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História My dear prince - yeonbin - Confissão


Escrita por: fada-web

Notas do Autor


Demorei um pouco mas voltei KKKKKKK gente desculpa o capítulo curtinho, eu não tô muito bem mas eu preciso postar o capítulo pra vocês 👉👈❤️ eu espero que gostem e me desculpe qualquer erro ortográfico nele, eu não o revisei, desculpa

Boa leitura ❤️

Capítulo 16 - Confissão




 

 Enquanto SooBin conversava com seu pai em seu escritório, Yeonjun, que havia ficado em seu quarto, ajudava Beomgyu na organização deste.


 — Yeonjun, não precisa me ajudar, você já é da nobreza! – O garoto mais baixo falava, porém o mais velho não o dava ouvidos. 


 — Você esqueceu que eu sou um plebeu? Não importa se irei ou não me casar com um príncipe, continuo sendo um plebeu. – Rebateu, dessa vez deixando o mais jovem sem palavras. — Fora que o quarto é meu, não gosto quando arrumam meu quarto para mim. 


 Naquele momento, Beomgyu abaixou a cabeça. Então estava sendo inconveniente arrumando o quarto do garoto? Temia que fosse isso. Yeonjun percebeu que sua fala havia deixado o outro cabisbaixo, então não tardou para que seu rosto virasse uma expressão chorosa e se aproximasse lentamente. 


 — Me desculpe, eu não quis ser rude... – Falou baixinho, olhando para seus pés cobertos por seu tênis. Beomgyu levantou o olhar brevemente, mostrando um sorriso sem graça.


 — Sem problemas... – Respirou fundo, arrumando as últimas coisas que sobravam. 


 Yeonjun o deixou terminar sozinho, não queria deixar o mais baixo desconfortável, ou fazê-lo se sentir um inútil graças a sua ajuda. Sentado em sua cama, o Choi apenas observava os movimentos de seu empregado, o que o fazia se lembrar de casa, também pelo fato de não o deixar ajudar. 



 Uma casa extremamente tradicional, onde apenas as mulheres faziam as tarefas de casa, limpando e organizando, era assim que Yeonjun vivia. Desde criança o garoto tentou ajudar sua mãe e irmã a organizar, mas a mais velha nunca deixava, dizendo que o homem deveria apenas descansar, já que era a maior fonte de renda da casa. Mas Yeonjun não trabalhava, apenas quando sua mãe faleceu foi que ele correu atrás de um emprego, afim de conseguir dinheiro para sustentar sua irmã, que também foi em busca de um. A falta de um pai foi muito presente naquela casa, visto que o salário que sua mãe ganhava mal dava para sustentar as duas crianças, mas também, a mulher nunca os deixou trabalhar, alegando que deveriam apenas estudar, e era o que faziam. Yeonjun e Jisoo tiveram seu estudo, mesmo que em escolas públicas, porém, a faculdade não foi alcançada pelos jovens, visto que eram pagas. Quando sua mãe se foi, tudo pareceu desmoronar na vida dos dois adolescentes. Jisoo sabia cozinhar poucas coisas, enquanto o único homem da casa, não sabia sequer segurar uma vassoura, mas teve que aprender, justamente por sua irmã não ter a mentalidade de sua mãe, e também, Yeonjun não iria permitir que ela fizesse tudo para ele. A verdade era que o rapaz não gostava de depender de ninguém. 



 Yeonjun foi tirado de seus pensamentos por um Beomgyu que balançava suas mãos na frente do rosto do mais velho. O Choi piscou algumas vezes, voltando a sua realidade, deixando algumas lágrimas escaparem no processo. O mais novo ficou preocupado na hora que viu as pequenas lágrimas, então sentou a frente de seu amigo, o abraçando. 


 — Oh, céus, Yeonjun! – Exclamou o Choi, apertando o abraço, que até agora não havia sido retribuído. — O que houve? 


