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História My Happy Ending! - Capítulo 67: Contrato


Escrita por: StaHeartphilia

Notas do Autor


Demorei um pouquinho, mas, chegay!
Pouquinho?! Ok, demorei muitão...
A reforma na minha casa ainda não terminou, por isso ainda estou com problemas para escrever. Também tive um probleminha com este capítulo, tive que refazê-lo mais de uma vez e mudei o nome deste 3 vezes, até ficar como eu queria... ainda acho que esqueci de alguma coisa, enfim...
MAS, estou chegando a pontos da história muito importantes e usei este capítulo como uma introdução à eles, talvez tenha ficado objetivo demais, apesar de 4000 palavras... Também usei ele para alimentar o ódio de vocês para com o Rogue!haha...

MUITO OBRIGADA A TODOS OS COMENTÁRIOS E FAVORITOS <3 e pela paciência, claro!haha... (Precisa de muita para esperar eu atualizar a fc haha)
Boa leitura e me perdoem pelos erros :)

Capítulo 67 - Capítulo 67: Contrato


Fanfic / Fanfiction My Happy Ending! - Capítulo 67: Contrato

As panelas jogadas na pia, o cheiro de queimado e o telefone nas mãos da azulada indicavam tudo, ou melhor, indicavam absolutamente nada, que nada havia sido feito para o almoço. As cortinas estavam abertas para que o odor de queimado saísse e o fogão parecia um campo de guerra, pois, na ânsia de tirar as panelas do fogo, Aquarius havia espalhado comida para todo lado.

Aquarius e Michlle, que até então discutiam sobre o almoço, silenciaram a cozinha ao verem Natsu descer pelas escadas com os cabelos molhados e uma camiseta nas mãos. Antes de seguir até onde elas estavam e sem perceber que estas o observavam, ele se vestiu e continuou em passos lentos, distraído com seus pensamentos ainda focados no que acabara de acontecer.

Dificilmente uma mulher não o notaria, como Lucy sempre dizia, ele era lindo por dentro e por fora, algo que se destacava ainda mais naquele momento, com a camiseta verde que havia colocado, que por conta do corpo ainda molhado, tinha ficado justa as suas medidas. As duas ficaram paralisadas ao verem-no e ele sorriu envergonhado.

 

- Me desculpem, sei que não estou na minha casa e... – As duas apenas negaram com a cabeça e desviaram seus olhares uma para a outra.

- Senta aqui! – Aquarius puxou a cadeira ao seu lado.

- Então... – Michelle continuava a olhar para a mãe – Mamãe é um desastre na cozinha e queimou o almoço, vamos pedir alguma coisa. – Ele pediu permissão para se sentar e se juntou a elas – Tem alguma preferencia?

- Posso ajudar se quiserem. – Olhou para o fogão um tanto descrente da bagunça que havia nele, não podia discordar da opinião de Michelle sobre Aquarius – Se não se importarem, posso fazer alguma coisa pra gente comer.

- Você cozinha? – A mais nova o questiona sem acreditar naquilo que ouvira.

- Sim, tive que aprender muito cedo a me virar. – Se levantou estrelando os dedos – Inclusive, eu adoro cozinhar. – Disse risonho.

- Meu Deus, do mundo que você veio tinha mais exemplares? – Todos riram.

 

Após conferirem tudo o que tinha nos armários e na geladeira, Natsu decidiu fazer panquecas e foi almejado por palmas pelas duas que pareciam curiosas para vê-lo em ação. Era uma das coisas mais rápidas e práticas que ele podia fazer com o que havia ali.

Por viver praticamente sozinha, já que Michelle estudava fora, Aquarius não mantinha um estoque muito grande nos armários. Depois da chegada de Lucy, ela ainda tentava se acostumar com isso.

 

- Preciso registrar este momento! – O rosado só viu o flash da câmera refletir no vidro do fogão. Ao ver sua prima, percebeu que ansiedade era coisa de família, já que Lucy sempre se mostrara muito ansiosa também.

- Bem... – Lhe entregou uma assadeira - Natsu, eu vou levar a Lucy ao médico amanhã para começar um acompanhamento do qual ela já deveria estar fazendo. – Ele assentiu enquanto misturava os ingredientes em uma vasilha – Gostaria de ir conosco? – Ele a olhou por cima dos ombros, surpreso pelo convite lhe feito.

