História My controversial World - Ele irá matá-lo.

     ~Leandro Quinta-feira 6:15
 
  Quando entrei  na casa percebi que ela estava silenciosa demais, só podia ouvir o barulho do chuveiro ligado, fui até a porta e bati nela mas ninguém respondeu, bati novamente mas nada, eu logo entrei me deparando com a minha mãe caída no chão.

-Mãe! - Eu peguei ela pela cabeça e tentei acordá-la de alguma forma, logo peguei meu celular e liguei para ambulância, que chegou nem menos de 6 minutos, tentei ligar pro meu pai mas ele não atendia.

       Quando chegamos no hospital na ambulância eu me deparei com o nosso médico, doutor Beto e ele logo mandou ela para um quarto.

-O que ouve com ela ? - ele me perguntou enquanto olhava uma ficha gigantesca.

-Eu não sei, cheguei em casa e vi ela desmaiada - falei preocupado 

- Ela não tem andando bem ultimamente - ele falou baixo mais mesmo assim eu ouvi - Ela precisa ficar de repouso, não se preocupe garoto, vou cuidar bem da sua mãe. - Ele logo saiu às pressas atrás de fazer exames na minha mãe.

      Eu olhei para minha mãe que parecia ter um sono profundo, logo alisei seu rosto. O que aconteceu com você? Estava escondendo esse tempo todo que não estava bem? 

Eu me sentei em uma cadeira perto de sua cama e deitei a cabeça na cama enquanto eu a observava e acabei dormindo. 

        Eu me mostrava em um lugar escuro e nesse lugar tinha cadeiras ao meu redor, nelas tinha gente com o rosto borrado por isso não conseguia ver direito, mas podia ouvir seus gritos e berros aguniantes, alguns choravam e outros pediam por socorro, ouvi barulhos de tiro para tudo que era canto mas não conseguia ver aonde isso levava, quando tentei sair daquele inferno percebi que minha perna estava acorrentada, tentei me soltar mas isso não aconteceu, meu coração começou a doer quando ouvi passos vir na minha direção, meu coração estava batendo que nem louco, meus ouvidos lategavam.

 quando sou pego pelo pescoço por alguém que também possuía a cara borrada.

       'Você é igual a sua mãe..."

    
    Eu acordei histérico, estava suado e não conseguia respirar, eu corri para o banheiro do quarto e vomitei tudo o que eu tinha comido e sangue também se misturava, me sentei perto da parede do banheiro e ali eu tentei respirar, mas porque ? "Você e igual a sua mãe" que tipo de pesadelo foi esse?, da porta do banheiro ainda tinha uma brecha e olhei minha mãe de lá e a encarei por um tempo.

O que tá acontecendo?

Me levantei ainda cambaleando, sentia que minhas energias tinham sumido, eu peguei minhas coisas e sai daquele lugar, o médico logo me viu mas não disse nada, ele parecia saber o que tinha acontecido, eu estava com medo de mim mesmo, tentei ligar para meu pai mais nada dele atender, eu andei tanto que já estava enfrente a escola, ainda era 7:23 então ainda tinha tempo, eu sei que ter deixado minha mãe lá não foi certo, mas se eu estivesse ficado lá eu e quem ficaria mal.

 Quando eu dou de frente com a porta de entrada vejo Felipe encostado nas escadas de cabeça baixa, eu tentei não me importar mas quando passei por ele, ele puxou minha camisa e logo se levantou me dando um abraço incrivelmente apertado, eu queria entender o porquê daquilo mas parecia que ele sabia que eu estava precisando daquele abraço, ou talvez ele precisasse de um abraço...

-Eu já dei seus óculos, não tenho mais nada a ver com você. - Eu tirei suas mãos do meu ombro e segui para entrar no corredor.

Quando estava passando desprepcupado eu estava tão desatento que não percebi Nando se aproximar de mim e me da um belo de um soco no rosto, eu fiquei desnorteado e cai de lado.

-Por que não levanta machão? Por sua causa eu fui suspenso por conta da queda na quadra! Seu filho da puta!  - O garoto gordo e ruivo olhou pra mim com ódio 

-Vai pro inferno seu merda! Pelo visto você quer uma expulsão! - Todos que estava ali deram risadas baixas que enfureceu aquele filho da puta, ele me deu um chute na barriga quando tentei me levantar,  eu cuspi minha própria saliva, ele veio me atacar de novo, tínhamos sido interrompidos com o barulho do extintor ser tirado de seu local. 

Me virei para olhar e lá estava Felipe com o extintor arrastando ele até nós. Seus olhos já não brilhavam mais, ele tinha um olhar assustador e todos deram passos para trás, eu nem precisava conhecê-lo direito pra saber que ele tava irado.

-Quantas vezes tenho que te dizer seu obeso pra não tocar nas coisas que me pertencem? - Felipe parecia um cão raivoso e o cara que estava pagando de valentão me olhou espantando e logo deu passos pequenos pra trás.

-Como assim.... coisas que te pertencem ? Não acredito que você é gay, bem que achava você um belo de um viado quando estudamos juntos. - ele olhou afrontoso e logo pisou na minha mão com o pé com toda a vontade, eu gemi de dor.

Um monte de gente olhava aquela briga ou cena de filme, mas ninguém fazia merda nenhuma...

-E se eu for? acho que não vai mudar nada do que eu vou fazer com você. - Felipe tinha segurado o estintor perto do seu peito.

- Você vai fazer o que? Eu não tenho medo de você. - Ele continuou a pisar na minha mão, eu nem tinha vontade de brigar, eu estava exausto.

       Felipe deu uma gargalhada alta e todo mundo ali presente olhou pra ele, as pessoas pareciam preocupadas com a distância que tinham perto do Felipe.

Qual o problema desse cara?

-Você vai morrer, porquê eu vou esmagar a sua cabeça. - Felipe tinha aberto o extintor deixando todo o corredor com fumaça.

    Eu não conseguia ver muito bem, mas Felipe passou por cima de mim com rapidez e logo acertou o extintor que segurava na cara de Nando, ele caiu com tudo no chão desmaiado, mas Felipe não parou, ele largou o extintor e começou a soca-lo mesmo ele estando desmaiado.

  Ele perdeu totalmente a sanidade....