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História My future with you - supercorp - Nova moradora


Escrita por: HarmonizerAna

Notas do Autor


Heey gays!!




Boa leitura!!!

Capítulo 2 - Nova moradora


Fanfic / Fanfiction My future with you - supercorp - Nova moradora

No outro dia, acordou se preparando para mais uma monótono manhã, mas quão grande não foi a sua surpresa ao contemplar o jardim através das vidraças da janela de seu quarto e avistar um carro de um modelo antigo, porém, muito bonito, parado na grama. Teve vontade de rir das habilidades do motorista, decerto deveria vir de uma selva de pedra para não se doer em estacionar seu veículo ali em cima, danificando a folhagem. Suspira por fim, deveria ser somente outro de seus tantos “clientes”, mas tão cedo assim?

Faz sua higiene matinal do modo mais demorado que consegue. Se veste com uma roupa casual. Um vestido rodado da cor azul celeste e detalhes de renda branca em suas extremidades. A parte de cima era transparente e exibia o corpete preto que Lena usava por baixo.

Um cinto preto adornava sua cintura, assim como os sapatos estilo boneca da mesma cor.

Senta-se em sua cama fechando os olhos, iniciando a primeira oração do dia. Ela fazia cinco.  No início por pressão do homem, depois se habituou a simplesmente agradecer.

No entanto, nem sua mãe, durante o breve tempo que tiveram juntas, nem Ramsay depois de sua partida, doutrinaram Lena para que seguisse qualquer religião. Sabia que havia bem e mal. Pessoas boas e ruins que faziam escolhas. Era mais ligada a acreditar na energia das auras, nos cosmos, no universo e a ser sempre grata a Deus e a tudo isso pela sua vida e pelos seus dons espirituais.

- Amém.

Se levanta saindo do quarto, começando a descer as escadas lentamente. O casarão era enorme e imponente, por isso só acabava cruzando com o tio durante as refeições. Mas ao descer o último degrau e rumar para a sala de jantar, pode ver, entre a fresta da porta entreaberta seu tio sentado no sofá de couro do escritório dele, com a manga da camisa levantada e o medidor de pressão no braço. Mãos extremamente brancas, envolta de um jaleco e que com certeza eram femininas, moviam-se habilmente. Lena sente seu coração se apertar. Mas não adentra o cômodo, poderia ser duramente repreendida. Até mesmo na frente de quem quer que estivesse ali. Seria uma médica? Mas porque seu tio precisava de um médico?

Lena se lembra dos curativos e bengala do dia anterior e a hipótese agora parecia fazer sentido. Dá de ombros indo, por fim, tomar seu café da manhã.

Acabaria sabendo sobre o que se tratava de qualquer jeito.

No escritório a loira acabava de examinar o homem e mesmo sem nenhum exame, já havia concluído com a anamnese que ele precisaria de um longo tratamento. O teste glicêmico havia dado acima dos 160. Acusando o diabetes, que só se confirmou com o ferimento no braço do lorde que disse haver caído no dia anterior. Estava mais para um arranhão, não havia passado da primeira camada da pele, e a cicatrização já deveria ser notável e não estar vermelha e úmida daquela forma.

- Pelo que já pude notar, os resultados não são os melhores senhor Ramsay. Por acaso vem sentindo tonturas? Fraqueza? Alguma confusão mental?

- Não sou demente.

- Acredito que não. São apenas perguntas de praxe. Mas preciso que me responda com sinceridade, para que possa lhe dar um diagnóstico preciso.

- Tonturas. Sim.

- Certo – Diz anotando alguma coisa em sua prancheta – O seu exame glicêmico mostrou resultados exorbitantes. E bem acima de média do que seria considerado aceitável para um adulto.

- Está querendo dizer...

- Que o senhor provavelmente esteja diabético. Com 99.9% de certeza. É o que causou a tontura que possivelmente resultou em sua queda, estou certa? – Pergunta recebendo apenas um olhar avaliativo – Sua escuta cardíaca também me preocupou senhor Ramsay – Continua – Há quanto tempo não faz um check-up?

- Sou um homem saudável. Nunca precisei. Acho que alguns anos.

- Anos? – Pergunta estridente – Eu posso fazer o curativo de seu ferimento, mas não posso fazer muito sem recursos, seria bom que fosse até a cidade fazer alguns exames, provavelmente ficará internado para que tenha maior comodidade e se minhas suspeitas quanto ao seu coração se confirmarem nos exames precisará de monitoramento contínuo. Poderá fazê-los na clínica em que trabalho, temos todo tipo de equipamento, inclusive obrigada por nos contatar.

- É inviável.

- O que?

- Que me ausente por tantos dias assim, mesmo que seja para ir a Ennis. É inviável.

- Senhor Ramsay... A cidade não fica tão longe assim e espero que entenda que...

- Quanto recebe naquela clínica? Chega a dez? Talvez doze mil libras? Eu pago o dobro. O triplo se for necessário. Mas quero fazer todo e qualquer exame aqui. Se precisar de tratamento você ficará responsável. Posso ceder um quarto na casa para que se sinta mais à vontade.

Kara estava encarando o homem como se ele tivesse três cabeças. Havia mesmo ouvido tal absurdo? Ele a queria como uma cuidadora em tempo integral? Uma médica particular. Aquilo além de mexer com seu ego, mexia com seu juramento ao aceitar a medicina anos atrás. Como poderia salvar vidas concentrada em um só paciente? Não era médica de um só paciente.

- Acho que não entendi. Um trabalho intermitente?

- Veja doutora... – Se esforça para ler o nome bordado no jaleco branco – Doutora Danvers. Dinheiro não me falta. Não digo isso por soberba. Digo para que fique ciente de que quando digo que posso pagar o triplo para tê-la aqui e que prefiro assim por questões de comodidade e outras razões que não me convém dizer agora, estou falando sério.

