1. Spirit Fanfics >
  2. My dear teacher >
  3. Mais uma vez, bêbada

História My dear teacher - Mais uma vez, bêbada


Escrita por: mckbrndcst

Notas do Autor


estou postando o cap agora pq mais tarde vou sair, boa leitura, espero que gostemm ;)

Capítulo 10 - Mais uma vez, bêbada


Fanfic / Fanfiction My dear teacher - Mais uma vez, bêbada

Capítulo 10- Mais uma vez, bêbada


    A tal viagem que ganhamos foi para um dia de lazer no "maior" parque aquático daqui. Seria amanhã, e o ônibus iria sair daqui perto de casa, já que todos concordaram que o ponto de encontro fosse por aqui. Eu estava lanchando (é gente, só vivo comendo mesmo) com Marie, Max e Luan. Desta vez fiz batatas fritas e comprei refrigerante, geração saúde!

- Então, tudo certo para dormirmos aqui?- Max perguntou a mim.

- Sim, tudo bem.- concordei. 

Para eles, o caminho era mais distante daqui de casa, então eu cedi os quartos de hóspedes.

- Aquele professor problemático vai?- perguntou Marie.

- Vai, ele ajudou.- respondi revirando os olhos e levando uma batatinha a boca.

- Queria falar disso mesmo com você. - Luan falou.

- Fale aí. - levei mais uma batatinha a minha boca.

- O Léo pode dormir aqui?

- Quê?!- exclamei me engasgando.

- Eu sei que você não gosta dele, mas ele mora lá em casa e lá é longe, você sabe... - ele coçou a cabeça.

- Sei, mas ele tem carro!- bati no braço do sofá.

- Manu, de lá pra cá são trinta minutos.

- Trás o carro dele pra cá e ele dorme no carro. - cruzei os braços.

- Manu, dá uma folga para o cara, ele ajudou bastante a gente. - interpôs Max. Era verdade, Leandro havia colocado cem reais que faltavam para dar ao decorador.

- Ele vai dormir na sala. - continuei fazendo birra.

- Manu.. Eu sei que tem um quarto sobrando.. - Marie sorriu do lado.

- Meu Deus, eu odeio vocês!- revirei o olho.

- Então você deixa?- perguntou Luan.

- Deixo! Mas depois vou contratar uma benzedeira pra afastar o mal daqui quando ele for embora. - me levantei e me tranquei no quarto.

- Exagerada!- Max riu. Depois de um tempo, alguém bateu na porta.

- Manu? Sou eu.- era a voz de Marie. Me levantei e abri a porta para ela.- Quer desabafar? Eu sei que você tem alguma coisa com aquele homem.

- Não tenho nada.- desviei o olhar toda vermelha.

- Tá na cara!- ela riu.

- O que tinha acabou.- falei baixo.

- Mentira!!!- ela gritou- Então vocês namoravam?

- Namorar não menina, a gente ficou umas duas vezes. - suspirei.

- Eram ficantes, entendi.. Mas você gosta dele né?

- Claro que não! Eu odeio ele, eu só fiquei com ele no calor do momento.- nos sentamos na cama.

- Sei, duas vezes?- ela me lançou um olhar malicioso.

- Sim, odeio ele. - persisti.

- Se você diz... Eu acho que ele gosta de você também.

- Gosta nada, eu sou mais uma das alunas que ele deve ficar. - me deitei de braços abertos.

- Você está triste com isso?

- Não, não fico triste por homem nenhum. - disfarcei.

- Certeza? Eu acho que não.. Você estava chorando ontem. - ela me analisou.

- Você viu?- arregalei os olhos.

- Não, senti. - ela sorriu. Eu não deixava ninguém me ver chorando, mas esqueci disso naquele dia em que Leandro me abraçou no banheiro.

- É que... sei lá... Isso tudo aconteceu tão rápido, mas mesmo assim... - procurei as palavras certas.

- Antigiu sua emoção?

- É..

- Você permitiu. - ela se levantou.

- C-Como?- fitei ela.

