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História My Darling Little Emo - Capítulo 2.


Escrita por: Lucy_Sykes

Notas do Autor


Espero que gostem biscoitinhos e biscoitinhas ~^_^~

Capítulo 2 - Capítulo 2.


                       Capítulo 2.


  Acordei com o barulho irritante do meu despertador, levantei da cama e fui direto para o banheiro, tomei um banho e fiz minha higiene matinal, vesti uma calça preta e o uniforme, calcei o meu all star branco e peguei minha mochila e moletom, desci as escadas e fui pra cozinha.

  Lá estava minhas duas mães, minha mãe verdadeira que é a Michelle e minha segunda mãe que é a Helen. Michelle estava cozinhando alguma coisa, ela tá usando um vestido florido que combina com os seus cabelos loiros tingidos e com os seus olhos azuis, ela é baixinha, e aparenta ser uma aluna do ensino médio. Já a Helen, estava sentada na mesa lendo alguma coisa no notebook, ela tá usando uma calça jeans azul escuro, uma camiseta preta e um all star, já essa parece uma adolescente revoltada, os cabelos estavam curtos igual de um menino, o óculo de leitura toda hora escorregava pra ponta do seu nariz reto, suspirei chamando a atenção delas e falei.

    -Bom dia, mães.

    -Bom dia, filho.

  As duas falaram ao mesmo tempo.

  Dei um sorriso pra elas e me sentei na mesa, logo atrás veio minha mãe com uma tigela, Helen e eu olhamos para o conteúdo da tigela e fizemos cara de nojo, então Helen falou.

    -Amor, isso ai é de comer ou é uma nova arma para a guerra?!

    -Cala a boca Helen, não está vendo que é de comer, jumenta.

  Minha mãe aparenta ser tão meiga, mas quando abre essa boca só sai coisas maldosas. Tomei uma xícara de café e comi uma torrada, eu ia levantando de fininho e quando estava perto da saída da cozinha minhas mães falaram juntas.

    -Cadê o beijo da mamãe, em Fernando?!

  Eu revirei os olhos e dei meia volta, dei um beijo em cada uma e sai. Chegando à rua eu coloquei pra tocar These Days do Foo Fighters e fui até o ponto de ônibus ouvindo ela no replay.


"One of these days the ground will drop.

(Um destes dias o chão vai cair)

Out from beneath your feet

(Debaixo de seus pés)

One of these days your heart will stop

(Um destes dias o seu coração vai para)

And play its final beat

(E dar a batida final)

One of these days the clocks will stop

(Um destes dias, os relógios irão parar)

And time won't mean a thing

(E o tempo não vai significar nada)

One of these days the bombs will drop

(Um destes dias as suas bombas vão cair)

And silence everything

(E silenciar todas as coisas)"


  Eu gosto de ouvir essa música. Quando dei por mim eu já tinha chegado ao meu ponto, desci do ônibus e fui caminhando em direção à escola, ainda estava ouvindo a música.


"But it's alright

(Mas está tudo bem)

Yeah, it's alright

(Sim, está tudo bem)

Said it's alright

(Eu disse que está tudo bem)"


                    ***MDLE***


  Quando cheguei na sala de aula fui logo para o meu lugar, olhei para o lado e vi um loiro que estava me olhando com a cara fechada, ainda bem que aquele traste do Carlos largou do meu pé, bem eu acho que largou, porque até agora ele não fez nada, parei de pensar nele e comecei a olhar para o lado de fora da janela, então o meu celular vibrou, peguei ele do bolço e li a mensagem.


   Paulo - "CADE TU SEU IDIOTA, TO HÁ CINCO MINUTOS TE ESPERANDO NA BAGAÇA DA CANTINA... BJS DE UM RUIVO QUE VAI TE ESTRANGULAR”.


  Nem respondi, fui logo correndo para a cantina, eu fiquei muito distraído com a música e os meus pensamentos que acabei me esquecendo do Paulo.

