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História My dear teacher - O preço


Escrita por: mckbrndcst

Notas do Autor


esse é o Max!

Capítulo 6 - O preço


Fanfic / Fanfiction My dear teacher - O preço

    Capítulo 6- O preço


  Uma semana se passou, e eu não consegui atrapalhar a aula de Leandro, não porque eu queria obedecer ele, é que eu ainda andava pensando em como ele me convenceu naquele dia.

Eu sou tão fácil assim? Ou agi pelo calor do momento?

Pensamentos assim invadiam a minha cabeça e eu só vivia pensando, e Leandro amou isso, porque finalmente as aulas dele foram um sucesso. Mas Max e Luan, achavam que eu estava doente ou depressiva. Eu não lhes falava nada, havia voltado a ser como era antes, calada, ignorando tudo e todos.

Mas para minha autoestima, isso mudou na aula de sociologia.

O professor estava falando sobre família, e bla bla bla. Só eu acho sociologia uma matéria desnecessária? Então né.. Quando o professor falou sobre abandonos, e perdas, Martha virou para mim e sorriu.

- Temos um exemplo aqui na nossa sala, professor.

- Você perdeu seus pais, Manuela?- o professor perguntou na maior inocência.

- Não, eles estão vivinhos, talvez nos possamos dar um exemplo das percas aqui na sala também, não é?- cerrei os punhos.

- Você perdeu seus pais, Martha?- ele se virou para ela.

Impressão minha ou esse professor é o maior idiota?

- Está me ameaçando?- Martha se levantou me encarando e ignorando o professor.

- E se eu estiver? Você vai fazer o quê?!- me levantei.

- Não me subestime sua--

- As duas, fora da sala!- o professor falou mais em um tom assustado do que autoritário.

Saí marchando da sala na frente de Martha. Chegamos na sala do diretor bem na hora em que ele discutia um assunto com o professor Leandro. Ele me olhou confuso, depois olhou para Martha.

- O que aconteceu?- ele perguntou.

- Nos colocaram para fora da sala.- Martha contou.

- Sentem-se aí. Daqui a pouco conversamos sobre isso.- o diretor estendeu a mão para o sofá preto e voltou a conversar com Leandro. Como não tinha nada mais para fazer, comecei a prestar atenção na conversa dos dois.

- ... então vai ficar para o próximo mês, mesmo?- Leandro perguntou.

- Sim, praticamente já já, não vai demorar muito. Tenho de informá-los logo, para adiantarem as coisas.

- E os temas? Se quiser posso separar.

- Já estão prontos, vou dar o aviso agora mesmo. - ele se levantou da cadeira com um esforço e saiu da sala.

- Vocês estavam falando sobre o quê?- perguntou Martha.

- Exposição de cultura.- Leandro virou a cadeira para nós.

- Já vai ser próximo mês?! - ela sorriu, animada.

- Sim, agora me falem porque o professor tirou vocês da sala.- ele apoiou os braços no braço da cadeira com as pernas bem abertas.

- Ela começou!- falamos em uníssono apontando uma para outra ao mesmo tempo.

- Não quero saber quem começou, Martha me conte como aconteceu.

- Por quê ela?!- bati no sofá.

- Porque você é mal-criada.- ele desviou o olhar de mim para Martha, que sorriu de lado.

- O professor falou sobre família, abandonos e percas, aí do nada Manuela falou que poderia dar um exemplo de uma perca, eu me levantei e perguntei se ela estava me ameaçando, aí ela me enfrentou e o professor nos tirou da sala.- Martha fez biquinho.

- É mentira! Ela está mentindo! Eu nunca falaria isso sem um motivo!- exclamei quase gritando.

- Mas falou. - ela cruzou as pernas.

- Leandro, você não acredita nela, acredita?- olhei nos olhos dele.

- Não tenho motivos para confiar em você. Você é impulsiva, age sem pensar. - ele me olhava como se fosse alguém superior me dando bronca.

- Ótimo. - me levantei. - O lobo sempre será mau, se você só escutar a versão da chapeuzinho vermelho.

Com isso, saí da sala do diretor e voltei para sala de aula. Todos estranharam mas ignorei, ignorei até mesmo o professor e coloquei os fones de ouvido entrando em um mundo só meu. Mas rapidamente o tirei quando o diretor apareceu na sala.