- Eu posso? – Foi à vez de Aquarius se surpreender. O receio nos olhos dele fez com que ela se lembrasse por tudo o que ele e Lucy haviam passado.

- Mas é claro que pode. – Sorriu gentil – Você é o pai da criança, tem todo o direito.

- É... – Ela o viu sorrir sem jeito - Não estou acostumado a ser tratado bem pela família dela. – Voltou à atenção ao que fazia – Não sabe como fico feliz em saber que vou poder acompanhar ela e o crescimento do nosso bebê.

- O resto da família não é como o Jude. – Argumentou vendo-o concordar – Sinto muito pelo que passaram, não deve ter sido fácil. – Michelli a olhou sem entender sobre o que falavam – Gostei de ouvir você dizer “Nosso bebê”!

- Eu não esperava ser pai tão cedo, mas, confesso que estou tão animado quanto ela. – Entristeceu o olhar - Tenho certeza que se a mãe dela estivesse viva, ficaria do nosso lado. – Suspirou pensativo – Pelo menos, não a deixaria a mercê dos desejos daquele monstro que por um acaso é o pai dela.

- Com certeza. – Colocou a mão sobre o ombro dele – Tenho certeza que Layla ficaria muito feliz de saber que vocês se encontraram.

- Eu acho que a conheci. – Disse se distraindo ao começar a fritar as panquecas.

- Como assim você “acha”!? – Hesitou em perguntar, mas estava curiosa para saber.

- Eu me lembro vagamente de uma mulher muito parecida com a Lucy. – Aquarius tirou a mão de seu ombro e se sentou a mesa. Natsu se manteve em silêncio por alguns minutos e depois continuou – Eu a vi poucas vezes, mas...

- Mas?! – Ele ficou quieto e negou com a cabeça.

- Nada, esqueça. – Lembrou-se da chave que fora lhe dada, por um minuto, teve vontade de perguntar sobre, era o que precisava para saber se aquela mulher era mesmo a mãe de Lucy ou não. Mas, por conta de tudo o que viveram, achou melhor deixar este assunto pra lá. Ele já havia encontrado a pessoa certa, a chave não tinha mais importância.

- Huuum que cheiro bom! – Natsu olhou para trás e deparou-se com Lucy à porta – Meu estomago tá implorando por comida! – Choramingou fazendo bico.

- Ainda bem que o Natsu estava aqui. – Michelle comentou com um riso divertido nos lábios – Se dependesse da mamãe, não comeríamos hoje. – Olhou para o rosado que terminava de rechear as panquecas para colocá-las no forno – Você tem sorte prima, além de lindo e educado, ele sabe cozinhar. – Lucy riu do comentário.

- Você tem razão, ainda procuro algo em que ele não seja bom. – Comentou distraída olhando pra ele apaixonada.

- Huuuuum... Bom em tudo é?! – Perguntou com um olhar malicioso - Então ele deve ser bom de cama também. – A loira sentiu seu rosto queimar instantaneamente.

- Ai, você parece minha amiga Erza dizendo isso! – Caminhou até ele e o abraçou por trás ainda com a face corada – Essa criança vai nascer com cara de panqueca se a minha vontade continuar assim.

- Já estou terminando. – Deu-lhe um beijo rápido – Só mais alguns minutinhos.

- Hey! – Lucy encarou a prima com os olhos arregalados.

- O que foi? – Sorriu comprimindo os ombros – Foi só uma foto!

 

Lucy On:

É difícil compreender o que estou sentindo quando você nunca experimentou a sensação de estar presa. Mesmo que as algemas que me prendem sejam invisíveis, sinto-as me apertarem a todo o instante. Aquela liberdade era envolvente, eu estava me sentindo leve, feliz como nunca imaginei que poderia estar outra vez. Não havia hesitação, minha mente e meu corpo podiam agir como quisessem. Estar ao lado do Natsu sem precisar reprimir meus sentimentos é simplesmente mágico.

