Sabo acordará com os raios de sol beijando calorosamente seu rosto. Bufou e se sentou na cama esfregando os olhos com certa força, após sua visão desembaciar ele olha ao redor a procura de seu amigo Ace, porém não o encontra; o menor franze o cenho confuso.
— Mas aonde ele se meteu? — o loiro resmunga e se levanta dos cobertores brancos até seu armário aonde pegou o uniforme e foi ao banheiro.
Após sua higiene pessoal o garoto deixa o quarto ainda com seus cabelos levemente molhados colando-lhe a testa. Começou a andar sem rumo pelo internato, as aulas começariam dentro de uma hora, sendo que neste instante são seis horas da manhã.
Passou por algumas salas vazias, um laboratório, a cantina, a sala de informática... Porém quando chegou a sala de música travou ao ouvir uma bela melodia clássica. Abriu lentamente a porta vendo algo que o surpreenderá; Ace tocava o piano calmamente, mantinha seus olhos fechados e batia o pé de acordo com a melodia que tocava.
— Wow... — Sabo não pode deixar de se levar pela melodia e entrou na sala fechando a porta silenciosamente.
Ace não o notara ali então a música continuava. A melodia era lenta e um pouco triste, mas o garoto sorria enquanto deslizava os dedos pelas teclas.
Quando a música termina Sabo bate palmas, fazendo Ace abrir os olhos e o encarar surpreso.
— Desde quando está ai? — pergunta se levantando do banco do piano.
— Faz uns dez minutos... Acho eu e tu? Acordou bem cedo, huh? — o loiro sorri abertamente enquanto encosta-se à parede ao lado da porta.
— Nem dormi — Ace ri um pouco arqueando uma sobrancelha — me procurava, Sabo?
— Eu acordei e não lhe vi, pensei que tivesse se metido em encrenca — o outro dá de ombros.
Um leve sorriso malicioso floresce nos lábios do moreno que se aproxima do menor lentamente.
— Tu acha que sou encrenca, Sabo? Que sou perigo? — o mais alto se aproxima a ponto de prensar o outro à parede.
— O... O quê? E... Espera ai, Ace — o loiro gagueja e põem as mãos sob o peitoral do outro, afastando-lhe um pouco, mas sem desviar o olhar do dele.
Aqueles olhos negros haviam lhe prendido como um caçador prende a presa; estava perdido neles e seu corpo já não respondia a seus comandos.
— Pois estás certo... Se eu fosse tu não me aproximaria demais — Ace sussurra no ouvido de Sabo que estremece por causa da respiração quente. Logo o mais alto se afasta e sorri normalmente — vamos encontrar meu irmão na cantina? ‘To morrendo de fome!
— C... Claro — o loiro gagueja e suspira vendo que o outro já saia apressado.
Mas que merda havia acontecido ali?
Sabo pôs a mão sobre o peito, seu coração batia a mil; não ele não podia se apaixonar pelo moreno, de maneira nenhuma!
— Foi... Apenas por causa da surpresa... Se acalme Sabo e não ponha tudo a perder — o garoto respira fundo algumas vezes antes de deixar a sala e seguir à cantina.
Quando chegou lá foi recebido por um pão na cara. Após isso todos riram.
— Muito engraçados vocês — Sabo revira os olhos e ajunta o pão do chão, encarando os que estavam ali.
Era apenas ele, Ace, Luffy, Ussop, Zoro e Sanji. Pelo visto eram os únicos acordados no internato todo.
— Únicos acordados! — Luffy comenta rindo.
— Pelo visto... — Sanji é interrompido por uma baixa risada que vinha do fundo da cantina. Todos se viraram para trás vendo uma garota morena com um livro em mãos e um leve sorriso nos lábios.
— Mas que... ?! — Ussop pula do banco em que estava sentado com os olhos arregalados — desde quando...
— Eu entrei logo após vocês — a garota responde calmamente.
— Impossível! Eu notaria uma mulher tão linda de longe! — Sanji exclama, claramente flertando com a morena que dá risadinhas.
— Ero cook... — Zoro murmura baixo e morde violentamente um pão, levando um chute nas costas logo após.
— Chamou-me de quê? — Sanji puxa-lhe para perto de seu rosto, desafiador.
— Ero cook, surdo — o esverdeado revira os olhos e se solta do outro, voltando a comer.
— Você é uma ninja?! — Luffy exclama com os olhos brilhando enquanto se aproximava da garota que havia fechado seu livro há algum tempo.
— Talvez... — a mulher parecia se divertir — chamo-me Robin e vocês?
— Eu sou Luffy! Ele é Ace, Sabo, Zoro, Sanji e Ussop! — o de chapéu de palha abre um enorme sorriso e olha o livro curioso — o que lês?
— Oh, eu leio um livro de arqueologia — Robin sorri um pouco mais.
— Arquegolia? — Luffy faz uma careta — o que é isso?
— É uma ciência que estuda fatos históricos por coisas antigas — a morena explica dedilhando a mesa a qual se encontrava.
— É uma boa profissão — Ace comenta após terminar um bolinho de creme feito por Sanji.
— É mesmo? — Robin sorri fechando os olhos e logo se levanta — vou indo...
— Você gosta do mar, Robin? — a pergunta do chapéu de palha com certeza a pegará de surpresa.
— Mar...? — a morena sussurra para si mesma, claramente confusa.
— Aquela poça enorme e cheia de água! — a explicação de Luffy arranca algumas risadas de todos ali presentes, até mesmo Robin não aguentou e deixou um riso sair de seus lábios.
— Eu sei o que é o mar, Luffy — a garota sorri com a inocência do outro.
— Você gosta? — os olhos negros brilhavam em expectativa e inocência.
— Eu amo o mar — um sorriso nostálgico preenche o rosto de Robin — por quê?
— Quer fazer parte do nosso bando? — Luffy sorri animado e começa a dar pulos altos em frente da garota.
— Huh... — a morena arregala os olhos em surpresa.
— Idiota! — Ussop exclama em um sussurro com os olhos arregalados.
— Você não gostaria de mim como companheira — Robin abre um sorriso triste e sai da cantina sem dizer mais nada.
— O que ela quis dizer com isso? — Sabo arqueia uma sobrancelha, curioso.
Ussop sobe na mesa e respira fundo, todos lhe encaram curiosos menos Zoro que ‘tava pouco se fudendo mesmo.
— Ela é Nico Robin, dizem que seu passado é cheio de gangues barra pesada e... — Ussop é interrompido pelo clima pesado que se formava ao redor de Luffy.
— ‘To nem ai pro passado dela. Ela gosta do mar e é legal, então pra que eu vou olhar seus antigos erros? Não ligo pra essas bobagens! — o garoto exclama irritado e sério, fazendo todos o olharem surpresos.
— Luffy... — Zoro pousa a mão sobre o ombro do menor que apenas suspira e se senta novamente sem dizer nada.
Após isso o sinal toca alertando o inicio do primeiro dia de aula.
Continua...
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