História My Dear Brother ( Drarry) - Primeira Briga

As vezes eu acho que estou fazendo tudo de errado na minha vida... Tendo a sensação que algo não esta saindo certo... Ou algo do tipo. Acho que sempre me senti assim, mas agora... estou entrando em um estado critico. Bom, ai vai um pouco de verdade sobre toda a minha confusão interna e externa: Eu ando um pouco atônito  sobre alguns sentimento que eu tenho tido pelo Harry, sobre o nosso '' relacionamento ''. Não sei muito bem como explicar, pois nós passamos do ódio ao amor como da água para o vinho, foi tudo tão rápido que eu mal consigo perceber quando tudo isso começou. Além disso, ainda tem o fato dele ser meu irmão adotivo, mesmo que não do mesmo sangue, mas ainda assim somos quase irmãos... Confuso? Isso é apenas o principio da bagunça que esta se alastrando pela minha cabeça.

Talvez seja meio presunçoso da minha parte falar dessa forma, todavia, pensar um pouco e tentar se situar em um '' relacionamento '' não me torna uma pessoa ruim, mas sim pre-cavida! Não é algo negativo querer saber sobre o que sente e se vale a pena continuar. Se bem que quando estou com ele não sou embargado com esses pensamentos errantes de duvidas, apenas me sinto certo demais para continuar ao seu lado e seus braços - bom, agora eu estou sendo egoísta, mas fazer o que? Ainda sou um Malfoy! 

E não acho que estou errado de me sentir dessa forma.

Eu e o Harry fomos para o cinema depois do banho, é sempre muito divertido está com ele, por outro lado, eu senti que estávamos pisando em ovos depois daquele fiasco no meu banheiro, principalmente ele que sempre era '' ativo '' demais. Ele ficou todo estranho, como se estivesse se contendo a noite toda, se abstendo de tomar atitudes que geralmente não lhe incomodavam de serem realizadas. Ele não me beijava como das outras vezes, ele estava meio frio e me pareceu indiferente algumas vezes. Ainda assim, eu tentei ser mais complacente que o habitual, tentei lhe passar confiança, tomar atitudes que eu não costumava tomar, como: segurar a sua mão, se quem inicia um beijo, o que é gentil e audacioso no relacionamento, porém ele não parecia querer da o braço a torcer... Bom, eu estava me irritando. 

Certamente ele estava chateado comigo, acho que ele não entendeu bem o fato de não termos transado naquele banheiro.

Quarta.

Me acordei e fui tomar banho. Desci depois de ter feito toda a minha higiene matinal para a cozinha para tomar o meu café da manhã. Assim que cheguei encontrei o Harry sentado comendo sozinho.

- Bom dia. - abracei ele por trás e dei um beijo doce e molhado na sua nuca.

Viu? Eu estava me esforçando em ser o que toma iniciativa somente para nos acertarmos... E sinceramente, eu não via a hora daquilo acabar logo.

- Bom dia.  - Harry disse ainda comendo e nem prestando atenção em mim.

E ele ainda continuava com a maldita birra de não me tratar como antes... Eu ainda perco a paciência com esse testa rachada de olhos verdes lindos e jogo essa comida que ele tá comendo na cara dele!

Me soltei dele e me sentei ao seu lado e peguei para comer o que tinha na mesa. Enquanto eu escolhia o que comeria, eu e o moreno não trocamos mais nenhuma outra palavra, ele nem sequer me dirigiu um mero olhar desde que entrei na cozinha. Essa briguinha não declarada estava cansando minha beleza, portanto tinha que acabar imediatamente, pois eu não suporto mais essa indolência da parte do Harry.  Por isso fui eu que tentei iniciar uma conversa.

- Hoje depois da aula será o seu teste de direção. - iniciei calmamente.

- Hum, o que disse Draco?

Sério?! Ele nem mesmo tinha me escutado? Acho que ele está levando a sério demais essa briga boba. Apesar da vontade de esmurar e quebrar aqueles óculos ridículos que ele usava, eu respirei fundo e recomecei:

- Eu disse que hoje é o seu teste de direção e eu só queria falar que se você quiser que eu vá com você é só pedir.

