História My Friend's Boyfriend - Na Jaemin (NCT DREAM) - CHAPTER I

Minha história talvez seja puro clichê, mas nem tanto. Talvez. Como já sabem, sim, eu me apaixonei pelo, como eu digo isso... namorado da minha amiga. Mas não aconteceu assim tão rápido. 

Ele não é aquele bad boy, ou maltrata pessoas, na verdade ao total contrário. Ele é um dos meus melhores amigos. 

Na Jaemin é um garoto gentil, carinhoso, meio estranho, mas companheiro. Mas a vida foi injusta e eu acabei por me apaixonar por esse ser humano de luz, que acabou sendo, por ironia do destino, o namorado da minha melhor amiga, Yeji. E aí você pensa, “por que não apenas ignorá-lo?”. Vou lhe responder querido leitor. Porque além de ele ser meu amigo – somos do mesmo grupo de amigos -, estudamos no mesmo prédio. 

Conheci Jaemin e Yeji quando ainda estávamos no primeiro ano do ensino médio. Meu irmão mais velho, Hyunjae, me convenceu a ir ao campeonato no qual seu time de basquete participaria. E é claro que minha nova escola também iria participar, já que naquele ano, eles tinham ganhado o prêmio. Por coincidência, Yeji também havia acabado de se mudar para a nossa cidade, assim como eu. 

No meio da partida, um dos jogadores – que mais tarde descobri que era Jaemin - acertou em cheio a minha cara com a bola – sim, a bola, não sei como. Yeji foi a que veio me ajudar, quando viu que meu nariz estava sangrando. Foi um milagre eu não ter quebrado um nariz ou ter perdido um dente. Foi ali onde conheci Renjun também, meu melhor amigo também. E os 6 patetas que completavam o grupo.

      — No que está pensando? — Renjun disse perto do meu ouvido, me assustando, o que fez eu derrubar minha batata frita na mesa. 

      — ‘Pô, Renjun, batata frita é sagrada. Segundo, quer me matar de susto!? — Fiz uma cara de brava e ele riu de mim. 

      — Você que é distraída e não me viu chegando — Deu um peteleco na minha testa, me fazendo colocar a mão ali e fazer uma careta. Começamos uma briguinha, mas se resolvemos. 

Meu sorriso vacilou assim que vi Jaemin e Yeji entrarem no refeitório de mão dadas e aos beijos. Renjun sabe sobre a minha queda – quer dizer, penhasco – por Jaemin, então ele se levantou me puxando para longe da nossa mesa, indo em direção à máquina de lanche que a escola tinha colocado recentemente. 

Vi Renjun começar a procurar alguma coisa no seu bolso, então vou aproveitar o tempo – que não é muito – e vou contar o resto da minha desgraça até agora. 

Quando eu finalmente aceitei e admiti o fato de eu gostar de Jaemin, no mesmo dia, Yeji pediu o Na em namoro, que aceitou sem hesitar. Depois disso, não tive coragem de contar a ninguém sobre e preferi me afastar do casal, o que parecia ser mais certo para mim naquele momento. Como o bom amigo que é, Renjun logo percebeu o meu comportamento diferente e me perguntava todo dia a mesma coisa. “O que está acontecendo com você?”. 

Tenho certeza de que Yeji também percebeu, mas nunca chegou a me perguntar nada sobre. 

Eu contei à Renjun depois de conversar com a minha irmã, Mia, sobre o que eu estava sentindo e pedi ajuda. Ela ficou surpresa, mas me deu conforto e conselhos. Já Renjun me dizia em qualquer oportunidade para contar pelo menos para os meninos – excluindo Jaemin –, mas eu negava toda vez. Eu tenho medo. Medo de acabar com a nossa amizade e acabar com um coração mais partido do que já está, medo dos meninos acabarem me julgando e se afastando de mim, talvez achar que eu era o problema. 

      — Te achei notinha de 10 reais! — Ouvi Renjun exclamar e logo inserir na máquina, pedindo dois saquinhos de Pringles. 

      — ‘Pra que duas? Você sabe que com o tempo do intervalo e com os meninos na mesa, não dá para comer nem um — Falei me abaixando para pegar os lanches. 

      — Você não reclamou que eu derrubei sua preciosa batata frita? Então ‘tá aqui, comprei uma das suas porcarias favoritas — Me entregou um e eu peguei feliz, o abraçando em seguida. Dei um beijinho na sua bochecha e ele logo limpou o lugar, reclamando, o que me fez rir. 

