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História My Destiny - Reencontro


Escrita por: Ruu-love

Notas do Autor


Para começo de conversa, quero agradecer a todos estão acompanhando. Continuo com uma preguiça de postar, mas sempre que entro aqui, o desejo de publicar mais e mais só aumenta.

''Deixe sua mente em paz e logo as ideias vão fluir.''

Obrigada a todos e boa leitura.

Capítulo 3 - Reencontro


Fanfic / Fanfiction My Destiny - Reencontro

 

 

 

 


              O céu cinza era o preferido do baixinho e naquela manhã, após acordar e abrir a janela, notou o quanto o tempo estava agradável. Após seguir para a cozinha e passar um café, caminhou em direção a janela e ficou observando a cidade do lado de fora. Era um ritual que fazia todas as manhãs, já havia se tornado um costuma de sua parte. 

A caneca em suas mãos aproximava-se de seus lábios para que assim, o menor pudesse dar um longo gole no líquido de tonalidade escura. Enquanto admirava a rua, podia ver uma jovem passeando com seu cachorro naquela manhã. Pra falar a verdade, Takanori sempre amou cachorros, sempre pensou em ter um  enquanto morava com o ex namorado, porém hoje tudo isso só passava de uma lembrança.

Algumas vezes, como aquela, sempre se pegava pensando em Shiroyama. Continuou tomando seu café e no fim, deixou a louça vazia na cozinha e seguiu para o banheiro.

 

Apesar de ter acordado de bom humor, estava um pouco indisposto. Pensava que após o banho seu cansaço poderia melhorar, era só questão de tempo para seu corpo despertar. Escovou os dentes e após, rumou para o box, onde tomou um banho relaxante, demorando um pouco para sair de baixo da água quente que percorria sua pele e assim que terminou, enrolou-se no roupão e seguiu para frente do espelho: Os cabelos que antes eram loiros, agora possuíam uma nuance castanho escuro com as pontas em um tom claro. As madeixas estavam um pouco acima dos ombros, o tom escuro só servia para contrastar a face pálida e magra. 

Havia perdido bastante peso após o fim do relacionamento. Sua vida já não era a mesma e parte disso era notado em seu corpo que estava mais magro que antes, apesar de sua beleza ainda ser a mesma, hoje o atual moreno carrega a expressão cansada em seu rosto. 

Retirou-se do banheiro, mas não sem antes pegar o vidro de remédio sobre a pia e seguir para a cozinha em busca de um copo de água. Em silêncio, fez o seu coquetel matinal, tomando em seguida. Seus pensamentos foram interrompidos pelo toque sutil de seu aparelho celular. Pegou o eletrônico em mãos para que assim pudesse ler a mensagem encaminhada naquele momento por seu amigo. 


-
Kou-Barbie ( 09:37)
Bom dia, amor... Já tomou seus remédios? Não esqueça de se alimentar direitinho e que mais tarde passo ai para te ver. XxxKissus &,& 


Sorriu com o canto dos lábios, bloqueando o aparelho em seguida.

Faziam exatamente quase dois meses que havia sido diagnosticado com leucemia e desde então, era assim que seu amigo o procurava todas as manhãs. 

Não queria reclamar do jeito que Takashima cuidava de si, mas também achava um pouco sufocante a forma ao qual o amigo se preocupava.

 

 

O jovem estava afastado do trabalho devido suas condições físicas. Com a constante perda de peso, Takanori  pensou ser uma simples anemia. Buscou um médico que o orientou a fazer alguns exames após descobrir que realmente estava com a doença, porém após os resultados dos próximos exames, Takanori apenas se chocou quando o médico o orientou a buscar um hematologista devido a seu baixo nível de plaquetas. Logo ele buscou o especialista conforme a orientação do médico, mas após fazer mais uma bateria de exames, sentiu-se perdeu o chão ao ser diagnosticado com leucemia mieloide crônica. 

