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História My future with you - supercorp - Encontro


Escrita por: HarmonizerAna

Notas do Autor


Heey gays!!



Boa leitura!!

Capítulo 14 - Encontro


Fanfic / Fanfiction My future with you - supercorp - Encontro

O entardecer daquela sexta-feira se aproximava, trazendo consigo tons pasteis. A brisa amena e o tom de mistério que combinava perfeitamente com o que vinha se passando no interior da loira. Kara havia ficado todos aqueles dias pensando na conversa com Lena e, remoendo, diga-se de passagem, o fato que ela teria um almoço com aquele homem praticamente desconhecido. Um encontro.

E isso vinha a consumindo. O primeiro encontro de Lena não poderia acontecer perante aquelas circunstâncias e a mulher já tinha um plano detalhadamente elaborado em sua mente, faltando apenas colocá-lo em prática. E é claro, conseguir que Lena aceitasse.

Olha para os dois lados antes de girar a chave na fechadura. Estava muito animada para o que pretendia.

Lena estava de olhos fechados, sentadas em frente a mesa de centro e parecia fazer uma oração. Uma Kara saltitante adentrando o local que vinha sendo um alento para as duas. A loira senta no chão ao lado da morena que, abre um dos olhos só para constatar se era quem ela pensava ali mesmo. Apenas por descarrego de consciência, já que o perfume da médica era inconfundível.

Assim que acaba o que estava fazendo, Lena volta o olhar para a outra que sorri brilhantemente. Trazendo Lena para perto de si com um toque suave em seu queixo, deixando um beijo demorado e estalado nos lábios carnudos.

- Vai me contar o que está acontecendo? – Lena pergunta com seus lábios quase encostados nos de Kara, que crispa os seus próprios – Pensa que não percebi? Você está estranha durante a semana inteira.

- Eu sou estranha, honey – Coloca uma mecha de cabelo que caía sob o rosto de Lena, atrás de sua orelha.

Lena arqueia uma de suas grossas sobrancelhas e Kara sorri, se rendendo.

- Tá bom – Se senta com pernas de índio, endireitando sua postura – Eu admito... Que venho planejando algo – Conclui animada – Só preciso do seu... Sim? – Sorri travessa, recebendo um olhar desconfiado em troca – Você confia em mim? – Se levanta, estendendo sua mão em direção a morena que a analisa por vários minutos, por fim soltando um suspiro arrastado, antes de aceitar.

Encara os olhos azuis e a expressão de alegria no rosto da mais velha. Como poderia dizer não? Era totalmente rendida por Kara Danvers.

 

(...)

 

- Isso não vai dar certo.

Lena andava de um lado a outro em seu quarto enquanto Kara cobria vários travesseiros com o edredom de Lena, simulando o corpo de uma pessoa deitada sob a cama. A loira também estava deveras nervosa, mas confiante em seu plano. Já a morena dos olhos verdes parecia a ponto de ter um ataque cardíaco.

- Vai dar certo – Se vira parando frente a Lena, pegando as mãos dela entre as suas e trazendo para o seu próprio rosto, forçando-a gentilmente a ficar parada e a encará-la – Eu venho pensando sobre isso quase desde que cheguei aqui. E... Eu só preciso que confie em mim, tudo bem?

- Você não está fazendo isso por conta da lista, está? – Kara faz uma careta e Lena continua – Kara... Eu não acredito nisso. É sério que...

A loira a beija rapidamente, interrompendo a fala de Lena.

- Como eu disse... Já vinha pensando em uma forma de nos dar um passeio de verdade. A lista de mentirinha foi só um incentivo a mais.

Lena suspira totalmente derrotada. O que mais quis durante anos foi ter uma oportunidade daquelas. E agora que a tinha diante de seus olhos, balançava-se em uma corda bamba. De um lado o desejo de liberdade oprimido e do outro o medo. Não por si, mas por Kara. Temia que pudessem ser pegas. Ramsay poderia fazer o que quisesse consigo, mas não com Kara. Jamais com Kara. Jamais uma segunda vez. O erro não se repetiria.