De fato, minha vida havia mudado radicalmente após conhecê-lo. Demorei um pouco para compreender, para ver que o rostinho bonito pelo qual fiquei encantada desde o primeiro dia, já não era apenas um “rostinho bonito”. O sentimento que tinha me tomado por completo criou forma assim que senti seus lábios nos meus. Posso dizer que hoje, este amor foi além, transcende qualquer sentimento bom que exista, me faz rir do nada, sem motivos. Amá-lo é apenas parte de algo infinitamente maior e caloroso que eu tive a oportunidade de poder conhecer e sentir. Aquele sorriso é tudo o que eu preciso, acho que eu poderia passar o dia todo olhando para ele, que ainda assim, não me cansaria. Penso que a partir do momento em que ele virou meu mundo, eu já toquei a felicidade.

Havia apenas uma preocupação em mim, mas, eu não queria deixá-lo preocupado também, não neste momento em que compartilhávamos de algo tão verdadeiro e gostoso.

Sentada à mesa, pude ver a alegria expressada em seus olhos, aqueles olhinhos semicerrados emoldurando um sorrido cheio de vida. Ele e minha tia colocaram os pratos na mesa e quando me dei conta, uma panqueca já me esperava em meu prato.

Natsu sentou-se ao meu lado ainda sorrindo, aquilo me tocou de maneira especial. Mesmo escutando a conversa entre eles e respondendo ao que me perguntavam eu continuava a me sentir nas nuvens. Sua mão tocou meu ombro e despertei do meu transe de “excesso de felicidade”. Aquilo não parecia real diante da nossa confusa e difícil realidade.

 

- Está tudo bem? – Ele perguntou receoso.

- Sim... – Sussurrei, vendo o olhar de reprovação de Aquarius.

- Eu não vou poder ficar o dia todo hoje com você. – Ele disse com a boca cheia – Tenho que dar uma explicação para a Mira por ter abandonado o serviço e falar com Gray que não parecia muito bem ao telefone.

- O que aconteceu com ele? – Eu estava com tantas saudades do pessoal.

- Juvia ou Silver, eis a questão! – Respondeu-me arqueando as sobrancelhas – Ele não me disse.

- Então Natsu, você disse trabalho? – Ele assentiu a pergunta que a minha tia lhe fizera – Estava trabalhando aonde?

- Estava ajudando uma amiga que tem um restaurante. – A maneira como falava e me olhava em seguida, exibindo proteção e carinho em seus olhos, fazia-me derreter.

- Entendo... – Nos olhou um tanto curiosa – E sobre o casamento, onde pretendem morar?

- Em um apartamento em Magnólia. – Respondeu sem dar muita importância à pergunta, mas, minha tia pareceu se interessar – Vamos dividi-lo com outro casal a principio. Não é como a mansão de Jude Heartfilia, mas, é bem espaçoso.

- Qualquer lugar, contanto que seja com você, está bom pra mim. – Encostei a cabeça em seu ombro.

- Quer mais uma? – Apontou o garfo para a sexta panqueca que comia.

- Não. – Falei baixinho, colocando as mãos sobre meu estomago – Estou um pouco enjoada, mas, estava uma delicia.

- Pelo menos fome você não vai passar ao lado dele. – Gargalhei vendo minha tia cutucar Michelle após seu comentário.

 

Ao terminarmos o almoço, Natsu se ofereceu para ajudar a lavar a louça, mas, Aquarius não permitiu. Segundo ela, ele já havia feito o almoço, tinha “salvado o dia”.

 

- Eu vou, mas, amanhã eu volto! – Me envolveu em seus braços – Adorei o almoço em família!

- Eu também. – Toquei meus lábios nos seus e o senti iniciar o beijo. Suas mãos me puxaram com força contra si e enquanto uma subiu até minha nuca e outra pousou sobre meu bumbum, apertando-o. Suspirei e um sorriso apareceu em sua boca ao nos separarmos.

- Você estava fantástica hoje. – Me abraçou carinhosamente – Eu te amo Luce! – Falou baixinho em eu ouvido causando-me um arrepio.

- Eu também amo muito você. – Deslizei minhas mãos pelo seu rosto – Até amanhã.

 

Despedimo-nos e o acompanhei com os olhos até o momento em que o carro de Igneel desapareceu do meu campo de visão. Dizer um “até mais” parecia doloroso aos meus olhos, como se um pedaço de mim, estivesse indo com ele. Talvez estivesse...