No início, ficou extremamente abalado, não conseguia entender o porque daquilo acontecer justo com si. Como se já não bastasse a vida azarada que levava, agora tinha que aguentar mais essa... Takanori só não ficou pior devido o auxílio de seu amigo que estava sempre ao seu lado, presente a todo momento, amparando seu sofrimento. As vezes pensava que Kouyou não era só um amigo, mas sim um irmão, e se não fosse por esse, com certeza já teria dado fim a própria vida. 

O moreno ainda não fazia a quimioterapia Intra venosa. Após passar a frequentar também o consultório do oncologista, o médico passou mais exames, tanto físicos quanto laboratoriais. A princípio, o médico responsável, Dr Kamijo Yuuji iniciou o tratamento apenas com a poliquimioterapia, que consistia no uso de drogas orais na fase inicial do tratamento. 

Os efeitos colaterais, como o médico já havia conversado, apareceriam em breve. Mesmo ciente de tudo, Takanori continuava a utilizar a medicação, mesmo com a vida sentimental abalada, queria antes de mais nada lhe dar uma chance para continuar a viver, queria batalhar por isso como havia prometido ao amigo Kouyou.

Sentou-se no sofá e colocou em um canal de desenhos animados, o que era sua diversão e abstraia um pouco seus pensamentos. Naquele mesmo dia, mais tarde teria que retornar no hospital, pois possuía uma consulta marcada com seu médico e não podia nem pensar em faltar.  

Permaneceu no sofá, assistindo aos desenhos e quando pensou em deitar um pouco sobre o macio estofado, acabou por pegar no sono. Quando despertou já era por volta das 11:30 e parecia que estava mais cansado que antes. Este era o resultado de dormir no sofá, mesmo  sendo um simples cochilo.

Preparou um sanduíche mesmo sem fome e comeu o alimento acompanhando de um copo de suco, ouvindo o barulho da televisão da cozinha, prestando atenção na única coisa que lhe restara. Após a curta refeição, começou a se preparar para ir ao hospital. Sabia que era apenas uma consulta e preferia não se enfeitar muito, não que fosse sair como um qualquer, mas queria ser o mais discreto possível e voltar para a casa logo. Afinal, sua vida agora se resumia a hospital e casa. 





XxxX 





           No dia seguinte, quando Aoi chegou ao trabalho, se dirigiu para sua sala onde só saiu de lá quando estava próximo do almoço. Seguiu à mesa de sua secretária e pediu que Yuukie ligasse para o restaurante de costume para que trouxessem sua comida. Após a refeição chegar, o moreno comeu em sua sala enquanto trabalhava na frente do computador. Ser um dos chefes no local era muito gratificante, mas também um pouco cansativo. Ao término do almoço, Yuu levantou-se da cadeira e pegou seu terno no encosto da mesma, rumando para o banheiro na sala onde tratou de fazer um simples higiene, arrumando-se após para sair da empresa e ir ao encontro que Yutaka havia pedido para comparecer. 

 


Conforme o e-mail de seu chefe, teria que estar no hospital às 14:00 para a curta reunião de sócios administrativos que faziam doações constantes para o hospital. Aquela reunião era uma forma da instituição agradecer as grandes empresas por todo o auxílio com doações. Shiroyama estaria no local para representar o amigo que no momento, estava bastante atarefado, como já sabia. 

Deixou a empresa por volta das 13:10 junto de Yuukie, logo ambos entraram no carro particular da empresa e seguiram rumo ao hospital Sarasawa. 





XxxX 





            Takanori por sua vez, chegou no hospital para sua consulta. Apesar de Kouyou ir com o moreno sempre, naquela data, por ainda estar em seu horário de trabalho, o jovem pediu que o amigo não o acompanha-se, afinal Takashima vivia pedindo dispensa no emprego para cuidar de si e algumas vezes, assim como , não queria dar trabalho ao amigo por algo tão simples. 


