POV LAUREN
Acabei de deitar na cama, Camila ta trocando de roupa, e eu ainda to esperando saber o que ela me falar, sim, ela ainda não falou, eu até perguntei algumas vezes, mas ela fugia, e dizia que depois falava, ouvi essa frase umas quinze vezes durante o dia, eu já pensei em tudo, tudo mesmo, mas eu não fazia ideia do que podia ser, Camila chegou no quarto e eu analisava seu belo corpo, camisola preta deveria ser considerado crime nesse corpo. Ela se deitou ao meu lado e desligou seu abajur e a luz do quarto, o que? Ela não ia falar? Ah, vai sim.
-Amor. – chamei e ela respondeu com um som nasal. – Você disse que queria conversar comigo, ainda to esperando. – ela virou seu corpo e me olhou intensamente.
-Não sei se foi uma boa ideia, esquece isso, tudo bem? – ela beijou meus lábios, eu não ia deixar que ela não falasse, era assim, a gente estava juntas tínhamos que compartilhar as coisas, foi isso que aprendi pelo menos.
-Amor, foi uma ótima ideia, pode falar. – eu disse e ela me analisava com cuidado, o que essa mulher queria falar? Parecia ser sério demais, pra ela estar com todo esse receio pra me falar.
-Se você não quiser me fala, ta bom? – ela disse e eu assenti. Ela pareceu ponderar por alguns segundos. – Eu tava pensando, e sabe eu fiquei muito tempo com a Claire esses dias, e eu, sabe, ela é um amor, e eu vejo o jeito que ela é com você e tal... – ela parou.
-Camz, não enrola. – eu disse e ela bufou, beijou meus lábios com carinho.
-Eu quero um bebê, um bebê só nosso, um filho com você, Lauren. – ela disse e eu estava em choque, êxtase, qualquer coisa, menos no meu normal. – Amor, fala alguma coisa. – Camila disse acariciando meu rosto. – Se você achar que está cedo, tudo... – beijei seus lábios com todo o carinho, é óbvio que eu queria, um filho com Camila só iria fazer nossa felicidade aumentar.
-Você tá falando sério, não é? – perguntei pra ter certeza, eu tinha lágrimas nos olhos e por todo meu rosto.
-Claro que eu to, eu te amo e acho que um filho com seus olhos correndo pela casa só de frauda seria ótimo. – ela disse e me beijou ternamente.
-Prefiro que tenha seus olhos, ei, e se for uma menina, minha filha não vai namorar, Camila, não mesmo. – eu cruzei os braços e já estava sentada na cama, Camila sentou no meu colo e fez carinho no meu rosto.
-Não pensa nisso agora, mas eu acho que ela terá alguns namoradinhos. – Camila disse com tom brincalhão e eu virei o rosto. – Olha pra mim. – eu o fiz. – Teremos um filho, ou filha. – ela disse e a carranca desapareceu do meu rosto, e agora o sorriso machucava, de tão grande que era.
-Eu te amo. – eu disse beijando seus lábios com carinho, a deitei na cama ficando por cima dela e dando mais intensidade ao beijo. Camila me empurrou levemente pelos ombros.
-Eu também amo você, mas ainda está de castigo. – ela me deu um selinho e me empurrou na cama fazendo eu deitar e se aninhando em meu corpo, ela ainda não esqueceu essa história de castigo? – Boa noite, Lo. – ela beijou meu ombro, não rolaria nada mesmo, nem pra comemorar.
-Boa noite, Camz. – eu beijei seus cabelos e me entreguei ao sono, sonhei com vários bebês.
(...)
Manhã seguinte e eu acordei com uma felicidade que não era normal, liguei o som da sala e comecei a dançar, sozinha mesmo enquanto fazia o café da manhã, eu tinha que alimentar Camila direito agora, logo ela vai carregar nosso bebê em seu ventre.
-O que você ta fazendo? – Lucy perguntou entrando na cozinha, estava sem Claire, então minha pequena ainda deve estar dormindo.
-Café da manhã. – eu respondi enquanto mexia os ovos.
-Por que acordou cedo? – perguntou se sentando na mesa.
-Não consegui dormir direito. – respondi, acordei oito vezes durante a noite e ficava observando Camila até dormir novamente, eu estava feliz e elétrica demais pra conseguir dormir.
-Tá tudo bem? – ela perguntou se aproximando.
-Bem demais, Lucy, eu e Camila vamos ter um bebê. – eu disse e a garota se espantou mais logo depois abriu um grande sorriso.
-Camila está gravida? Por que não me disse que estavam tentando engravidar? – ela perguntou batendo no meu braço.
-Ela ainda não está, mas vai ficar, logo. – desliguei o fogão e Trumpets do Jason Derulo começou a tocar. Eu tinha tanta energia no meu corpo que não sabia como esvazia-la, puxei Lucy pra sala. – Dança comigo. – eu não pedi, só afirmei e comecei a dançar desajeitadamente com Lucy, a girava e ela começou a rir junto de mim, minha alegria estava contagiante, beijei seu rosto e continuamos a dançar. – Eu vou ser mãe, Lu. – ouvi ela rir baixinho.
-E vai ser a melhor mãe do mundo. – ela puxou meu rosto e ficou na ponta dos pés pra poder beijar minha testa.
-O que estão comemorando? – Ian descia as escadas com Claire no colo.
-Lauren e Camila decidiram ter um bebê. – Lucy disse e eu fui pegar Claire, Ian me parabenizou, meus irmãos desceram e eu contei a novidade pra eles, Taylor ficou feliz demais, mas Chris me olhava com uma cara estranha.
-O que achou, Chris? – perguntei e ela estava pensativo.
-Você pode me emprestar o bebê? Atrai mulheres. – ele disse e todos caíram na gargalhada.
-Eu não vou emprestar meu filho pra você paquerar. – eu disse e ele sorriu de forma doce.
-Bom, pelo menos eu tentei. – Camila chegou na cozinha e eu olhei pra ela, admirando-a.
-A cara de idiota ficou maior ainda. – ouvi Lucy comentar, mas nem liguei.
-Se tá assim sem ela ainda estar grávida, quando estiver eu não quero nem ver. – Ian disse, e eu ainda estava olhando minha latina, que me olhava com carinho.
-Você contou pra eles? – ela perguntou e eu pensei que talvez ela pudesse se chatear, talvez queria ter contado junto comigo, ou pior, talvez tenha mudado de ideia, meu corpo estremeceu com essa possibilidade.
-Desculpa, eu devia ter esperando você, e ter falado com você hoje, talvez tenha mudado de ideia. – eu mal terminei e Camila estava sentada no meu colo beijando meu rosto milhares de vezes.
-Eu não mudei de ideia, amor. Não vou mudar, quero começar uma família com você. – ela disse e selou nossos lábios, com carinho e afeto. Quando nos separamos o grande sorriso estava em meu rosto novamente.
-Você são uma gracinha juntas. – Taylor disse e eu não conseguia desviar os olhos de Camila, eu a amo tanto, meu peito chega a doer com o tanto que infla quando estou junto dela, eu conseguia sentir os batimentos cardíacos afoitos nas pontas dos meus dedos, e agora, eu amava um pequeno futuro, amava um futuro incerto, mas que eu sabia que seria cheio de surpresas.
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