- Não precisa. - ele foi breve em sua resposta.

E depois eu sou o teimoso!

- Mas eu posso ajudar...

- Não se preocupe com isso, eu estou confiante que vou passar.

Convencido.

- Okay, então.

Voltei a comer. 

Francamente, o que estávamos fazendo? Porque depois dessas breves palavras que trocamos Harry voltou a me ignorar e fingir que eu não estava no mesmo comodo que ele, e honestamente eu não estava mais aguentando esse comportamento da parte dele, e não iria mais fingir que não estávamos distantes somente para agrada-lo enquanto eu estava me sentindo um fantasma naquela cozinha que não é visto ou levado a sério. Por isso o questionei bravamente.

- Harry! - o mesmo olhou para mim - Esta tudo bem entre a gente? - perguntei direto, sem mais rodeios, era a hora da verdade, hora de tirar essa historia a limpo.

- Como assim? - se fez de bobo, se bem que ele é um.

- Não sei, você esta estranho comigo....

- Estou? 

- Está... você está muito indiferente comigo, não me trata como antes... e eu não gosto disso...

Harry me encarrou com aqueles olhos verdes por alguns segundos, parecia me analisar ou ver a minha alma ou inseguranças disfarçada em toda a minha arrogância. Então, ele riu anasalado brevemente, retirou seus óculos e os pós sobre a mesa e voltou a me fitar com um olhar indecifrável, diferente dos que eu estava me acostumando em ver,

Então, ele me surpreendeu puxando-me para o seu colo. Foi um gesto muito repentino, a qual eu não esperava, o que me assustou. Foi estranho quando ele fez isso, pois ele me deu um beijou nada calmo, pelo contrário, era rápido, tirando o ar dos meus pulmões aos poucos enquanto me apertava e acariciava todo o meu corpo. Eu não gostei, foi algo meio forçado, não parecia vir dele, mas sim de um robô, foi algo muito automático - tão diferentes dos outros beijos que me deu, que são sempre calmos, apreciáveis e cheios de sentimentos que embora muitas vezes  confuso, são acolhedores -, e definitivamente isso não era ele. Por isso rapidamente tratei de para-lo e lhe mostrar que não era assim que eu queria ser tratado, que não estava gostando daquela forma que fui beijado.

- Harry... - respirei fundo aos nos separarmos - Por que está me beijando assim? E a Maria podia ter visto. - falei com a mãos em seu peito afastando-o de mim e me precavendo de outros beijos como aqueles.

- Só achei que você estava querendo atenção. - sua voz saiu tão desdenhosa ao serem ditas, que torci os lábios ao ouvi-las.

- Por que está falando desse jeito comigo? - eu estava irritado com a maneira que ele me tratava.

- Por nada, só achei que era isso que você queria. - e mais uma vez sua voz soo irônica e debochada. 

- Não, é claro que eu não quero isso! - sair do seu colo revirando os olhos e voltei a me sentar na minha própria cadeira - Eu só queria saber se estamos bem, mas parece que não. Você está agindo como um perfeito idiota e eu como bobo tentando nos fazer as pazes. Se está chateado, irritado, cansado ou seja lá o que for, me diga que podemos chegar em um consenso e nos resolvermos, certo?

Ele se calou.

- Tá, isso tudo é por causa do que aconteceu ontem no meu banheiro? - perguntei sério.

Queria que ele me falasse o que tanto lhe irritava, essa briga estava indo longe de mais. 

- Mas é claro que é - Harry respondeu franco, e bom, eu não esperava por essa. Sinceramente eu não achei que ele seria tão direto, o que me chocou um pouco - Não ache que não entendi o por quê de não termos terminado o que começamos, porque eu entendi, e até concordo em parte, você esta confuso. Então resolvi te da um tempo e um pouco de espaço para você pensar se quer mesmo está comigo ou não.

Okay, por essa essa eu não esperava. Tô até meio desnorteado.

- Mas eu quero está com você, eu gosto de você... - tentei convence-lo, entretanto, ele voltou a afirmar o que era mais que verdade.

- Mas está confuso.

- Estou, você não esta?

- Não! - ele respondeu sucintamente.

Eu me calei. 

