Meus olhos demoram a se acostumar com a claridade, que passa através de uma pequena fresta da persiana. Afundo meu rosto no pescoço de Nat e tento dormir novamente.
- Niall! - Nat chama, não me movo. - Amor, acorda.
- Não, eu quero dormir. - Resmungo.
- E eu quero que você levante, preparei o café da manhã.
- Você o quê? - Sorrio e levo um tapa. - Ei, eu não tô zoando com você, mas...
- Cala a boca, antes que eu te deixe com fome. - Ela tenta se manter séria, mas cai na gargalhada.
- Vem cá! - Chamo e sorrio.
Nat se deita sobre mim e apóia seus cotovelos sobre meu peitoral.
- Diga!
- Pensou em algo para hoje?
- Você não tinha tudo planejado?
- Por você, eu mudo os planos.
- Mesmo? - Assinto e ela me dá um beijo breve. - Vá tomar banho, vou terminar de colocar as coisas na mesa.
- Mandona. - Resmungo e ela sorri.
- Manhoso. - Ela retruca e me empurra em direção ao banheiro.
[...]
- Eu estava pensando... - Nat começa, olho para ela e seguro sua mão.
- Vem cá, sente aqui. - Indico meu colo e ela se senta de lado sobre as minhas pernas.
- Continuando. - Eu estava pensando que poderíamos passear pela cidade hoje e amanhã irmos embora pela tarde.
- Acho ótimo. - Mordo um pedaço da minha torrada com geleia e coloco próximo a boca de Nat.
Terminamos de tomar café, eu lavei a louça, enquanto Natasha foi se arrumar para sairmos.
- Niall! - Nat me chama saindo do quarto. - Podemos ir.
Ela está usando um vestido branco e sapatilhas, seus óculos descansam sobre sua cabeça.
- Você está linda. - Sorrio e me aproximo mais dela.
Selo nossos lábios em um beijo rápido.
- Vamos!
Seguimos até o estacionamento, o alarme do meu carro bipa, abro a porta para Nat, ela ri e entra.
- Nós vamos a um parque que tem aqui perto, depois vamos em um pequeno restaurante que eu vi pela internet, parece bom.
- E de tarde? Eu quero sorvete, nós podemos tomar sorvete? - Ela pergunta e se sua expressão se torna fofa.
- Amor, você está parecendo uma criança.
- Eu quero sorvete. - Ela ri e se deita no meu ombro.
Me lembro do avião, o pensamento me faz sorrir.
- O que? - Ela pergunta olhando para mim.
- Eu estava me lembrando de quando uma estranha muito linda dormiu no meu ombro durante um vôo. - Ela ri e beija meu pescoço.
Um arrepio percorre meu corpo, ela percebe e ri.
[...]
- Você é a melhor coisa que me aconteceu dentro de um grande espaço de tempo. - Digo, ela olha para mim e sorri.
- As coisas acontecem, quando devem acontecer, amor. - Ela diz e sela nossos lábios.
- E agora, o que vai ser de nós?
- Como assim?
- Nós vamos nos casar e ter uma família ou vivermos o agora e deixar que as coisas aconteçam?
- Que tal a gente viver o agora e esperar o tempo de termos uma família?
- Essa opção não estava disponível. - Divago e ela ri.
- Você pode fazer uma exceção.
- Preciso ser convencido de que vai valer a pena. - Provoco.
Nat ri e me empurra contra a grama, seguro a cintura dela e selo nosso lábios. Aprofundamos o beijo, minha mão percorre a lateral do corpo de Nat.
Sorrio contra os lábios dela e mantenho nossas testas encostadas uma contra a outra.
Um cachorro salta sobre nós.
- Ei, amiguinho. - Brinco com o filhote e ele lambe meu rosto.
- Ele é uma gracinha! - Nat diz e afaga ele.
- Spock! - Uma garotinha aparece correndo, sua mãe a acompanha. - Ainda bem que te encontrei.
- Então seu nome é "Spock", garoto? - O cachorrinho late para mim e a garotinha ri, se aproximando.
- Ele se chama Spock, e eu sou a Lucy, ele é muito levado, minha mãe disse que ele parece uma criança levada.
- Mesmo? E onde está a sua mamãe? - Nat pergunta olhando ao redor?
- Como eu vi que o Spock estava aqui, ela disse que iria comprar um sorvete. - Ela dá de ombros.
A mesma mulher que a acompanhava, esta sentada em um banco um pouco distante nos observando.
- Ah, entendi. - Nat olha para mim e sorri. - Vocês vão brincar? - A garotinha nega com um movimento de cabeça.