Percebendo o fluxo intenso dos pensamentos que pareciam nublar a mente de Lena, a médica continua.

- Seu tio foi para o raio que o parta hoje cedo e só voltará para o bendito almoço – Começa a listar todos os prós que via na possibilidade daquela saída.

- Foi ver o xamã que visita todos os fins de semana – Lena completa, prendendo o riso.

Kara dá de ombros.

- Que seja. O importante é que não está aqui para nos deter. Eu tenho um carro com gasolina suficiente, dinheiro e um roteiro infinitamente agradável para seguirmos... Você daria a honra de sua ilustre presença a essa humilde médica? – Kara dá um passo para trás, fingindo uma reverência e Lena nega com a cabeça, sorrindo apaixonada.

Poderia ser um tola em matéria de assuntos do coração. Mas não duvidava que estivesse tendo a melhor das tutoras.

Segura na mão de Kara, a trazendo para si em um abraço apertado. Descansa o rosto entre o vão do pescoço perfumado. Seus corpos pareciam se encaixar um no outro perfeitamente. Quando Lena estava dentro daquele abraço sentia que o mundo a sua volta desaparecia. Não existia Ramsay. Não existia medos ou dificuldades. Existia apenas ela e a loira e o sentimento que as rondava.

Sentia que poderia haver uma luz no final do túnel.

- Obrigada Kara – Agradece do fundo de seu coração.

- Pelo quê? - Pergunta em um sussurro.

- Por ser a minha luz – Pode sentir os músculos faciais da loira se contraindo em um sorriso e o braços apertando-se mais ao seu redor.

O plano brilhante de Kara consistia em estacionar o carro na garagem, a qual havia sido aberta para ela há poucos dias e que na verdade era mais como um galpão. A loira fingiria estar limpando e tirando alguns apetrechos do carro e quando os seguranças mudassem de posto, seria a hora de Lena agir, se direcionando até lá e escondendo-se no amontoado de lençóis que Kara havia preparado no banco de trás.

E assim foi feito. As mãos de Kara soavam no volante quando parou frente ao grande portão de ferro. Um dos seguranças que ficava de guarita ali, se aproxima, debruçando sobre a janela do motorista onde o vidro estava aberto.

- Senhorita Kara – Cumprimenta – Vai sair?

- Sim – Mexe nos óculos de grau nervosamente – Surgiu um assunto... Importante na cidade. Vou ficar fora por algumas horas – Coça a cabeça – É... Caso eu não volte hoje, ou volte somente pela madrugada, como faço para entrar?

O homem abre um sorriso malicioso e totalmente desnecessário na visão de Kara. Pelo visto, ela havia feito a mente do rapaz viajar por lugares pecaminosos, mas pouco se importava. Preferia que ele pensasse que estava indo ter uma noitada fora, do que pudesse sequer imaginar que estava “sequestrando” a sobrinha do chefe.

- Deixarei o portão destrancado para você – Pisca um dos olhos em direção a loira que sorri amarelo. Colocando o carro em movimento na estrada.

Após ter percorrido pouco mais de um quilômetro, segundo suas contas. Kara para o carro no acostamento, puxando o freio de mão. Volta-se para o banco detrás puxando o grosso lençol preto. Lena estava deitada entre o banco traseiro o os bancos da frente. Os olhos verdes se abrem indo em direção aos azuis.

- Bem-vinda ao seu primeiro encontro – Sorri sem jeito enquanto a ajudava a sair dali.

 

(...)

 

- Está nervosa? – Pergunta ao juntar suas mãos e perceber a umidade no toque da morena. Elas haviam acabado de sair do carro que Kara deixara estacionado perto de um café. E agora caminhavam por uma das ruas mais iluminadas de Ennis. A escuridão já mostrava sua supremacia no céu, dando lugar as luzes para brilhar.

