História My control pill (Taegyu-Yeonbin) - (27) Confusões de familia (parte 1)

Tudo corria estranhamente bem naquela manhã. Beomgyu estava quase dormindo em uma de suas rotineiras aulas de literatura. Do lado de fora estava Taehyun, tentando alcançar as folhas que caía na piscina enquanto também lutava para não se molhar coma água fria. É, o primeiro mês de inverno ainda irá acabar e o frio estava bem intenso, a estação mal havia começado e já era visível a típica paisagem das folhas preenchidas pelo branco da neve, o jardim que antes era todo verde, também ganhara o tom branco junto aos bonecos de neve enfeitados com os mais diversos tipos e cores de cachecol. As crianças eram bem criativas com isso.

Beomgyu esboçou um leve sorrindo olhando aquilo tudo da janela. Algumas crianças ainda brincavam, ele viu um trio com duas garotas e um garoto revisando entre si um "trenó" em quem era puxado e quem tinha que puxar. Todos sorriam felizes. Entretanto sua atenção voltou para o quadro a sua frente quando a professora estalou os dedos em sua frente e lhe lançou um olhar feio.

Rapidamente ele ajeitou a postura tentando prestar atenção no que a mulher em sua frente falava. Mas convencido pela tentação, ele acabou desviando seus olhos outra vez para a jenela, desta vez, indo ao encontro dos olhos do Taehyun. Ele sorriu maior desta vez.

Taehyun colocou a mão em cima dos olhos para conseguir vê-lo melhor no andar de cima, largou algo que segurava e acenou. Beomgyu acenou de volta mas Taehyun logo viu sua imagem sair da janela, já que provavelmente a professora estava chamando sua atenção, outra vez.

Mas nem tudo estava tão bem assim com Yeonjun.

Ele passou as mãos nos fios de cabelo enquanto batia os pés no chão, em sinal de nervosismo. Colocou as mãos no bolso e começou a dar voltas pela recepção do hospital. Na porta do local, logo sugira a imagem da senhorita kamal com dois cafés em copos descartáveis. Ela sorriu e entregou um dos copos para Yeonjun.

— Não fica nervoso Yeon. Daqui a pouco ele sai de lá.

— Eu sei. Mas estou nervoso, e esse café vai me deixar mais ainda.

— Você não comeu nada então fica quieto e engole o café — disse séria, Yeonjun levantou os braços como se estivesse se rendendo.— Vou ver se acho um banheiro por aqui e o senhor nada de subestimar os funcionários e tentar invadir o consultorio. Comporte-se. 

— Sim senhora — disse balançando o copo de café enquanto ela deu as costas, acompanhou com os olhos até a perder de vista. Ótimo, sem kamal por perto, Yeonjun podia dar um jeito de ver Soobin mais rápido. 

Ele largou o copo de café em cima de uma mesinha e correu até o balcão da recepção. A recepcionista assim que o vê, se vira para não ser importunada pela decima vez pelo Yeonjun, mas este não desistia tão fácil.

— Por favor!!! Me diga pelo menos se o médico vai demorar muito...

— Já disse que não sei quando tempo seu amigo vai demorar — respondeu já com raiva.— Se me der licença, tenho mais o que fazer.

— E namorado... — Yeonjun disse baixo enquanto a mulher dava as costas.

Ele colocou as mãos no bolso do moletom, sentindo a ansiedade o consumir ainda mais. Pensou que morreria de tanta ansiedade até que finalmente avistou o rosto pálido do Soobin cruzar o corredor e ir até ele. Yeonjun sentiu todo o ar de seu pulmão sair junto da frase "até que fim" e então correu para abraça-lo.

— Ei calma. Você está bem?

— Como quer que eu fique bem? Você demorou muito...

— Yeonjun, só foram trinta minutos..

— Pra mim pareceu quatro horas — sua voz saiu abafada no pescoço do choi mais novo. Soobin percebeu que ele estava chorando.

— Yeon? Não chora... Não gosto de te ver assim

— Não tô chorando — disse limpando os olhos enquanto se afastava dele.— Agora me diz, o que o médico disse? 

— Eu... — Soobin então desmanchou qualquer rastro de serenidade em seu rosto. Yeonjun sentiu suas pernas e mãos tremerem com toda aquela tensão. Soobin deixou um suspiro escapar pelos lábios enquanto matinha seus olhos quase fechados.

— Você?... O que o médico disse Soobin!?

— Ele disse que — naquele instante, Soobin abriu os olhos e deixou um sorriso escapar.— Que os tratamentos estão funcionando, e que logo mais vou fazer uma cirurgia.

Yeonjun sorriu e ao mesmo tempo quis chorar de felicidade. Pouco se importou se estavam no meio da recepção do hospital e então surpreendeu Soobin com um beijo apaixonado.

Um beijo que curava qualquer ferida, qualquer dor.

Soobin também não pareceu importar com o calor de outras pessoas a sua volta, na verdade, o único calor que importava e queira sentir era de Choi Yeonjun. 

Um casal de idosos que também estavam lá fizeram uma cara de nojo pela cena de dois garotos se beijando no meio do hospital. Mas isso não importava.

Uma mulher tapou os olhos de seu filho para não ver aquela "barbaridade". Mas isso não importava.

Uma garota adolescente que estava sentanda ao lado do pai, que nem prestava atenção no que estava acontecendo, deu um level sorriso pois sabia como era estar apaixonado por alguém. Mas isso também não importava.

Mas, um homem e uma mulher vestidos da mais cara marca de roupas que acabara de cruzar o corredor para saírem do hospital, viram aquela cena. E isso sim importava, mas não de um modo bom, pois aquele eram os pois do Yeonjun.

— Choi Yeonjun? O que significa isso!? — Yeonjun separou seus lábios dos de Soobin ao ouvir a voz familiar do pai. Sua mãe o olhava indignada e com nojo, já o olhar de seu pai era de mais pura vergonha. 

Todos ao redor estavam olhando. Soobin sem entender, tateou a mão do Yeonjun e perguntou:

— Yeonjun? O que foi?

Yeonjun olhou para ele e para seus pais.

Um grande problema estava por vir.