fui para a empresa com a mesma roupa do dia anterior. Tudo bem passar dois dias com a mesma cueca. – Pensei.

Cheguei cedo na minha sala. E tive um tempo para pensar enquanto ninguém aparecia.

Meus pensamentos eram aqueles mesmo, sobre Jimin e aquilo que Jung havia dito.

Jeon: - Apaixonado... – Resmunguei comigo mesmo.

Sub: - Você? - Entrando na minha sala sem bater.

Jeon: - O que tem eu?

Sub: - Disse apaixonado. Está apaixonado?

Jeon: - Cuide da vida do meu pai que da minha cuido eu!

E ali começava mais um exaustivo dia de trabalho. Ainda participei de duas reuniões sobre aquele investimento que discutiram no jantar. E depois analisei e fiz os cálculos de um outro cliente. Fiz tudo rápido e olhando no relógio constantemente. Havia prometido ao Jimin que o buscaria mais cedo.

E consegui sair da empresa um pouco mais cedo. Fui praticamente voando para o salão. E quando cheguei lá, encontrei Jimin tendo aula de como fazer unhas.

Jeon: - Cheguei! - Parado na frente de Jimin que estava sentado em um banquinho ao lado de uma das moças que fazia unhas.

Jung: - Espere só ele terminar a aula dele. – Recomendou.

Jeon: - Sim senhor! - Caminhado até o sofá e me sentando para esperar.

Fiquei ali observando o movimento do salão. As mulheres conversando. O barulho do secador de cabelo. E Jimin sentadinho observando atentamente como se tirava cutículas e passava esmalte. Ele era esforçado. E muito inteligente. E eu um babão!

Ele é meu. Eu o achei. Ele gosta de mim. E eu ficarei com ele. Ouviu Jung? É meu! - Pensava enquanto olhava simultaneamente para Jimin e Jung. Jeon: - Mas.. o que eu tô pensando? – Me repreendi.

Logo Jimin terminou sua aula. Se levantou do banquinho. Ajudou a moça a guardar os esmaltes e levou os alicates e tesouras para esterilizar. Depois veio até o sofá onde eu estava carregando várias sacolas.

Jeon: - O que é tudo isso? – E ele fez gestos me contando que Jung havia lhe dado aquelas roupas.

Eu o ajudei com as sacolas e após nos despedirmos de Jung, fomos para o carro.

Jeon: - Você aprende bastante no salão? – Puxei conversa enquanto dirigia.

Jimin assentiu.

Jeon: - Jung é um máximo né?

E Jimin assentiu novamente.

Quando chegamos ao edifício, descemos do carro e ajudei Jimin com as sacolas.

Jeon: - Jung está te enchendo de presentes.

- Eu deveria fazer o mesmo. – Disse de cabeça baixa enquanto esperávamos o elevador.

E Jimin se abaixou procurando meu rosto e balançou a cabeça em negativa com um sorriso. Acho que ele queria me dizer que não precisava.

Quando chegamos ao apartamento, Jimin pegou as sacolas da minha mão e correu para o quarto. E eu fui tomar banho. Já que tinha dois dias que usava a mesma cueca.

Tomei banho e me troquei. Depois fui me sentar no sofá e dar uma olhada na internet. Dessa vez eu não tinha documentos para analisar. Então só ficaria atoa escutando música e dando atenção à Jimin.

Depois de um tempo que eu estava sentado no sofá, Jimin surgiu do meu lado. Ele usava uma camiseta branca com o Mickey na frente e....

Jeon: - Cadê seu short? Ou calça? – Perguntei a ver que ele só usava cueca e camiseta.

Ele deu de ombros como quem diz um “ Não sei.”

Jeon: - Putz!

- É mesmo temos que lavar roupa. – Me levantando do sofá.

Jeon: - Jimin, busque todas as roupas que estão naquele cesto no banheiro.

Ele me deu as costas e foi buscar as roupas. E sem querer dei uma olhada nas costas, coxas e.... dele enquanto se afastava.

Logo ele reapareceu arrastando a cesta de roupa suja.