Encostei a porta e encontrei um olhar preocupado me fitando. Eu sabia o que aquilo queria dizer, assim como sabia que iria ser repreendida.

 

- Não cotou a ele, não é? – Perguntou-me com ar de repreensão.

- Não tive coragem. – Sorri ao me lembrar da manhã que tivemos – Eu não queria estragar o que parecia perfeito.

- Eu sei, mas,... – Pegou em minhas mãos – Ele é o pai, ele é o seu namorado, que me parece ser um homem muito responsável e carinhoso.

- Tenho certeza de que está tudo bem comigo e com o bebê. – Lágrimas se formaram em meus olhos – Amanhã eu converso com ele.

- Tudo bem. – Abraçou-me – Amanhã quando formos ao médico, quero que diga o que aconteceu. – Assenti cabisbaixa – Não é apenas pelo bebê, mas, também pela sua saúde.

/Lucy Off

 

[...]

 

A porta do escritório é aberta e o som desta desperta o rapaz de feição séria e mal-humorada. Seu pai se senta ao seu lado, lhe oferece um cigarro e o encara a espera de respostas. O rosto rude logo se desfaz e um sorriso presunçoso no canto dos lábios aparece.

 

- O que foi? – O rapaz acende o cigarro e lhe devolve o isqueiro.

- Quem deveria perguntar isso sou eu. – Guardou o objeto no bolso – Por que a minha agenda estava aberta no numero do Midnight? – Viu-o revirar os olhos – O que queria com um detetive particular?

- Não confia mais no seu filho? – Respondeu-lhe com outra pergunta.

- Nem sempre você dá motivos para isso! – Sua maneira ríspida de responder tirou o sorriso que o outro mantinha até então.

- Eu o contratei para um serviço. – Respondeu-lhe o que parecia óbvio.

- Qual serviço? – Aproximou-se com certa curiosidade – Já que isso vai sair do meu bolso, quero que me diga.

- Tá legal. – Mostrou sinal de rendição - O contratei para seguir Natsu Dragneel. – Viu seu pai se levantar e olhar para os livros da estante.

- Não quero que faça nenhuma besteira contra esse moleque! – Colocou uma das mãos na cintura e a outra levou o cigarro até a boca – Quero que me dê o presente que lhe entreguei na ultima semana, não é seguro ficar com ele.

- Tá brincando comigo né? – Alargou o riso.

- Eu lhe dei aquele brinquedo, mas, não quero que o use contra aquele garoto, use para sua proteção apenas. – Dizia com o indicador apontado para ele.

- Acha que vou atirar nele? – Riu sarcástico, porém, refletiu calado sobre a hipótese que ainda não tinha passado pela sua mente.

- Acho, isso vai depender do que descobrir. – Argumentou sensato – Aliás meu filho, o que quer tanto descobrir?

- Eu já descobri. – Arqueou as sobrancelhas, vitorioso – Eles estão se encontrando. – Viu o olhar surpreso do mais velho.

- A inteligência e a coragem daquele moleque são memoráveis! – Encostou-se a mesa, deixando o cigarro no cinzeiro – E então?

- Vou tirar aquele sorriso da cara dele logo logo... – Sorriu ao pensar em algo.

- A sua ficha já está suja. – Tomou a direção da saída – Seja lá o que for fazer Rogue, faça bem feito.

- Não se preocupe papai, eu vou fazer com que ele mesmo se deu mal. – Observou a fumaça do cigarro que jogara no cinzeiro com o olhar pensativo.

 

[...]

 

Olhando de fora, o Kanekus parecia completamente vazio, ouvia-se apenas a musica ambiente. Natsu e Gray chegaram ao Bar, sentaram-se no balcão e pediram uma garrafa de cerveja.

O rosado se manteve em silencio por um longo período, esperando que o moreno começasse seu desabafo, porém, ele mantinha seu olhar perdido no copo que segurava, como se estivesse pensando nas palavras que iria usar, algo que não se parecia com seu jeito despojado e despreocupado de agir.

 

- E então? – Aquele silencio já o estava irritando – Não me chamou aqui para ficarmos olhando para nossos copos.

- Claro que não. – Bufou de olhos fechados – Você já tem tantos problemas e ainda tem tempo pra me ouvir. – Tomou um gole e umedeceu os lábios – Quem precisa de super-heróis?! – Sorrio sem encará-lo.

