POV: HINATA
Sentia as mãos de Akira sobre os meus e me levando para sua casa, eu estava muito nervoso, isso nunca havia acontecido comigo
- Agora você vai viver aqui, Hinata- disse ela abrindo a porta e ampliando a minha visão da casa
-Eu não quero! Eu não quero ser irmão do Hinata! - Kageyama, gritava para sua mãe.
-Kageyama! Olha os modos- repreendeu ela
Minhas pernas estavam bambas, não sei o que iria fazer
Claramente ele não gosta de mim.....
-w-
Acordei de supetão com o som de despertador ao meu lado, então era só um sonho? Não, uma lembrança, mas porque deveria ser justo aquela lembrança?
Apertei a pequena caixinha que estava fazendo barulho e comecei a me arrumar para ir à escola. Coloquei o uniforme da escola e desci até o andar de baixo para tomar um café da manhã
Avistei Akira na cozinha preparando o café da manhã
-Bom dia- comprimento ela, que logo vira de frente para mim
- Bom dia Hinata, dormiu bem?- perguntou, acenei com a cabeça. Akira tinha cabelos e olhos escuros, a diferença de tamanho entre mim e ela é pouca, mas ainda sim, ela é mais alta que eu.
Quando eu tinha 6 anos, meus pais sofreram um acidente de carro, como Akira era amiga da minha mãe, ela resolveu me acolher pois eu não tinha para onde ir e cuidou de mim como se eu fosse o filho dela.
- Está ansioso para o primeiro dia de aula?- disse ela se dirigindo pra mim
- Não sei, vai ser praticamente a mesma coisa- disse a ela, minha vida escolar não era uma das melhores, não era bom em algumas matérias, e eu praticamente não falava com ninguém, não era isolado, mas também não tinha um grupinho específico
- Bem, espero que seja bem legal, você está no último ano não é? Já sabe um curso que vai trabalhar?- perguntou ela
- Na verdade não tenho algo planejado, vou pensar mais sobre esse ano- disse um pouco
- Bem, se você quiser ajuda, pode me perguntar- disse ela é eu acenei com a cabeça- ele ainda ta’ dormindo? Poderia acordar o Kageyama pra’ mim?- disse ela, e automaticamente senti um frio na espinha
-Eu já estou acordado- disse o ser que era duas vezes maior que eu atrás de mim, Kageyama estava com um olhar de sono e ainda estava de pijama, ele tinha um olhar frio que sempre me fazia arrepiar.
Resumindo: estava atrapalhando a vida dele
Como Akira e minha mãe eram amigas e se encontravam diretamente, eu e Kageyama também éramos amigos, brincávamos muito e sempre ficávamos juntos. Porém, quando começamos a morar na mesma casa, automaticamente nos separamos, sempre fico me lembrando das coisas que ele dizia quando eu comecei a morar com ele “Eu não quero ser irmão do Hinata!”
Era isso que sempre martelava na minha cabeça.
Lembrava de quando ele me dava seus brinquedos, e eu sempre me senti culpado, sabia que ele não queria me dar, mas queria ser gentil comigo, e no final, sempre devolvia pra ele, não diretamente.
Para retribuir a sua bondade, resolvi que não queria evitar qualquer problema que pudesse afetar ele.
A café da manhã inteiro foi silencioso, dava apenas para ouvir os barulhos dos garfos e copos que estavam na mesa.
- Obrigado pela comida - disse e sai da mesa
- Já terminou? Quer outra tigela? - perguntou Akira
- Não precisa, estou bem- disse e segui até meu quarto pegar minha bolsa
Eu e Kageyama estudamos na mesma escola, mas nunca chegamos a ir e voltar juntos, pensava que seria meio que “invasão”, então, eu não me importava de ir sozinho.
(...)
Cheguei na escola e sentei na carteira que eu sempre sentava, última fileira bem no canto. Todos mundo se conhecia, pelo menos todo mundo estava conversando naquele momento.
- Eai Hinata!- senti uma mão no meu ombro, olhei para trás e era a Yachi, uma da sinucas pessoas que eu conversava
- Oi Yachi!- me levantei por um instante e abracei a mesma, ela retribuiu. Ela tinha cabelos loiros e normalmente tinha uma parte do cabelo amarrada de lado
Ela colocou sua bolsa em cima da mesa em minha frente e virou de costas para poder conversar comigo
- Como foi suas férias?- perguntou ela animada
- Foi normal, não fiz nada de interessante, e as suas?
- Nhé, teve várias brigas entre minha mãe e o meu pai, nada de novidade, teve um dia que ela quase jogou uma cadeira nele, eu queria que ela tivesse jogado- disse ela, e eu ri em seguida, os pais da Yachi são muito certinhos, então ela seria a “rebelde”. A Yachi disse uma vez que não tem uma relação boa com o seu pai, por isso eles nem conversam tanto é não são próximos.
Continuamos nossas conversas aleatórias, rimos muito, fiquei feliz por ela ainda estar na minha sala. Olhei os arredores da sala até que percebo que o Kageyama estava na minha sala, então ele caiu na minha sala???!!
Meu olhar estava em direção para ele, era a primeira vez que ele caiu na minha sala. Ele olhou pra’ mim percebendo a minha presença, mas não fez nada.
A partir dai, percebi que vai ser um longo semestre.
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