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História My Devilish Lovers. - Todos Juntos Para o Jantar


Escrita por: Eiria

Capítulo 4 - Todos Juntos Para o Jantar


Fanfic / Fanfiction My Devilish Lovers. - Todos Juntos Para o Jantar

Ao me ver Haru me dá um ligeiro e leve sorriso e se senta ao lado direito da mesa perto de mim, eles também me diz que o jantar irá demorar um pouco para ser servido. Akira por sua vez, vai se sentar um pouco mais distante, mas assim que se senta, me olha alegremente e acena, como resposta aceno de volta e dou um leve sorriso. Volto o meu olhar aos três rapazes que vão de sentando um a um, o primeiro a se sentar estava usa um fone de ouvido amarelo que se sobrepunha aos seus belos cabelos esverdeados e pele morena, ele se senta e dá um leve suspiro; não sei de foi apenas impressão minha ou não, mas sinto que ele me olhou de canto antes de suspirar.

- (Será que eu fiz algo de errado? Mas acabei de chegar… e também nem o vi mais cedo, então sinto que seria impossível eu ter o dito algo ou mesmo feito algo a ele. Será que a minha presença o incomoda? Será que minha vinda a mansão não o agrada?)

Enquanto me perdia em meus pensamentos os outros dois rapazes se sentam de frente um para o outro, os garotos se sentaram cada um de um lado, o rapaz mais misterioso se senta do lado direito da mesa, seu capuz cobre  grande parte do seu rosto deixando amostra apenas os seus cabelos vermelhos flamejantes com as pontas negras e revelando uma pequena parte do seu rosto; um tanto mal-humorado de mais para o meu gosto; ele não fez questão alguma de olhar para minha direção e me comprimentar, muito pelo contrário, ele fez questão de olhar para o outro lado assim que sentiu meu olhar sobre ele.

- (Mas o que se passa com essa gente? São tão mal educados, até entenderia que não agrado eles com minha vinda e me instalar permanentemente aqui, mas daí nem olhar ou mesmo desviar o olhar de mim já é demais. Sinto que eu não sou bem vinda aqui!)

Enquanto continuo reclamando em meus pensamentos, sinto um arrepio inesperado subir pela minha espinha e uma sensação de terror começa a me entorpecer desde o estômago até as pontas dos meus dedos, não entendendo o por quê da súbita reação do meu corpo, mas por precaução começo a olhar vagarosamente em volta, até que meus olhos capturam um olhar conhecido. Esses olhos e esse olhar são os menos do meu sonho de agora pouco, não conseguiria esquecê-los nem se tentasse, mas no meu sonho seu olhar era mais sedutor e penetrante. Agora vejo apenas traços de puro ódio, ira, rancor; e lá no fundo está ela, a vingança reinado sobre os outros sentimentos. Esses olhos, outra hora, me olhavam com desejo e sede, agora eles me olham com tanto desprezo e raiva que sinto como se seu olhar perfura-se meu coração e estômago, como se fosse facadas lentas e  dolorosas. 

- (Não entendo do porque de tanto ódio contra mim, se nem nos conhecemos ou nos falamos ainda… é verdade, nunca nos vimos antes… como eu ainda não o conhecia, como pude sonhar com ele se nunca, na vida, o havia visto antes?! Nem mesmo no enterro do meu pai ou do Za… Pensando bem… eu acho que entendi por que os três me evitam ou me olham com tanta  raiva... eles devem pensar: "Por que tratar bem ela?", "Ela não merece!", "É apenas uma invasora na mansão." ou "Ela deve ter sido a causa da morte do Za!"... já que ele era como o pai deles e ele morreu enquanto cuidava de mim, acho até razoável eles pensarem isso… agora pensando bem, faz sentido… não os culpo por me odiarem. Talvez eu também julgasse alguém se algo assim acontecesse...)

- Helena?!

- Hum?!

