Jeon Jungkook
Era sexta-feira a noite e eu estava em um bar com os meus amigos. Não tinha um motivo especial, a gente só gostava de sair depois da faculdade e ficar bebendo a noite toda, mesmo que o resultado disso fosse uma ressaca no dia seguinte.
Eu já devia ter virado o terceiro copo de tequila, mas ainda me sentia sóbrio o suficiente para entender tudo o que Hoseok falava, então bebi mais um pouco.
— Eu não acho que isso faz de mim um babaca — Hoseok disse, com preguiça, contando sobre alguma coisa que eu não estava prestando atenção.
— Sair com alguém e não ligar no dia seguinte? — Namjoon fez uma cara pensativa e bebeu seu uísque — acho que faz sim.
— Nah! Sua opinião não conta, você é todo certinho e o Seokjin com certeza já fez sua cabeça. Aliás, há quanto tempo estão namorando? Dois meses?
— Não, eu não tive coragem de pedir ainda — deu de ombros, não entrando muito no assunto — mas, se você quiser a opinião de uma pessoa menos certinha, pergunta pro Jungkook.
Os dois olharam pra mim, esperando uma resposta. Eu ri — Acha que eu não sou certinho?
— Fala sério, você nem lava as mãos depois de usar o banheiro — ele respondeu com uma expressão de nojo e logo em seguida os dois começaram a rir.
— Isso é mentira! — tentei me defender, mesmo que eles não acreditassem. Era óbvio que eu lavava as mãos. Eu sempre lavava!
— Obrigado por me avisar — Hoseok disse em meio a risada — nunca mais vou deixar ele pegar o frango frito com as mãos.
— Sério, nem sei como eu ainda continuo falando com vocês — eu tentei, mas acabei rindo também. Mesmo que fosse mentira!
Namjoon e Hoseok eram os meus únicos amigos e também os únicos em quem eu confiava. Talvez porque nos conhecemos desde criança, compartilhamos todas as nossas melhores e piores fases juntos, até no ensino médio nós estávamos juntos, e não era diferente agora na faculdade.
Ainda assim, por serem mais velhos, eles adoravam tirar uma com a minha cara, ao mesmo que também me davam uns puxões de orelhas quando eu precisava. Principalmente o Namjoon que, ele sim, era o mais certinho, diferente do Hoseok e eu.
E quando eles finalmente iam parando de rir, Namjoon voltou na pergunta — Mas, fala aí. O que você acha?
Eu não entendia muito sobre sentimentos alheios ou sobre como não ser um babaca, tão pouco conseguia pensar na melhor resposta para aquilo, então só concordei com o Namjoon. Afinal, ele sempre sabia de tudo, então devia estar certo.
— Eu acho que sim — respondi, com um tom de dúvida, e ri quando Hoseok começou a resmungar e Namjoon sorriu vitorioso.
— Não, isso não vale! — o mais velho protestou — você deve ter feito algum sinal pra ele concordar!
Assim eles entraram em uma discussão. Mas, eu nem prestei atenção, porque enquanto eles estavam praticamente gritando um com o outro — por conta do barulho naquele bar — eu estava totalmente distraído encarando um loirinho que estava conversando com o amigo sentados perto da nossa mesa.
Eu já tinha percebido que de vez em quando ele me dava umas olhadinhas e ria com o amigo quando eu olhava de volta. Ele estava muito na minha ou os dois estavam tirando com a minha cara também. Preferi ficar com a primeira opção.
Coloquei um pouco mais de cerveja no meu copo, em seguida voltei a olhar pra ele, e vi o amigo cochichar alguma coisa no ouvido dele, que imediatamente olhou pra mim e sorriu.
Deixei que o ar escapasse pela minha boca com um sorriso discreto e bebi um pouco mais. Com certeza, a primeira opção.
— Você perguntou, deveria só aceitar minha opinião e pronto! — disse Namjoon.
— Eu tenho o direito de discordar! — Hoseok rebateu. Aquilo não ia dar em lugar nenhum, e eles sabiam disso. Às vezes eu achava que eles só gostavam de discutir mesmo.
Eu voltei a encarar o loirinho, e dessa vez ele disse alguma coisa no ouvido do outro e se levantou da cadeira, olhando diretamente pra mim enquanto ia até o balcão do bar, com um sorriso nos lábios.
— Vou pegar mais cerveja — Não querendo mais ouvir aquela discussão sem fim, eu me levantei e saí. Mesmo que não fosse minha única intenção para deixar a mesa.
Eu procurei pelo loiro, só agora percebendo o quanto aquele lugar estava cheio de gente, mas continuei na minha busca e me aproximei em passos lentos quando o encontrei.
Parei ao chegar no balcão, me sentando em um dos bancos altos, perto dele. Pedi mais duas cervejas pro cara que trabalha alí, fingindo não ter notado a presença dele.
— Eu sabia que você iria vir atrás de mim — ele disse, com um sorriso travesso, como se seu plano tivesse dado certo. E olhou pra mim.
