História My Favorite Demon - Me too, Channie

Pai? 

Chanyeol estava perplexo. Ele não imaginava que seu amigo é na verdade seu pai. A cabeça do adolescente estava à mil. Por que depois de todos esses anos que Baekhyun lhe dissera isso? Por que ele escondera de si que era seu pai? 

- Chanyeol. - Ouviu seu nome proferido pelo homem de olhos azuis e penetrantes.

Chanyeol o olhou nos olhos, Bakhyun não mudara nada, ele parecia que tomava água de uma fonte da juventude, ainda mantinha a mesma aparencia de dez anos atrás.

- Baek... - Seus olhos marejaram ao falar o apelido que dera ao amigo, agora suposto pai.

- Você cresceu tanto depois a última vez que nos vimos, venha cá, me abrace, minha criança. - Abre os braços e rapidamente Chanyeol se levanta e corre para perto do demônio e o abraça.

- Minha mãe, Baek... Você soube? Ela está morta... - O rapaz falava enquanto chorava.

- Soube sim, por isso estou aqui, porque agora cuidarei de você. - O responde enquanto alisa os fios do pobre rapaz.

- No registro de Chanyeol é mostrado que ele é filho de mãe solteira. - Um dos policiais fala. 

- Channie, sente-se novamente para que eu converse com os policiais. - Baekhyun fala e o jovem obedece. - Bem. - Começa. - Eu tive um relacionamento com a mãe de Chanyeol quando eramos muito jovens e ela engravidou. A família dela não iria aceitar nosso relacionamento porque eu não sou de descendência coreana, ainda pedi para ela, que quando a criança nascece eu pudesse registra-la com meu nome, mas ela não deixou. Apenas fiz o que ela me pediu. Os familiares dela nunca me viram pessoalmente, porque ela nunca deixou, mas eu sempre visitava o Chanyeol. Outra coisa que ela me privou foi de dizer ao meu filho que eu era seu pai, ela me ameaçava dizendo que se eu falasse pro Chanyeol que era seu pai ela iria embora com ele e eu nunca mais o veria. Claro que eu aceitei os termos dela. 

- Mas se o senhor tivesse recorrido na justiça com certeza ela seria obrigada a deixar que você visse seu filho. - O policial falou.

- Eu sei, mas assim eu seria descoberto pela família dela. - O Demônio respondeu rapidamente.

- Passei dez anos fora porque tive que resolver uns problemas de família no meu país Natal, França, então só agora voltei, e quando volto, soube da morte da Hyorin. Fiquei muito abalado, ela era uma pessoa maravilhosa e cuidava muito bem de Chanyeol. Lembro-me muito bem das noites que ela passou em claro pedindo pela vida dele quando ele teve câncer. - Baekhyun dava informações muito precisas e reais que provavam que ele realmente participava da vida de Chanyeol.

- Mesmo com tudo que você está dizendo sobre a sua suposta paternidade não será possível que você pegue a guarda do rapaz agora. Sua avó é a responsável por ele agora. - O policial diz.

- Por favor, me deixe com o Baek, eu não quero ficar com minha avó. Baek, você ficará em Seoul agora, certo? - Chanyeol fala desesperado.

- Sim, ficarei em Seoul. - Baekhyun responde.

- Olhem só, ele pode ficar comigo. O Baek sempre foi bom pra mim mesmo sem eu saber que ele é meu pai. - O rapaz argumenta.

- Você só poderá ficar com ele se o exame de DNA que farão der positivo. - O policial explica calmamente. - Mas até lá você irá para a casa da sua avó em Jeju.

Uma policial abre a porta da sala e reverencia a todos.

- A avó de Park Chanyeol acabou de chegar. - ela diz e se retira.

- Baek... - Chanyeol fala choroso.

- Acalme-se, criança. Vai ficar tudo bem, eu prometo. - Baekhyun responde tranquilamente.

Em pouco tempo a porta da sala se abre novamente e entra uma mulher madura e reverencia a todos. 

- Chanyeol, eu vim buscar você, meu amor. - Ela diz e sorri para o jovem que a encara irritado.

- A senhora nunca gostou de mim, por que está me chamando de "meu amor"? - O rapaz diz raivoso.

- Acalme-se, Chanyeol, e a respeite, ela é sua avó. - O policial fala.

- Como eu vou respeitar uma mulher que desprezou a própria filha por não aceitar as escolhas dela. Isso pra mim não é atitude de uma mãe. - Chanyeol falava tudo com bastante rancor.

- Sua mãe foi uma ingrata. Dei tudo a ela e ela ficou com um estrangeiro qualquer e engravidou de você. - A mulher fala também rancorosa.

- E quem é a senhora para falar sobre ingratidão? - Baekhyun se pronuncia. - Park Hyorin, jovem, bonita, com um futuro brilhante, mas a senhora a desprezou, assim como o Chanyeol falou antes, deixou a garota grávida e sozinha na rua, sabe por quê? Porque ela não fez o que a senhora queria, que era ter casado com um velho nojento a quem Hyorin detestava. Hyorin a amava muito e você a desprezou no momento que ela mais precisou. Ela nunca me deixou assimir Chanyeol porque ainda considerava a mãe que tanto a maltratou. Porque Chanyeol não poderia ser filho de um estrangeiro. Então por isso Chanyeol é filho de mãe solteira. A senhora foi uma egoísta da pior espécie!

- E quem é você para falar tudo isso de mim, seu atrevido?! - A mulher fala irritada. - Ah... Agora estou entendendo... Você quem arruinou a vida da minha filha! 

- Arruinei? Se não fosse eu ela estaria na lama até hoje. Fiz de tudo para que ela tivesse um emprego bom, para que pudesse criar bem o Chanyeol. - Fala e ri ironicamente. - Não fui eu quem arruinou a vida da Hyorin, foi a senhora e seu falecido marido.

- Aonde estão os papéis que eu tenho que assinar para ficar com a tutela do Chanyeol? - A mulher ignora Baekhyun e pergunta.

- Não! Baek! Por favor, eu imploro, não me deixem ir com ela! - Chanyeol grita desesperado. - Minha vida é em Seoul, meus amigos, minha escola, tudo...

- Você irá com ela até o processo da sua guarda ser julgado. - O policial fala.

- Processo? - A mulher pergunta.

- Sim, senhora Park. - Se ele afirma ser pai do rapaz, ele pode sim ter direito da guarda definitiva dele. 

- Isso é um absurdo! Esse homem nunca participou da vida de Chanyeol pra ficar com ele! - Ela diz.

- Pelo que o garoto confirmou, ele conviveu com ele. - O policial responde.

- Mas ele vai ficar comigo. Vamos, Chanyeol. Vamos para Jeju agora! - Ela manda.

- Mas e minhas coisas? - O rapaz pergunta.

- Depois levaremos tudo. Agora se apresse, quero voltar para Jeju o mais rápido possível. - Ela diz sem paciência.

- Mas e o Gato? E a Wendy? Meu violão? Minhas coisas? - O rapaz perguntava desesperado.

- Não se preocupe, eu cuido de tudo. Prometo que você ficará comigo o mais rápido possível. - O demônio fala e abraça o rapaz. Chega com seus lábios próximo a orelha ele e susurra. - Hoje ainda o vizitarei. E se sentir sozinho chame o Suho, ele cuidará de você.

O rapaz assente e abraça o mais forte possível o seu suposto pai.

- Senti tanto sua falta, Baek. - Fala enquanto chora.

- Eu também, Channie. Eu também...