- Não, eu queria, mas mamãe disse que temos que seguir viagem.
- E de onde você é?
- Eu nasci no Canadá, mas moro na França desde que era um bebezinho. - Ela sorri, um sorriso angelical. - E você?
- Eu também nasci no Canadá, mas moro aqui nos Estados Unidos desde que era um bebê também.
- Ele é seu irmão? - Ela aponta para mim, sorrio para ela e olho para Nat.
- Não, ele é o meu namorado. - Nat diz e Lucy cobre a boca com as mãos.
- Ele é bonito... - Ela diz e sorri para mim. - Qual o seu nome?
- Niall.
- Qual é o seu nome?
- Lucy, querida, vamos! - A mãe dela a chama.
- Tchau, e obrigada! - Ela grita, enquanto corre até sua mãe, seus cabelos loiros voando.
- Isso foi... - Nat começa, mas não acha a palavra certa.
- É... - Concordo, também não sei um adjetivo que explique o que acabara de acontecer.
- Se a gente tiver uma filha, acha que vai ser parecida com ela? - Nat me pega de surpresa, rio. - Eu tô falando sério.
- Provavelmente, olhos azuis, cabelos loiros... Nossa filha seria mesmo linda.
- Como eu. - Ela se gaba.
- Como você. - Bato meu indicador contra o nariz de Nat e ela ri. - Você está com fome?
- Um pouco, já quer ir?
- Você quem sabe.
[...]
O restaurante em que fomos almoçar, era pequeno e aconchegante, pedimos lasanha.
Claro que minha namorada não desistiu de ir tomar sorvete. Nat ficou repetindo isso desde de o momento em que saímos do restaurante, até encontramos uma sorveteria.
- Nós vamos sair hoje à noite. - Aviso, entrando no apartamento alugado.
- Que roupa devo usar?
- Esse tipo de pergunta, me faz querer ficar em casa, mais objetivamente na cama.
- Te dá sono? - Ela provoca.
- Natasha, caralho, não provoca!
- Oh, eu não fiz nada.
- Vou ficar calado.
[...]
Nat se mexe e se acomoda no meu peitoral, sorrio e beijo os cabelos dela, resolvemos descansar um pouco depois que voltamos.
Selo nossos lábios em um beijo calmo e sedutor, Nat morde meu lábio, ela coloca suas pernas ao lado da minha cintura e beija meu pescoço.
Tiro a blusa que ela está usando, uma blusa minha. Agarro um de seus seios e o chupo lentamente, ela arfa e arranha minhas costas.
Trilho beijos até o pescoço de Nat, ela afasta para retirar meu short e leva junto minha cueca, seus dedos deslizam pelo meu abdômen.
Inverto nossas posições, de modo que eu fico por cima, pego um preservativo na gaveta do criado mudo e deslizo sobre meu comprimento.
Volto a beijar Natasha e lentamente a penetro, arrepios percorrem meu corpo e sinto o mesmo efeito sobre ele.
Sinto algo que vai muito além de prazer. É como se fôssemos feitos um para o outro.
Gemidos e suspiros deixam nossos lábios e preenchem o quarto. Seguro as mãos de Natasha e começo a investir mais forte contra ela.
Selos nossos lábios, afim de ter nossos corpos ainda mais unidos.
O corpo de Nat estremece, sinto que estou chegando ao meu limite, solto um suspiro forte e deixo que meu corpo caia sobre o dela.
Junto os nossos corpos. Ela, assim como eu, tenta controlar sua respiração.
Acordo, a cama está vazia, abro meus olhos e percebo que Nat não está mais deitada.
- Amor? - Chamo e ela aparece na porta do banheiro, com uma expressão abatida. - Aconteceu alguma coisa? - Pergunto e ela revira os olhos.
- Não, eu estou bem. - Ela afirma indo até a mala. - Eu já tomei banho, ia te acordar para fazer o mesmo, enquanto me arrumo.
A abraço por trás, ela sorri através do espelho e se vira para me dar um breve beijo.
- Não demora, estou com fome.
Tomo um banho não muito demorado, mas demorado o suficiente para que meu corpo se relaxe e adquira uma tonalidade rosada, devido a temperatura da água.
Saio do banheiro, uma toalha pende na minha cintura, Nat está calçando seus sapatos.
- Já estou quase pronta. - Ela sorri e eu fico parado a observando. - Quê?
- Eu só estava pensando... - Respondo e caminho até o closet.
- E não vai me contar o que era? - Balanço minha cabeça em negação e ela sorri perversa. - Minhas habilidades com interrogatórios são inimagináveis. - Ela diz em tom ameaçador e sorri de lado.