Enquanto me perco em meus pensamentos sombrios, não tinha reparado que o Haru e o Luciel; que também estava ao meu lado; tinham me falado algo, até ambos chamarem minha atenção ao mesmo tempo com suas vozes calmas e serenas.

- Desculpem, não estava prestando atenção. Podem repetir, por favor?

- É claro Elly, mas está tudo bem? Você parece preocupada. Desde...

- Desde que eu cheguei com os outros, você mudou sua expressão. Algo está te incomodando?

- Não, não tem nada me incomodando, de verdade, me desculpem, apenas…

- Apenas?

- Me distraí pensando no tio Za e no meu pai.

- Ah…

- Você está bem? Quer se retirar?

- A-aah!! Não se preocupem, são apenas lembranças… não tem nada para se preocuparem. Enfim me digam o que estavam dizendo mesmo?

- Se você diz… nós não vamos insistir mais.

- Sim, mas caso queira conversar… nós estaremos aqui por você…

- E para você.

Olho encantada e emocionada com as palavras gentis do Haru e do Luciel, eles sempre cuidaram bem de mim, nunca brigavam comigo, bom pelo menos o Luciel, Haru e eu já tivemos nossas desavenças...; mas não como o Hayato fazia a maior parte do tempo que passávamos juntos; a única vez que eles realmente brigaram comigo foi quando eu me perdi deles e me machuquei. Nunca vi o Luciel ou o Haru gritarem ou ficarem irritados com algo, pelo menos não daquele jeito; principalmente comigo; mas nesse dia eu os vi, e a responsável por isso foi apenas eu mesma, pois desobedeci meu pai e o tio Za, que tinham dito explicitamente para não ir no fundo da floresta e eu fui para o fundo da floresta; mesmo devidamente advertida; e acabei me perdendo, enquanto procurava uma saída acabei tropeçando e cai de um barranco, me ralando toda e batendo a cabeça em um tronco caído, desmaiei na hora, quando acordei já estava no meu quarto e o Haru e o Luciel estavam lá com caras muito preocupadas, quando viram que eu tinha acordado eles começaram a gritar e brigar comigo; dizendo coisas como "Você poderia ter se machucado muito sério", "Você é muito irresponsável, sabe como estávamos preocupados?!", "Você quase nos mata de susto!"; então eu comecei a chorar e eles pararam de gritar e pediram desculpas, se aproximaram e  acariciaram minha cabeça com muito carinho, quando finalmente consegui controlar o choro, eu pedi desculpas e que não estava chateada com o fato deles terem gritado, mas por EU ter os assustado. Depois desse dia eu ouvia tudo o que meu pai e o tio Za me falavam, e prometi a mim mesma nunca mais preocupar o Haru e o Luciel. Eles nunca mais gritaram ou ficaram bravos de novo; pelo menos, não comigo; muito pelo contrário, se eu fizesse algo errado eles seriam dez vezes mais gentis e carinhosos do que eram antes; o que me fazia me sentir pior do que se eles tivessem gritado; e algumas vezes eles ainda me ignoravam; o que era mil vezes pior, mas acho que era para eles não brigarem comigo, porém não mudava o fato de que era muito pior do que eles gritarem; mas eu preferia que gritassem, assim eu receberia o meu "castigo".

- Então se você está bem… Vamos começar de novo.

- Obrigada, e me desculpem por antes.

- Está tudo bem.

- Bom, o que o Haru e eu estávamos dizendo era que deveríamos apresentar os outros para você, já que você não  os conhece.

- Isso seria ótimo!

- Hahaha sabia que ia gostar… bom, comecemos então! Aquele ali de cabelos verdes com seu insistente fone de ouvido é o Ryuu, ele veio morar aqui pouco depois do seu último verão na mansão.

- Ele parece… reservado.

- Ele é um pouco tímido, mas sei que você vai conseguir se aproximar dele, de todos eles.

- Huum… acho que você está me dando mais crédito do que eu mereço Haru.

- Estou apenas sendo sincero. Você conseguiu se aproximar de mim, e não foi uma tarefa fácil.