- Um pouco.

- Quer voltar para o carro até se sentir mais confortável?

Lena nega veemente com a cabeça.

- Eu posso fazer isso. Só... Não solte minha mão.

E em momento algum Kara o fez. A morena caminhava encantada enquanto admirava cada estabelecimento. Cores. Pessoas. Cheiros. Era tudo novo e diferente. Um diferente muito, mas muito bom.

Aos poucos o nervosismo foi dando lugar a curiosidade e Lena se familiarizava com o ambiente. Parecia um sonho que estivesse ali. Já haviam comido salgadinhos típicos da região. Tiraram várias fotos. Consumiram latas de refrigerante e até mesmo algodão doce. Acima de suas cabeças uma cortina de lâmpadas pendia por todo o caminho da pequena viela que fazia divisa com o riacho e dava para a ponte de tamanho mediano.

Na metade do caminho elas encontram um senhor em uma mesa portátil que parecia ter sido posta naquele instante. Ele tinha uma espécie de jogo.

- Boa noite garotas. Querem fazer as honras? – Aponta para o pequeno tabuleiro – São apenas duas moedas de 50 pennys. (N/A: no reino unido não existe centavos/cents. Se diz Penny).

Lena parecia curiosa e Kara não teve coragem de não satisfazer sua curiosidade.

O jogo consistia em escolher um dos furos sob o tabuleiro e afundar o pequeno lacre que revelava um número e consequentemente o brinde que você receberia.

- Número 34 – Lena diz.

O homem puxa um papel do bolso, observando-o por alguns instantes. Puxa um saco que só agora Kara percebeu estar presente ali e tira de lá um urso de pelúcia da cor creme, com um lacinho azul claro no pescoço. Os olhos da morena brilham instantaneamente e Kara se derrete com a cena de Lena abraçando o ursinho.

Quando chegou sua vez, a loira não pareceu tão afortunada. Ganhou um porta CDs com um grande trevo de quatro folhas desenhado nele. Um forte elemento da cultura local e que com toda certeza se dava ao dia de São Patrício e suas simbologias.

Enquanto faziam o caminho de volta até o veículo, um homem passa apressado por elas, trombando com Lena que foi segurada habilmente pelo mesmo. Nos poucos segundos que a mão do homem havia ficado junto a sua, Lena pode vislumbrar.

Kara a puxa pela cintura para perto de si, enquanto encarava o homem de cara feia.

Lena por sua vez ponderava ou não se deveria falar. Entrelaça sua mão a de Kara, decidindo por dizer.

- Você tem um bilhete de loteria no bolso?

O homem encara Lena sem nada entender, mas concorda com a cabeça.

- Jogue-o – Sorri simplista. Cumprimentando-o com um aceno de cabeça antes voltar a caminhar com Kara ao seu lado.

- O que foi isso?

Lena dá de ombros sorrindo tristemente. A normalidade não parecia lhe cair bem por tanto tempo.

- Parece que não posso ser... Eu mesma por muito tempo.

- O que quer dizer? – Diminui os passos.

- Que não posso ser apenas Lena. O... Meu outro lado sempre vai aparecer – Kara para de andar, virando-se para Lena que se arrepende de ter iniciado aquele diálogo. Não queria estragar o clima – Está tudo bem. Finja que eu não disse nada. Por favor? – Fecha os olhos assim que as mãos macias encontram as maçãs de seu rosto – É apenas... Cansativo. Está tudo bem – Assegura novamente.

Kara continuava em silêncio. Seus dedos tracejavam todas as linhas da face de Lena com imenso carinho.

- Como eu poderia deixar pra lá? – Traceja a linha do nariz afilado – Como posso deixar qualquer coisa que diz respeito a você, para lá? Além do mais... Não há nada de errado com você Lena. Vamos começar por aí. Não existe anormalidades, existe que... – Acarinha seus ombros, descendo pelos braços. Até que chegasse em suas mãos – Você sente as coisas com mais intensidade. Sua sensibilidade é maior que a das outras pessoas e não há nada de errado. Você entendeu?

