História My Little BadBoy [Yoonmin] - ESPECIAL 100 FAVS[Vhope]

Eu estava preso na sala de detenção junto de meu pior inimigo, Jung Hoseok. Motivo? Ele veio procurar confusão para o meu lado, e achou.

O diretor havia pedido para que ficássemos cinco horas na sala de detenção, eu realmente não estava aguentando ficar na mesma sala que aquele cara, ele era idiota.

--Seria bom se eu tivesse com alguém interessante aqui. - ele diz jogado em cima de sua carteira.

--Quer dizer que não sou interessante?

--Isso mesmo.

A sala se tomou em silêncio novamente, sendo quebrado por uma pedra que foi jogada pela janela acertando a cabeça de Jung.

“Você está vivo, Taehyung?” Jung Hoseok lê e me entrega rindo como se fosse deboche. A culpa não é minha se tenho amigos que se importam comigo e ele não.

Jogo a pedra com o bilhete de volta para fora da sala e me sento no chão encostando as costas na porta da sala.

--Poderíamos sair daqui. - Jung diz olhando para a porta.

--Pelo menos uma vez vou concordar com você. - percebo o mais novo sorrir.

Me levanto rápido e tento abrir a porta.

Estávamos trancados.

--NÃO ACREDITO QUE ESTOU TRANCADO AQUI COM VOCÊ! - ele andava de um lado para o outro com uma expressão não tão boa.

--CALE A BOCA, EU QUEM DEVERIA ESTAR PREOCUPADO! - eu comecei a correr em círculos.

Nós dois ficamos naquela sala daquele jeito por uns 20 minutos.

--Para de correr. - eu falo ‘travado’ tentando escutar o barulho que vinha de fora.

--O que?

--Fica calado também. - digo e ele se senta numa carteira.

--O que você quer? - ele se joga pra trás se apoiando na mesa atrás da que ele estava.

--Estou escutando o que estão dizendo ali fora. Parece ser o diretor e alguma professora. - me aproximo da porta.

“Será que apenas hoje é o bastante para eles se entenderem?”

“Na verdade não tenho certeza, mas acho que se deixa-los ali amanhã por mais duas aulas, eles podem se entender.”

“Vamos tentar deixa-los juntos até se entenderem. Se isso não se resolver em dentro de um ano, terei de expulsá-los.”

“Mas me explique, por que fazer tudo isso com eles? Parece que você quer mesmo que eles saiam dessa escola.”

“Eu simplesmente quero paz aqui. Os dois são os únicos inúteis que vivem arrumando briga um com o outro.”

--E aí, o que eles estão dizendo? - Jung se aproxima da porta também.

--É o seguinte - me sento na carteira do ‘professor’ - eles estão dizendo que se não fizermos amizade até o fim do ano, provavelmente irão expulsar nós dois dessa miserável escola.

--Isso é muita covardia! Por que querem isso? Nunca quis ser seu amigo. Desde quando entrei nessa escola, não fui com sua cara. - ele se senta na mesa de onde eu estava sentado e por incrível que pareça, estava corado.

--Por que você nunca gostou de mim? Só ‘brigo’ com você, porque você vem procurar confusão.

--Porque eu… - ele se deita na mesa - Ah…

--Fala logo, merda.

--Porque eu simplesmente… te amo. - ele fala com o rosto virado para o final da sala.

--C-Como assim? - eu sinto meu rosto queimar e senti cócegas em meu estômago.