- Ué, você não aprendeu que uma pessoa pode ferir o seu corpo, mas jamais, poderá ferir sua emoção a não ser que você permita?

- Faz sentido. - concordei.- Eu permiti mesmo.

- O que você vai fazer agora?

- Eu não sei.. Não quero mais nada com ele depois do que escutei. - me levantei.

- Entendi, talvez ela não seja mesmo a namorada dele, pode ser uma louca psicopata.

- Ou não, ela disse que era ex-aluna dele, entende? Não dá pra confiar depois disso, quem sabe ele não já ficou com outras desse colégio?- encolhi os ombros.

- Quem sabe.. - ela levantou uma sobrancelha, pensativa.- Enfim, não chore mais, ok?

- Eu nunca choro.- dei um sorriso.

- Isso aí.- ela me abraçou e nós voltamos para sala de estar.

Depois, assistimos um filme que eu escolhi de ação, Marie foi a única que reclamou, então como era três contra uma, ela ficou quieta.

- Aí é tão ruim você assistir um filme bom depois voltar a essa realidade bosta. - Luan comentou enquanto os créditos do filme passavam junto a um rock.

- Verdade.. - concordei sorrindo.

- Marie me falou que alguém prometeu uma pizza... - Max sorriu se espreguiçando.

- Nossa, já tinha esquecido! - ri.

- Trato é trato. - ela bocejou. Provavelmente dormiu no meio do filme.

- Eu faço, só é vocês comprarem as coisas. - fiquei na ponta do sofá.

- Nós vamos. - Marie puxou Max pelo braço e saiu de casa.

- Desde quando eles estão assim, próximos?- cruzei os braços.

- Desde quando ele me fez pedir o número dela. - Luan riu.

- Por que eu não vi isso?- estranhei.

- Porque você estava conversando com o Leandro sobre a expo. - ele enfatizou "expo" com aspas.

- O que quer dizer com isso?- me levantei.

- Nada, só.. acho vocês próximos. - ele encolheu os ombros.

- A-hã. Não somos, eu odeio ele. - caminhei até a cozinha.

- Odeia mesmo?- ele me seguiu.

- Sem dúvidas, por quê?- abri a geladeira.

- Não parece. - ele apoiou a mão na mesa.

- Só por que deixei ele dormir aqui?- peguei uma garrafa de água.

- Não, é que sei lá..

- É impressão sua. - coloquei água em um copo. - Você quer?

- Quero um pouco. - então dei o copo de água que coloquei para ele e depois peguei outro e coloquei água para mim. - Você lembra de alguma coisa de ontem?

- Infelizmente, de algumas coisas sim. - bebi água.

- Por quê infelizmente? Achava o que tinha se divertido. - ele levantou uma das sobrancelhas. Ele tinha me pego na mentira.

- Porque... Porque eu não gostei da festa. - inventei.

- Não? Você dançou até o chão.- ele bebeu um pouco do copo de água.

- Estava bêbada.

- Entendi, ou porque viu o Léo beijando a Paula?

- Isso é loucura. - desviei o olhar e tentei mudar de assunto.- Eu lembro da sua "cantada".

- S-Sério?- ele corou.

- Sim. - sorri.

- M-Me desculpa, é que.. bem.. você sabe, é coisa de homem, você estava provocando. - ele bagunçou o cabelo.

- É, eu sei. Tudo numa boa. - fiz um gesto levantando o polegar pra ele.

- Mesmo?

- Ei!!- reparei que ele deixou o copo inclinado e a água estava caindo. - Você anda se distraindo com o quê?

- Desculpa!- ele colocou o copo na louça.

- Está tudo bem.

Peguei um pano de chão e quando fui esfregar no chão, escorreguei e puxei a camisa de Luan na esperança dele me segurar mas foi inútil, ele caiu por cima de mim.

- Porra.. - murmurei fazendo uma careta.

- Aí, Manuela!- ele reclamou porque batemos nossas testas uma na outra.

- A culpa é sua. - empurrei ele.

- Estou interrompendo alguma coisa?- alguém falou e eu me levantei imediatamente.

- E aí, Léo?- Luan se levantou massageando o local que machucou na testa.

