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História My Imperfect Puppet: Born To Die - Paralelo


Escrita por: lisbeth_wg

Notas do Autor


MINNA! DIGAM OLÁ! ( certo, chega disso autora -baka '-')
Voltando ao meu estado normal...(...)
Obrigada por todos os comentários, favoritos, criticas e frustrações postas aqui. Eu realmente fico grata com o reconhecimento do meu trabalho... E que trabalho hein! hauhauha
Certo.
Mais um capitulo para you's e espero intensamente que gostem!
Próximo -talvez - ainda nessa Quinta, aguardem :DD
Não esqueçam de mandar ideias, criticas ou algo assim... Fico agradecida!

Capítulo 21 - Paralelo


 

 

“— Haruno Sakura! Ande logo e venha cuidar desse guri, não está vendo que eu estou tentando fazer a comida? Querem morrer de fome por um acaso?

Sorri sem graça antes de deixar o livro que estava lendo sobre a pequena mesa de centro e me dirigir até a cozinha, onde Tsunade gritava euforicamente para um certo alguém parar de comer sua deliciosa comida Italiana.

Quando o aroma familiar de tempero estrangeiro adentrou em minhas narinas não pude conter o suspiro. Como Tsunade conseguia ser tão boa assim? E eu mal conseguia fazer um arroz? Era revoltante! Não, diria humilhante!

— Finalmente a Doutora Haruno conseguiu sair de sua caverna literária, ainda sabe se socializar? —Tsunade zombou de mim, da mesma forma que só ela conseguia, assim que entrei na cozinha.

Sorri mais uma vez, prendendo parte de meu cabelo antes que alguém começasse a arrancá-lo ou pintá-lo de outra cor.

— Desculpe, mas não é fácil ser alguém importante na vida. — Me justifiquei, olhando para todos os lados e não conseguindo encontrar o que meus olhos desejavam ver.

— Há, Há, Há. — Ela fingiu uma gargalhada totalmente sem graça. — Eu que o diga, esta sentindo minha falta? — E novamente Tsunade sorriu, enquanto mexia uma colher dentro de um pote.

E de fato, desde que Tsunade se aposentou, fiquei totalmente perdida naquele hospital.

Cocei a garganta ignorando Tsunade e seu olhar sugestivo.

Onde aquele garoto havia se metido?

— Ah, não acredito nisso! — Tsunade quase gritou, como se estivesse acabado de se lembrar de algo. Ela virou-se ainda segurando o pote de vidro em seus braços e seus olhos de mel voaram diretamente nos fundos da cozinha, exatamente na porta da sala de jantar.

— Droga... — Resmunguei fechando os olhos para não ver o estado em que se encontrava a expressão de Tsunade.

Antes que minha tia tivesse um surto, corri até a porta, que se encontrava entre aberta. Abri rapidamente e me deparei com a cena mais travessa de todo o universo.

— Akasuna no Hikari! Largue este pote imediatamente. — Coloquei as mãos na cintura exatamente como minha mãe fazia, a tantos anos atrás.

Hikari estava sentado no pé da mesa, com um grande pote branco de tomate entre as pernas pequenas, seu rosto corado ainda mais destacado enquanto uma de suas mãozinhas segurava uma brilhante maçã entre a boca, prestes a dar uma bela mordida na fruta.

Quando apareci diante dele, seus olhos de mel se elevaram até me olhar, piscando insistentes como grandes esferas brilhantes, enquanto seus cabelos vermelhos caiam sobre sua testa um pouco suja de tinta.

Era tão lindo.

Pigarreei e me certifiquei em lhe mandar o melhor olhar de uma mãe furiosa.

Um pouco relutante, ele deixou a fruta cair no pote, consequentemente respingando algumas gotas de suco no carpete extremamente branco.

Sim, era oficial. Tsunade nunca mais me convidaria para um jantar em família!

Fui até ele e o coloquei em meus braços. Ele olhou uma ultima vez para o pote no chão e para mim, logo tentando alcançá-lo com suas pequenas mãos ousadas.

— Nada disso, teremos uma conversa bem severa sobre não comer maçãs alheias... O que eu e seu pai falamos sobre a tia Tsunade?