Chegamos na mesa e todos os meninos já estavam lá, incluindo Jaemin e Yeji. Sentei-me do lado de Renjun, que com a aproximação, me empurrou de leve, o que me fez quase cair em cima de Jaemin, que estava ao meu lado. Chinês agressivo do cacete. 

Dei uma risada nervosa para disfarçar e abri meu lanche, começando a comer. Os meninos conversavam sobre os treinos do time e como eu não estava muito interessada, apenas comia minha batata. Fui ficando com sono da desgraça e me encostei no ombro de Renjun. 

      — Ih, sai fora preguiçosa, quem mandou ficar acordada até três horas da manhã assistindo anime — O chinês começou a implicar comigo, mas vendo que eu não sairia, se deu por vencido e continuou conversando. 

      — S/N noona! — Ouvi Jisung gritando meu nome e me sentei rapidamente, prestando atenção no garoto. — Como foi sua viagem? 

      — Foi muito boa, Sungie. Foi bom revisitar o Brasil depois de um tempo — Respondi com prontidão. Eu me mudei do Brasil para a Coréia depois que meu pai recebeu uma promoção de trabalho. Minha mãe sumiu do mapa depois que eu nasci, mas desde criança eu ainda recebia algumas cartas dela e algumas “mesadas” – que era mais uma pensão do que mesada –, até que recebemos o testamento nas nossas mãos. 

      — E a faculdade deixou você ir? — Yeji perguntou surpresa e eu apenas assenti com a cabeça. 

      — Nós estávamos em recesso, lembra? — Perguntei a minha amiga, que fez uma expressão de que tinha lembrado. 

      — Enfim, vocês souberam que o diretor irá levar algumas salas para acampar? — Mark se pronunciou e nós ficamos confusos. — A minha sala já ficou sabendo, então a próxima será a de vocês — Apontou para a 00 line – que contém eu, Yeji, Jaemin, Renjun, Jeno e Donghyuck. 

      — Tomara que a minha sala também vá — Chenle se pronunciou, abrindo seu segundo toddynho. Jisung concordou com ele. Mesmo Jisung e Chenle serem de idade diferentes, sempre estavam juntos, por terem virado amigos ainda bem novos. 

O sinal tocou, que significava que teríamos que nos separar. A 00 line iria para o prédio B, Mark iria para o prédio D, Chenle e Jisung para o prédio A. 

Yeji e eu fazemos biologia, enquanto o resto dos meninos fazem música e são do time de basquete. Mas enquanto a 00 line está no terceiro ano de faculdade, Mark está no quarto, Chenle no segundo e Jisung no primeiro. 

As aulas passavam bem rápido, então eu pude ir para casa logo. Chegando em casa, eu fui recebida com um abraço do meu pai, Lee Donghae, que tinha chegado bem mais cedo do trabalho. 

Subi para meu quarto, colocando minha mochila em cima da minha cama. Fui para o banheiro, pronta para um banho relaxante, então optei pela banheira. 

Eu sei que pareço mesquinha e riquinha metida agora. Mas eu juro que não sou. Meu pai é um empresário muito grande, minha mãe era fotografa e diretora de filme. Além de que meu avô materno é bem rico. Essa é umas das casas da família e acabou que quando eu nasci, ficamos com ela. A família de minha mãe acabou por criar um apego muito grande com meu pai, minha irmã e meu irmão, então quando nasci e a minha progenitora se deu por sumida, a família nos acolheu e sempre nos ajudou, principalmente em minha criação, do meu irmão e da minha irmã. 

Sai do banho e troquei de roupa, colocando uma blusa preta do meu irmão e uma calça de seda vermelha. Passei creme no meu cabelo e desci para comer. 

      — Ei! Essa não é a minha camisa? — Hyunjae disse assim que me viu. 

      — Roubei ela, depois devolvo. Ficou confortável para mim. Aliás, boa tarde para você também — Dei um beijinho na sua bochecha e ele voltou a comer. 

Servi meu prato e comecei a comer, de vez em quando respondendo meu pai e meu irmão sobre a faculdade e como estava indo. 

Quando terminei de comer, lavei meu prato e talheres, dei boa noite para todo mundo e fui para o meu quarto, escovando o dente e indo dormir. E lá estava eu, pensando em Jaemin de novo.