- Oras, nós prometemos desde pequenos que por mais que tivéssemos caminhos diferentes, sempre teríamos um tempo para escutar o outro. – Sorriu da lembrança – Somos quase um casal. – O fez engasgar.

- Naquela época a gente mais brigava do que qualquer outra coisa. – Riram da controvérsia – A Erza sempre nos colocava nos eixos outra vez, nunca vou me esquecer de quando ela aplicou o castigo do banheiro.

- Q-Qu... – Agora foi a sua vez de engasgar com a lembrança embaraçosa – Até hoje digo que ela fez aquilo só pra ver a gente pelado.

- Eu não duvido nada. – Voltaram a rir – Aquela mente criminosa e pervertida!

- Como acha que vai ser? – Ele o olhou confuso – Quando formos morar todos juntos...

- Algo parecido com: “Eu sei o que vocês fizeram no verão passado!” – Respondeu bem humorado, havia até se esquecido do problema que o trouxera até ali – Só que sem as mortes e com muito barraco... Bom, as mortes talvez...

- Antes que eu te peça um favor que preciso, quero que me conte o que te aconteceu. – Colocou a mão sobre o ombro do amigo – Sem chorar. – Segurou o riso, arqueando as sobrancelhas.

- Impus ao meu pai uma condição para que possamos voltar a conversar. – Natsu sabia o tanto que eles eram ligados e estava ciente de como está briga estava afetando ambos – Quero que ele peça perdão a Ur.

- Acho que você fez o certo, era o que eu faria. - O viu apoiar o queixo sobre o punho.

- Será que ele terá coragem? – Questionou-o sem encará-lo.

- Por ele, talvez. – O olhou de lado – Por você, com certeza. – Ele sorriu satisfeito – Ele te ama Gray, vai fazer de tudo para te reconquistar, ele é teu pai!

- Eu só queria me distrair um pouco, lembrar o que ele fez, me magoa muito. – Encheu o copo dos dois.

- Eu sei, mas, eles não são perfeitos. – Baixou à cabeça, pensativo – Meu pai também errou, errou muito, eu teria todos os motivos pra culpá-lo. Eu poderia dizer que minha mãe foi embora porque não o aguentava mais, poderia tê-lo afastado de mim por ele ter “tirado” um pedaço da minha infância, eu poderia julgá-lo por ter sido um alcoólatra, mas,... – Suspirou, levantando a cabeça – Ele mudou, ele correu atrás, se transformou em outra pessoa, me deu motivos pra me orgulhar dele e me fez ver que até a parte ruim da minha vida, fez de mim o que eu sou hoje. – Bebeu o copo de uma vez só – Se ele fizer o que você pediu, perdoe-o.

- Valeu cara. – Fez sinal para a garçonete trazer outra garrafa – Acho que eu precisava ouvir isso.

- Agora é a minha vez. – Esperou que a garçonete se distanciasse - Tenho uma coisa pra te pedir. – Seu olhar mudou radicalmente – Quero que me ajude a montar um plano de fuga, algo que Hollywood vai querer copiar depois.

- O que está pensando? – Ficou curioso, interessando-se pelo assunto.

- É melhor você e seu pai voltarem a conversar, vamos precisar dele. – Sorriu misterioso.

 

Com muita insistência do amigo, o rosado resolveu lhe contar. Gray começou a escutar o que Natsu tinha em mente, ficando surpreso com a ideia louca do amigo. Pediram a Brain, dono do bar, um pedaço de papel e uma caneta, desenharam um mapa neste e fizeram uma espécie de distribuição de funções. Foram quase doze garrafas de cerveja até finalizarem o plano que mais parecia cena de um filme de suspense. Não deixaram nada escapar, tudo estava perfeitamente no lugar, não havia uma brecha ou chance para erros.

 

- Olha quem eu encontro por aqui! – Abraçou os dois com um sorriso aberto.

- Ultear... – Natsu lhe abraça, seguido de Gray – Nunca te vi por aqui.

- É... – Sorriu sem jeito – Não costumo sair muito de casa. – Fitou os papeis sobre o balcão – Por que não foi ver a mamãe ultimamente? – Direcionou sua pergunta ao moreno.