- Está interrompendo sim, eu e ele estavamos é... - pensei.

- Caídos no chão. - Luan completou me olhando como se fosse óbvio e eu o fuzilei com o olhar.

- Encontrei Max e Marie no caminho eles pediram para trazer isso. - Leandro mostrou três sacolas.

- Hum, certo. - peguei as sacolas e as olhei observando o que faltava. - Está faltando manteiga.

- Você quer que eu vá comprar?- Luan se ofereceu. - Você pode ficar aí adiantando as coisas.

- É, pode ser. - peguei um dinheiro do meu bolso e joguei para ele.

- Vou lá. - ele lançou uma piscadela para mim e saiu de casa.

- O que estavam fazendo no chão?- Leandro perguntou depois de um tempo.

- Ele derrubou a água, eu fui segurar nele pra não escorregar, e ele caiu em cima de mim. - revirei os olhos dissolvendo o fermento com o açúcar.

- Logo em cima de você. - ele falou em tom irônico.

- É. - me sentei em cima da mesa, apoiei o cotovelo no joelho e fiquei balançando as pernas.

- E ontem, você rebolou pra ele sem querer também?

- Não, estava bêbada. - falei sem olhar para ele.

- Bêbada? Você estava bebendo? Como? E com quem?- ele arregalou os olhos.

- Com meus amigos. - bocejei.

- É proibido! - ele bateu na mesa. - Você bebeu o quê?

- Vodka.

- Por isso ficou bêbada! Você bebeu quantos copos, hein?!- ele estava praticamente gritando comigo.

- Só dois. - deixei um sorriso escapar me divertindo com a situação, então resolvi botar lenha no fogo: - Que eu me lembre, né.

- Que você se lembre?!- ele repetiu. - Você pensa nas coisas que faz, Manuela?

- Às vezes.

- Quem te deu isso?- ele cruzou os braços andando de um lado para o outro.

- Max.

- Ele que levou?

- Arthur.

- Só homem! Você confia mesmo neles?- ele parou de andar na minha frente, e eu fiquei reta para encará-lo.

- Confio, um pouco.. - fui sincera.

- E se eles se aproveitassem de você?- ele apertou meus ombros.- Meu Deus Manuela, se eles fizessem algo com você eu..- ele ficou cabisbaixo.

- Você o quê, professor?- pedi continuação enfatizando a palavra "professor".

- Por quê você está assim comigo?- ele me olhou com uma carinha que fez dar dó.

- Porque você merece. - desviei o olhar para não ter que encarar ele.

- Mereço? Eu já me expliquei.

- É, e eu sei agora que você tem namorada. - apertei os lábios uns contra o outro.

- Eu não tenho namorada. - ele suspirou.

- Não acredito.

- Por favor--

- Não acredito de jeito nenhum. - revirei os olhos.

- Manuela... - ele continuou a apertar meu ombro.

- Além disso ela disse ser uma ex-aluna.- dessa vez olhei para ele.

- Era, mas ela sempre foi louca por mim, eu não quis nada, quando ela saiu daquele colégio ela veio atrás de mim dizendo que agora dava para ficar comigo, que me amava, então nós ficamos por uns dias, mas não chegamos a namorar. - ele explicou.

- E se eu disser que continuo não acreditando em você?- cruzei os braços.

- O que eu faço pra você acreditar?

- Não precisa fazer nada, só suma da minha vida. - empurrei ele pra sair da minha frente e continuei a fazer a pizza.

Ele ficou me olhando por um tempo, mas por mais que eu quisesse, eu não olhei para ele, não ia dar moral. Uma hora ele se cansou e foi para sala, parte de mim queria pedir desculpas pela grosseria, mas outra, queria que ele morresse e não acreditava em uma palavra só do que ele disse. Depois disso Luan chegou com a manteiga, e com Marie e Max que davam risos bobos as vezes, aí tem coisa, hein.

Quando acabei de fazer a pizza, deixei na mesa para eles comerem e fui tomar banho, porém, quando voltei a pizza estava intacta, com vinho do lado e um refrigerante, eles me esperavam sentados e famintos.