  Quando cheguei na cantina ele estava soltando fogo pelo o nariz, já veio em minha direção a ponto de gritar, mas eu como não sou burro, tirei um pacote de biscoito de trás das costas, os olhos do ruivo brilharam e sua cara de raiva foi substituída por uma de alegria eterna, sabe, o Paulo é hiper-mega viciado em biscoitos, quer comprar esse ruivo? Dê um biscoito pra ele.

    -Oi Paulo -- Eu levantei o pacote de biscoito alto pra ele não pegar, ele ficou dando pulinhos pra tentar pegar, me fiz de desentendido -- Ué Paulo, tá com vontade de ir ao banheiro é?!

  Ele bufou e fez um biquinho muito fofo mesmo.

    -Nando-chan me dá os biscoitos, por favor.

  Ele fez voz de manha e um biquinho de pato no final, eu não resisti, dei um selinho nele e entreguei o biscoito, o sorriso dele estava tão grande que eu poderia vê lá da China.

    -Arigato Nando-chan.

  Eu comecei a caminhar ao lado do ruivo, contei pra ele sobre a noiva do meu pai e de como ela é meiga, contei também do filho mal educado dela, ele achou graça.

  O sinal bateu e eu fui pra minha sala e o Paulo pra dele, sentei na minha carteira e viajei nos pensamentos de novo, só me despertei quando ouvi o professor apresentar um aluno novo, e quase tive um enfarte quando eu vi que o aluno novo era ninguém mais e ninguém menos que Dmitriy, ele estava lá, todo acanhado na frente da turma, nem parecia aquele ser carrancudo de ontem à noite. O professor então falou.

    -Pessoal esse vai ser o novo colega de vocês, Dmitriy Rosengold -- Todos começaram a cochichar, o professor mandou todos calarem a boca -- Calados, aqui é o 3° ano e não o pré. Dmitriy pode se sentar ali do lado do Fernando.

  Todos imediatamente olharam para minha direção, na hora que ele me viu arregalou os olhos, porém logo voltou ao normal e se sentou na carteira ao lado da minha.

  Creio que todo mundo estava me olhando com aquela cara de "Eu sei que ele vai ser o próximo da sua lista". Eu virei pra janela e fiquei vendo as árvores do pátio, eu não tentei conversar com o Dmitriy, então deitei minha cabeça na mesa e dormi.

  E como sempre eu fui acordado por um ruivo na hora do intervalo. Ele me cutucou, mas eu não estava muito a fim de levantar, então ele me deu um tapa na cabeça.

    -Acorda seu inútil, eu quero comer.

    -Paulo, por que é tão malvado comigo?!

  Eu fiz aquela cara de inocente e ele me olhou com uma sobrancelha arqueada.

    -Nando, para de cu doce, anda logo.

  Eu bufei e levantei, fui até o ruivo e depositei um selinho nos lábios dele, ele se surpreendeu e ficou todo vermelho, então me virei pra sai e dei de cara com um moreno nos olhando com cara de poké face, o ruivo estava tão vermelho por ser encarado em um momento como esse, que estava fazendo aquela parada de começa a coçar a nuca sem parar, eu falo pra ele que a qualquer dia desses ele vai ficar sem pele. Olhei para o Dmitriy com desdém, então me dirigi ao ruivo que ainda estava com as unhas cravadas na nuca.

    -Hey, hey calma, pare com isso, assim vai acabar se machucando -- Tarde de mais, quando eu fui vê a nuca dele já estava com alguns filetes de sangue, e ele não tirava a mão, sempre que sentia raiva, vergonha ou nervosismo ele fazia isso -- Paulo para com isso, já tomou os seus remédios? -- Ele fez que não com a cabeça, Paulo toma remédios controlados por causa da sua bipolaridade, quase ninguém sabe disso só eu, minha família e a família dele -- Onde eles estão?! Venha aqui eu vou limpar isso.