Ele me olhou com um olhar tão intenso e decepcionado que não pude continuar a encara-lo. Virei a face como se procurasse algo na cozinha da mansão que fosse mais interessante que aquela conversa que já estava me torturando com a tensão que se formou no ar. Ao contrario de mim, ele continuava a me encarar, mas logo se levantou e caminhou até a porta.

- Onde vai? - virei a cabeça para olha-lo sair.

- Eu vou para a escola.

- Não quer que eu te leve? - ele tinha um carro, mais ainda não tinha carteira de habilitação... ainda.

- Não precisa, eu pego um ônibus. Você me ensinou o caminho... lembra?

Me calei e o Harry saiu.

 ( ... )  

O meu dia não foi uns dos melhores comparado com os que eu já tive. O Harry me ignorou na escola, na sala, no intervalos, no almoço e na saída da escola, ou seja, ele nem olhou o dia em inteiro para mim, e para piorar, me ignorou com aquela representante de turma, Gina e sua turma de nerds.

Já disse que ando desenvolvendo um desagrado para com essa garota? Pensa que não sei que está afim do Harry, mas para sua infelicidade, ele tem dono, euzinho Draco Lúcios Malfoy, lindo, rico e loiro.

E para piorar meu dia, eu quis me aproximar do Harry na hora da saída e chama-lo para ir comigo para casa no meu carro e quem sabe resolver esses problema que está nos separando. Mas ele saiu acompanhado pelos amigos nerds, então nem me atrevi a chegar perto - não que eu tenha medo ou algo do tipo, somente não quis me misturar. Então resolvi ir para casa e falar com ele quando ele chegasse.

Quando cheguei em casa corri para a cozinha pedindo para Maria prepara um jantar especial em comemoração da carteira de motorista que eu sabia que o moreno conseguiria. Subi para o meu quarto após avisar a Maria sobre o jantar para procurar uma roupa, as minhas melhores combinações de roupas e ficar bonito para agradar o meu... namorado - só estou experimentando a palavra.

O Harry estava demorando para voltar e a hora de jantar passou, então, em função disso eu fui obrigado a comer sozinho - apesar que Maria foi gentil em ficar ao meu lado. As horas foram passando e o outro não chegava, e  já era quase hora de dormir, ou seja, muitíssimo tarde. 

Cansado de esperar por ele, sabendo que ele não chegaria nem tão cedo, fui para o meu quarto tomei banho vesti um pijama qualquer e deitei na cama para dormir. Porém, o sono me faltava e eu não conseguia dormir. A casa estava tão silenciosa, não que eu não estivesse acostumado em vê-la assim, mas desde que Harry chegou, ele nunca mais fora dessa maneira, sempre havia seus barulhos no quarto ao lado para me lembrar da sua existência, e eu já estava acostumado com seus barulhos... 

Eram mais de meia noite quando ouvi um carro estacionar na frente de casa, escutei também  alguém subindo as escadas rapidamente e um ranger de uma porta ao lado do meu quarto ser aberta. 

''Só pode ser  ele... '' - pensei.

Corri para ver se era o mesmo, então vi ele entra no seu quarto. Fiquei parado por alguns estantes tentando decidir se iria ou não iria falar com ele... Mas eu estava tão hesitante, não sabia se seria bem recebido ou se ele me destrataria como fez praticamente o dia todo, por outro lado, eu queria tanto que ele voltasse ser apenas meu Harry, por isso tomei coragem fui a sua porta e bati entrando em seguida. Encontrei o moreno sem camisa, calça moletom e tinha uma toalha sobre os ombros.

- Harry...? - chamo o mesmo com a face corada por vê-lo assim.

- Draco... o que faz aqui? - Harry me olhou surpreso.

- E-eu... e-eu...- gaguejo.

- Você...? - estimulou-me a prosseguir.

- Eu s-só vim saber se você p-passou no teste? - mordi os lábios ainda incerto.

- Sim, passei... - ele disse sem tentar puxar muita conversa.

- Que bom, parabéns...

- Hum... Obrigado.

- É melhor eu ir embora, você precisa tomar banho.

- Mas eu já tomei.