Jeon: - Vem! - O chamando até perto da máquina de lavar.

Corri até meu banheiro e também peguei todas as roupas do cesto.

Coloquei todas as roupas claras primeiro na máquina. E quando as roupas já estavam começando a serem centrifugadas, a máquina fazia um barulho estranho. Então me abaixei em frente a máquina para verificar se as roupas estavam só de um lado.

Jimin se aproximou e agachou bem próximo a mim.

Eu olhava para a tampa da máquina e ao mesmo tempo o observava pela visão periférica. Ele me olhava fixamente e quando virei meu rosto em sua direção ele rapidamente desviou seu olhar.

Não pude controlar meus olhos e me percebi olhando suas coxas completamente à mostra.

Jeon: - Realmente não sabe quantos anos tem? – Perguntei aleatoriamente.

E ele me respondeu com uma negativa.

Jeon: - Ainda tinha cuecas limpas? – Mudando de assunto.

E ele negou novamente.

Jeon: - Então está usando uma suja?

Jimin imediatamente se levantou e segurou no cós da cueca fazendo menção de tirá-la.

Jeon: - Espera! O que tá fazendo?!

- Não precisa tirá-la. Use essa até ter uma seca. – Recomendei ficando de costas para ele.

- Melhor ir vestir um short ou calça. – Recomendei.

- Cadê aquele pijama amarelo que usou na casa de Jung?

E eu ainda estava de costas quando ele passou por mim em direção ao quarto.

Depois de alguns minutos, estava estendendo as roupas, quando senti um leve cutucão em meu braço. Quando olhei para trás Jimin estava parado lá erguendo parte da camiseta para me mostrar a calça que usava.

Era uma calça jeans bem clara. Ligada ao corpo e com uns rasgos nos joelhos.

Jeon: - Jung te deu isso?

Ele assentiu e ficou de costas para mim com a intenção de me mostrar a parte detrás da calça. E meus olhos foram diretamente até os bolsos traseiros. E as duas montanhas que faziam com que os bolsos parecerem arredondados.

Jeon: - O que vocês dois estão tentando fazer? – Sobre calça dando destaque em partes do corpo de Jimin que eu não costumava reparar muito.

Jimin pegou o bloquinho de cima da mesa e escreveu algo e me mostrou.

Jeon: “ – Você não gostou? Não é bonita?” – Li.

- Não é isso... é só que... parece desconfortável. É muito justa ao seu corpo.

Jimin agora olhava para si mesmo tentando achar os defeitos que coloquei na calça.

Terminei de estender as roupas e lavei mais algumas. Enquanto isso Jimin andava pelo apartamento com aquela calça retratando sua bunda e coxas. E consequentemente meus olhos o seguiam para todos os lados.

Depois que lanchamos, Jimin foi pata o quarto e ficou tudo muito quieto. Me bateu uma curiosidade em saber que fazia, e fui até o quarto dele na ponta dos pés. Olhei na cama, e nada. Olhei nos cantos do quarto e nada. Entrei devagarinho e fui até a porta do banheiro. E o vi em frente ao espelho fazendo bicos e gesticulando a boca. Parecia treinar algo. Talvez ele estava tentando falar.

Era melhor eu deixá-lo sozinho naquele momento. Então fui para meu quarto . Naquela noite, não assistimos TV nem escutamos música. Eu estava exausto então adormeci rápido.

Durante a noite tive um sonho estranho. Sonhei com uma forte luz e que Jimin estava sentado sobre mim na cama. E usava aquela calça. O pior foram as coisas que fiz no sonho. Eu passava as mãos pelas coxas dele e subia até sua barriga. Cheguei a me levantar sob ele e a abraçá-lo bem forte. Tinha sido tão real o sonho, que até senti o cheiro de seu cabelo e a suavidade da pele.

Acordei pela manhã todo confuso. Que espécie de sonho era aquele? Será que meu inconsciente estava pensando no que Jung havia dito? “ Apaixonado". Será que estava mesmo apaixonado por mim? Ou será que era eu quem estava apaixonado por ele?

