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História My favourite mistake - JB - I was a liar


Escrita por: tuliosouzas

Capítulo 25 - I was a liar


A irmã de Marina chegou da Austrália na quinta, por isso vai haver uma pequena comemoração em sua casa hoje. Os pais das meninas foram legais e confiram em suas filhas, a casa é "nossa" por esse fim de semana. 

Eu e Nat estamos nos acertando aos poucos, não é fácil, ninguém disse que seria, afinal, passamos por muito no último mês. 

O Chaz está morando com a gente por um mês, e até que tem ficado mais fácil aturar Nicholas. Minha mãe já disse que por ela, ele moraria conosco para sempre. Nicholas parece tentar se dedicar mais ao lar agora.

A porta do meu quarto é aberta lentamente, me viro e Nat sorri adentrando meu quarto. 

– Oi. – Ela diz e vem até mim. – Tá tudo bem? 

– Sim, por que não estaria? – Sorrio e a puxo para um beijo calmo. 

– Pensou sobre aquele assunto? – Ela pergunta e mantem nossos corpos juntos por um abraço. 

– Sim, acho que pode ser legal, mas preciso falar com meu pai antes, tudo bem? 

– Eu sei, eu sei. Eu vou conversar com Gabe, acho que podemos dividir com ela e Ryan. 

– Pensei nisso também. – Rio fraco e a levo até minha cama. 

Nat liga a televisão e fica me encarando por algum tempo. 

– Lembra o que eu te disse? – Ela pergunta. 

– Sobre? 

– Coisas do passado. – Ela diz. 

– Justin, eu estou... – Chaz surge na porta do meu quarto. – Desculpa, não sabia que estavam... 

– Não, pode falar. – O interrompo. 

– Estou indo encontrar com a Megan, vamos ir ao shopping, ela disse necessitar de roupas novas, pensei que talvez quisessem ir também. 

Olho para Nat, que estreita os olhos e ri. 

– Eu preciso de um vestido. – Ela diz e nós rimos. 

– Mulheres. – Chaz diz e rola os olhos. 

– Eu também quero comprar algumas coisas. – Resmungo e ela ri debochada. 

– Ele compra mais do que eu. – Nat acusa. 

– Isso não é verdade. 

– É sim. 

– Você só não compra mais porque vive roubando minhas roupas. – Recebo uma careta como resposta e rio. 

– Vamos no meu carro. – Ela diz. – Deixa o Chaz ir com o seu, assim eles podem fazer algo depois, se nos separamos. – Assinto e jogo as chaves para Chaz, que agradece e as gira em um de seus dedos. 

– Vamos? – Pergunto. 

Natasha olha para si mesma no espelho. 

– Vamos, eu pego um dos sapatos de Marina emprestado. 

Ela está perfeita como está, mas será uma guerra perdida discutir sobre isso. 

– Você sabe que está linda, certo? – Pergunto. 

– Claro, e é seu dever dizer isso, porque caso contrário, eu o mataria. 

– Pra quê mudar o sapato? 

– Veja bem. – Ela começa. – Blusa branca, calça jeans e casaco, mas... Sapatilha... 

– Hm, super entendi. – Brinco e ela me abraça de lado. 

[...]

Nat pegou uma bota de Marina e ficou falando sobre como havia melhorado seu visual fazer isso, eu apenas ri e concordei. Ela é linda de qualquer forma. 

Almoçamos no shopping, Megan e Nat comprando como loucas, no sentido literal, enquanto eu e Chaz ficamos apenas experimentando todos os sofás e bufes das lojas aguardando por elas. Eu comprei algumas roupas, um celular novo para o Theo e alguns jogos que sei que ele gosta. 

Mais tarde Marina e Anne apareceram, nos encontramos por acaso. Anne era linda, bem parecida com Marina, apesar de um ano mais velha, aparentava ter a mesma idade da irmã. 

[...]

Nat e eu íamos nos encontrar na casa de Marina, o Chaz iria comigo, mas ela chegaria mais cedo para ajudar as meninas. 

– Depois temos que conversar. – Ela disse assim que cheguei e me deu um beijo. 

– Tudo bem, agora? – Perguntei e ela negou com um movimento de cabeça. 

– Pode ser depois. – Ela disse e me deu um selinho. – Vamos, os meninos estão lá fora. 

Fui guiado por Natasha até a parte externa da casa, Chris e Ryan estavam conversando sobre algo, mas reparei que o assunto mudou quando cheguei. 

– Tudo bem? – Ryan perguntou, como se me analisasse. 

– É... Sim! – Respondi e olhei para Chris, que parecia se focar em algo atrás de mim. 