''Acho que eu demorei de mais para decidir se vinha ou não vinha falar com ele''

- Hum, okay. - tomei coragem e perguntei - Por que demorou tanto para chegar em casa?

- Eu contei para uns amigos que conseguiria a carteira de motorista hoje e eles me chamaram para sair e comemorar com eles depois e eu fui.

- Mas eu estava te esperando para comemorar comigo. - ignorei o provável fato dele ter saído com aqueles nerds e aquela garota ordinária de nome Gina.

- Desculpe.

- Tá... hum...

- Eu vou dormir, então até amanhã.

Não respondi somente me virei para sair do quarto dele. Entretanto, eu sabia que eu não conseguiria dormir sem resolver esse problema com o ele, por isso questionei o mesmo novamente.

- Harry?

- Hum?

- Você não gosta mais de mim? Por que você diz que entende a minha confusão e fica desse jeito comigo?

É, eu tinha perdido a mansidão. Fala sério, isso já estava ficando ridículo.

- Eu entendo, só que parece que você não gosta de mim verdadeiramente. - retrucou.

- Mas eu gosto, só estou tentando descobrir se posso dizer que te amo e eu acho que você deveria fazer a mesma coisa comigo. - devolvi cruzando os braços.

- Você não entende, né? - deu uma pausa e respirou cansado. 

Observei ele fazer isso incrédulo, pois o que seria essa tal coisa que eu não entendia? Sério, acho que a unica pessoa que não entende nada por aqui é ele, que diz uma coisa e faz outra... Francamente, isso irrita.

 - Eu já te amo...

Um silêncio se fez presente. Eu estava incapaz de responde-lo, tão pouco com as mesmas palavras... É parece que sou eu mesmo que não entendo nada. 

Harry percebeu que eu não tinha mas respostas e foi se deitar na cama para dormir.

- Apaga a luz quando sair. - pediu.

Eu apaguei a luz e abrir a porta para sair, mas eu ainda não conseguiria dormir senão tivesse certeza que amanhã não estaríamos bem de novo, então fui para perto da unica pessoas que poderia curar a minha insônia. Me enfiei em baixo das cobertas abraçando o Harry pela cintura e logo sussurrando bem baixinho no seu ouvido:

- Deixa eu dormir com você hoje? 

Arriscado? Muito! Mas eu tinha que fazer isso.

Ele se virou para mim e começou a acariciar os meus cabelos e depois foi a vez das minhas bochechas, cujo ele deu mais atenção que os meus cabelos loiros quase brancos. Com carinho, ele me deu um beijo doce na minha testa e voltou a me olhar nos olhos.

- Harry, eu sinto muito, eu não quero que pense que não gosto de você, porque gosto. Mas se coloque no meu lugar, acabei de sair de um namoro fracassado, cujo a pessoa eu namorei  desde meus quinze anos e pensei que me amasse de verdade, daí descubro que essa pessoa sequer gostou de mim, e  só se aproveitou do meu status. Eu sei que eramos superficial, eu e a Astoria, mas, ela ficou comigo tanto tempo e fez o que fez  que quando te vi chegar eu fiquei mais cauteloso sobre me entregar novamente... Não quero me magoar de novo... Está tudo indo tão rápido, o namoro, a gente, os sentimentos...

- Amor... - me fez calar a boca descendo o polegar que acariciava minhas bochechas para meus lábios - Eu também tenho que me desculpar... não quero te foçar a nada e nem te magoar. Meu dever como namorado é te fazer feliz, mas eu só estou agindo como um babaca porque simplesmente a gente não... hum... transou.

Eu beijei o Harry com tanta vontade e desejo, que até eu mesmo me surpreendi com o meu ato. Mas que se exploda tudo, eu estava bem de novo com o meu namorado, e tudo que eu queria era beija-lo como nos beijamos da primeira vez. E como eu senti falta disso...

- Nossa... !

ri. 

- E então, posso dormir aqui? - tornei a replicar sobre o assunto.

Essa foi a vez dele de me beija com vontade, acho que eu não fui o único que senti falta de alguém por aqui.

- Isso foi um sim? - perguntei assim que terminou o beijo.

Ele sorriu e me deu outro beijo me puxando para mais perto dele.