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História My Demon - Isso é desejo


Escrita por: MaryAckerman

Capítulo 9 - Isso é desejo


Fanfic / Fanfiction My Demon - Isso é desejo

Alegremente caminho em direção a pequena clareira protegida por um círculo de árvores altas enquanto seguro um pequeno cesto com frutas nas mãos, atravesso a clareira e me ajoelho sob a sombra da copa de uma árvore.

Sento-me confortavelmente na grama fria e espero a chegada de Meliodas. Os minutos parecem se arrastar e ergo a cabeça de repente após ouvir um estalo alto, surpresa demais abro a boca assim que o garoto loiro passa voando por cima de mim e se choca contra o tronco grande da árvore.

Ele caí de pé em minha frente e segura a espada em posição de defesa, completamente assustada toco em seu ombro esquerdo, onde aspirais negras movem-se de forma rápida por seu torso nú, não encontro minha voz para perguntar o que está acontecendo e apenas arregalo os olhos assim que ele avança contra um demônio vermelho.

Grito e me abaixo assim que ele cospe uma bola de fogo negro, porém não deixo de observar a forma rápida que Meliodas atravessa o peito do demônio, ele ruge e se afasta alguns metros apenas para mover sua espada na horizontal, o som nauseante da carne sendo rasgada ao meio preenche meus ouvidos e em seguida tudo fica em um silêncio absoluto.

Meliodas se vira e avança contra mim, agarrando-me pela cintura ele nos leva para longe dos restos do demônio vermelho. Enrosco meus braços envolta do pescoço dele e assisto a cena horrenda ficar para trás, ele não pronuncia nenhuma palavra sequer apenas grunhe e intensifica o aperto em minha cintura.

Quieta observo a feição irritada de Meliodas e tombo a cabeça na curva de seu pescoço esperando o momento que ele irá parar.

O loiro me deixa sentada sobre uma pedra coberta de musgo e larga a espada ao meu lado.

- Você está bem? - Questiono quando ele para de vistoriar a nossa volta, ainda transtornado.

A quantidade absurda de poder que irradia dele é o suficiente para mascarar minha presença, o que parece ser o intuito dele, Meliodas fica frente a frente comigo e procura por machucados em meu rosto.

- Estou e você? - Ele segura meus pulsos e procura por feridas em lugares visíveis.

- Eu não me machuquei - Murmuro e ele solta o ar ruidosamente.

Observo o corte em sua testa que sangra consideravelmente junto de outras escoriações leves, Meliodas empurra seus cabelos para trás e sua expressão se torna dura.

- O que foi que aconteceu lá? - Pergunto baixo e ele dá de ombros.

- Eu já volto, espere-me aqui.

Permaneço em silêncio mesmo depois que ele desaparece atrás de alguns arbustos e espero pacientemente sua volta. Nervosa por sua demora levanto-me e sigo a trilha feita por ele, admiro um pequeno lago um pouco a frente e ruborizo extremamente constrangida ao ver Meliodas alí concentrado demais em esfregar o sangue seco de sua pele para me notar, apesar de tudo não consigo desviar o olhar quando ele empurra os cabelos para trás, no processo os músculos de seus braços e abdômen tencionam e eu desço o olhar até os ossos ilíacos saltados em seu quadril, quando ele vira de frente para mim esfregando as mãos em seu rosto.

Com as bochechas ardendo corro para longe antes que ele abra os olhos e paro com as mãos em meu rosto.

O que é essa reação estranha?

O loiro aparece alguns minutos depois bagunçando seus cabelos e se senta ao meu lado.

- Agora pode me falar o que foi que aconteceu lá trás? - Pergunto baixo e ele tomba a cabeça em minha perna.

- Meu irmãozinho desconfiou de alguma coisa e me mandou aquele "presente".

- Você tem irmão? - Surpresa questiono.

- Dois.

- Eles são...

- Como eu? Sim, eles são.

Fico em silêncio novamente e ele se senta corretamente.

- Sinto muito se te assustei - Meliodas se vira para me olhar - Eu tentei não deixar com que ele se aproximasse de você.

- Só me assustei um pouquinho - Murmuro e empurro sua franja que estava grudada no corte que ainda sangra.

Ele volta a deitar a cabeça em minha perna enquanto eu acaricio seus cabelos molhados.

- Você matou aquele demônio bem rápido.

Ele solta um risinho fraco e eu escorrego da pedra para me deitar na grama.

- Você está vermelha - Ele diz e tira a franja de cima dos meus olhos - Está se sentindo bem?

- C-claro. - Gaguejo e desvio o olhar para o lado após me lembrar de vê-lo tomando banho no lago.

Ele parece se convencer com minha resposta e olha para o céu antes de murmurar:

- Me desculpe por acabar com seus planos para hoje.

- Não tem problema - Respondo - Eu fui na aldeia hoje. Sabia que é preciso usar moedas para pegar frutas?

Ele sorri e concorda.