- Depois eu conto.
- Agora! - Ela emburra e faz uma expressão manhosa.
- Depois.
- Niall! - Ela resmunga e eu sorrio.
- É só que, se alguém me dissesse que eu estaria tão feliz assim há alguns meses atrás, eu iria rir muito e provavelmente mandaria a pessoa ir se foder.
- Porque você nunca me falou de como as coisas eram antes? - Ela pergunta, sinto um nó na garganta e começo a mexer na minha mala em busca das roupas que irei usar.
Nat continua me encarando, na espera de uma resposta.
- Não é a parte da minha vida que eu goste de falar ou lembrar. - Me limito a responder apenas isso.
Nat se levanta e vem até mim, sua mão toca meu rosto e faz com que eu olhe para ela.
- Então, vamos fazer mais lembranças boas, para que elas sejam motivo de recordação e não as coisas ruins que já se passaram.
Assinto com um movimento de cabeça e ela sorri antes de me dar um selinho.
Terminamos de nós arrumar, Nat está incrível em seu vestido preto formal e saltos da mesma cor, ela sorri para mim e segura minha mão, que repousa sobre sua cocha.
- Você está lindo. - Ela diz e eu viro a esquerda.
Estou usando uma blusa social branca e calça social azul marinho, que combina com meu blazer.
- "Lindo" eu já sou. - Sorrio convencido e ela revira os olhos. - Estou gato.
- Não tem como um cachorro ser gato. - Ela diz séria. - O que? Você mordeu meu dedo durante o café da manhã, não se lembra?
- Não, eu... É, eu não sou cachorro. - Tento me defender, ela me olha com uma carinha de "babá no primeiro dia de emprego".
Reviro os olhos. - Natasha!
- Natasha! - Ela me imita, estendendo o "a" e segurando o riso, com uma voz de "fofa".
- Você é chata. - Acuso e ela ri.
- Eu sei. - Nat dá de ombros e eu rio.
[...]
- Um vinho tinto para acompanhar. - Digo ao garçom, que anota nosso pedido e sai em seguida. - Ele estava olhando para você.
- E ele tem olhos para quê? - Nat ironiza e eu reviro os olhos, suspiro e ela ri. - Não tem graça.
- Tem sim. Desfaz essa cara de menino mimado.
O jantar foi agradável, nós comemos coq au vin, estava delicioso.
Quando chegamos em casa, estávamos cansados demais para qualquer coisa que não fosse dormir.
- Amor, você está mesmo com sono? - Perguntei a puxando para mim e beijando seu pescoço.
- Eu estou cansada... - Sua voz soou manhosa.
Não queria forçar a barra, colei meu corpo mais próximo ao dela e descansei meu rosto na curvatura de seu pescoço. Nat fez um carinho breve na minha bochecha e suspirou.
- Você o quê? - A voz de Nat me despertou.
- Amor? - Chamei por ela, sem resposta. - Nat?
- Oi... - Ela disse surgindo no quarto, se sentou na cama e segurou os cabelos com as duas mãos.
- O que aconteceu?
- Não é nada.
- Como assim "Não é nada"? Eu ouvi...
- Caralho, eu já disse que não é nada! Vai dormir e me deixa em paz. - Me assustei com as palavras dela.
Antes que eu pudesse pensar, ela segurou a minha nuca e se sentou no meu colo, seus lábios se chocaram contra os meus e suas mãos deslizaram pelo meu abdômen.
- Desculpa. - Ela pediu e mordeu meu pescoço.
Apertei a bunda dela e segurei firme em sua cintura.
Nat se desfez das suas roupas com agilidade e arrancou fora a minha cueca. Minha respiração já estava descompassada e eu estava completamente pronto para ela.
Rapidamente deslizei um preservativo sobre o meu membro, Nat apoiou suas mãos sobre meu peitoral e o colocou em sua entrada.
Seus gemidos eram altos e ela jogava a cabeça para trás, quando seu ritmo diminuiu, me sentei na cama e comecei a chupar seu seio, enquanto estocava lentamente contra ela.
Meu nome era pronunciado de uma forma tão sexy, aquilo estava me deixando louco, minha respiração já estava descontrolada, a temperatura parecia mais quente.
Soltei um grito abafado de prazer quando cheguei ao meu limite, Nat se desfez em prazer e seu corpo foi junto ao meu contra a cama.
Ela deixo um beijo no meu peitoral e passou o dedo sobre o meu lábio, antes de me beijar.
Eu não sabia o que dizer, ou fazer, então puxei um lençol e cobri nossos corpos nus.
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