Assim que chegou no local, dirigiu-se ao setor de oncologia onde aguardou sentado até ser chamado por seu médico. Por fim, quando chegou a hora, o moreno adentrou a sala já conhecida por si, sentou-se na cadeira de frente para o médico e assim passaram a conversar sobre seu tratamento. A princípio, Kamijo questionou sobre como estava indo o início do tratamento, se ele sentia alguns dos efeitos citados por si na última consulta.

A conversa foi um pouco longa, o jovem fez alguns exames de rotina conforme a orientação médica e logo a consulta foi encerrada. Antes de sair do consultório, o médico deixou agendado o retorno do moreno, pedindo que o mais jovem voltasse na semana que vem. O mesmo assentiu, despedindo-se após do médico. 

Caminhava distraidamente pelo hospital, queria sair logo do local, era assim em todas as consultas: O desejo de não voltar mais aquele ambiente se fazia presente em sua vida.

Adentrou o elevador vazio e seguiu para o térreo, e após deixar a caixa metálica, rumou a saída do hospital em passos apressados. A mente vazia aquela altura não o deixava pensar em mais nada, só queria entrar na condução e seguir para sua residência, local onde hoje sentia-se tranquilo. 

Porém, foi naquele momento, prestes a deixar o hospital que seus olhos castanhos acompanharam a porta de vidro da saída sendo calmamente aberta por alguém conhecido por si. 

Só podia ser pegadinha, ou não. 


Naquele exato momento, adentrando o local estava a última pessoa no mundo que ele poderia imaginar encontrar. Apesar da forma de se vestir ser diferente de alguns anos atrás, sua face permanecia a mesma. As madeixas negras estavam um pouco mais curtas, o rosto ainda possuía a mesma expressão séria e gentil de antes. 


Sim, Shiroyama Yuu continuava o mesmo.

Permaneceu parado no mesmo local enquanto observava o ex namorado caminhar em passos lentos em sua direção. O palpitar em seu coração apenas aumentou quando notou que o moreno o encarava, parando alguns passos à sua frente. Apesar do pequeno choque, Takanori logo retornou a realidade, podendo assim encarar os olhos escuros que também permaneciam focados em si, demonstrando a surpresa que sentiam por reencontrá-lo.

- Sr. Shiroyama, algum problema? - Yuukie, que estava logo atrás perguntou ao moreno que automaticamente foi cortado de seu transe. 

- N...não, Yuukie.

Shiroyama respondeu, após acordar daquele baque. Para si, era uma grande surpresa vê-lo naquele local, Takanori estava tão diferente, os cabelos agora se mantinham em um tom mais escuro, próximo ao natural e estavam bem grandes. Apesar da face magra, o baixinho continuava lindo, ao ver do ex namorado.

 


- Você pode esperar um pouco, Yuukie? - Sua voz deixou seus lábios após ele encarar a secretária. Esta por sua vez assentiu, afastando-se do moreno que logo voltou a encarar o mais baixo. Takanori fazia o mesmo, o encarava-o, ainda em silêncio. Para Yuu, o olhar do jovem ainda demonstrava aquele sentimento de antes, afinal o mesmo nunca precisou expressar nada em palavras, bastava apenas um olhar. Mesmo sem as lentes, a forma mística com que seus olhos se expressavam permanecia a mesma.

- Taka… 

O menor continuava parado, segurando a alça transversal de sua bolsa.

- Quanto tempo... - Respondeu suavemente.

- É, quanto tempo. - O moreno sentiu ímpetos de tocá-lo ao ouvir aquele timbre grave deixar seus lábios, mesmo com aquela frase tão curta. Agora, olhando mais de perto, seu rosto estava tão diferente, mais abatido. A pele branca apenas servia para denunciar as olheiras que possuía. - Nunca pensei que fosse encontrá-lo aqui.

- Claro. - O Jovem respondeu novamente.  - Vim visitar um amigo, mas e você? O que faz aqui?

- Ah, estou representando a empresa a pedido do chefe.  - Suas palavras foram um pouco curtas, mas não deixaram de ser compreendidas pelo menor que assentiu. Ambos acabaram sendo interrompidos pela secretária que observava tudo de longe, mas logo se aproximou. 

