・━━━━ <<・Capítulo 5・>> ━━━━・
— Kook, por favor, me escute. — JiMin implorou, segurando no braço do alfa mais novo.
— Escutar o quê, JiMin?! Escutar novamente que sou inútil por não ser ômega e por não poder te dar um herdeiro?! Que não consigo te satisfazer de forma alguma?! Que só estou com você por interesse?! O que mais tem a me contar, hein, Park JiMin?! — O Jeon perguntou, se desvencilhando do toque do mais velho.
— Me perdoa, por favor. — O de cabelo loiro se aproximou e o outro se afastou novamente, fechando os olhos e passando sua mão sobre o seu cabelo. — Eu não queria falar aquilo, eu estava de cabeça quente, Kook. Por favor, me perdoa.
— Não me espere, não voltarei hoje. — Falou, depois de alguns minutos e, antes que o mais velho pudesse retrucar, saiu da residência e foi até seu carro, entrando no mesmo.
O alfa de cabelo castanho longo ficou, por um bom tempo, dirigindo sem rumo algum, até que sua visão começou a ficar embaçada devido as lágrimas que queriam sair. As palavras que seu noivo havia lançado sobre si ao chegar na residência que moravam foram duras o suficiente para despedaçar o seu coração e a confiança que ainda tinha naquele relacionamento, que desde o início foi conturbado por serem dois alfas. JiMin nunca havia falado daquela maneira consigo, nem quando brigavam seriamente, além de nunca ter lhe cobrado nada.
O dia do Jeon já havia começado ruim ao acordar e não ver o Park ao seu lado na cama, como estava acontecendo há semanas. JungKook era um tanto inseguro com o que tinham, por achar que algum dia o mais velho o largaria ao encontrar o ômega ideal para ficar ao seu lado, além de ter nascido em uma família simples, diferente do outro que nasceu em berço de ouro.
O de cabelo escuro, quando percebeu que não seria seguro continuar dirigindo naquela situação, estacionou seu carro num beco escuro e apoiou sua cabeça no volante, voltando a chorar enquanto pensava nas palavras frias que lhes foram ditas.
O Jeon ficou daquela forma até se acalmar e, quando enfim parou de chorar, resolveu sair do carro para respirar um pouco e ver onde estava. O alfa olhou ao redor, logo reconhecendo o local, e resolveu que ficaria na casa de suas progenitoras por um tempo. Enquanto caminhava em direção ao seu carro, ouviu um barulho vindo da pilha de lixo que tinha por ali e resolveu ver o que era, acreditando que deveria ser um gato. Quando tirou um pedaço de papelão do chão, ficou assustado ao ver um bebê híbrido dentro de uma caixa, tendo um lençol o cobrindo e uma cartinha ao lado. O de cabelo escuro pegou a folha de papel e a leu.
“Olá.
Se alguém estiver lendo isso é porque encontrou o meu pequeno.
Peço que não me julgue, eu não tive escolha. Não tenho muito tempo de vida, além de que planejam pegar o meu menino e o levar para um laboratório ou leilão, visto que ele é um híbrido raro. Abandonar o meu filho foi a única forma que encontrei de protegê-lo, e não o coloquei em algum orfanato porque eu sei que iriam encontrá-lo.
Quando ler isso, provavelmente já estarei morta, então peço desde já que cuide do meu tigrinho. Ele foi a única coisa boa que recebi. Seu nome é Kim TaeHyung.
Peço que, quando o mesmo tiver com uma boa idade, conte a ele que eu o amei muito, e que continuarei o protegendo de onde estiver.
Kim DaeWoo.”
JungKook sentiu seu coração se apertar ao ler a carta. A mãe ou pai daquele pequeno híbrido deve ter sofrido muito em sua vida e no momento que teve de abandonar aquele bebê, que o olhava atentamente. O Jeon guardou aquela folha de papel em seu bolso traseiro e pegou a criança no colo, que continuou o olhando e, depois de alguns segundos, soltou uma risadinha. O alfa não pôde deixar de sorrir, ele era uma fofura.
— Kim TaeHyung é um belo nome, e combina muito com você. — Fez carinho nos fios claros e nas orelhinhas de tigre do híbrido. — Eu vou cuidar de você, está bem? Vou recorrer à justiça e terei a sua guarda. É uma promessa.
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JungKook, como não podia dirigir com o pequeno híbrido nos braços, recorreu ajuda a sua mãe alfa, que logo apareceu no local com seu carro. A mais velha ficou preocupada com a ligação de seu filho, e quando viu um bebê nos braços do mesmo ficou confusa, mas este prometeu que explicaria quando chegassem na casa da família Jeon.
Quando chegaram na residência, a mãe beta do Jeon ficou alegre ao rever seu filho e, assim como sua esposa, ficou confusa ao ver um híbrido com seu filho. Enquanto a alfa voltava a pé para buscar o carro do mesmo, que ainda estava no beco, o jovem alfa explicava tudo para sua outra mãe, que até mesmo chorou ao ler a carta que havia sido deixada com aquele híbrido de tigre.
A mulher, depois de se recuperar e ao ver que sua esposa havia retornado, mandou que a mesma fosse comprar coisas para aquele bebê, como mamadeiras, fraldas, chupetas, cobertores, roupas, entre outras. A mais velha das duas resmungou, mas parou ao ser ameaçada pela sua esposa. Não conseguia negar nada a ela. Enquanto a alfa estava fora da casa, a beta ensinava coisas básicas ao seu filho, que ouvia tudo atentamente enquanto ninava o híbrido de tigre em seus braços. Depois de longos minutos, a pequena criança dormiu e JungKook o colocou deitado na cama de seu antigo quarto, estando protegido com alguns travesseiros ao seu redor.
O de cabelo longo, ao pegar seu celular para ver que horas eram, viu que foi bombardeado por mensagens. Todas elas de JiMin.
MiniMini ❤
Kook, por favor, me perdoa. [02:20 p.m.]
Eu estava de cabeça quente, não queria dizer aquilo. [02:20 p.m.]
Eu não te acho um inútil, nem interesseiro. [02:21 p.m.]
Eu te amo, coelhinho. [02:21 p.m.]
Kook? [02:30 p.m.]
KOOK? [02:35 p.m.]
Por favor, me responde. [02:35 p.m.]
Kook? [02:36 p.m.]
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