Me virei rapidamente e vi Marina sorrindo para ele. 

– Então... – Chris começou. 

Um pressentimento de algo estava sendo escondido de mim me passou em mente, era como se todos soubessem, exceto eu mesmo. Deixei aquilo de lado e fui em busca de bebida. 

Não demorou muito para que o local se enchesse de pessoas conhecidas do colégio e outras que eu nunca havia visto em minha vida, agarrei a mão de Natasha, que dançava junto com Gabe. Ela se virou para mim com raiva. 

– Eu tenho na... Ah, é você. – Sorri e selei nossos lábios em um beijo lento e calmo. 

– Cadê o seu namorado? – Perguntei e ela riu contra os meus lábios. 

– Eu te amo. – Ela disse  eu repeti suas palavras. 

[...]

Estamos sentados do lado de fora da casa, onde Chaz e Meg, Gabe e Ryan, Marina e Chris, eu e Nat formamos uma roda. 

O efeito do álcool em meu corpo é evidente, estou falando tanta merda quando Gabriela, mas sem corar, fico sem vergonha e o assunto rende. 

– Nós vamos passar a noite aqui? Um olhando pra cara do outro ou vamos ir cada um pra um canto e fazer algo mais prazeroso? – Gabe pergunta e todos riem. 

– Vamos dançar! – Grito e todos riem. 

Nos levantamos, Marina encara Natasha por alguns instantes e foca seu olhar em um ponto atrás de nós dois. 

– O quê? – Pergunto e giro meu corpo. – O idiota do Taylor. – Digo sem pensar e gabe tenta segurar uma risada. 

– Você disse isso em voz alta. – Megan, que não bebeu praticamente nada diz. 

– Não ligo, ele é mesmo. – Dou de ombros e começo a andar rumo a casa. 

– Oi, gente, olha quem eu achei perdido por aí. – Anne grita por cima da música e Taylor arqueou as sobrancelhas levemente. 

– Oi, galera. – Taylor diz.

O clima ficou tenso de repente, como se uma bomba estivesse prestes a explodir. 

– Justin, que surpresa te encontrar aqui hoje. – Sua voz soou carregada de ironia. 

– Eu mais ainda. – Falo e reviro os olhos. – Vamos? – Pergunto para Nat e depois olho para o resto do pessoal. 

– Ela não te contou, não é mesmo? 

Paro de andar, Nat segura minha mão e tenta fazer com que eu continue. 

– Do que você está falando? – Pergunto. 

– É. Você não sabe. – Ele diz e ri de forma debochada. 

– Taylor, não faz isso, cara! – Ryan pede. 

Ele ri e se vira para Ryan. 

– O que foi? Vai me dizer que se apaixonou por esse otário também? 

– Do que eles estão falando? – Gabe pergunta, confusa. 

– Nat, do que ele está falando? – Minha voz se quebra, encaro Natasha. 

– Coisas do passado. – Ela sussurra e abaixa seu olhar. – Vamos embora, eu te... 

– Não, eu quero saber. – Grito. – Do que diabos você está falando? 

– Vamos começar do início, certo? – Taylor puxa uma cadeira e se senta. 

– Cala a boca! – Nat grita e atinge seu rosto com um tapa. – Você não tem o direito de fazer isso. 

Taylor nega com um movimento de cabeça e sorri. 

Chris tenta afastar Marina, mas ela o empurra. – Você sabe do que ele está falando? 

– Não. É... Quer dizer, sim, mas... 

– Porra! – Taylor grita e se levanta. – Natasha, você vai ficar caladinha agora, você teve seu tempo para dizer, mas não o fez, agora eu quem vou contar pra esse... 

– Fala logo, seu desgraçado! – Grito e parto para cima dele. 

Chris e Ryan me seguram e não deixam que eu me aproxime. 

– O plano deu certo, resumindo. – Taylor começa. 

– Plano? – Me acalmo, sinto meu corpo estremecer. 

Lagrimas deixam meus olhos, a raiva me consome, mas não tenho reação alguma. 

– Sim. Ela fez com que você se apaixonasse por ela e depois partiu o seu coração, assim como eu fiz com ela há algum tempo. – Ele diz e sorri. – A diferença é que eu não me apaixonei por ela. 

As palavras ecoam em minha mente, são como marteladas. Olho para Nat, que chora e se senta no chão. 

– É verdade? – Pergunto a encarando. 

Chris e Ryan abaixam o olhar. 

– Eu disse que isso não era certo. – Chris diz.

– Eu pensei que você fosse meu amigo. – Digo.

– Justin, eu... 

– Filho da puta! – Grito e atinjo seu rosto com um soco certeiro. – E você... – Solto uma risada nervosa e encaro Ryan. – Como pôde? 