 O mais velho nada respondeu, respirando fundo na tentativa de se acalmar, não sabia ao certo o porquê estava chorando, mas se lembrar de sua família o fazia chorar, talvez por saudades. Aos poucos o abraço de Beomgyu foi retribuído, mas o mais velho continuou calado, apenas chorando em seu ombro. O moreno também não insistiu para que Yeonjun falasse algo, assim ficando apenas a acariciar suas costas, ouvindo o som baixo da respiração descompassada do outro. 


 Vários minutos, que pareciam mais horas, se passaram, mas os dois continuavam na mesma posição, sentados na cama abraçados, mas a pequena diferença era do mais baixo já mais calmo, apenas respirando fundo com o rosto apoiado no ombro do amigo. 


 — Você quer contar agora o que houve? – O mais novo perguntou, com medo de que o outro voltasse a chorar. Yeonjun se afastou um pouco, confirmando brevemente com a cabeça.


 — Quando você disse que não precisava de ajuda... – Começou, logo Beomgyu se assustou, com medo de ser o motivo do choro do outro. — Eu me lembrei da minha mãe, ela não me deixava ajudar em nada em casa. – Uma risada soprada foi solta.


 — Não deixava? Porque? – O outro Choi parecia curioso, logo este abaixou a cabeça. — Desculpe, não quis invadir sua vida...


 — Não se preocupe. – O mais velho sorriu. — Minha mãe sempre dizia que quem tomava conta de casa eram as mulheres, que os homens não podiam limpar ou cozinhar, minha irmã odiava isso, porque ela que tinha que fazer as coisas para mim, se eu lavasse até minhas próprias cuecas minha mãe brigava. – Riu. — Eu não gostava de ficar só olhando, eu queria ajudar, mas não podia, mas quando ela morreu... – Abaixou sua cabeça. — Eu tive que aprender a fazer tudo... Um dia quase coloquei fogo na casa, literalmente, então eu e minha irmã entramos em um acordo, ela cozinhava, e eu limpava. 


 Beomgyu soltou uma risada baixinha com o final da história, então olhou para seu amigo, o abraçando novamente.


 — Me sinto mal por minha mãe ter ido sem saber sobre mim. – O outro Choi franziu o cenho, fazendo um sinal para que ele continuasse. — Eu nunca contei a minha mãe que gostava de garotos, só minha irmã sabia. – Abaixou a cabeça. 


 — Ela não sabia?! – O garoto mais novo se surpreendeu, chegando até a soltar o abraço. 


 — Ela tinha medo de que isso acontecesse, por isso eu sempre andava com meninas, as amigas da minha irmã, ela imaginava que andando com meninas eu iria começar a me interessar por elas. – Yeonjun riu e negou com a cabeça. — Mas não deu certo, eu sempre ficava interessado quando o assunto era garotos, gostava de conversar sobre roupas, sonhava em um dia ser estilista, não que isso seja coisa de homossexuais, sempre sonhava com um príncipe encantado também. Eu acho que seria um grande mentiroso se dissesse que, quando minha mãe se foi, a primeira coisa que eu fiz não foi colocar piercings nas orelhas, minha irmã quase enlouquece porquê usei meu salário quase todo pra isso.


 — E no final, você realmente conseguiu um príncipe. – Observou o moreno, que soltou uma risada alta ao ouvir sobre a história dos cinco piercings das orelhas do garoto. — Que feio, Yeonjun! Você aproveitou o falecimento de sua mãe para encher a orelha de brincos!


 — Ei, não foi bem assim! – Tentou explicar, mas acabaram os dois se jogando na cama em meio a risadas. 


 — Yeon... – Beomgyu chamou um pouco tímido, puxando as vestes do outro, enquanto o rosado ainda acabava de se acalmar, porém ainda deu atenção ao que o outro estava para falar. — Como você descobriu gostar de garotos?


 O quase príncipe se surpreendeu com aquela pergunta, porém pensou em uma boa forma de responder a ela. Após pensar por alguns segundos, olhou para o amigo.