- Pessoal, é com imenso prazer que eu venho dizer a vocês que já estamos com tudo pronto para a expo, os temas, as inscrições, e os monitores. As inscrições começam a partir de amanhã, e acabam sexta-feira dessa semana para não perdemos tempo. Com isso, vocês irão dividir a turma em dois grupos e pegar um tema na próxima semana para competir entre si. Cada grupo irá ficar com um professor que vão ser os monitores e vão ajudar a vocês. Alguém tem alguma dúvida?

- Quanto é a inscrição?- Arthur levantou a mão. Tirar dúvidas era com ele, ele sempre tinha algo para falar.

- Como são vocês que sempre pagam e resolvem tudo, eu decidi que não precisamos cobrar muito. Será por cinquenta reais. - ele sorriu e todos na sala murmuraram em concordância.

- Então pessoal, uma boa aula e espero a inscrição de vocês essa semana. - ele acenou e saiu da sala. Imediatamente todos começaram a conversar, expondo suas ideias e críticas.

- Vocês vão ficar no meu grupo, não é?- Luan se virou para mim e Max sorrindo.

- É óbvio né, cabeção. - sorri.

- Não sei se vou participar. - Max colocou a mão no queixo, pensando em algo.

- Por quê?- perguntei.

- Minha mãe não está com muito dinheiro.

- Nós ajudamos você.- Luan sorriu.

- Como?- ele o fitou.

- SILÊNCIO!!!!- o professor quase perdeu a voz para falar mais alto que o nosso barulho.

- Depois nós decidimos isso. - dei uma piscadela para ele e prestei atenção no que o professor tentava explicar.

Um tempo depois, Martha apareceu na sala triunfante, e eu apenas ignorei. O intervalo foi como todos os outros, comendo e conversando besteiras.

Depois, quando largamos, Luan foi comigo para minha casa para pegar a roupa da irmã dele.

Ao chegar em casa, joguei a mochila na cama e fui beber água. Minha casa não é como as outras, eu resolvi mudar, onde era para ser a sala, era o meu quarto, a cozinha, era a cozinha mesmo, onde era para ser o quarto, eu fiz de closet, e os outros quartos no fim da casa, continuam intactos para os hóspedes, apesar de eu nunca receber ninguém em casa.

- Sua casa é... diferente.- Luan comentou olhando ao redor.

- É, eu prefiro assim. - dei um copo de água para ele.

- Gostei. - ele sorriu.

- Vou pegar a roupa da sua irmã. - fui para o "closet", e peguei ela em uma sacola em cima da cômoda, e quanto voltei para o quarto, joguei para ele. - Aí está.

- Vou ligar pro meu primo vir me pegar. - ele me devolveu o copo e pegou o celular.

- Não quer almoçar?- convidei.

- Você faz almoço?

- Óbvio! Como eu sobrevivo?- dei um soco devagar na cabeça dele.

- Se eu morasse sozinho, na minha geladeira só ia ter chocolate e álcool.

- Chocolate? Álcool? Tá boa a sua vida.- ri.

- Mas então, o que temos para o almoço?- ele me olhou indo para a cozinha.

- Estrogonofe caseiro de camarão. - sorri tirando as tigelas da geladeira.

Eu sempre preparava de manhã quando acordava para quando chegar morta de fome, já ter o que comer e esquentar rapidinho. Boa ideia, né?

- Eu vou almoçar aqui sim!- ele sorriu largo e esquentou as mãos passando uma na outra.

- Vou esquentar. - sorri e coloquei no microondas cada tijela com o Estrogonofe e o arroz. Depois, coloquei nossos pratos e peguei um suco de manga na geladeira.- Vem!

- Já estou aqui.- ele sorriu correndo até a mesa.

- Idiota. - não prendi o sorriso. Ele colocou a primeira colher na boca e olhou para mim, sério. O que me assustou.- E então?

- Hum...

- Não gostou?- desmanchei o sorriso.

- Tá brincando?! Isso é melhor que a comida da minha avó!- ele riu todo empolgado.

- Sério?!- sorri arregalando os olhos.

- Sim! Marca um dia pra fazer um almoço, eu você e o Max! Ele vai adorar!- Luan falou de boca cheia.

- Vou ver isso.- coloquei uma colher na boca.

- Ah, esqueci de avisar, eu mandei uma mensagem para o Leandro dizendo o endereço daqui para ele me buscar depois.

- Tudo bem, já que é depois.

- Aí sim. - ele sorriu. Então a campanhia tocou. - Está esperando alguém?

- Não, ninguém.- arqueei as sobrancelhas e me levantei.

- Mas eu disse para o Léo me buscar mais tarde!- Luan protestou se levantando e me seguindo até a porta.