Pelos vários seguranças ao redor da casa, Kara sabia que o que ele dizia era verdade. Só estava chocada demais para encarar a realidade. Ganhava menos de sete mil libras por mês e a possibilidade de poder ganhar mais e nas circunstâncias que ele lhe impôs era tentador.

- Tenho algo a resolver agora. Mas estarei de volta em alguns minutos. Então poderá cuidar de meu curativo e me dar uma resposta. E doutora Danvers – Diz antes de sair – Precisará assinar um contrato de confidencialidade. Nada do que ver aqui dentro poderá sair.

Kara continua encarando o nada depois que o homem se vai. Achava que pessoas assim só existissem em filmes. Bom, apenas o clã Kardashian. Mas este é um caso à parte.

O que poderia haver demais naquela casa? Uma coleção de objetos estranhos que um homem estranho colecionava? Pensando bem, já havia lido coisas bizarras na internet sobre um homem que colecionava bonecas humanas que desenterrava dos cemitérios da cidade.

Se perdeu em teorias por alguns minutos até que entediada por estar a tanto tempo ali parada, resolve sair do escritório, para esticar as pernas, no intuito de refazer os passos até a entrada. Coincidentemente, uma melodia harmoniosa vinha de um cômodo ao lado do hall de entrada por onde havia passado. Kara vai até lá a passos leves, sentindo-se cada vez mais inebriada pela música.

Uma mulher tocava o piano maravilhosamente bem, diga-se de passagem. A habilidade que ela parecia ter com os dedos era impressionante. O cabelo caía em cascatas negras pelas costas cobertas pelo tecido delicado azul. Kara se aproxima mais, não resistindo a vontade de poder vislumbrar o rosto da desconhecida.

Quando pareceu chegar no que parecia ser o ponto alto da música. A mulher levanta a cabeça, tinha os olhos fechados e parecia se entregar de corpo e alma a melodia.

Kara admirava o perfil bem desenhado juntamente a pele extremamente branca. Tudo ali se misturava em completa harmonia. Mas foi quando a melodia terminou, e que parecendo sentir os olhos sobre si, a mulher vira o rosto para o lado de Kara, exibindo duas grandes esmeraldas que fizeram Kara prender a respiração. Aquela era definitivamente uma das mulheres mais lindas que já havia tido a oportunidade de contemplar.

Já Lena estava em choque pelo susto.

- Quem é você? – Levanta do banco de modo afoito. Encara a mulher dos pés a cabeça. Mesmo com o jaleco branco por cima, podia-se notar seu físico bem delineado. A cintura fina. Os ombros largos.

O rosto era estranhamente familiar para Lena. Mesmo que tivesse plena consciência que nunca havia a visto antes. A boca carnuda prendeu a atenção de Lena por alguns instantes, mas não tanto quanto os olhos azuis intensos.

- K-Kara Danvers – Kara acorda de seus devaneios, tirando Lena dos dela – Sou Kara Danvers – Estica a mão frente ao corpo – A possível futura médica de seu avô.

Lena encara a mão estendida, em sua direção, para depois encarar Kara.

Não.

Apenas por uma vez, queria ser uma pessoa normal. E se tocasse em sua mão, poderia ver e saber coisas das quais não queria. Não ainda. Não sem que saíssem daqueles lábios rosados. Seria como estar invadindo a privacidade da loira.

- Avô? Você quer dizer Ramsay? – Cruza os braços e Kara acena com a cabeça, recolhendo a mão de modo sem graça – Ele é meu tio. Tio-avô.

- Oh. Entendo – Coça a cabeça. Por que estava tão intimidada diante da mulher? – Sua família deve ser grande...

Comenta em uma tentativa de puxar assunto.

Lena solta o esboço de uma risada. O suficiente para deixar Kara cativada pelo som.

- Na verdade, não – Responde simplista.

Outra bola fora. Kara pensa. Que mulher difícil.

- Você toca muito bem e me desculpe pela intromissão. Ouvi a melodia e não pude evitar de segui-la.

Lena dá de ombros.

- Tudo bem. Já estou acostumada com plateias.

- Oh. Você toca profissionalmente? – Pergunta realmente interessada.

Antes que pudesse responder, outra voz ressoa atrás delas.

- Vejo que já conheceu minha sobrinha – Lorde Ramsay diz, parando ao lado de Kara que sorri sem mostrar os dentes.

- Pensei em pegar um ar livre e acabei sendo pega de surpresa pela música – Explica.

O velho homem olhava de uma para a outra e se estivessem em um cartoon. Uma pequena lâmpada teria se acendido acima de sua cabeça. Olhando bem para a médica, ela poderia ser uma ótima companhia para sua sobrinha. Lena precisava de uma personalidade feminina além de Celeste para se inspirar. Assim, quando fosse a hora de arranjar um casamento para Lena e deixá-la encaminhada na vida, seria mais fácil.

- Lutessa, esta é Kara Danvers nossa talvez nova moradora e médica – Começa as apresentações. A médica faz uma nota mental para guardar aquele nome. Lutessa. Era até bonito. – E Kara esta é minha sobrinha, Lutessa Ramsay Luthor.

- Moradora? – É a única palavra que Lena consegue proferir em choque. Nem se deu ao trabalho de tentar corrigir seu tio, odiava o nome Lutessa, preferia mil vezes Lena.

- Se assim ela aceitar. E então Doutora Danvers. Já tem uma resposta para nos dar?

- Eu... – Começa confusa, seus olhos vão até os verdes enigmáticos rapidamente. Enigmas que Kara se sentiu tentada a desvendar – Eu aceito.


Notas Finais


Devo dar continuidade??

beijos de luz


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