  Ele se sentou na cadeira de costa pra mim, o moreno ainda estava lá observando tudo calado, ele então se aproximou de mim e me deu alguns band-aid, ele não falou nada apenas me entregou e voltou a se sentar no seu lugar olhando pra nós, eu dei um sorrisinho de obrigado e me virei para o ruivo, peguei um lenço que eu sempre tenho na mochila e comecei a limpar, peguei um pouco da água da minha garrafinha e molhei o pano, limpei tudo com calma, e coloquei os band-aid nos lugares onde estava mais feio, peguei a caixinha de remédios dele e dei pra ele tomar, ele deu um sorrisinho, os band-aid estavam muitos expostos, então peguei o meu moletom e dei pra ele, a parte do capuz iria cobrir aquilo, ele então se levantou e disse:

    -Obrigado Nando, e desculpa por te feito isso, de novo.

  Ele abaixou a cabeça, então eu arribei o seu rosto pelo o queixo e dei um beijo na testa dele.

    -Tudo bem, mas não esqueça mais dos remédios, agora vá para a sala descansar.

  Ele virou e viu o Dmitriy, teve um sobressalto então eu fui logo falando.

    -Calmo Paulo, o Dmitriy não vai falar nada pra ninguém, ele até emprestou uns band-aid pra ti.

  O ruivo tinha medo, dessas historias chegar ao ouvido dos pais preconceituosos dele, ele não era assumido como bi ainda, eu não tinha problemas porque deus e o mundo já sabia das minhas escolhas, mas eu não me considero bi, só acho que tenho o direito de amar quem eu quiser, sem se importa se é homem ou mulher, ele virou para o Dmitriy todo acanhado e falou.

    -Obrigado, por me empresta os band-aid.

  Então o mal humorado deu um sorriso, porra ele sorriu pela a primeira vez desde ontem, e que sorriso fofo.

    -Tudo bem, e não se preocupe, não irei contar nada, okay?!

  O Paulo concordou com a cabeça e saiu. Eu sentei na minha mesa e suspirei, então olhei para o Dmitriy e falei.

    -Obrigado mesmo por não contar Dmitriy.

  Ele não sorriu e nem nada, ele simplesmente soltou um "tanto faz" e saiu da sala, aquele filho duma mãe meiga, muda de personalidade muito rápido, cara ele foi todo meigo com o Paulo e comigo me trata como qualquer um, que menino esquisito, eu em. O resto da aula foi à mesma coisa de sempre, dormi em todas. Quando sai da sala fui direto para a sala do Paulo, ele não estava lá então mandei uma mensagem pra ele.


   Nando - "Paulinho, onde tu tá menino?!"


  Ele respondeu de imediato.


   Paulo - "Estou em casa, desculpa não avisar Nando, eu liguei para os meus pais e falei que estava passando mal e eles vieram me buscar, te vejo amanhã Nando”.


  Respondi com um Okay, e fui pra casa, no meio do caminho eu vi Dmitriy entrando na casa do velho do meu pai, não liguei e fui pra minha casa que também era perto dali. Eu só ia de ônibus pra escola por preguiça de andar mesmo.

  Cheguei em casa e as doidas estavam jogando videogame e xingando uma a outra, na hora que elas me viram minha mãe logo falou.

    -Fernando teu pai ligou, e disse que é pra tu ir lá depois do almoço ajudar ele com umas coisas.

    -Aff's aquele velho folgado, ele tem o Dmitriy por que não pede a ele, que droga.

  A Helen então falou.

    -Para de preguiça pia e vai comer e vaza pra lá logo.

  Eu olhei com cara de malicia pra elas e dei um sorrisinho de canto safado.
    
    -Hummm, a parte da manhã não foi o suficiente não mães?

  As duas me olharam, minha mãe verdadeira ficou vermelha até as orelhas, então a Helen jogou uma almofada em mim e mandou eu as respeita, mas ao mesmo tempo fez um gesto com a boca dizendo que a manhã não foi o suficiente, eu dei um sorriso safado e fui comer.


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