- Não estava me sentindo muito bem, eu queria resolver algumas coisas antes. – Desviou o olhar para o lado, vendo sentado a uma mesa próxima, um homem atento ao que eles faziam.

- Então Natsu, como você está? – Pergunta vendo-o sorrir de volta - Feio é que não é, posso ver bem isso. - O viu desviar o olhar envergonhado - Você fica ainda mais lindo quando faz isso! - Referiu-se ao estado rubro em que o rosto dele se encontrava.

- Estou bem.- Negou com a cabeça risonho - Você sabe me deixar sem graça. – Pareceu se lembrar do que ela lhe dissera quando se conheceram –  Ah, uma de suas previsões estava errada. – Ela o olhou surpresa – Você disse que eu e Lucy ficaríamos juntos, que eu faria faculdade, me daria bem nos negócios e só depois teríamos filhos. – Ela assentiu, como se ainda estivesse vendo aquilo outra vez nos olhos dele – Mas a Lucy está grávida. – Viu-a desfazer o sorriso – Algum problema?

- Não, fico muito feliz em saber disso. – Negou com um sorriso – Agora preciso ir. – Manteve o sorriso indiscutivelmente forçado - Passa de lá essa semana, quero conversar um pouco com você! – Disse com a mãe no ombro de Gray e o viu concordar – E Natsu... – Abraçou-o forte em silencio, antes de sussurrar algo que lhe pareceu ainda mais estranho – Eu nunca me engano! – Beijou-lhe o rosto e se afastou, dando-lhe a fria sensação de um arrepio.

- Relaxa, ela gosta de assustar as pessoas, deve ter ficado com ciúmes ao saber da noticia. – Ambos olharam na direção pela qual ela havia seguido - Tem um cara que sentou há poucos minutos atrás de nós e não estou gostando disso. – Gray comenta vendo o homem se levantar sorrateiramente – Parece que ele ouviu. – Natsu olhou para trás o reconhecendo.

- É o cara que me seguiu até Crocus, tenho certeza. – Se levantou rapidamente, deixando o dinheiro sobre o balcão, seguindo-o.

- Natsu espera! – Correu para a saída logo em seguida, encontrando o amigo parado a porta – E então?

- Pegou um taxi e sumiu. – Bufou com as mãos na cintura – Era ele, tenho certeza!

- Vamos embora. – Jogou a chave do carro nas mãos dele – Dá conta de dirigir? – Viu-o enrugar a testa – Ok, não está mais aqui quem perguntou.

 

[...]

 

Uma visita aguardava a chegada de Jude Heartfilia, que havia ido a um escritório de contabilidade naquela manhã ensolarada. Quando chegou à mansão, notou que alguém o esperava pelos carros estacionados a sua porta. Seu advogado havia sido chamado e as sombras indicavam mais quatro pessoas na sala de estar.

 

- Bom dia a todos. – Ao lado de seu advogado estavam John Redfox, seu filho Rogue, sua esposa e o advogado contratado por ele – Posso saber o que devo a honra de recebê-los tão cedo?

- Temos algo importante a tratar. – Sorriu sem humor.

- Claro, peço desculpas pela demora, eu não sabia que viriam. – Tirou o paletó, deixando-o em um suporte ao lado da porta.

- Este é o contrato do compromisso que assumimos, quero que o leia e o assine em seguida se estiver de acordo com os termos. – Jude tomou em suas mãos, colocou os óculos e se sentou para lê-lo. Um trecho deste estava grifado para que fosse dada maior atenção.

 

(...)

1.1. Cláusulas importantes sobre a cerimônia:

1.1.1. Cabe à família da noiva, custear o evento de matrimônio, que será realizado em 30 de setembro deste mesmo ano;

1.1.2. Cabe ao noivo escolher o local da festa e o destino da Lua de Mel;

1.1.3. Cabe a família do noivo, as despesas aleatórias como: convites, fotografia e filmagem, locação de veículos para locomoção e acomodação de convidados, etc;

1.1.4. Cabe á noiva, acatar as opções acima, evitar atrasos e objeções, não ingerir bebidas alcoólicas durante a festa e permanecer o tempo todo ao lado de seu noivo.

(...)