- Agora que você diz… acho que realmente mereço crédito por ter conseguido me aproximar de você e do Anthony… realmente não foi nada fácil.

- Realmente… hahahaha lembro como se fosse ontem, a Elly entrando furiosamente no meu quarto para reclamar sobre você, Haru… você foi realmente muito mal com a Elly.

- Acho que tem razão… agora que você falou hahaha acabo de lembrar quando a Elly entrou correndo e extremamente irritada pelo comportamento do Anthony… hahahaha suas bochechas estavam tão vermelhas e pensei ter visto fumaça sair pelas suas orelhas… hahaha

- Ah! Não tem graça! Anthony foi realmente malvado naquele dia e eu fiquei muito irritada.

- Estou sonhando ouço meu precioso nome ser pronunciado?

Vejo Anthony de aproximar da minha cadeira com um olhar curioso.

- Luciel se lembrou de como o Haru me deixou zangada e o Haru; acredito eu, para limpar seu passado cheio de crueldades, para comigo; lembrou do dia em que você me irritou tanto que sai correndo com as bochechas em chamas de tanta raiva.

- Ah… você descobriu… achei que tinha sido sutil ao tentar esquivar.

- E tentou jogar a bomba em mim… uau, que grande irmão eu tenho, me esfaqueou pelas costas, crueeeeellll… *sinf sinf*

Com um ar muito teatral Anthony coloca sua mão na testa e fingiu um choro; realmente uma grande cena dramática.

- Hahahaha quanto drama Anthony.

- Elly você não enxerga o quanto estou ferido… traído pelo próprio irmão… oh céus, me levem com você!

- An, me desculpe, mas tinha que tentar salvar minha pele, gosto muito da Helena e não quero que ela se lembre de como fui cruel e horrível com ela.

- Entendo você perfeitamente… eu teria feito o mesmo. Hahaha

Quase que instantaneamente Anthony para seu espetáculo e da um sorriso cheio de significado ficando de pé novamente.

- Mas como a conversa chegou até o nosso terrível passado?

- Ah! Nos desviamos do assunto principal.

- É o que parece. hehehe

Como se uma luz acendesse na cabeça o Luciel, ele martela uma mão na outra fazendo uma cara de quem acaba de se lembrar de algo.

- Vocês estavam falando sobre aqueles três, não é?!

Fala Anthony apontando com a cabeça para os três rapazes que tinham chegado depois do Haru e do Akira.

- Sim, bom já lhe apresentamos o Ryuu.

- Ah, sim… Ryuu é fácil de lidar, ele é apenas tímido e um pouco medroso, mas com certeza você consegue se aproximar dele.

- Assim espero. E os outros dois?

- O de capuz é o Takeru…

- hmph...

Ouço o Luciel suspirar.

- Ele é…

- Cabeça quente, irritadinho, mal educado, cabeça quente, não ouve ninguém, sempre briga com todos, por alguma razão sempre leva para o lado físico…

- Mas eu quero que vocês me digam algo sobre o Takeru e não sobre o Hayato!

Digo isso em um tom levemente debochado, interrompendo Anthony no meio do seu discurso. Ele então olha primeiramente confuso para mim, então volta seu olhar para  ao Takeru e por fim ao Hayato, ele pensa por um instante e então se volta para mim.

- São exatamente iguais! 

Trocamos olhares cúmplices antes de cairmos na gargalhada levando com a gente o Luciel e até mesmo o Haru.

 

- Hahaha são quase almas gêmeas.

- Realmente... hehehe

- Hahahaha por essa eu não esperava.

- Hahhhmm..

- Bom, hahaha sei lidar muito bem com o Hayato, acho que consigo lidar com o versão dois ponto zero dele hahaha…

- Hahaha com certeza vai… e por último…

- Nicolas…

- Humm…

Por alguma razão os três ficaram sérios de repente e olharam para o vazio.

- O que tem o Nicolas?