– Irmão, eu... 

– Não me chama de "irmão"! – Acerto o nariz de Ryan e o derrubo no chão. 

Taylor me acerta um chute, olho para ele e o empurro com toda a força que tenho. 

– Seu verme! – Grito e acerto socos alternados em seu rosto. – Você acabou com a garota que eu amo e fez com que ela fizesse o mesmo comigo! – Soco seu rosto com mais força. 

– Façam alguma coisa, pelo amor de Deus! – A voz de Nat soa estérica. 

Um sorriso debochado se mantém em seu rosto. Sinto meu corpo sendo retirado de cima dele.  

– Se acalma, cara! – Chaz diz e faz com que eu me sente no meio fio. 

– Ele te machucou. – Meg pergunta, soa como uma afirmação para mim. 

Levo minha mão ao meu olho e sinto um pequeno corte próximo a minha sobrancelha. Gabe me entrega uma bolsa de gelo. Ryan tenta se aproximar, Marina diz alguma coisa para ele, que abaixa a cabeça e se senta em um canto. 

– Eu posso te explicar. – Nat diz se aproximando. 

– Você tinha razão. – Digo e me levanto. – Algumas coisas são mesmo imperdoáveis. 

Começo a caminhar em direção a saída, alguém segura meu pulso, me viro bruscamente. 

– Deixe que eu te explique, por favor. – Natasha pede, desesperada.

– Não vamos complicar as coisas ainda mais. – Me mantenho sério e olho em seus olhos. – Você foi um erro. 

O meu erro favorito, confesso. 

Dou um meio sorriso com meu pensamento. 

– Me escuta, droga. – Ela grita. – Era isso que eu queria te contar, tá legal? Era isso. Eu ia te dizer toda a verdade, mas então... O Chaz chegou aquela hora e no meio de uma festa não seria o local certo para isso. 

– Eu não acredito em você. – Me viro mais uma vez. 

– Eu só fiz aquilo com você, porque ele prometeu ir embora e deixar você em paz... 

– Isso não faz sentido algum, Natasha. – Rio de mim mesmo. – Eu não sou tão otário assim. 

[...]

A imagem de uma garota loira estirada no chão me deixa estático, encaro a TV e peço para que Nicholas aumente o volume. 

A metanfetamina é uma droga muito potente e altamente viciante, cujos efeitos se manifestam no sistema nervoso central e periférico. A droga tem–se vulgarizado como devido aos seus efeitos agradáveis intensos tais como aumento do estado de alerta, do apetite sexual, da percepção das sensações e pela intensificação de emoções. Por outro lado, diminui o apetite, a fadiga e a necessidade de dormir. A polícia local ainda investiga o que realmente aconteceu no local e ainda não se pronunciou sobre o assunto, a identidade dos criminosos ainda é desconhecida. Até onde se sabe, um grupo de jovens era responsável pela produção e comercialização... 

A câmera volta a filmar o corpo e o som da televisão era apenas um ruído.

– Não... Não... – Grito, minha voz parece presa. 

Com os meus dedos trêmulos, disco o número de Natasha, que chama até ser direcionado para a caixa de mensagens. 

O pequeno ponto de luz ao lado do corpo, me faz ter certeza, é ela. Minhas pernas ficam bambas e meu corpo parece pesado demais. Meu celular se solta da minha mão e me apoio no sofá. 

– Justin! – Nicholas grita vindo em minha direção e me segura em seus braços antes que eu caia. 

 


Notas Finais


Oi, gente, tudo bem com vocês? Eu espero que sim.

Eu não acredito que chegamos ao fim. Sempre agradeço por acompanharem até aqui, mas hoje agradeço também aqueles que leram após o termino das postagens, me sinto grato por gostarem do que escrevo. Esses personagens são mais do que isso para mim, eu me apeguei a eles de forma que gostaria de podê-los ter em minha vida real. Só tenho a agradecer por vocês me apoiarem sempre com comentários positivos, favoritos e até aquelas ameças que rolam no Whatsapp.

Antes de encerrar, eu preciso dizer mais algumas coisinhas, se você chegou nessa parte é porque não se importou em perder um pouquinho do seu tempo comigo.
Nunca desistam dos seus sonhos. São eles que te motivam a seguir em frente.

Agradeço aqui também as pessoas que me inspiraram para que esses personagens fossem tão originais em suas personalidades, por não me deixarem desistir... Eu citaria nomes, mas vocês já as conhecem por Nat, Gabe, Mah, Meg...

NOS VEMOS EM BREVE! E como o Luba diz: "Um beijo pra quem quiser".


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