Me levantei e me arrumei para mais um dia de trabalho. Quando sai do quarto, Jimin já estava na cozinha arrumando a mesa para tomarmos café. Ele usava aquela calça.

Vai ser esse tormento agora? – Pensei sobre vê-lo com aquela calça logo cedo.

Quando me aproximei da mesa ele me abriu um enorme sorriso seguido de um suspiro. Será que estava feliz em me ver?

Jimin catou o bloquinho de cima da mesa e escreveu algo.

Jeon: “ – Sonhei com você.” – Li.

- Normal! Passamos muito tempo juntos. – Respondi da forma mais seca possível e vi o sorriso de Jimin se desfazendo.

Nos sentamos à mesa em um clima mórbido. Tudo graças a mim.

Respondi daquele jeito, mas estava me rasgando de curiosidade sobre o sonho que Jimin disse ter tido comigo. Será que tinha sido tão intenso quanto o meu?

Terminamos o café. Jimin pegou a mochila e me esperou perto da porta de saída. Deixamos o apartamento e fomos de elevador até a garagem. No elevador tivemos que ficar bem próximos quando outras pessoas embarcaram. E eu voltei a me lembrar da sensação que tive no sonho. O corpo dele bem próximo ao meu. E o cheiro de seu cabelo.

Quando a porta do elevador abriu na garagem, eu me inclinava em direção à Jimin para cheira seus cabelos. Ainda bem que ninguém percebeu.

Caminhamos até o carro. E novamente ficamos bem próximos quando fui abrir a porta para ele. E depois lhe colocar o cinto.

Fomos em silêncio até o salão. Jimin olhava pela janela do carro sem parar. Acho que ele queria me ignorar um pouco. Devia está ressentido pela resposta xoxa que dei.

Quando chegamos em frente ao salão. Ele tirou o cinto e desceu do carro arrastando a mochila.

Jeon: - Jimin esper.... – Ao vê-lo sair daquele jeito.

- Tchau! – Desistindo de tentar conversar com ele.

Jung apareceu na porta do salão assim que escutou o barulho do meu carro. Então assistiu parte da cena.

Fui para o trabalho pensando que aquele momento nada agradável pela manhã, fazia parte do “ conviver". E me conscientizei que provavelmente Jimin era um adolescente e aquele comportamento era efeito disso. Afinal a resposta que dei não tinha nada de errada. Só não havia sido carinhosa.

Pensei que logo pararia de pensar nele e no que tinha acontecido. Mas não. Passei parte da manhã analisando documentos e pensando em Jimin. Parava os olhos em letras e trechos aleatórios e tinha que reler tudo por não estar prestando atenção.

Mika me assessorava. E ficou sentada ao meu lado me ajudando a analisar os documentos. Se não fosse por ela eu não teria terminado nem o primeiro.

Mika: - Tá bom Jeon! Vamos fazer uma pausa. – Retirando o papel de minhas mãos.

Jeon: - Por que?

Mika: - Quero tomar um café. E você precisa limpar seus pensamentos.

Jeon: - Como... – Me levantando ao vê-la também se levantar.

Mika: - Vamos?! Aí a gente conversa um pouco. – Já deixando a sala e me fazendo segui-la.

Fomos até uma cafeteria que havia em frente à empresa. Comprei um frappuccino. Era o preferido de Jung. Acho que Jimin iria a gostar de tomar um. Mas com certeza Jung já havia lhe apresentado o Starbucks.

Nos sentamos em uma mesa e tomávamos nossos cafés em silêncio até Mika começar a falar.

Mika: - Você não está nada bem hoje né?!

Jeon: - Não. Estou bem sim!

Mika: - Está mais desligado que o normal.

Jeon: - Normal? – Me lembrando do que havia dito ao Jimin.

- Qual o significado da palavra “ normal"? – Fazendo Mika me olhar espantada.

Mika: - Ixi! Deu falha no HD? – Sobre eu parecer confuso.

Jeon: - Só... Pensei que “normal” poderia ter várias interpretações.

Mika: - Brigou com alguém?

Jeon: - Não sei se foi bem uma briga. – Falando sem pensar.

