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História My future with you - supercorp - Pergunta sem resposta


Escrita por: HarmonizerAna

Notas do Autor


Heey gays!

Obrigada pelo feedback no ultimo cap!
Cá estou eu com mais um capítulozinho para vocês!

Boa leitura!!!

Capítulo 3 - Pergunta sem resposta


Nova moradora. Nova moradora. Nova moradora. Essas palavras se repetiam como um mantra na mente de Lena. Desde que a loira havia saído de sua casa após dar uma resposta positiva dois dias atrás.

Uma nova moradora. Um alguém que não fosse Celeste ou seu tio ou os seguranças mal encarados. Perambulando pelos corredores da mansão. Apesar de ter fugido do toque de Kara, havia conseguido sentir, sabia que ela era boa, sua aura transmitia boas vibrações e isso a acalmava. No entanto, começava a enlouquecer com a possibilidade de conviver com outro alguém. Não tinha habilidades sociais nenhuma. Estava nervosa e principalmente, ansiosa para a chegada de Kara aquela tarde. E também determinada a não deixar seu quarto, a não ser para ir ao santuário, como seu tio gostava de chamar o local onde faziam suas reuniões ou cativeiro particular na concepção de Lena.

 Não se conteve em olhar pela janela no momento em que ouve o carro parando frente ao casarão. Com a ajuda do segurança Kara começa a tirar um verdadeiro aparato médico do porta malas, abrindo uma das portas traseiras minutos depois para retirar uma única mala de tamanho mediano e uma necessaire, o que Lena presumiu serem suas coisas de fato.

Como se sentisse os olhos verdes queimando sobre si, Kara vira o rosto em direção a uma das janelas do quarto de Lena, que estava fechada, mas ainda assim, se podia ver a silhueta da morena através do vidro, Kara desejou estar mais perto para contemplar os olhos verdes hipnotizantes, contentando-se em sorrir e acenar.

Lena sente o coração disparar, ativando seu modo defesa, fecha as cortinas rapidamente, sem menção alguma de retribuir o gesto de Kara que agradeceu por estar usando óculos escuros, assim ninguém veria sua expressão de decepção ao levar outro vácuo da morena.

Pelo visto, não era tão bem-vinda assim naquela casa.

Um mini consultório foi montado no andar de baixo com algumas máquinas portáteis que Kara havia dado duro durante aqueles dois dias para conseguir com os colegas de profissão. Depois de aprontar a sala e deixa-la no jeito para receber o lorde, Kara seguiu Celeste, que agia como uma guia, explicando a ela sobre como funcionava a rotina na casa e os cômodos mais importantes. Um deles chamou a atenção de Kara. Uma porta de madeira muito bonita, com vidraças coloridas acima dela e que Celeste fez questão de passar direto como se nem existisse. Elas sobem as escadas direcionando-se para o ultimo quarto do corredor que ficava de frente para outra porta. Esta de cor branca, como a maioria das peças na casa.

Antes que Kara perguntasse, Celeste responde.

- Naquela porta ali fica os aposentos de Lena. Vocês serão vizinhas de quarto.

- Lena?

- Sim. A sobrinha do lorde Ramsay. Oh... – Fala como se tivesse acabado de se lembrar de algo – Ele deve tê-la apresentado como Lutessa – Diz e Kara concorda com a cabeça – Ela prefere Lena. Mas não a chame assim ainda, deixe que diga. Tenho certeza que será uma boa companhia para Lena. Ela é sempre tão sozinha. Será bom ter uma amiga.

Kara segura a vontade de debochar daquela afirmação. Amigas...

Lutessa ou Lena, seja lá como preferia ser chamada não fazia questão de mostrar simpatia a ela, e ao andar da carruagem Kara poderia dizer que não passariam de estranhas uma para outra. No máximo colegas, que se suportam.

Já começava a se arrepender de ter aceitado aquela proposta. O que havia ido fazer ali mesmo? Puxa uma longa respiração, olhando ao redor do cômodo. Nem se deu conta de quando ficou sozinha. Celeste deveria ter mais o que fazer naquela casa enorme do que ser sua babá.

Desejando ocupar seu tempo até que tivesse que ir colocar a mão na massa, Kara começa a desfazer a única mala que havia levado, a decoração era rústica e sucinta. Uma cama de casal de madeira com detalhes esculpidos desde a parte traseira até a cabeceira. Um criado mudo na mesma tonalidade, um guarda roupas antigo e dois quadros com paisagens pintadas a tinta óleo.