- Falando no diabo... - revirei os olhos ao ver ele quando abri a porta.

- Eu disse pra você vir mais tarde!- Luan cruzou os braços como uma criança.

- Resolvi vir agora. - Léo sorriu.

- Não é bem-vindo.- falei séria é super "educada".

- Estão almoçando?- ele me ignorou.

- Sim, quer vir?- Luan puxou ele.- A comida da Manu, é foda!

Eu ia matar Luan, Leandro me lançou um sorriso sarcástico enquanto seu primo o arrastava para cozinha. Fui ao banheiro e tomei meu banho deixando eles á sós, depois de fazer minha higiene, saí de toalha.

- Você tem visita!!- Luan exclamou tapando os olhos com as mãos.

- Virgem. - falei séria.

- Até você vai brincar com isso?!- ele falou sem tirar as mãos dos olhos.

- Não vejo problema nisso. - me referi a toalha.

- Folgada. - Leandro riu.

- Olha, quem apareceu aqui sem ser convidado foi você. - coloquei a mão na cintura.

- Podemos discutir quando você estiver vestida, pode ser?- ele virou o rosto.

- Virjens. - revirei o olho e fui ao closet.

Vesti um short-saia, com um cropped que dizia "weird", e havia um nó para amarrar no meio. Quando saí, Leandro lavava os pratos enquanto Luan relaxava quase dormindo na cadeira.

- Não precisa lavar. - desliguei a torneira da louça falando com Leandro.

- Eu quero lavar. - ele ligou de novo.

- Mas eu não quero que você lave.- desliguei.

- Mas eu insisto!- ele ligou e empurrou meu ombro para trás.

- Você quem sabe. - revirei os olhos e saí para o quarto.

Me joguei na cama e liguei a tevê. Cinco minutos depois, Leandro apareceu no meu quarto e falou:

- Luan dormiu.

- Sério? Não acredito, parece uma criança. - me sentei.

- Acordo ele?

- Deixa ele acordar sozinho. - sugeri.

- E o que eu faço nesse meio tempo?- ele passou a mão na nuca.

- Sei lá, se quiser me ajudar a estudar para a prova da próxima semana, eu aceito. - voltei a me deitar.

- Tudo bem.

- É sério? Achei que não ia.

- Sim, eu posso ajudar. Mas tudo tem um preço.

- Você quer cobrar?- ri com o nariz.

- Não, agora não. - ele sorriu e pegou minha mochila jogada na cama e sentou.

Ele me ensinou tudo com mais explicações do que falava na sala, quando eu não entendia, ele explicava novamente com a maior paciência do mundo. É, ele era um bom professor mesmo.

- Obrigada. - falei sorrindo e fechando o caderno.

- Se quiser, posso ser seu professor particular. Te ajudo com as provas. - ele bocejou.

- Ótima ideia, se você não se incomodar... - joguei a mochila no chao.

- Não, sem problemas.

- Mas e quanto ao tal preço?- estiquei as pernas na cama.

- Você quer saber agora ou depois?

- Agora. - cruzei os braços.

- Então vai ter que pagar agora.

- E se não for algo ao meu alcance?

- Mas é. E você vai ter que pagar de qualquer jeito, pediu a aula porque quis. - ele mordeu o lábio inferior.

- Me diga ligo, estou ficando impaciente!- pedi.

Mas ele não falou, ele apenas o fez.

Chegou perto de mim, agarrou meus cabelos com as mãos e puxando devagar.

- O que você pensa que está--

- Calada. - ele falou em meu ouvido susurrando.

Assenti balançando a cabeça, ele começou a beijar meu pescoço, e eu acabei fechando os olhos com aquele ato.

- Agora... - ele alisou meu rosto e aproximou nossos rostos fitando a minha boca.

- O que eu faço?- susurrei completamente dominada por ele.

- Se Luan não estivesse aqui.. - ele murmurou.

- O que eu faço?- repeti.

- Me beije. - e eu obedeci.

Beijei ele mesmo. E foi tão bom, Leandro fazia isso tão bem, ele explorava a minha boca com sua língua encontrando a minha, vez ou outra ele mordia meus lábios, ou chupava minha língua me fazendo suspirar. Meu coração estava disparado, e eu queria cada vez mais, e mais. Era aquele tipo de beijo intenso, com um gosto de "quero mais", e eu não queria mesmo parar.

Uma parte de mim dizia que isso não era certo, que ele era meu professor. Isso não devia estar acontecendo.

Mas que se dane, uma vezinha não mata. E ele é tão gostoso...



Continua...



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