Mika: - Você é muito óbvio. Aliás pelo jeito sempre foi.

Jeon: - Por que está dizendo isso?

Mika: - Por nada!

- Mas se resolva com quem você se desentendeu.

- Não quero ter que analisar aqueles documentos sozinha o resto da semana. – Disse sorrindo ao final.

Mika: - Aquele dia, na sua casa... Jung não pareceu muito feliz em me ver.

Jeon: - Ele é assim mesmo.

Mika: - Não acho! Eu me lembro de um Jung diferente no tempo do colégio. Ele era mais alegre.

Jeon: - Ele continua do mesmo jeito. – Afirmei.

- Só que agora ele direciona a alegria dele para pessoas específicas.

Mika: - Nossa! Essa doeu!

Jeon: - Eu também não sou o alvo dele nesse momento.

Mika: - O alvo é aquele garoto?

- Vi como Jung o trata.

Jeon: - É. Ele cuida muito bem do Jimin. As vezes até passa da conta. – Falando sem pensar novamente.

Do nada, Mika começou a sorrir e balançar a cabeça em negativa.

Jeon: - O que foi?

Mika: - Estou tentando descobrir de qual dos dois você sente mais ciúmes.

Jeon: - Eu não sinto ciúmes deles. – Afirmei sorrindo de nervoso.

Mika: - Tá bom! – Sorrindo.

Conversamos mais um pouco sobre coisas do tempo de colégio. Sorrimos de algumas bobeiras e voltamos ao trabalho.

Eu tinha conseguido me distrair um pouco, mas mesmo assim ainda pensava em Jimin. E enquanto analisava outro documento na companhia de Mika, recebi uma mensagem. Olhei rapidamente assim que escutei a notificação. Era do Jimin.

“ – Está chateado comigo?

- Prometo que vou tentar não sonhar mais com você. Desculpa!” - Li imaginando a voz de Jimin, que só havia escutado em gemidos, falando dentro da minha cabeça.

Me levantei da cadeira que estava próxima à Mika e caminhei até perto da janela digitando uma resposta.

Jeon: “ – Não estou chateado. Me desculpe por ser tão bruto. Me sinto culpado. Te adoro! ♡” – Digitei.

Mas acabei apagando a mensagem após ler e reler umas cinco vezes.

E acabei mandando só um “ Não estou chateado.”

E depois de enviar percebi que havia sido seco novamente.

Jeon: - Burro! Burro! Burro! – Me dando tapas na cabeça.

Mika: - Jeon? Está tudo bem aí? – Ao presenciar meu ataque de raiva e burrice.

Jeon: - Desculpa Mika!

- Preciso tomar um pouco de água. – Disse saindo às pressas da sala.

Fui ao banheiro e lavei o rosto. Na verdade praticamente enfiei a cabeça sob a torneira. Se Jimin tinha ficado chateado com a minha resposta pela manhã, imagina só depois dessa segunda resposta seca.

Sub: - Acho que não vai conseguir se afogar aí. – Entrando no banheiro.

Levantei a cabeça e o encarei pelo espelho.

Sub: - Ok! Desculpa! – Ao ver minha cara de ódio.

Sub entrou em um dos boxes, e eu saí pisando alto do banheiro.

Me sentei novamente na cadeira perto de Mika e pedir os papéis para continuar analisando.

No final do expediente, fui ao salão. E já cheguei lá preparado para levar um sermão de Jung. Porque com certeza Jimin tinha contado para ele sobre a minha falta de sensibilidade.

Entrei no salão e não vi Jimin nem Jung. Perguntei a uma funcionária cadê eles e ela me apontou a sala do escritório de Jung.

Jeon: - Cheguei! – Colocando penas o rosto dentro da sala.

Jung: - Entra!

Jeon: - Cadê o Jimin? - Ao não vê-lo ali.

Jung: - Ele saiu com uma das funcionárias. Foram comprar umas coisas que pedi.

Jeon: - Sabia que eu viria buscá-lo nessa hora. Por que o mandou ir mesmo assim?

Jung: - Se acalme aí!