4.1. O acordo entre as partes estipula que:

4.1.1. O documento legal assinado, dará ao noivo o pleno direito de posse sobre o negócio;

4.1.1. O pai de Lucy Heartfilia não poderá intervir nas ações tomadas pelo seu conjugue.

5.1. Sobre o acordo financeiro firmado:

5.1.1. A Empresa (1) “Heartfilia e Cia” cederá a à Empresa (2) “Redfox Siderúrgicas” 50% de suas ações, dividindo também com esta, seus ganhos e lucros;

5.1.2. Fica firmado neste, que a divida obtida pela Empresa 1 até o presente, será quitada em 100% pela Empresa 2;

5.1.3. Lucy Heartfilia, única herdeira da Empresa 1, só poderá assumir uma colocação de diretoria na ausência ou falecimento de seu conjugue.

6.1. O que é de direito do noivo:

6.1.1. Com o acordo estabelecido e assinado, é de direito que Rogue Redfox usufrua de seu estado como conjugue de Lucy Heartfilia;

6.1.2. Suas decisões para com sua esposa não poderão sofrer intervenção do então responsável por ela;

6.1.3. Caso seja de sua vontade e em pleno gozo de seus direitos, este poderá romper o acordo.

6.2. O que é de direito da noiva:

6.2.1. Manter contato com a família e amigos;

6.2.2. Usufruir de subordinados em tarefas domésticas e auxiliares;

6.2.3. Receber parte dos lucros da Empresa 1 de acordo com a cota que retém desta.

(...)

 

Até mesmo para um leigo ficava claro que Lucy seria mantida em um cárcere privado pelo marido. O contrato que Jude segurava, nada mais era que “imposições” ao futuro de sua única filha. Em partes, ele descordava de algumas coisas, porém, decidiu assinar fazendo poucas perguntas antes disso.

 

- Isso me parece um tanto exagerado, minha filha não é nenhuma rebelde sem causa. - Enrugou a testa.

- Essas serão as condições iniciais, para evitar conflitos. - O advogado da família Redfox argumenta.

- E aqui diz que o casamento será em menos de dez dias. – Viu o rapaz assentir – O acordo não era novembro?

- Estou muito ansioso para viver uma vida feliz com a Lucy! – Respondeu sorrindo falsamente - Então, decidimos antecipar a data.

- Está mesmo apaixonado por ela... – Assinou o documento – Espero que muito em breve ela possa corresponder aos seus sentimentos, afinal, o motivo maior de eu aceitar tudo isso, não é financeiro.

- Mesmo que não tenha nos contado o que é, fico grato por confiar em mim. – John lhe estende a mão – Nossos filhos serão muito felizes!

- Que assim seja. – O cumprimentou.

- Seremos... – Rogue desviou o olhar para a foto de Lucy na parede, o único quadro em toda a sala – Ah como seremos...


Notas Finais


Bom, pra quem disse que era o Rogue quem havia mandado seguir o Natsu, acertou! Será que alguém consegue descobrir o que vai acontecer em alguns capítulos? Silver vai engolir o seu orgulho por causa do filho? Como será que vai ser a reação de Jude quando souber que Lucy está grávida?
Não vou aguentar, eu vou contar, no próximo capítulo, Jude vai usar seu último trunfo da história e contar parte do segredo que liga ele e Natsu... Não esperem algo feliz, porque não vai ser kkkkkkk...

Sobre o mangá das últimas semanas: foi mostrada a extensão do poder de Lacarde, Kagura fez uma participação razoável e Jellal deixou claro que Erza foi a responsável por torná-lo do bem (achei fofo, me deu vontade de fazer uma fic Jerza). A parte que gostei foi quando Lacarde fez a revelação de que Natsu é seu tio e irmão de Zeref, demonstrando ciúmes da consideração que este tem pelo irmão caçula. A reação de Sting ao saber quem o Natsu era me surpreendeu e sim... eu acredito que ele possa vencer Lacarde pelo tipo de magia que possui (que agora recebeu um bônus por causa do Rogue), ou pelo menos deixá-lo incapacitado... Quero ver o encontro entre Lacarde e Natsu e se isso não acontecer, vou quebrar a cara do Hiro kkkkkkkkk...
Você viram o OVA 8? Ainda está sem legendas, mas, já está disponível em uma qualidade mediana no youtube.Parece que a animação melhorou um pouco :)

Espero vocês nos comentários... Inté <3


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