Ele piscou suas esferas brilhantes mais algumas vezes e pôs um dedo na boca, parecia raciocinar.

— Nada boa. — Ele disse, com sua voz extremamente infantil e desleixada.

— Exatamen...

— O que você disse pro meu afilhado? — Tsunade rosnou, me interrompendo.

Consequentemente estremeci quando ouvi seu tom, dando meu melhor sorriso azedo para a loira que se materializava em minha frente. Hikari colocou as mãozinhas no rosto e se encolheu em meus braços, não querendo ver o que aconteceria.

— Nada... Quero dizer... er... hun, quando ficara pronto o jantar mesmo? — Desviei do assunto rapidamente, quase suando.

Eu e minha maldita boca grande!

— Ah... — Ela suspirou. — Já está pronto, só falta uma coisa. — Ela olhou para mim estreitando os olhos, como se quisesse que eu decifrasse seu olhar.

— O que?

— Limpe meu carpete mocinha, ou Hikari não terá direito a uma fruta se quer. Sim, nada boa não é mesmo? — Ela mexeu a colher de madeira em minha direção e sumiu pelas portas atrás de mim, com um enorme sorriso no rosto.

Suspirei, desanimadamente. Era para ser minha folga, não serviço extra!

— Está vendo o que essas mãozinhas fizeram mocinho? — Toquei em suas mãos com minha mão livre e ele sorriu, como se fosse divertido me ver limpando sua bagunça.

Droga, por que eu tenho que amar essa criatura linda acima de tudo?

Droga, por que fui ser mãe?

Sorri, sabendo que a resposta para minhas perguntas estava bem em meus braços, com seus olhos inexperientes. Como recusaria ter uma criatura tão linda?

— Pow! — Uma voz soou enquanto um longo dedo atravessa meus ombros e coincidia com o nariz pequeno de Hikari.

Olhei de soslaio para o lado, e mal pude reclamar. Deidara já tinha um ruivo sorridente em seus braços. Ele o erguia no ar como se quisesse jogá-lo de um prédio de quatro mil andares.

Algo ruim subiu por minha garganta, prestes a explodi-la, mas logo, retornou para o fundo de meu estomago, deixando um vácuo doloroso ali.

Não entendi aquilo, mas ignorei.

— Deidara! Quer matar meu filho seu idiota? Segure ele direito agora! — Tentei pegá-lo de suas mãos, mas Deidara foi mais rápido, saindo de perto de mim e girando Hikari no ar como se fosse um urso de pelúcia extremamente leve.

— Qual é rosadinha, não enche o saco, hun. Não ta vendo que o ruivinho ama o tio? Não é coisa vermelha? — Ele aproximou Hikari até seu rosto e fez cócegas com o nariz em sua barriga por cima do pano.

Hikari gargalhou.

— Estou vendo o tio maluco quase matando meu filho! Tenha mais cuidado, vai deixá-lo cair! — Quase gritei.

Tentei novamente pegar Hikari de seus braços, mas novamente Deidara se afastou rodopiando pela longa sala de jantar.

— Cruz! Não sei como o Sasori no Danna aguenta você... e pensar que um dia desperdicei minhas cantadas com essa rabugenta, não é coisa vermelha? hun.

— Dá para parar de chamá-lo assim? E...

— Calma Sakura, não está vendo que Hikari está se divertindo? — Alguém me interrompeu.

Aquela voz... Estremeci, como todas as vezes que ela entrava em meus ouvidos.

Olhei para trás um pouco assustada enquanto dois braços quentes envolviam minha cintura e um nariz ousado inspirava em minha nuca.

Olhei para Deidara, vendo Hikari gargalhar abertamente em suas mãos. Sabia que Hikari era um tanto fechado por natureza paterna, e era extremamente satisfatório vê-lo gargalhar tão alto.

Suspirei, vencida.

— Não acha que está sendo uma mãe protetora demais? — Ele sorriu discretamente apoiando o queixo no meu ombro direito, deixando sua respiração bater contra minha nuca.

Me virei para trás, sorrindo abertamente. Coloquei meus braços em volta de seus ombros largos e olhei em fundo seus olhos castanhos, ainda intactos, como sempre foram, como sempre me tiraram o fôlego.