Com minha pergunta tiro os três do transe em que estavam, mas antes que pudessem responder ouço alguém bater raivosamente na mesa e se levantar. Olha para o lugar de onde veio o barulho estrondoso e fico um pouco chocada em ver que não era ninguém mais ninguém menos do que o próprio Nicolas.

- Estou me retirando! Perdi o apetite.

Um silêncio constrangedor se instalou na sala de jantar; Hayato que estava até agora pedindo sua comida, se cala e olha para o Nicolas; Ryuu e Orpheu olham um pouco espantados para Nicolas também; Anthony, Luciel, Takeru e Akira se contentam em apenas olhar para o Nicolas com um ar de desaprovação e preocupação; ao que parece ninguém quer o quebrar o silêncio, até que o Haru resolve falar algo, e em sua voz sinto um tom MUITO frio ser instalado.

- Nicolas, se você sair agora dessa sala de jantar, antes de se desculpar pelo seu comportamento inpetulante e completamente grosseiro e vil, serei obrigado a tomar medidas.

Ouço Nicolas engolir seco, ele se volta para nós, se desculpa, pede licença e sai da sala de jantar sem dizer mais nenhuma palavra. Observo a cena em silêncio como todos os outros, assim que Nicolas sai, volto meu olhar para os outros rapazes e vejo em seus rostos uma grande mistura de expressões; espanto, medo, preocupação. Fico me perguntando o que o Haru tem que nenhum deles nunca se atreve a desobedecê-lo, olha curiosa para o Haru que está com os olhos fechados e uma leve expressão de raiva, que logo some assim que ele abre os olhos e se volta com um alegre sorriso para mim.

- Sinto muito que tenha visto isso.

- Não se preocupe Haru-oniichan.

- Como pode ver, ele tem um temperamento muito explosivo e não consegue se aproximar das pessoas com facilidade. Ele… é uma pessoa boa, só não sabe como… seguir em frente e perdoar.

Diz o Haru me dando um leve sorriso, mas por trás desse sorriso sinto uma pontinha de tristeza. Queria perguntar o que ele quis dizer com aquilo, mas algo dentro de mim me diz que isso é algo que eu deveria perguntar ao Nicolas pessoalmente e se ele quiser ele irá responder, então decidi apenas mudar de assunto e deixar para uma ocasião mais propícia.

- E o jantar? Vocês devem estar com fome, eu sei que eu estou morrendo de fome.

- Ah, sim… acho que já deve estar pronto.

- Elly gostaria de me acompanhar até a cozinha e trazer os pratos à mesa?

- É claro, assim me sinto mais útil.

Logo Luciel, Anthony e eu vamos para a cozinha e trazemos os pratos para a sala de jantar, Luciel me diz para me sentar que ele, Anthony e o Akira iriam nos servir. Logo todos já estavam com seus pratos e começamos a comer, durante o resto do jantar tudo estava "normal", Hayato brigando com Orpheu pelo último pedaço de carne da bandeja, enquanto Akira comia e rua da cena que eles faziam; Anthony conversava comigo e o Luciel sobre coisas triviais; Haru estava um pouco longe; mas acho que foi pela cena do Nicolas mais cedo, realmente não o entendo, por que fazer isso e sair assim? Será que ele ficou incomodado com a nossa conversa?; Ryuu e Takeru não de pronunciaram durante todo o jantar, quando acabamos eu me ofereço para tirar a mesa e lavar a louça.

- Tem certeza? Você ainda deve estar cansada da viagem.

- Tenho sim. Não quero ser um fardo para vocês, então não se preocupe.

- Você não é um fardo, mas já que insiste…

Nesse momento o Haru olha para o lado, sorri e volta a olhar para mim novamente.

- *sussurra* Agora é um momento perfeito.

- Como assim?

- Ryuu?!

- S-Sim?

- Vá ajudar Helena.

- A-ajudar? E-em que?

- A recolher os pratos, talheres e copos e lavar toda a louça.

- A-ah… está bem Haru.

- Pronto. Agora pode ir.

- O que? Mas eu disse que faria sozinha, e que momento é esse?

