História My Jujutsu Academia - A conversa!

O clima na sala normalmente estaria tenso, porém graças ao diretor e seu estranho otimismo, que o deixava o tempo todo com um sorriso, o clima na sala não era tenso, em contraste à Aizawa, que tinha sua cara séria de tédio, e o homem esquelético, que tinha uma expressão curiosa.

“Sente-se primeiro! Quer um pouco de chá?” Perguntou o Animal.

“Gostaria sim! Muito Obrigado!” Disse se servindo da xícara oferecida, Aizawa apenas bufou no fundo, ele detestava a lerdeza com que o diretor gostava de resolver as coisas, mas era seu superior, então preferia não correr o risco de contrariá-lo.

“Então jovem Midoriya. Você pode explicar um pouco sobre a sua 'habilidade'?” O não uso da palavra individualidade chamou a atenção do garoto, que apenas suspirou, porque não estava nem um pouco a fim de explicar seu poder, mas por falta de opção, começou a explicação.

“Eu tenho duas 'habilidades', o Seis Olhos e o Infinito, o Seis Olhos me permite ter uma visão aprimorada, além de aumentar os meus reflexos e me permite ver coisas que outras pessoas não veem, enquanto o Infinito me dá um certo nível de manipulação do espaço à nível atômico, eu também posso usar o Seis Olhos pra tornar minhas técnicas do Infinito mais fortes.” Explicou tranquilamente, fazendo o diretor abrir um sorriso, e o homem esquelético cair o queixo.

“Oh! Mas é um poder bem forte! Mas me responda… Essa 'habilidade' não tem nada a ver com a de seus pais… de onde veio?” Perguntou a criatura sorrindo.

“Aparentemente pulou umas gerações para chegar em mim!” Disse respondendo o sorriso, já sabendo onde o animal queria chegar e apenas entrando em seu jogo.

“Oh! Que legal! E há quanto tempo você tem essa 'habilidade'?” Disse o diretor, novamente de forma evasiva.

“Há cerca de dez meses…” Respondeu também evasivo.

“E nesse tempo todo, por que não atualizou seu registro de individualidades?” Disse agora com um sorriso sinistro no rosto, enquanto o garoto terminava sua xícara, e a colocava na mesa entre ele e o animal.

“Porque eu estaria mentindo!” Respondeu de forma simples, com um sorriso convencido no rosto, fazendo o diretor cair na risada, Aizawa dar uma pequena bufada e o homem esquelético bater o queixo no chão, de tão aberta que a boca estava.

“O senhor é uma figura muito curiosa jovem Midoriya!” Disse em meio à risada. “Aizawa, pode falar o que queria!” Disse o diretor abrindo espaço para o professor se sentar.

“Então Midoriya… Você conhece um homem chamado Satoru Gojo?” Perguntou o herói apagador.

“Sim, ele tem os mesmos poderes que eu.” Aizawa apenas assentiu.

“E qual a relação entre vocês dois?”

“Ele é meu primo de segundo grau.” Esse comentário fez Aizawa ficar curioso.

“Você disse que seria mentir dizer que tem uma individualidade, explique-se.” Disse, quase como se ordenasse o garoto.

“Se chama técnica amaldiçoada, resumindo muito, é uma forma de canalizar a energia negativa do mundo e que flui pelo meu corpo, cada técnica é única de cada família com essas capacidades, por isso a minha técnica é a mesma do Gojo-sensei.”

“Gojo-sensei?” Perguntou erguendo a sobrancelha.

“Sim, é como eu o chamo, já que ele me treinou durante os dez meses que eu comentei.”

“Entendo… E qual sua intenção com a Yuuei? Por que decidiu se tornar um herói e não um feiticeiro jujutsu?”

“Simplesmente porque nunca foi realmente uma opção, como eu disse, eu descobri esse mundo há dez meses, eu não ia desistir do meu sonho de criança.”

“Que seria…?”

“Ser um herói é claro!” Dito isso, o diretor e o homem esquelético sorriram, e Aizawa apenas assentiu com a cabeça.

“Entendo… Pode voltar para a sala, eu não acho que você seja mal intencionado.”

“Então foi por isso que me chamaram aqui?”

“Sim, alguns professores acharam que você poderia estar tentando se infiltrar.”

“Entendo… Nesse caso, eu vou voltar pra sala.”

“Certo. Não faça nada idiota e, se alguém perguntar sobre sua individualidade, diga que despertou tarde, não se preocupe, a gente resolve as questões de documentos, não seria bom o mundo todo ficar sabendo sobre técnicas amaldiçoadas.”

“Pode deixar! Certo! E… Senhor Aizawa, se importa se eu perguntar de onde conhece o Gojo-sensei?”

“Eu sou um herói do submundo garoto.” Foi a única resposta que deu, o que o garoto compreendeu, e se retirou da sala, indo para sua aula, que eventualmente acabou.

“(Nossa… as aulas da Yuuei são pesadas!)” Pensava enquanto andava pesadamente, quando alguém pôs a mão no seu ombro.

“Ei, tá tudo certo?” Disse lida chamando a atenção do menor.

“Tá sim, por que não estaria?” 

“Porque o Aizawa-sensei te chamou para falar com o diretor ora! Você não foi expulso né?”

“Não se preocupe, eu tô na Yuuei ainda!” Disse sorrindo.

“Tenho que admitir, ele realmente me enganou, eu realmente achei que ele fosse expulsar aquela garota! Mas ele me mostrou como um professor pode usar da mentira para ser encorajador!”

“(Ele realmente leva as coisas muito a sério!)” Pensou o esverdeado.

“Ei vocês dois! Estão indo pra estação? Esperem por mim!” gritava uma voz fina atrás dos garotos.

“É a garota do infinito!" Disse lida.

"(Garota do infinito?)" Pensaram Izuku e Ochako.

"Sou Ochako Uraraka, você é Tenya lida, e você… é Deku Midoriya certo?" Disse a garota tranquilamente.

"Na verdade… Deku é um apelido que o Kacchan pôs em mim porque significa inútil."

"Kacchan? Quer dizer o Bakugo?" Perguntou lida.

"É que a gente se conhece faz tempo, aí eu chamo ele assim, já que ele não gosta."

"Entendi, mas eu gostei de Deku, me lembra Dekiru, que significa 'você consegue'!" Disse a garota, de modo otimista.

"Bom… já que esse é o caso, se quiser pode me chamar de Deku, não é como se eu não estivesse acostumado."

"Mas não é uma ofensa?" Perguntou lida.

"Quando o Kacchan me chama assim é, mas no caso da Uraraka-san, é como um apelido comum." Explicou enquanto andavam em direção à estação, para finalmente terminar o dia, e aguardar pelo amanhã, que teria muitas surpresas reservadas, para todos os alunos, em especial Izuku e Katsuki.