— Precaução nunca é demais Sr. Akasuna no Sasori, ainda mais para meu único filho. — Sussurrei sugestiva.

Ele ergueu a sobrancelha esquerda e umedeceu o lábio inferior.

— Oh, claro... único filho... — Ele balbuciou, se aproximando ainda mais, colando meu corpo no dele. — Ainda acho essa frase extremamente irritante, que tal... mudarmos isso Sr. Akasuna no Sakura?

Sem delicadeza ele rompeu o espaço que existia entre nós, com um beijo desejoso. Selvagem. Sua língua se enroscava em meus lábios e o céu de minha boca, como um aspirador, me sugando cada vez mais para o labirinto de seu gosto.

Quente. Brilhante. Era assim que eu estava em seus braços.

— Vocês poderiam não se comer na frente da coisa vermelha? Ela vai ficar horrorizada vendo isso, a pior coisa do mundo é ver seus pais se comendo! Hun! — Deidara gritou.

Senti meu rosto se esquentar enquanto Sasori resmungava algo totalmente desconexo, não querendo desgrudar seus lábios do meu. Ele resmungou mais algumas vezes, até nos separamos, totalmente relutantes.

Me virei para frente enquanto Sasori apoiava o queixo em meu ombro.

— Deidara está certo seus tarados! Como conseguem cuidar dessa fofura? — Tsunade apareceu na porta, indo até a mesa e depositando uma tigela coberta por frutas, terminando assim, os preparativos para o jantar.

Ela rapidamente se ergueu e foi até Deidara.

— Larga ele seu desnaturado. — Tsunade estapeou os ombros de Deidara enquanto tirava Hikari de seus braços. — Agora venha para a vovó Tsu, hun? — Ela fez um bico.

— Depois reclama quando eu chamo de vovó. — Naruto se materializou ao meu lado, cruzando os braços e deixando um vulto amarelo passar por suas pernas.

— Eu também vovó!

— Minaku! Volte já aqui. — Hinata chamou o filho, que se encontrava agarrado ás pernas de Tsunade, com as bochechas coradas roçando no tecido azul e um pirulito espiral tapando sua boca.

Ela foi até ele e o carregou em seus braços, com extrema cautela. Ele cruzou os pequenos braços e balançou os cabelos dourados, fechando rapidamente os olhos lilás, sem largar o pirulito.

— Aqui que é o rango? — Ouvi mais um grito, e quando vi. Ino já estava sentada na mesa, com o queixo apoiado nas mãos, enquanto Gaara brincava com suas madeixas douradas. — Ei Sakura-testa! — Ela me deu um aceno de mão totalmente exagerado.

Suspirei, me sentando na cadeira da mesa e sendo acompanhada por Sasori.

Rapidamente, ainda sem parar com a conversa sobre algo relacionado ao Hikari, todos se juntaram, sentando em seus respectivos lugares na mesa. Tsunade colocou Hikari ao meu lado, em uma cadeira própria para crianças.

— Certo! Agora, agradecemos a Kami-sama por toda nossa família estar reunida aqui hoje! — Tsunade disse, erguendo os braços e brindando com todos.

Não sabendo o motivo, senti algo ruim se apoderar de meu coração quando ela disse aquilo.

Vazio.

Era isso que sentia.

De repente, meus pais apareceram na porta, rindo e fazendo piadas de seus atrasos. Como se isso fosse algo normal.

Franzi o cenho, prendendo o fôlego.

Espere... Normal? Não... Aquilo não era normal... Eles estavam mortos! Assim como...

Senti minha respiração se acelerar. As risadas na mesa de repente passaram a ficar distantes, desconexas e lentas para meus olhos.

Era ruim.

Doloroso.

— Sakura... — Um sussurro.

— Mama... — Um grito.

Desesperada, olhei para Sasori, que tinha o semblante preocupado e logo para Hikari que lambuzava suas mãos na cobertura de seu bolo...

Espere... Hikari? Não... Não era real.

De repente o cenário ficou ainda mais escuro, enquanto a pontada em meu peito era cada vez maior e aterrorizante.

Olhei para os dois seres mais importantes da minha vida, vendo-os ficarem cada vez mais distantes de mim. Assim como os outros que sorriam.

