POV: HINATA
Estava ansioso para ver o que Kageyama tava fazendo, disse que era uma surpresa, não gosto de ser curioso. Fui me arrumar, não sabia exatamente para onde a gente ia, mas sei que não é na praia, ou será que era?
A gente passou todo esse tempo na praia, se fosse surpresa não seria lá, eu acho. Coloquei uma blusa azul larga e uma bermuda bege, e o único tênis que eu trouxe.
Fui até a cozinha e a dona Aiko estava com o notebook em cima da mesa enquanto comia.
-Bom dia querido, olha como você tá bonito, vocês vão sair?- disse eu eu assenti.
-Sim, vamos agora, onde ele ‘tá?- perguntei.
-Ele esta lá fora- respondeu apontando para porta.
-Ok, tchau dona Aiko- disse.
-Tchau, divirtam-se- respondeu pra finalizar.
Sai da pequena casa que estávamos e avistei o maior sentado em um banco que havia abaixo de uma árvore, ele estava olhando para o horizonte, já que nossa casa quase de frete para praia, e ele observava com atenção a vista.
Ele não tinha percebido a minha presença, então cheguei bem devagar, cheguei por trás e coloquei minhas mãos em seus olhos.
-Adivinha quem é- disse forçando a voz para ficar em um tom grosso.
-Hmm, deixa eu pensar- sorriu e falou de um jeito sarcástico- mãe?
Eu ri tirando as mãos dos olhos dele apoiando em sua bochecha e ele olhou ‘pra mim levantando a cabeça ficando de cabeça para baixo na minha visão.
-Você tá tão lindo- ele disse, meu coração esquentou, ele nunca havia me elogiado a não ser o meu cabelo, fiquei feliz e sorri mais ainda.
-Você que tá- disse e deixei um beijinho em sua testa.
Ele levantou e passou o braço em meus ombros.
-Vamos?- perguntou.
-Vamos!- disse- e onde você vai me levar?
-Surpresa- disse por fim.
Nós andamos lado a lado por um bom tempo, caminhamos um pouco na calçada ao pé da praia e eu nem tinha ideia de onde ele queria me levar.
Seus braços desceram até suas palmas encontrarem as minhas, e senti um arrepio na espinha, a mão dele era quente e macia, me sentia acolhido com o contato.
Fomos conversando um pouco e dando pequenas brincadeirinhas no meio do caminho, até que Kageyama para de repente na minha frente.
-Fecha os olhos- disse ele.
-Aah porque??- disse fingindo birra fazendo um pequeno bico ‘pra ele ter um pouco de dó.
-Porque sim, fecha- vi que foi em vão meu esforço de birra, mas eu continuei com biquinho- por favo não me olha assim.
Após isso me deu um pequeno selinho surpresa. Senti minhas bochechas esquentarem e assenti com a cabeça e fechei os olhos.
Minha visão ficou toda escuras, mas senti um pequeno tecido envolver meus olhos.
-Serio?- perguntei.
-Só ‘pra ter certeza que você não vai espiar- ele disse e deu uma cutucada no meu nariz.
Sorri.
Ele pegou minha mão de novo e me guiou até não sei a onde, pisei com cuidado cada passo, não sabia se podia cair.
Ele me alertava para eu ter cuidado algumas vezes, e de vez em quando eu tropeçava em algumas coisas que pareciam, galhos?
-Espera aqui- Kageyama me firmou no lugar e eu obedeci, ouvia ele se afastando, será que ele queria que eu brincasse de esconde-esconde no meio da mata? -Pode tirar- disse ele distante.
Tirei a venda como ele pediu e demorou um pouco ‘pra eu me acostumar com a claridade, mas assim que consegui, pude ver um monte de comida em cima de um grande pano. Estava tudo muito bem organizado, tinha várias opções do que comer naquele pequeno espaço.
-Kageyama… eu amei!- disse me aproximando do pequeno piquenique.
-Gostou? A mãe me ajudou- disse o moreno.
-Por isso ela tava tão felizinha- disse e ri logo depois.
Olhei para Kageyama e percebi que ele também estava me olhando, não sei porque mas eu senti vergonha, mas qual o motivo? A gente namora.
-Muito obrigado- disse pegando na mão dele e fazendo um leve carinho.
-Você merece isso e muito mais- disse e ele deu um beijo na minha mão que estava fazendo carinho.
A gente conversava enquanto comia, percebi que Kageyama não era muito fã de doce, mas fiz ele comer o bolo que sua mãe fez.
-Sério que você pediu ‘pra sua mãe fazer bolo e nem se dá o trabalho de comer?- perguntei.
-Eu pedi porque eu sei que você gosta- ele disse.
-E quem não gosta??
-Eu.
-Para com isso, vamos, abre a boca- pedi pegando um pedaço do bolo no garfo e estendi ‘pra ele.
-Já falei que eu não gosto- Kageyama disse fazendo birra.
-Vamos logo!- disse e ele finalmente cedeu.
Ele comeu e fingiu uma cara de nojo, mas eu sei que ele gostou.
-É, não está tão ruim- ele disse.
-Nossa eu vou te matar- disse brincando apontando o garfo ‘pra ele, que riu também, adorava quando ele ria, era bem raro ver isso.
-Que foi?- ele perguntou.
-O que?
-Porque tá me olhando desse jeito?
Sorri de novo
-Gosto quando você ri
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