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História My Demon - Seu demônio


Escrita por: MaryAckerman

Notas do Autor


Oi gente linda!
Atualizei hoje só porque estou com ânimo. Mentira, é porque as aulas voltam amanhã e eu estou desanimada -_-
Adeus férias, sua linda.

Capítulo 16 - Seu demônio


- Eu estava pensando quem seria tão ingênuo a ponto de deixar um livro com informações tão importante assim sobre o clã dos demônios em um lugar como esse. Não é do feitio das deusas se encontrarem com demônios, estou certa?

~×~

Nervosa olho pelo quarto, procurando por qualquer sinal de Meliodas, mas não encontro nada.

Ele não pode saber sobre o caderno, ou estarei em grandes problemas.

A menininha a minha frente revira os olhos e estala os dedos, a porta atrás de mim se fecha em um baque alto e ela acena para a cadeira distante apenas de alguns passos.

- Sente-se.

Permaneço em silêncio sem desviar a atenção sobre ela, minha garganta estava dolorosamente seca o que com certeza não me deixaria falar nada em bom som. Passo a língua sobre os lábios e lentamente movo a cabeça para os lados, deixando claro que não tenho intenção de me sentar, minhas pernas pareciam gelatinas graças ao nervosismo.

Ela suspira e dá de ombros desviando sua atenção para o livro.

- Isso é o livro dos horrores - Ela ri sarcástica - anotar coisas sobre o clã dos demônios não foi inteligente, mas tenho que agradecê-la, graças a você descobri coisas sobre esse clã! Vejam só, o líder dos mandamentos tem sete corações, os outros também, eu suponho.

Obrigada por tantas informações novas sobre os demônios de elite.

Ela olha para mim enquanto a página do caderno se vira sozinha.

- Me diga uma coisa, o quanto de poder já sentiu no líder?

Engulo em seco e olho para trás, torcendo para que o loiro chegue logo.

- Se está esperando por seu demônio, esqueça, ele está ocupado.

Meu demônio?

- Como sabe que ele está ocupado? - Pergunto rouca e a menina ri.

- Eu sei de muita coisa, agora me responda.

- Não vou expôr ele assim.

- Mais do que já o expôs escrevendo os segredos que ele confia a você? Sabe que isso é o suficiente para que seu clã ataque o dele com um ótimo plano, certo?

Arregalo os olhos e dou um passo para trás, involuntariamente.

Eu não tinha pensado nos riscos!

- Pelo visto não pensou - Ela estala a língua no céu da boca - que ingênua.

O caderno continua flutuando a sua frente e ela sorri de lado.

- Uma deusa se apaixonando por um demônio, quem poderia imaginar.

O quê?

- Eu não estou me apaixonando por ele.

- Não é o que parece - Ela me olha por entre os cílios - Ainda não entendo o porquê sou inexplicavelmente atraída a ele, ou porque me sinto mal quando não o vejo, são coisas que ainda não tenho explicação.

Olho surpresa para a menina quando a mesma lê um parágrafo do que escrevi, frisando especialmente a parte que falo não saber o porquê me sentir atraída por ele.

- Se isso não é indício de uma paixão, não sei o que é.

- Me dê isso - Entendo a mão e ela balança a cabeça negativamente.

- Vamos esclarecer algumas coisas primeiro.

Eu preciso do caderno!

- Tudo bem - Murmuro incerta.

O caderno se fecha em um baque surto e eu solto o ar lentamente.

- Os aldeões ficaram assustados com a presença de duas pessoas de raças distintas andando por aí - Sua voz se torna séria - Isso foi uma ameaça.

- Não foi nossa intenção.

- Claro - A menina revira os olhos - só estamos conversando... Desculpe, qual é o seu nome?

- Elizabeth - Murmuro.

- Só estou esclarecendo que não quero ameaças aos humanos de Belealuin, não é, Elizabeth?

Concordo em silêncio e ela sorri satisfeita.

- Pegue o caderno.

O pego com força nas mãos e engasgo surpresa quando o mesmo explode em uma nuvem de poeira.

- O que você...?

- Manter uma coisa dessa é um perigo iminente, pode desencadear uma guerra.

- Quem é você?

Ela me observa por alguns segundos e da de ombros.

- Pode me chamar de Merlin.

- Só mais uma coisa - Merlin me encara seriamente - cuidado com o relacionamento com seu demônio, deusa Elizabeth, isso é uma traição grave para ambos os clãs.

- Ele não é meu demônio - Reviro os olhos - e eu sei tomar cuidado.

Ela ri alto.

- Se soubesse jamais teria escrito naquele caderno. Eu vou lembrar do que conversamos hoje, se ameaçar os aldeões, ficarei contente em conversar com um dos arcanjos.

Mordo meu lábio inferior com força.

- Não será necessário.

- Ótimo - Ela sorri e some em um piscar de olhos.

Solto o ar pela boca e caio sentada no chão, ainda sentindo meu coração bater dolorosamente contra as costelas, eu já senti medo o suficiente para uma vida inteira.

As palavras da maga parecem sussurrar em meus ouvidos, ressaltando que estou me apaixonando por Meliodas.

Eu realmente posso me apaixonar ou já estou apaixonada por ele?

Inspiro profundamente e fecho os olhos com força ao sentir tudo em minha volta girar.

Traição ao clã.

Paixão.

Guerra.

São informações demais.

 ~×~



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