Kara tinha trazido apenas o estritamente necessário. Algumas camisetas babylook, calças jeans, calças de moleton e alguns blusões para usar na hora de dormir. Algumas horas depois, já estava devidamente trajada com seu jaleco, estetoscópio, esfigmomanômetro e seu óculos de grau. Na sala do primeiro andar montada exclusivamente para seu mais novo paciente.

A bateria de exames começou com um eletrocardiograma, que como Kara suspeitava, revelou o ritmo cardíaco descompassado. Fez mais alguns exames, os que haviam sido possíveis de montar no consultório improvisado.

- O senhor tem sentido dores no peito? Coração acelerado? Tonturas?

Dizia enquanto ouvia a escuta cardíaca do homem.

- Sim, para todas as perguntas.

- Senhor Ramsay – Diz inconformada, o que arrancou um riso do homem – Por que não procurou um médico antes?

- Não tenho tempo. Preciso cuidar dos negócios. Já ouviu falar que o olho do dono é que engorda a boiada? E também tenho que cuidar de Lutessa.

- Tenho certeza que pode fazer todas essas coisas e ainda sim, arrumar um tempinho para se cuidar. E Len-Lutessa – Se corrige no último instante – me parece bem grandinha para cuidar de si mesma.

- Sou um homem que batalhou muito para estar no status que mantenho hoje, tenho recepções diárias, inclusive, poderá juntar-se a nós qualquer dia desses. Se souber ser discreta – Diz em um tom de mistério Kara que estranhou. Mas nada disse.

- Err... Tenho certeza que seria muito agradável senhor. Obrigada pelo convite – Responde incerta – Sente dor quando faço isso? – Dá algumas batidinhas no quadrante direito de sua barriga. Ele nega com a cabeça – Ainda não irei receitar nenhuma medicação sem um hemograma completo. Colherei seu sangue pela manhã e irei a cidade para deixar no laboratório. Também irei aferir sua pressão todos os dias no mesmo horário pelos próximos dias, para ver se está hipertenso. Também irei...

- Uma coisa de cada vez criança – Diz de forma despreocupada e Kara segura a vontade de bufar. Ele não percebia a gravidade da situação?

- Certo. Tenho mais algumas perguntas e então o senhor já estará liberado, por hoje. Só poderei lhe dar um diagnóstico preciso amanhã, com todos os exames em mãos.

- Obrigada doutora – Diz endireitando sua roupa e vestindo o smoking – Nos vemos amanhã – Se apoia na bengala – Pedirei a Celeste que leve seu jantar ao quarto – Decreta.

- Obrigada – Kara responde fazendo uma reverência. No entanto, sentiu-se um pouco incomodada com o excesso de hospitalidade. Deveria ser assim que pessoas extremamente ricas se comportavam, certo?

Balança a cabeça, não querendo se ater aquela linha de pensamentos. Não havia mal nenhum em ser bem tratada.

Tira o jaleco, apoiando-o em seu antebraço e sai do consultório já não vendo nenhum sinal do lorde. Caminha até a cozinha a passos cansados, queria pedir a Celeste junto ao jantar uma jarra com água e um copo para deixar em sua cabeceira.

Ao adentrar o cômodo o cheiro de Salgadinhos dos mais diversos tipos espalhados nas bandejas posicionadas em fila em cima da grande mesa de madeira.

- Oh... Olá Doutora – Celeste enxuga as mãos em um pano de prato parecendo se surpreender com a presença da loira ali.

- Pode me chamar apenas de Kara, Celeste. Não precisa ser formal comigo – Ela sorri mostrando que havia entendido – Já estou de subida – Diz sob o olhar quase incomodado da cozinheira – Só vim pedir uma jarra de água para minha cabeceira. Você poderia providenciar isso para mim. Eu mesma levo, não quero lhe importunar.

- Infortúnio nenhum, senhorita Kara, pode ir descansar tranquila, levarei junto ao seu jantar.

Kara assente em concordância, por fim desejando boa noite a mulher e rumando em direção ao seu quarto. Observa a porta de Lena por alguns minutos. Ainda fechada. Sente uma certa frustração ao constatar que não a veria mais durante aquele dia.

Celeste não demorou a bater à porta, ato que se repetiu com a morena no quarto a sua frente. Kara come até lamber os dedos. Aquilo estava divino.