- Hahaha realmente você é um pouco lerda, não é mesmo Helena?!

Depois de dizer isso Haru são da sala de jantar me deixando com o Luciel e o Ryuu que estava a alguns metros de mim.

- O que ele quis dizer com isso?

- Hehehe ele apenas está dando uma oportunidade de você passar um tempo com o Ryuu e se aproximar dele.

- Ah!!! Então era isso.

- Hahaha realmente as vezes você é um pouco devagar… muito, muito devagar.

- Até você Luciel.

- Hehehe até amanhã Elly. Ryuu! Cuide bem da Elly.

- E-esta bem…

- Até amanhã Luciel.

Aceno para Luciel e ele faz o mesmo até sair da sala, me volto para o Ryuu que tem seu olhar baixo.

- Então vamos começar! Você leva os pratos e talheres para mim na cozinha, enquanto eu vou lavando, assim que você levar todos você pode começar a enxugá-los. Assim será mais rápido!

- Hum-hum…

Ele apenas faz um murmúrio e balança a cabeça levemente e já se volta para mesa, para começar o trabalho. Eu sigo seu exemplo e faço o mesmo, assim que pego alguns pratos eu os levo pra cozinha e começo a lavá-los, logo Ryuu entra carregando mais pratos e talheres, logo que os deixa comigo sai apressadamente para pegar mais. O ritmo segue sim até que ouço o barulho de algo se quebrando na sala de jantar, com o susto saio rapidamente da cozinha para ver o que tinha acontecido, assim que chego vejo o Ryuu ajoelhado ao lado de alguns cacos de vidro; do que parecia ter sido um dia um copo. Me aproximo do Ryuu e pergunto de ele está bem, ele não diz nada, então insisto em perguntar novamente e a cena seguinte me choca um pouco.

- Ryuu… você está bem? Você se cortou?

- …

Ryuu finalmente me olha com os olhos redondos e cheios de lágrimas, fazendo uma carinha de cachorrinho abandonado.

- M-me… cortei…

- Me deixe ver como está?

- Hum-hum…

Nessa altura eu devia estar preocupada, mas só sinto que o momento é muito gracioso, ele com as bochechas um pouco coradas e os olhos inundados de lágrimas, me olhando como se fosse um cãozinho, me seguro muito para não dar uma leve risada de tão fofo que ele está.

- Não foi realmente nada muito grave, na cozinha deve ter um kit de primeiros socorros com band-aid, uma pomada e algum antisséptico, podemos limpá-lo e colocar um curativo, amanhã já estará bem.

- O-obrigado…

- Não tem problema, venha, vamos limpar seu machucado e colocar um band-aid.

Levo ele a cozinha, pego o kit de primeiros socorros e limpo  seu corte, passo uma pomada e coloco o band-aid. Falo para ele ficar um o dedo num saquinho de gelo para poder coagular o sangue e parar de sangrar, e que eu terminaria de lavar a louça e limpar os cacos de vidro da sala de jantar, dele se desculpou e eu disse que estava tudo bem. Limpo a sala de jantar e recolho os cacos de vidro, recolho os copos  e alguns talheres que ainda ficaram para trás, lavo os copos e seco toda a louça e a guardo seguindo as instruções do Ryuu, volto aos talheres e começo a lava-los, quando estou tirando o sabão do último dos talheres; esse que era uma faca; faz um leve furo com a ponta em um dos meus dedos.

- Aaiii!

- O que foi? Você está bem?

- Aah, estou, foi apenas um furinho que acabei fazendo com a ponta da faca.

- Me deixe ver.

Ryuu parecendo muito preocupado, vem em minha direção, pega minha mão e aproxima do seu rosto e olha cuidadosamente para o meu dedo, que agora tem uma bolinha de sangue formada.

- Não foi nada muito sério, mas venha aqui.

Sem que eu pudesse falar qualquer coisa ele me leva em direção ao kit de primeiro socorros que ainda está sobre a mesa e retira um algodão com o antisséptico e limpa meu dedo, sinto uma leve ardência, mas logo ele passa um pouco da pomada que eu usei mais cedo e logo coloca um band-aid.