 — Ficando com um. – Beomgyu arregalou os olhos, o que Yeonjun queria dizer com "ficar"?


 — Ficar? –Perguntou. 


 — É, digo, não quero dizer que você precisa dar para um cara, quis dizer apenas beijar mesmo. – Respirou fundo, olhando para o teto. — Você pode tentar beijar uma garota e um garoto, dependendo do que sentir, talvez você goste. – Sorriu.


 — Mas... O que você sente, exatamente? – O mais novo parecia curioso com aquilo.


 — Não é possível descrever, sabe? Você só... Sente. – Deu de ombros. — Porque? Você acha que gosta de algum menino? 


 Beomgyu se virou, um pouco tímido e incerto. Ele gostava? O que ele sentia na verdade? Taehyun fazia seu coração bater forte e seu corpo esquentar, mas o que aquilo significava? Deveria contar ao Choi como se sentia? 


 — Eu... Acho que gosto de alguém. – Falou baixo, Yeonjun logo se sentou, curioso. 


 — Sério? De quem? Me conta! – Perguntou animado, sacudindo levemente seu amigo. 


 — Não sei se devo dizer quem... – Respirou fundo. 


 — Vamos, Beomgyu! Eu não vou fofocar, minha boca é um túmulo! 


 Beomgyu ponderou, talvez revelar seus sentimentos a alguém não fosse algo ruim, talvez Yeonjun pudesse até o ajudar. 


 — Eu acho que gosto do Taehyun. – Soltou rapidamente, o que fez o Choi dar um pulo na cama.


 — Eu sabia, eu sabia, eu sabia! – Repetia diversas vezes, animado com aquilo. — Mas espera... Como assim "acho"?


 — Eu não sei como é estar apaixonado... – Suspirou, envergonhado. 


 — Hm... Eu também não, mas com base nas histórias que eu ouvia... – Yeonjun se aproximou do garoto, segurando o rosto do mesmo. — O que você está sentindo? – Perguntou, como um médico. 


 — Quando estou com ele? – Recebeu um aceno positivo. — Meu coração dispara, eu fico todo arrepiado sempre que ele me toca e meu estômago fica estranho! É como se... – Acabou sendo cortado.


 — Tivesse borboletas. – Yeonjun o completou. 


 Os dois garotos se olharam por alguns segundos. Como o mais velho sabia daquilo? Será que ele também se sentia daquela forma?


 — Como você...? – Antes que pudesse terminar, Yeonjun o interrompeu novamente. 


 — Acho que você me deu uma luz, e também acho que você está apaixonado. – Sorriu abertamente. — E eu tenho quase certeza que o Taehyun sente o mesmo, basta prestar atenção em como ele te olha! 


— Como ele me olha? – O moreno praticamente ignorou o início do comentário do mais alto. 


 — Sim! Ele te olha com tanto carinho, como se quisesse te abraçar e te beijar a todo momento! 


 O Choi mais novo abaixou a cabeça, seria possível aquilo ser verdade? Beomgyu nunca se imaginou apaixonado por ninguém, ainda mais por um garoto, apesar da época, ainda era mal visto por famílias extremamente tradicionais, e não era o que faltava naquele castelo enorme. Porém, será que Taehyun também se sentia assim? Ele deveria tentar algo com o garoto, talvez. Sim, era o que Beomgyu pretendia fazer, um encontro indireto, toques e coisas casuais, o Choi precisava ter certeza, precisava ter certeza que gostava do Kang, e também precisava ter certeza que era correspondido, e sinceramente? Ninguém melhor para o ajudar naquela missão do que Choi Yeonjun.






Notas Finais


Beomgyu gosta do Taehyun 👀

Irruuu agora vocês sabem um pouco como era a mãe do Jjunie e a vida na casa dele 😔 espero que tenham gostado do capítulo, comentem o que acharam por favor ❤️❤️ e desculpa novamente pelo capítulo curtinho, prometo que logo trarei um maior!

Até a próxima ❤️


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