Depois do banho, deita no colchão macio, deixando seus nervos descansarem. Não sabe ao certo quando se entregou de vez aos braços de Morfeu. Que acabou abandonando-a em dado momento da noite.

Abre os olhos ouvindo o ressoar de uma sinfonia de insetos do lado de fora. Encara a janela entreaberta, estremecendo com o frio que vinha dali, logo percebendo o que havia a acordado. Vai até o guarda roupas buscando outro edredom.

Sorve um pouco do líquido ao lado de sua cama, encara as horas em seu celular.

- Uma e vinte e cinto - Sussurra franzindo o cenho para a claridade, resolvendo sair do quarto apenas para ir ao banheiro que ficava no mesmo corredor.

Assim que faz suas necessidades, lava as mãos aproveitando para fazer o mesmo com o rosto. Arruma brevemente o cabelo frente ao espelho do toalete, saindo em seguida.

Seu coração dispara em questão de segundos ao encarar novamente o corredor e dar de cara com costas brancas, envoltas de um vestido de gala também branco que caia em cascatas em seus ombros e braços. Os cabelos estavam presos em um coque e ela caminhava em direção ao quarto.

- Lena? – Não resiste a vontade de chamá-la. Esquecendo-se do pequeno detalhe de ainda não terem sido apresentadas desta forma.

A morena estanca no lugar, os ombros estavam caídos e ela olhava para o chão. Se sentiu amedrontada por alguns instantes, antes de cair sem si. Era a tal médica dos olhos azuis intensos que haviam mexido com seus nervos durante a manhã.

- O que disse? – Se vira de frente para ela. O ponto de luz estava exatamente acima de Lena, Dando a Kara total visão de sua fisionomia. O olhar enigmático aparentava estar exausto. Olheiras jaziam abaixo de seus olhos e ela aparentava ter tido um dia muito ruim ou de muito trabalho.

- Você está bem? – Kara pergunta sem filtros mais uma vez por influência da curiosidade mesclada a verdadeira preocupação. Lena parecia esgotada – Me desculpe – Pede parecendo cair em si – Ouvi Celeste lhe chamando de Lena e bem... É menor que Lutessa. Não que haja algum problema em dizer, é apenas mais... – Lena continuava a fitando com os verdes cansados, mas ainda sim penetrantes. Desconcertando Kara – Me Desculpe – Dá um passo à frente e depois outro, ficando lado a lado com a mulher. Teve a impressão de ouvir sua respiração se alterar, mas devia ser só impressão mesmo.

Lena nada diz e Kara suspira preparando-se para entrar em seu quarto, porém antes que concluísse sua ação a voz rouca interrompe.

- Pode me chamar de Lena – Começa parando na soleira da porta do próprio quarto, ficando frente a frente com Kara que se virou para fitá-la – Se... Eu também puder lhe chamar de Kara, Doutora Danvers... – Desvia os olhos rapidamente sob as cochas descobertas de Kara, para voltar a olhar diretamente em seus olhos.

Kara abre um largo sorriso.

- Definitivamente sim. Doutora apenas quando eu estiver dentro daquele jaleco. Fora dele sou apenas Kara.

Faz-se um estranho silêncio.

- E... Obrigada por perguntar – Lena diz dando um quase imperceptível sorriso de canto, mesmo assim, os olhos ávidos de Kara conseguiram capturá-lo e guardá-lo em sua memória.

Antes que pudesse se dar conta do enredo Lena dá um passo para trás, fechando a porta com uma força que fez a loira dar um pulo. Ou talvez só estivesse distraído demais.

- Boa noite... – Fala perdida, encarando o objeto de madeira a sua frente.

Lena Ramsay Luthor havia sorrido para ela. Sim... aquele pequeno esboço de sorriso, foi o suficiente para deixar Kara feliz e permaneceria assim pelo resto da noite se não houvesse voltado para a pergunta inicial. Sente uma aflição se mesclar aos sentimentos de alegria, Lena não havia respondido sua pergunta.

Lena não parecia bem.

E assim dormiu novamente perdida entre devaneios, perdida na aparência cansada de Lena e na curiosidade. O que ela fazia acordada tão tarde da noite? E por que parecia estar tão esgotada?


Notas Finais


Será que Kara conseguiu quebrantar o coração da Lena um pouquinho? kkkk


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