— Eu só vim pegar uma bebida — me fiz de desentendido, como o péssimo ator que eu sou. Desci o olhar pelo corpo dele, sem me preocupar em ser discreto, dei uma boa olhada nas coxas grossas cobertas pela calça apertada.
— Bebida... Sei... — ele riu baixinho — meu nome é Jimin. E o seu?
Jimin.
— Jungkook.
— É um nome bonito — respondeu, tomando a bebida que estava segurando, passando a língua nos lábios quando terminou até a última gota — quer provar um pouquinho?
Eu ri com a pergunta. Ele estava tentando me provocar, já tinha deixado isso bem claro, ao mesmo tempo que eu conseguia notar o nervosismo dele por isso.
Talvez eu estivesse muito bêbado, mas eu queria sair daquele bar com pelo menos uma foda garantida. Então resolvi entrar no jogo dele e descobrir até onde ele aguentaria chegar.
— Ou, se você quiser, a gente pode ir pra outro lugar — Jimin, ainda com aquele sorriso travesso nos lábios, se inclinou para falar no meu ouvido e tocou minha coxa com a mão. — Me segue?
Eu deixei as cervejas no balcão e assenti, com um sorriso satisfeito no rosto, o seguindo até chegarmos no banheiro do bar. Não era o melhor lugar, claro, mas também não era tão ruim.
Quando chegamos no banheiro, conferi para ver se ele estava vazio, e quando eu me virei fui surpreendido por Jimin agarrando a minha camiseta e me puxando para um beijo. Minhas mãos imediatamente foram parar na cintura dele, juntando os nossos corpos e aprofundando aquele beijo.
As mãos dele subiram para o meu rosto enquanto eu me aproveitava daqueles lábios grossos e da língua quentinha.
No banheiro só se ouvia os sons daquele beijo feroz e molhado.
Eu segurei as coxas dele e o puxei para que se sentasse na pia de mármore, mas ainda mantive nossos corpos colados o suficiente para ele sentir meu pau começar a crescer dentro da calça. Talvez eu estivesse mesmo muito bêbado, e por isso me excitando tão facilmente só com um beijo.
— Sabe o que eu quero? — disse baixo no ouvido dele, capturando o lóbulo em seguida, provando aquele pedacinho dele também.
— O que? — perguntou seguido de um gemido arrastando quando eu dei uma mordida forte no pescoço branquinho. Ele gemia como uma putinha no cio, como se nunca tivesse sido tocado antes.
— Essa sua boquinha gostosa mamando o meu pau.
Jimin sorriu e voltou a me beijar, enquanto ia descendo as mãos, tocando com calma e uma certa timidez no meu abdômen, aos poucos chegando onde eu queria. Grunhi contra os lábios rosados quando senti a mão dele apertar meu pau por cima da calça.
Eu estava faminto e ele deixava cada vez mais fácil.
O puxei de volta pra mim, fazendo ele descer da pia, e o encurralei na parede. Empurrei o meu quadril contra o dele, o fazendo sentir o quanto eu já estava duro. Jimin sorriu entre o beijo e com as mãos ágeis foi abrindo o zíper da minha calça.
Continuei me deliciando com aqueles lábios e com a minha destra apertei a bunda redondinha. Mas, quando ele ia dar o próximo passo, a porta do banheiro abriu.
Um cara quase de idade nos encarou com espanto, talvez até um pouco assustado, ele não devia esperar aquela cena ao entrar no banheiro. Jimin escondeu o rosto no meu pescoço e riu baixinho a situação em que a gente estava.
O silêncio constrangedor fez com que o cara apenas continuasse e então entrou em uma das cabines do banheiro. Empata foda.
— É melhor a gente sair — sussurrou no meu ouvido. Eu olhei pra ele e depois olhei pra baixo, mas o desgraçado só fez rir — é melhor dar um jeito nisso aí também.
— Tá brincando, né?
— O que você quer que eu faça? — perguntou, ainda em um sussurro, apontando para a cabine que o cara entrou. Parecia que ele não ia sair de lá tão cedo.
Encostei minha testa no ombro dele. Droga. Bêbado e de pau duro.
Ele riu mais uma vez.
— Pensa na sua avó pelada.
Ugh!
Era nojento, mas funcionou. Fechei o ziper da calça e nós saímos daquele banheiro. Mas eu não ia deixar por isso mesmo.
Ainda um pouco afastados, eu segurei na cintura dele e o puxei de volta pra mim, desci minha mão até a bunda dele e puxei o celular no bolso da calça.
— Você está tentando me assaltar, Jungkook? — perguntou, em tom brincalhão, desbloqueando o celular com a digital quando eu pedi.
Eu ignorei aquela pergunta e entrei nos contatos, discando os dígitos do meu número no aparelho, deixando chamar só uma vez quando ouvi o meu celular tocar no bolso, então desliguei.
— Agora eu tenho seu número — disse, devolvendo o celular onde eu encontrei, mas não sem antes dar um aperto forte alí.
— Agora você pode me mandar uma mensagem de boa noite — foi a última coisa que ele disse, antes de beijar minha boca mais uma vez e ir na direção da saída, onde o amigo dele já o esperava.
Ótimo. Eu fiquei sozinho e na mão.
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