- Eu não sabia, mas os aldeões me deram o que eu queria apenas porque curei duas crianças crianças doentes.

- Foi agradecimento pelo que você fez.

- Eles são bem divertidos - Murmuro e viro para olhá-lo assim que ele se vira de lado.

O sangue escorre por sua testa e pinga na grama o que me deixa alarmada, sento-me depressa ficando com o rosto a centímetros do seu.

- Não está cicatrizando.

- Tudo bem, não dói - Ele segura meu pulso quando estico a mão para tocá-lo.

Mordo meu lábio inferior e olho em seus olhos por alguns minutos.

- Deixe-me curá-lo.

Surpreendo-me quando sussurro e ele sorri fraco.

- Não precisa.

- Por favor.

Meliodas suspira audivelmente e fecha os olhos, nervosa mordo meu lábio e deixo as pontas dos dedos tocar a ferida que lentamente começa a se fechar, ao contrário do que imaginei as chamas negras não me machucam e nem Meliodas parece sentir dor, ele apenas grunhe e franze o cenho assim que afasto minha mão, satisfeita por não deixar nem uma cicatriz para trás.

- Pronto - Murmuro e ele abre os olhos fechando-os rapidamente e por um breve momento tenho a impressão de ver um lampejo verde nas íris negras, ele empurra os cabelos sobre a testa e me olha divertido.

- Não doeu tanto assim.

Rio de sua observação.

- Ainda estou me aperfeiçoando.

- Você está indo bem.

- Obrigada.

Um silêncio confortável paira sobre e eu tombo a cabeça em seu ombro, ainda sentindo sua presença forte.

- Por que está fazendo isso?

- Isso o quê? - Ele franze o cenho assim que me afasto.

- Está encobrindo minha presença com a sua.

- É questão de segurança.

- Não estamos seguros? - Pergunto e ele encolhe os ombros.

- Não sei ao certo.

- Mas nós não estamos fazendo nada de errado.

- Estamos sim - Ele sorri lado - Uma deusa imaculada se encontrando com um demônio corrompido? Que lástima para seu clã.

Sorrio e empurro de leve seu ombro depois do teatro dele fingindo horror.

- Pare com isso - Rio fraco - Não há lástima nenhuma aqui.

- Tem razão, nenhuma sequer.

Volto a deitar minha cabeça em seu ombro e respiro fundo me sentindo tranquila.

- Obrigada.

- Está agradecendo pelo quê?

- Por se preocupar em me manter segura.

Meliodas gargalha e pela primeira vez em todas as tardes que nos encontramos, esta é a primeira vez que ele ri de forma tão relaxada assim.

- Deveria rever seus conceitos de segurança, Elizabeth.

- O quê? - Pisco confusa por sua resposta e pela forma que ele me fita sem deixar de sorrir ladino.

- Ficar ao lado de um ser tão perverso está sendo nocivo a você - Meu coração dispara quando Meliodas se ajoelha na minha frente e se aproxima de mim, imediatamente recuo para trás sentindo sua mão deslizar por minha nuca e segurar alí - Espiar pessoas no banho é muito perverso.

Ele sussurra e sorri quando ruborizo forte o que para sentir o calor em minhas bochechas.

- Se arrepende do que fez?

Engulo em seco nervosa e engasgo com o ar no momento que ele desliza o nariz por meu pescoço, um arrepio atravessa meu corpo e eriça os pêlos em meu corpo, seguro em seu ombro com força e mordo meu lábio inferior com força assim que sinto seus lábios roçando na pele sensível, reviro os olhos quando ele morde o local suavemente e me surpreendo quando solta um grunhido alto, que faz Meliodas rir baixo.

Forço meu cérebro a processar a pergunta feita por ele e abro minha boca para respondê-lo.

- N-não.

- Bom - Ele ronrona e sobe as carícias leves por meu maxilar, o brilho em seus olhos, beira a algo sensual.

Suspiro surpresa quando ele desliza seus lábios nos meus suavemente mordisca meu lábio inferior, incerta sobre o que fazer, timidamente repito o móvel feito por ele e deslizo minha mão até os cabelos em sua nuca onde agarro sem puxá-los com força demais.

Lentamente Meliodas se afasta e sorri satisfeito com minha respiração desregulada, passo a língua por meus lábios e dou um leve puxão nos fios suaves de seu cabelo quando ele beija meu pescoço.

- O que é isso? - Pergunto baixo deixando que ele afaste o cabelo do meu ombro.

- Isto, - Ele sussurra - É desejo.

Mordo meu lábio inferior que parece formigar e deslizo minha mão pelas costas nuas do loiro.

- É bom.

- Você ainda não viu nada, Elizabeth. - Meliodas deixa um selinho em minha boca antes de me sentar cuidadosamente - Demônios não são conhecidos somente por serem frios.

Ele sorri maliciosamente e estende a mão para me ajudar a levantar.

- Somos complexos.

Esta reação do meu corpo, é desejo?


Notas Finais


Meliodas se aproveitando da inocência alheia 😶


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