- Sr. Shiroyama, estamos atrasados.

Takanori encarou a jovem a sua frente, vendo a mesma se reverenciar logo após para si. Voltou a olhar para o moreno, mordiscando os lábios um pouco sem jeito para então voltar a falar.    

- Bom, não quero atrasá-lo. Foi bom reencontrá-lo, Shiroyama. - Falou simplista, reverenciando-se em frente a ambos e por fim, afastou-se. 

O mais alto observou as ações alheias, admirando o jovem lhe dar as costas. Ficou se martelando mentalmente por deixá-lo ir embora mais uma vez. Yuukie que observava tudo, continuava falando sobre a reunião, mas Yuu nem mesmo prestava atenção. Deu as costas à secretária e correu em direção a Matsumoto, alcançando-o. Puxou o braço alheio, fazendo o menor parar e virar a face assustada em sua direção. 

- Takanori, espera... - Respirou um tanto ofegante, ainda segurando no braço do jovem que o encarava com o olhar questionador aquela altura.

- Si...Sim? - O jovem gaguejou entre suas palavras, ficando um pouco surpreso com a ação repentina do moreno.

Shiroyama, que ainda o encarava, deixou todo o medo de lado, retirando de seu interior toda a coragem que não havia utilizado com o baixinho nos anos de namoro. 

- Parece que faz uma eternidade...

- Sim, parece. - A voz fraca deixou seus lábios. 

- Eu queria te encontrar novamente, gostaria muito de conversar com você, Taka.

- Yuu... - O moreno fechou os olhos e suspirou. Óbvio que ainda nutria os mesmos sentimentos pelo ex, nunca deixou de pensar naquele homem. Mas justo agora que estava doente, o destino resolvera pregar aquela peça. - Faz tanto tempo, não acho que temos muito a falar.

- Por favor. - O moreno insistiu.- Me dê essa chance, realmente preciso esclarecer algumas coisas. Sei que passou algum tempo, mas não quero pensar nesse encontro do acaso de uma maneira diferente, eu quero só conversar. - Disse enquanto dirigia sua mão ao bolso do terno, retirando em seguida um cartão preto com escritas em prata que foi entregue ao menor que apenas o aceitou, sem nem mesmo ler, pois já sabia que aquilo era um cartão de apresentação.

- Gostaria muito que você me ligasse hoje, só quero ter uma chance de conversar com você. - O moreno falou, soltando aos poucos o braço do mais baixo, nunca deixando seu olhar se perder do alheio. - Vou ficar esperando sua ligação, Ruu. 

 


O menor encarou a face do moreno uma última vez antes de despedir-se novamente. Fez uma breve reverência e seguiu seu caminho logo depois, preferindo não dar esperanças ao ex sobre a ligação. Somente quando se afastou o suficiente, pode respirar tranquilamente sem o olhar inquisidor de Yuu sobre si. Não conseguia acreditar que depois de todo aquele tempo havia reencontrado o moreno, este não havia mudado nada. A face, os cabelos, o sorriso... 

Tudo permanecia do mesmo jeito, inclusive o amor de Takanori. 


Entrou na condução de volta para sua casa e somente após sentar-se, pegou o cartão na bolsa e o admirou, notando o nome do moreno e o telefone impressos ali. Havia também o nome da empresa e seu cargo, deixando o jovem um tanto surpreso ao ver que o ex havia conseguido o que queria. Suspirou olhando para fora e seguiu sua viagem pensativo com os últimos acontecimentos.  

 

 


Naquele momento, só tinha certeza de uma única coisa: Ainda amava aquele homem. Amava-o de verdade, mas não ligaria para ele. Uma ligação naquele momento, um encontro mais íntimo poderia fazê-lo se arrepender mais tarde, quem sabe?

 

 

 

 


Notas Finais


Capítulo 3 prontinho, espero que tenham gostado e não deixem de comentar, isso incentiva o escritor a se dedicar mais.

Obrigada. Q.Q


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