- Vinho?- perguntei estranhando e me sentando numa cadeira de frente para Leandro e ao lado de Luan.

- Sim, compramos no meio do caminho. - Marie sorriu e colocou uma taça pra mim.

- Eu não queria.. - sorri de leve.

- Ah, qual é? É só um brinde.- ela sorriu.

- Então tudo bem.

Depois de comermos a pizza toooda, e depois de eu receber vários elogios, nós começamos a brindar sem parar: "á melhor líder da expo!", "á viagem que vamos fazer amanhã!", "á melhor cozinheira já tivemos!", "á minha mãe que nem desconfia que vou dormir aqui!", e no fim foram tantos brindes que eu fiquei bêbada, de novo. Isso de beber não é pra mim, eu sou muito fraca!

Já era 03:27 e todos dormiam, mas eu estava perambulando pela casa feito uma maluca.

- Cadê a minha cama?- eu perguntava falando sozinha. Então bati em algo duro, porém não me machuquei. - Gente, quem apagou a luz?

- Isso é vergonhoso... - alguém me segurou no braço.

- Quem é? - olhei pra cima, era Leandro. - Oi, professor. Como vai?

- Bravo. - ele me arrastou pelo braço.

- Aí... Está machucando... - choraminguei.

- Isso é pra aprender a pensar antes de fazer as coisas. - ele me jogou na cama.

- Léo.. - falei com a voz chorosa.

- H-Hã?- aquilo pareceu afetar ele de alguma forma pois sua expressão mudou.

- Está machucando. - fiz uma careta apontando para o meu braço que ele apertava.

- Oh, me desculpe, eu não quis.. - ele ligou a luz e observou. - Não ficou muito vermelho.

- Ainda bem. - dei um pequeno sorriso.

- Você está legal?- ele se sentou e me analisou.

- Estou com calor. - me sentei.

- Eu vou ligar o ar condicionado. - ele pegou o controle e ligou. O quê que bêbado tem na cabeça quando faz as coisas? Eu tirei minha blusa e fiquei apenas de sutiã e shortinho.

- Pronto. - joguei a blusa e ele olhou para mim de olhos arregalados.

- M-Manuela!!!- ele exclamou e me cobriu.

- Estou com calor!- reclamei me livrando do cobertor.

- Então eu vou embora. - ele se levantou.

- Não... - engatinhei até ele.

- Manuela...- ele me olhou hesitante.

- Fica aqui, por favor. - fiz uma cara de bebê chorão.

- Mas olhe pra você. - ele apontou.

- É besteira, amanhã você vai me ver assim de biquíni. - puxei o braço dele.

- Faz sentido, mas você vai me matar.

- Não vou, fica aqui, vai...

- Tudo bem. - ele se sentou.

Então eu derrubei ele e fiquei abraçada com ele na cama acariciando seu peito.

- Você sóbria não faria isso. - ele me observou enquanto eu fazia carinho nele.

- Então não é melhor aproveitar?- sorri e dei um selinho nele.

- Mas.. não é certo.

- Não é aproveitar na malícia, é só curtir o momento. - me aproximei mais dele.

- Você não se importa de estar assim em mim? Quer dizer.. Você está muito próxima, e está de sutiã. - ele olhou o "sutiã".

- Estou com calor.- revirei os olhos.

- Eu sei, mas..

- Você é muito chato. - me virei para o lado oposto dele e me encolhi.

- Desculpa. - ele me abraçou por trás ficando de conchinha comigo.

- Desculpo. - sorri e segurei na mão dele.

Eu queria ficar assim pra sempre, porém eu sabia que uma hora o meu lado orgulhoso não ia demorar muito pra acordar. Mas eu adormeci, e dormi tão bem... Estava me sentindo protegida com aqueles braços musculosos me envolvendo. Leandro era uma coisa difícil de se explicar, eu queria bater nele, mas eu queria o beijar tanto. Acho que quem sofre de bipolaridade sou eu, afinal de contas.



Continua...



Notas Finais


eai, oq acharam?
até amanhã meus amoresss <33


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...