--Ah, Taehyung… Desde que entrei nessa escola, quando te vi, senti um sentimento inexplicável, foi a primeira vez que senti isso por um homem. - ele pausa - ...Eu queria tanto você, mas como você é do segundo ano do ensino médio e eu da nona série, nunca prestou muita atenção em mim. Por isso, comecei a brigar com você, dar apelidos, xingar, bater, etcetera… Eu apenas queria chamar a sua atenção, queria que me notasse. - ele suspira e continua - você não sabe o quanto doía em mim, ver os seus machucados que eu causava. Vê-lo assim, me dava vontade de leva-lo para minha casa e cuidar de cada um! - ele se levanta, ficando sentado na mesa e olha profundamente em meus olhos - Hyung… Eu te amo, amo tanto, mas tanto, que acho que nunca mais sentirei isso por alguém. Por favor, me desculpe Hyung, por todas as vezes que te machuquei, tanto fisicamente quanto psicologicamente. Sei que você não pode sentir o mesmo por mim, mas saiba Hyung, que nada vai mudar meu amor por você. - ele estava segurando minhas mãos, nessa hora ele as soltou e caminhou até o final da sala, se sentando no chão, abraçando seus joelhos com seu rosto entre eles.

Eu fiquei sem reação, literalmente. Eu estava com os olhos ardendo, meu estômago fazendo ‘cócegas’, não sei o porquê, mas eu queria tanto abraçá-lo, pega-lo no colo e beijá-lo, dizer pra ele: “Está tudo bem, eu estou aqui, não se preocupe”, mas estava com meus sentimentos confusos.

Quando menos esperei, estava do lado de Jung Hoseok, abraçando-o e acariciando seus cabelos.

--Não se preocupe, eu estou aqui, não precisa chorar. - eu dizia passando meus dedos pelos seus cabelos.

--H-Hyung, diz… - ele soluça entre o choro - diz que também me ama, por favor Hyung.

--Jung Hoseok eu… - fomos interrompidos pelo diretor que acabara de abrir a porta da sala.

--O que está acontecendo? Ele te bateu, Hoseok? - o diretor corre até nós e me empurra do lado do Jung para se sentar.

--Não Sr. Yuo, ele não fez nada… - Jung diz secando seus olhos, os quais estavam inchados e vermelhos.

--Bom, humpf - ele se levanta - é o seguinte, percebi que os dois estão se entendendo, finalmente, certo? Então, com isso, resolvi tira-los da detenção. Podem sair por ali, já podem ir para casa também. Bom, estou saindo agora, e a partir de hoje, não quero mais saber de confusões com os nomes Kim Taehyung e Jung Hoseok no meio. Fui bem claro?

--Sim, Sr. Yuo. - falamos em coral, nos encaramos e rimos.

[...]

Eu estava caminhando até minha casa, a qual não era tão longe até que escuto alguém gritar o meu nome.

--KIM TAEHYUNG!! - me viro rapidamente e vejo Hoseok na porta de uma enorme casa branca.

Vou correndo até o mesmo e ele também corre, quando chegamos perto um do outro, nos abraçamos, abraçamos duma forma que parecia que era a primeira vez que nos vimos.

--Hyung, vamos assistir um filme? - ele me pergunta com sua voz abafada em meu pescoço, aquilo me fez arrepiar um pouco.

--P-Pode ser...

Ele me puxa para dentro da casa dele, antes ele me avisara que seus pais estavam viajando a trabalho, aquilo me fez ter pensamentos impuros com meu ex pior inimigo. Ligo para meus pais e falo que chegarei em casa mais tarde, desligo e Jung já coloca o filme para rodar. Era ‘Como eu era antes de você’.

Já no começo do filme, depois que ele trouxe as guloseimas para comermos, Jung se deita em meu colo, aproveito e faço carinho em sua cabeça.

--Suas mãos são tão macias, Hyung…

Eu o fitei por alguns segundos, apreciando a beleza que aquele garoto tinha.

“Como nunca notei antes?”

Ficamos nos observando, nem prestando atenção no filme… Estávamos nos aproximando cada vez mais, até que finalmente nos beijamos. Um beijo amoroso de ambos. Sinto meus pulmões implorarem por ar e nos separando.

--Você é tão doce… - eu disse enquanto acariciava seu rosto.

--Hyung, eu te amo tanto!

--Eu também te amo, meu amor.