Lena tinha os olhos marejados. Acena com a cabeça. As orbes verdes brilhavam tanto quanto as estrelas. E para Kara olhar dentro daqueles olhos lhe trazia tanto contentamento como olhar o céu acima delas.

Já dentro do carro, kara se deixa sucumbir ao desejo que vinha reprimindo durante boa parte da noite.

- Eu estava doida para fazer isso – Comenta ofegante assim que separa suas bocas, colando suas testas.

- E por que não fez? – Pergunta e um sussurro.

- Achei que pudesse se sentir envergonhada ou pouco confortável para demonstrar esse tipo de afeto em público.

Lena sorri para a perfeição que era aquela mulher. E para o quanto ela parecia se importar com cada mínimo detalhe relacionado a ela.

- Pode fazer agora – Afunda uma das mãos no cabelo da loira que a puxa para si em um beijo reconfortante no início e que acabou tomando proporções perigosas e inesperadas.

As mãos de Lena passeavam instintivamente na cintura bem desenhada da loira que por conta de sua posição, acabou fazendo a camisa que usava subir, deixando sua barriga a mostra. Movida pelo desejo recém descoberto e por impulsos que nem sabia que tinha, Lena desliza os dedos inquietos pela pele quente, muito quente.

 

Kara também se deixava levar pelos impulsos. Beija o pescoço de Lena observando as reações. O corpo se contraiu levemente abaixo de si, assim como os pelos naquela região se eriçaram. Faz uma trilha de beijos molhados, passando pela mandíbula perfeitamente desenhada, até que chegasse novamente aos lábios que tanto desejava.

Lena segurava o suspiro audível que quis sair de seu nariz quando a língua de Kara entrou em contato com a sua outra vez, de um modo bem mais enérgico que das vezes anteriores. Lena desliza as unhas no abdômen de Kara, que solta um alto suspiro.

Os lábios de Lena eram o mar desconhecido e a língua quente da loira era o explorador que queria desbravá-la com afinco, viajando por entre os sentidos da morena que reagiram em um lugar um tanto quanto inusitado. Fazendo-a soltar um gemido abafado. O que pareceu acordar Kara para a realidade. Fazendo-a se separar da mulher rapidamente.

- Oh meu Deus. Me desculpe – Se senta ereta em seu banco. A uma distância segura – Me desculpe Lena... Eu... Passei do limite.

Lena a imita, sentando-se reta em seu banco. Negando com a cabeça. Kara não olhava em sua direção e tinha as bochechas extremamente vermelhas.

- Você... Não beijou sozinha. Sabe disso... Não é? – Pergunta brandamente e Kara baixa a guarda. Os ombros tencionados relaxam. Os olhos culpados se arrastam em sua direção e Lena abre um lindo sorriso – Só... Vamos com um pouco mais de calma, daqui em diante.

- Certo. Me desculpe mesmo assim. Eu... Tenho um pouco mais de experiência, deveria me policiar mais... Hum... já está tarde... – Diz travando a tela do celular e o depositando de volta no vão entre os bancos – Acho que nós deveríamos...

- Sim – Concorda antes mesmo que a loira pudesse completar.

A loira se prepara para dar partida no carro, tomando o caminho de volta. As duas mantinham sorrisos contidos em seus rostos, enquanto aproveitavam simplesmente a companhia uma da outra.

O que sentiam uma pela outra era muito mais forte do que a química poderia explicar com suas reações. Ou a física com seus fenômenos. O que sentiam ia além de qualquer explicação racional. O laço que vinham construindo e a conexão que tinham era forte, pois vinha de dentro. Vinha de anos. Vinha de uma conexão de almas. Que não se pode explicar, mas era sentida como um turbilhão de areia no deserto.


Notas Finais


~emojis de foguinhos flamejantes com esse final~ kkkkkk


Até mais...


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