Olivia estava sentada na arquibancada, ao lado de Betty, e alguns outros amigos. Era a final do campeonato de basquete. Olivia havia pintado a cara com as cores do time de Nicholas, a torcida vibrava a cada movimento dos jogadores.
A morena gritava e pulava a cada movimento que o garoto fazia. Ele era realmente o melhor jogador do time. Cinco segundos. Quatro. Três. Dois. E Vitória para o time da casa.
- EU SABIA – Olivia gritou e abraçou Betty. A torcida toda gritava e pulava.
Quando Olivia voltou os olhos para o campo. Viu algo que incomodou seu coração. Nicholas estava beijando uma das lideres de torcida. Ela sabia que o garoto tinha uma grande fama de mulherengo. Mas nunca havia visto. E por algum motivo, aquela cena a incomodou muito, fazendo com que sua expressão muda-se de alegria e empolgação, para insatisfação e indiferença.
- Oli, tudo bem? – Betty falou dando leves tapinhas em seu braço – Vamos, vamos – a rosada estava realmente animada – Vamos comemorar.
Olivia foi com a rosada e mais alguns amigos para a casa de um dos jogadores. Outra festa. Mas, agora Olivia já estava um pouco mais acostumada, e a sensação em seu peito, nem lhe dava espaço para se incomodar com o local.
A rodinha de amigos estava brincando de verdade ou desafio, mas Olivia apenas observava. Não gostava muito desses jogos.
- Vamos Oli, só um pouco – Betty a puxava.
Olivia estava relutante para não jogar, mas quando olhou para o lado, viu Nicholas abraçado com a mesma garota de antes. E por algum motivo, isso a motivou a se juntar a roda, e virar uma garrafa de uísque.
E passaram um tempo ali jogando. Até que não era um jogo tão ruim. A garrafa mal parava em Olivia, o que a livrara de ter que responder perguntas constrangedoras, ou de fazer algum desafio idiota. Até que, a garrafa parou em Olivia. Ela escolheu desafio. E a pessoa que estava do outro lado da garrada, a desafiou a tirar a camisa.
A garota se levantou rindo, deu mais um gole em sua bebida, e tirou sua camisa.
Os acontecimentos seguintes foram muito rápidos, e por ter bebido um pouco, os reflexos da garota estavam bem lerdos. Quando ela se deu conta, estava jogada nos ombros de Nicholas, ela debatia suas pernas e ria. Ele caminhava para fora do local. Parecia irritado.
-(0)-(0)-
- VOCÊ NÃO TINHA O DIREITO DE FAZER ISSO – Olivia falava apontando o dedo para o peito do moreno. Agora estavam em casa. Na sala. Ela ainda estava sem sua camisa, que havia perdido na confusão.
- Fazer o que Scarlett? – Nicholas nunca havia a chamado assim. Mas pelo tom em sua voz, Olivia percebeu que era bem pior do que quando ele a chamava de Swan.
- DE ME TIRAR DE LÁ – ela continuava gritando – EU TAVA BRICANDO.
- Você estava tirando a roupa Scarlett – ele falou sério.
- E DAI – ela gritou e deu vários tapas no peito do garoto.
- E dai que tava todo mundo te vendo – ele parecia bem irritado.
- E DAI – a garota gritou novamente.
- E DAI QUE AQUELES IDIOTAS ESTAVAM TE ENCARANDO, ENCARANDO SEU CORPO OLIVIA. ESTAVAM TE DESEJANDO!
- E PORQUE ISSO TE INCOMODA?
- PORQUE SIM – foi à única coisa que ele gritou – Não é nada agradável ver caras te desejando.
- E NÃO É NADA AGRADAVEL TE VER ENGOLINDO UMA LIDER DE TORCIDA – Olivia gritou, e logo se arrependeu do que havia dito. Porque aquilo lhe incomodava?
Nicholas ficou parado. Sem reação. Abriu a boca algumas vezes para dizer algo, mas não disse nada. Depois de um longo silencio, ele enfim disse.
- Porque Oli? – ele não gritava mais. Falava baixo, e manso. – Por quê?
- Não sei – Oli se sentou no sofá e abraçou uma almofada – Eu só – pausa – Não sei.
O garoto sentou-se ao seu lado, e puxou uma das mãos da garota, e a segurou. Ambos sentiram algo estranho. Um frio na barriga. Arrepios na espinha.
- Oli – ele falou baixinho, e a garota o encarou.
Eles ficaram ali. Em silencio. Apenas se encarando. Por um momento, a garota achou que ele iria beija-la. Mas estava enganada. Ele apenas ficou encarando seus olhos.
E então Olivia fez algo na qual se arrependeria completamente, quando o álcool deixa-se seu corpo. Ela simplesmente se aproximou do moreno, e o beijou. Ele se assustou com a atitude da garota, mas não se afastou. Segurou-a pela cintura, e retribuiu o beijo. Nicholas estava tentando ser um bom garoto. Mas era difícil resistir. Olivia estava ali. Na sua frente. O beijando. E o fato dela ainda estar sem camisa, não ajudava.
PUFT
Um barulho os afastou, olharam para o lado, foi possível ver a pequena Jullye correndo, correndo para o seu quarto.
- Merda – Olivia se levantou, quase caiu de tontura – Merda.
Nicholas ficou parado. Sentado. Tentava absorver tudo que havia acontecido.
Olivia saiu correndo atrás da pequena, mas ela foi mais rápida, e se trancou no quarto. A morena tentou chamá-la, mas sem respostas. Então Olivia apenas foi para seu quarto, se jogou em sua cama, fechou os olhos, e torceu para tudo aquilo desaparecer quando acorda-se. Foi fácil pegar no sono.
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