- Está perfeito, obrigada Ryuu.

- Tome cuidado da próxima vez. Eu devo ser o único desastrado dessa casa.

- Hehehe está bem, vou tomar. (Antes ele parecia alguém que precisava ser cuidado e protegido, mas agora ele passa a impressão de ser protetor e muito responsável, sua voz não tremeu nem um pouco, ele foi sereno e calmo todo o momento, bem diferente do Ryuu de agora a pouco.)

Enquanto o observo vejo seu rosto de preocupação se tornar sereno e ele guarda o kit de primeiros socorros de volta ao seu lugar e se volta para mim com um sorriso.

- Como agora você que se machucou eu devo e guardo o restante e depois te acompanho até seu quarto.

- Está bem, obrigada. (Quem é essa pessoa? A um tempo atrás Ryuu me olhava com os olhos cheio de lágrimas, lembrava uma criança, mas agora ele parece outra pessoa, ele tomou as rédeas da situação como se não fosse nada e manteve a calma todo tempo… acho que ele é mais do que aparenta ser.)

Quando Ryuu termina finalmente de guardar o último talher bem até mim e nós vamos em direção as escadas para ir até o meu quarto. Ele me leva até a porta do meu quarto, quando chegamos lá ele me deseja boa noite e segue seu caminho para seu quarto no andar de baixo.

Ao entrar no meu quarto vejo que finalmente o Lion e a Blanca acordaram.

- Boa noite seus dorminhocos. Finalmente acordaram!

- Au-au...

- Uh-Uh…

- Você estão com fome?

- Au-au… au-au…

- Uh-Uh… Uh-Uh…

- Está bem, venham.

Passamos pela sala do quarto e seguimos para o quarto, chegando lá abro a janela do quarto e vejo que a tempestade parou, ainda estava garoando, mas nada muito forte.

- Parece que você pode sair para caçar seu jantar hoje.

Digo a Blanca e estico meu braço para ela, que vem e pousa sobre ele, levo ela até a janela e balanço meu braço para ela pegar impulso e voar em direção a floresta.

- Tome cuidado Blanca! Deixarei a janela aberta para você.

- Uh-Uh…

Como se me respondesse ela da um piu e vai em direção à floresta. Me viro ao Lion e falo:

- Bom, agora você!

Vou até uma caixa que tem as vasilhas de água e comida do Lion e da Blanca; geralmente eu só dou água e alguma fruta a Blanca, ela sempre sai para "caçar" seu refeição; enquanto o Lion come ração mesmo.

Coloco as vasilhas em um canto do quarto e coloca água em uma e ração na outra, logo ele vem comer. Depois me sento na cama e só então percebo que até agora estava de pijama, tudo bem que por cima usava um robe, sinto meu rosto corar um pouco com o pensamentos de todos os rapazes terem me visto assim em trajes de dormir, com esses pensamentos me jogo para trás e deito na cama colocando um dos meus braços sob meus olhos.

- As vezes eu sou extremamente desligada.

Sinto o sono chegando e Me levanto e vou escovar meus dentes, quando volto vejo que o Lion já tinha acabado e abro a porta que dá acesso a varanda.

- Vá lá fora dar uma volta e fazer suas sujeiras, não quero que o quarto fique fedendo as coisas estragadas do Lion.

- Au…

Como se entendesse Lion sai e vai para a varanda; que tem uma escada que dá acesso ao grande jardim. Não muito depois ele volta, e educadamente limpa as patas no tapete e sobe na cama junto comigo e vamos dormir. Dessa vez eu não sonhei com nada, um pouco antes do sol nascer, acordo levemente para sentir que Blanca acabará de voltar da sua aventura e se instalar no seu novo puleiro.

- Bem-vinda de volta… boa noite… Blanca…

- Uh-Uh…

E assim volto para os braços de morpheu, Deus do sono.



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