— Sasori! Hikari! — Tentei chamá-los, tentei levantar e correr até eles. Porém, nada aconteceu.

E naquele momento, foi como se eu não existisse mais naquela realidade.”

 

 

Aterrorizada. Fora assim que Sakura acordou, seu corpo suava e o coração batia frenético, como se inspirar ou expirar fosse algo relativamente impossível de ser feito. Pôs a mãos no peito e mesmo sem querer, se inclinou para fora da grande cama vermelha, vomitando em seguida, até sua garganta rasgar e nada mais sair.

Quando terminou, olhou para o chão, onde um carpete cinza era agora marcado pelo vermelho de seu sangue.

— Oh, céus! — Ela resmungou apavorada, vendo o sangue ser sugado pelas camadas veludas do carpete.

Vomitar sangue, em uma situação daquelas? Não, não era normal!

Limpou a boca com a manga da camisa e se encolheu novamente na cama, aterrorizada. Algo ruim estava acontecendo com seu corpo e ela simplesmente não sabia dar respostas para aquilo.

Rapidamente, observou o local.

Choque. Fora isso que estremeceu suas entranhas, assim que ela o viu... Ali, bem a sua frente, sentado em uma poltrona de couro negro, com seus olhos brilhando por conta das luzes acima de sua cabeça, como um telespectador assistindo seu filme favorito passar na tevê. Porém, Sakura duvidava muito em ser um filme, muito menos o favorito de Sasori.

Ela tinha gritado, sabia disso pela simples expressão que se mantinha as sobrancelhas de Sasori... Franzidas e totalmente fora de seu surto. Provavelmente ele estava lhe julgando uma louca, que tinha se apossado de sua cama, gritado loucamente durante a noite e vomitado sangue em seu lindo carpete felpudo...

Sakura prendeu o fôlego mais uma vez, quando se deu conta do que havia acabado de passar por sua mente... Ela ainda estava... na cama de Sasori?

Olhou para o próprio corpo, que agora era coberto por uma blusa preta, tamanho G, completamente bamba em seu corpo magro, não deixando qualquer indicio de sua nudez por trás do tecido grosso. Sasori. Pensou... Sabia que era uma das blusas dele, pelo simples aroma de seu perfume, que sem querer arrepiava todo seu corpo, toda sua alma.

Visualizou o tecido macio e vermelho da cama, tocando-o rapidamente com as mãos.

Estava na cama de Sasori...

Ela suspirou, sem deixar de pensar no que havia acontecido antes de parar ali... No surto de Kisame ou em como Sasori parecia tão... carinhoso.

Essa era a palavra correta para seus gestos... Carinhoso.

Estaria enlouquecendo ou aquilo era realmente real?

Dentre as duas opções, Sakura sem duvidas optaria pela primeira. Estava... Louca.

Juntou os joelhos e se encolheu na cama, se sentia nua só com aquela blusa, mas se sentia principalmente imunda... A pior pessoa existente em todo o universo.

Kisame... Ele tinha lhe tocado, onde não devia, onde não era sua propriedade. Abusado. Rompido.

Sentiu um sentimento ruim descer por sua garganta mais uma vez, dentre tantas.

Olhou novamente para frente, onde Sasori se mantinha na mesma posição que sempre tinha o costume de ficar. Impessoal e distante. Analisando cada parte de Sakura, como se fosse um experimento em um laboratório.

— Me desculpe... — Disse ela, se referindo ao sangue no carpete e na simples tomada da cama de Sasori.

Quando achou que ele nada diria, se surpreendeu.

— Por que, exatamente, você estava gritando? — Ele mexeu os lábios alvos, enquanto os cabelos brilhavam nas luzes.

Sakura piscou algumas vezes, se dando conta de sua pergunta um tanto... Curiosa?

Talvez.

— Eu... — Tentou buscar palavras além das quais: tive um sonho em que estávamos juntos como família novamente, que insistiam em sair. Sabia que tais palavras não eram corretas em serem ditas. Não ali. Não com Sasori naquele estado —... Tive um pesadelo. — Disse simplesmente, sentindo um nó envolver sua garganta.

