POV'S MARCO
Depois de aceitar que eu gosto do Tom eu tenho pensando muito, eu acho que deveria conversar com ele, mas não quero o machucar, pelo menos para falar que eu não queria ter dito tudo o qie disse aquela noite.
-Desse jeito vai virar um palito niño. -Diz minha mãe me tirando do transe.
-Ahn?
-Tem que comer querido.
-Eu estou sem fome, mas vou comer na escola.
-Está pensativo desde ontem. Aconteceu alguma coisa?
-Não, eu só estou com sono. Agora tenho que ir pra aula, tchau mãe.
No caminho da escola acabo me decidindo, irei falar com o Tom hoje mesmo que ele falte a aula novamente, afinal eu sei onde ele mora.
Mas assim que entro na sala percebo que esse não é o caso, pois o vejo na última cadeira da fileira da direita, e em sua frente está a Star, eles parecem conversar sobre algo engraçado, pois estão rindo.
Quando ia me aproximar para chamar ele a professora entra sala de aula e me sento no meu lugar.
Ao longo da aula percebi que ele e a Star tinham muito pra conversar, quase toda hora a professora tinha que chamar a atenção deles, eu talvez, apenas talvez, tenha ficado com ciúmes.
Finalmente bate o sinal para o intervalo e eu guardo minhas coisas e quando me viro dou de cara com a Star.
-Oi, você me assustou. -Digo rindo e ele faz o mesmo.
-Eu queria falar com você.
-O que foi?
-Tudo bem se hoje eu ficar na mesa com o Tom, sabe, eu acho que ele pode tá se sentindo excluido.
-Claro, eu queria mesmo falar com ele. -Digo dando um sorriso e ela me encara um pouco séria.
-O que eu quero dizer é só eu e ele, numa mesa, sem ser com todo mundo. -Ela fala e eu estranho.
-Okay?
-Também não acho que seria bom você falar com o Tom.
-Mas-
-Marco, o Tom está muito mal, eu não gosto quando ele fica assim e estou tentando alegrar ele, sei que o que falou no banheiro não foi proposital, mas ele está magoado e não quero que piore, pode entender isso?
-Eu faço mal pra ele.
-Não! Claro que não! -Ela sorri.
-Não foi uma pergunta. -Sorrio também e saio da sala.
POV'S TOM
Ontem depois do que disse pra minha mãe ela não disse nada importante. "Tudo bem. Vá se deitar" não é uma resposta boa nem ruim, mas ela não pareceu brava ou algo do tipo, o ruim é que isso não sai da minha mente.
-Hey garotão! -Ouço Star e levanto minha cabeça.
-Oi, o que tava fazendo que demorou tanto? -Pergunto curioso.
-Nada de importante. Vem. -Ela me tira da parede em que estava encostado e me puxa para o pequeno jardim que tem na escola.
-Eu sei que estava falando com o Diaz.
-Tá, e? Não estou te escondendo nada por ser sobre o Marco, realmente não era nada. -Ela sorri e eu continuo sem acreditar. -Eu só falei pra ele que eu não ia ficar com ele, que ia ficar com você.
-Ta. -Falo concordando mesmo sem acreditar ainda.
POV'S MARCO
As aulas acabaram e enquanto estou indo em direção à saída estou pensando não consegui conversar com o Tom, estou repensando se devo mesmo falar com ele. Acabo esbarrando em alguém, falo desculpas no automático e continuo meu caminho até sentir algo puxar meu braço.
-Marco, ta tudo bem cara? -Era a Jackie.
-Tá, claro.
-Okay, quer ir lá em casa?
-Quando?
-Agora.
-Eu não sei.
-Não, você vai sim! -Ela me puxa e vamos por um caminho que eu não reconheço até que chegamos em uma casa estilo americana amarela.
-Mi casa es su casa. -Diz sorrindo enquanto segura a porta pra eu passar.
-Valeu. Por que me chamou aqui? -Pergunto me sentando no sofá.
-Você parece estressado recentemente, então eu queria te dar uma animada sabe?
-Ata. -Falo rindo.
-Vem vamos nos divertir.
E foi assim a minha tarde toda, eu e Jackie fazendo bobagens como dançar, jogar e tentar cozinhar, foi muito divertido e agora estamos deitados na grama do jardim dela olhando o anoitecer.
-Acho que estava precisando disso. -Digo soltando um suspiro.
-Eu imaginei. -Ficamos alguns sengundos em silêncio. -Você não está bem a semanas.
-Desde o baile as coisas tem ficado confusas e a minha cabeça está uma bagunça de pensamentos. -Falo e ela se vira pra mim.
-Não precisa lidar com tudo sozinho. -Ela sorri.
Eu gosto de ficar com a Jackie, ela me tranquiliza, é como se eu estivesse de frente pra um oceano calmo numa praia fazia.
-Eu acho que gosto do Tom. -Me viro pra ela. -Eu tenho pensado nisso a muito tempo.
-Vocês tem que conversar Marco.
-Eu tentei conversar com ele hoje, mas a Star não deixou, e acho que ela está certa, talvez seja melhor se não nos falarmos.
-Não pode ficar guardando esse sentimento aí, porque um dia, ele vai explodir e não vai ser bonito.
-O que quer que eu faça então?
-Siga o seu coração.
-Okay. -Digo e volto a olhar pro céu já escuro.
-Com isso... -Ela se levanta. -...quero dizer que vai sair da minha casa agora e ir atrás do Tom.
-Mas-
-Não! Vai lá, agora! -Ela me puxa e dá um tapa na minha bunda.
-Ai!
-Vá jovem guerreiro! -E começamos a rir.
Sigo o conselho dela e assim que saiu da casa começo a correr em direção da casa do Tom, mas no caminho começa uma chuva infernal.
Quando chego na rua dele começo a pensar no que poderia dizer pra fazê-lo acreditar que eu estava aqui perto.
Bato na porta todo encharcado e ele abre, faz uma cara de surpresa e depois de confusão.
-Tá caindo o mundo, o que caralhos tá fazendo aqui? -Ele grita.
Tudo o que penso em fazer é beijá-lo, dou um passo e ficamos nos encarando, coloco minhas mãos em sua nuca e o beijo de vez.
Ele retribui e coloca as mãos na minha cintura nos aproximando, era um beijo rápido, cheio de desejo, desejo que tínhamos um pelo outro, de ficarmos juntos.
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