- Pedi que ele fosse porque faz parte das coisas que ensino a ele. E queria conversar com você à sós.

Jeon: - Já sei...

Jung: - Não sabe não.

- Jeon... já parou para pensar que esse tempo que Jimin está com a gente pode ser passageiro?

- Ele deve ter uma família procurando por ele.

- Ele pode ter sido sequestrado.

- Ou aconteceu algum acidente...

- Mas no fim, ele pode encontrar alguém do seu passado e simplesmente ir embora.

Jeon: - Por que está me dizendo isso?

Jung: - Cuide direito dele! – Em tom mais alto.

Jeon: - Eu não fiz nada de mal.

- Só respondi para ele de forma seca... duas vezes. – Concluir.

- E parte disso é culpa sua!

Jung: - Minha? – Me olhando arregalado.

Jeon: - Você fica colocando coisas na minha cabeça.

- Aposto que está fazendo isso com ele também.

Jung: - Acha mesmo que eu iria colocar algo na cabeça dele a seu favor? – Disse todo sério.

Jeon: - Eu tenho tido pensamentos e sonhos estranhos. Principalmente depois que me falou aquilo sobre ele está apaixonado por mim.

Jung: - Sonhos estranhos é?! – Perguntou com um sorriso.

Jeon: - Não tem graça.

- E aquela... calça que deu a ele...

- Precisava ser tão justa? – Fazendo Jung sorrir.

Jung: - Entendi!

- Só peça desculpas a ele. – Sorrindo.

Me levantei e fui até uma mesinha tomar um pouco de água. Jung suspirava soltando um “ aí aí!” .

Escutamos umas batidas na porta e Jung pediu que a pessoa entrasse. Quando me virei, vi Jimin parado na frente da mesa de Jung.

Jung: - Deu tudo certo? Achou tudo que pedi?

E Jimin assentiu.

Jung: - Que bom!

- Aquela pessoa ali quer falar com você. – Apontando em minha direção e saindo da sala.

Jimin caminhou até mim e ficou parado em minha frente todo sério.

Jeon: - Sobre... hoje de manhã... Me desculpe!

- E sobre a mensagem mais cedo.... Me desculpe também.

Ele então fez uma sequência de gestos. Apontou para mim, colocou a mão ao lado do rosto se referindo a dormir, desenhou um coração e depois o partir ao meio. E eu entendi um “ Não gosta que sonhe com você?”

Jeon: - Não é isso.

E ele voltou a fazer uma sequência de gestos. Dessa vez apontou para si, depois para mim, fez um coração com as mãos e uma carinha triste enquanto balançava a cabeça em negativa. E eu entendi um “ Você não gosta de mim?”

Jeon: - Claro que eu gosto de você.

- Eu te adoro! – Disse o puxando para mais perto de mim.

- Pode sonhar comigo o quanto quiser. – O puxando mais e o abraçando forte.

- Desculpe ter sido insensível! – Dando um beijo em seu rosto. Beijo esse que foi bem próximo ao seus lábios. Era o famoso beijo de escanteio. Ou o beijo escondido.

Quando afastei meu rosto do dele, ele estava completamente vermelho e respirava acelerado. Eu tinha o deixado nervoso.

Jeon: - Calma! – O abraçando novamente.

Ele me abraçou de volta e afundou seu rosto em meu peito.

Jimin: - Jeon! – Disse com uma voz fraca e abafada.

Ninguém o levaria de mim.

😍😍😍😍😍😍😍😍😍😍😍😍😍😍😍

Olá pessoas! Mais um capítulo enorme. Desculpe por isso ... empolguei escrevendo! 

Mas espero que gostem! A história tá fofinha né? 

Queria saber se vocês... o que acham que aconteceu com o Jimin? Por que ele perdeu a fala e a memória? Já repeti tanto o fato dele ter medo de carros que supostamente está ligado os fatos. Mas...  E a família dele? Eu ainda não decidir sobre isso e  aceito sugestões. 


Ódios, raivas, traumas, ameaças, xingamentos, carinhos e amor nos coments! 🐥😍



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