Aquele sonho... Parecia tão real, ela quase conseguia ouvir a voz de Deidara, o gosto de Sasori... a textura macia da pele de Hikari.

Hikari... Um ser tão lindo e mágico, que iluminou sua alma em apenas um simples e idealizado sonho... Sakura sabia, Hikari... Não existiria.

E novamente seus olhos pararam em seus pulsos, que agora estavam cobertos por ataduras brancas, que cheiravam a antibióticos.

— Foi... você que me curou? — Ela perguntou, o olhando mais uma vez.

Sasori nada disse, apenas continuou com a mesma expressão que dizia tudo, e nada dizia. E então, Sakura simplesmente soube que aquele era um sim mudo vindo do Akasuna.

— Obrigada... — Ela sussurrou.

Viu os olhos de Sasori se desviarem melancólicos, e ficarem pregados em algo muito mais interessante no chão... Talvez.

Nada saiu de seus lábios.

O silencio que se arrastou ali foi nada confortável. E de repente, no meio do silencio melódico uma dúvida tomou lugar na mente de Sakura, deixando-a constrangida e proibindo sua boca de se calar.

— Eu... Só estava gritando? — Sakura quase sussurrou, rezando para não ter dito algo que o ofendesse ou irritasse ainda mais Sasori.

Estava certa de que a mente de Sasori estaria um caos, devido a uma estranha ter entrado em sua vida e dito que o conhecia e o amava. Ela deveria ser cautelosa, não era uma situação tão simples assim.

Era toda uma história apagada da mente dele.

— Não... — Ele respondeu, no mesmo tom vazio de sempre.

— O que eu estava dizendo, então? — Perguntou Sakura, com a voz um pouco mais alta desta vez.

Ele rapidamente parou de mirar o carpete cinza – ou talvez o sangue no carpete – e mirou sua visão em Sakura, tão profundo quanto antes.

Foi inventável se arrepiar.

— Nomes... — Ele quase sussurrou, parecia confuso e perdido em toda aquela situação.

Sakura engoliu em seco antes de Sasori continuar.

— Deidara... Tsunade... Hikari... — Ele balbuciou, sem desgrudar os olhos de Sakura.

E novamente Sakura se encolheu, presa a uma realidade tão diferente da atual. Era errado, não devia sonhar com aquilo, com aquela criança fruto de um relacionamento tão distante. Sabia, era perigoso demais para seu pobre coração.

— Apenas...

— Meu nome. — Ele sussurrou, antes de continuar mais rouco. — Você também disse meu nome.

O vácuo foi ainda mais agonizante ali, enquanto Sakura não conseguia tirar os olhos do ser que sempre lhe tirava palavras e o raciocínio lógico. Ela engoliu em seco novamente, e esfregou as mãos uma nas outras, nervosa.

Ela implorava mentalmente para ele parar de olhá-la daquele modo, na mesma sintonia que implorava para ele sempre lhe olhar assim... Profundo, vibrante... Como se ele pudesse a qualquer momento levantar-se da cadeira e agarrar Sakura, de uma maneira selvagem e alucinante, que lhe faria delirar.

Agora, Sakura tinha a certeza que ele a julgava uma louca que tinha se apossado de sua cama, gritado loucamente e chamado seu nome durante a noite... E para completar, vomitado sangue no seu maravilhoso carpete recém lavado.

Ótimo... ótimo começo para esclarecer as coisas!

Maravilhosa primeira impressão.

— Eu preciso de respostas, Anbu. — Ele voltou a falar, tomando toda a atenção de Sakura para seus lábios. Que se mexiam na mais perfeita e irresistível sintonia.

Oh, droga. Depois de tudo aquilo... era para ela estar brava com ele, certo?

Mas, ele havia salvado sua vida, certo?

— Entretanto, primeiro... — Ele olhou novamente para o carpete e para Sakura. Logo se levantando e se inclinando suavemente pela cama.

Sakura fechou os olhos, sentindo o vento bater contra seus cabelos e esperando, ansiosa, que ele a tomasse em seus braços novamente.

Porém, a única coisa que aconteceu foi a mudança de rumo de Sasori e o seu resmungo.

—... Preciso de um novo carpete.

 

 

 

 

CONTINUA...



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