História My Little Flower Trap - Epílogo: XIX - Final!

Chanyeol entrou em casa extremamente cansado, havia tido um treino pesado já quê havia faltado alguns dias para poder ficar em casa cuidado do seu ômega, e o trabalho com seu appa não era lá às mil maravilhas, além de cansado estava estressado, assim que entrou estranhou não encontrar com Baekhyun no andar de baixo, subiu as escadas lentamente ouvindo um barulho vir do quarto de hóspedes, deixou a mochila no chão entrando no quarto vendo Baekhyun sentado no chão sobre o tapete fofinho.

Se aproximou do ômega sorrindo ao notar o quê o mesmo estava fazendo, havia algumas roupinhas de bebê espalhadas pelo chão e o mesmo estava organizando tudo.

— Você chegou tarde, Yeol. — Baekhyun disse chateado.

— Eu tive que resolver umas coisas no escritório. — Sentou ao lado do baixinho pegando uma peça de roupa começando a dobrar, mesmo cansado não iria deixar o menor fazer tudo sozinho.

— Como foi no treino?

— Cansativo, e o seu dia?

— Bom, eu comecei a organizar o quarto do bebê, ajudei a Halmeoni fazer um bolo e fui comprar as tintas para poder começar a pintar o quarto e agora estou arrumando as roupinhas com meu alfa!

— Eu disse para você não se esforçar Baekkie, eu ia comprar as tintas amanhã.

— Não foi esforço Yeol, e a loja nem fica tão longe daqui, não é como se eu fosse um bonequinho de vidro que vou quebrar apenas com o vento. — Respondeu emburrado.

— Eu estou avisando para o seu bem, mas você parece que não entende, tudo bem, mas quando estiver cheio de dores não venha chorar pra mim pedindo por ajuda.

O Byun apenas levantou com um pouco de dificuldade jogando as peças de roupas quê segurava na cara do alfa, seguiu até o quarto fechando a porta com força.

Assim que entrou no quarto deitou na cama se enrolando no edredom sentindo as lágrimas molharem suas bochechas.

Nos últimos dias seu relacionamento com Chanyeol estava assim, brigavam por qualquer coisinha, mas hoje havia sido a pior, ficou esperando o alfa vir para o quarto para poderem se resolver, mas isso não aconteceu.

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Baekhyun ouviu o barulhinho da porta se abrindo e rapidamente voltou a fingir quê estava dormindo, já estava quase amanhecendo e não havia conseguido dormir.

Chanyeol abria a porta do quarto devagarinho, não queria acordar o menor caso o mesmo estivesse dormindo. Deitou ao lado do ômega com cuidado, levou sua mão até o rostinho do menor fazendo um carinho em sua bochecha com o seu polegar.

— Me desculpe bebê, não devia ter falado daquela maneira, eu estava estressado e acabei descontando tudo em você, me perdoa? — Disse baixinho abraçando o menor por trás ouvindo o fungar baixinho do ômega.

— Você não vai embora? — Perguntou se virando na cama podendo olhar para o alfa.

— O quê? Não meu amor, porquê achou isso?

— Você não veio falar comigo, e nem dormir..

— Eu vi que você queria ficar sozinho, não ia causar mais estresse. — Segurou o rosto do menor com ambas as mãos passando seu nariz sobre o do menor, fazendo o mesmo sorrir.

— Eu perdôo você, e também vou tentar não fazer tudo sozinho sei quê você fica todo preocupado, agora vamos dormir não consigo mais sem você comigo. — Disse e seus lábios formaram um biquinho.

— Antes, eu quero te mostrar uma coisinha.

Disse levantando da cama e ajudando o menor a fazer o mesmo. Sem questionar seguiu com o alfa, era comum esse tipo de coisa, sempre fazia tudo juntos sem ao menos questionar o porquê. Chanyeol tampou os olhos do ômega com as mãos antes de abrir a porta do quarto.

Quando tirou as mãos da frente dos olhos do menor o mesmo se surpreendeu ao ver como estava o quartinho, as paredes estavam pintadas na cor cinza e o berço já estava devidamente montado e arrumado, as roupinhas que estava organizando mais cedo estavam todas em cima da cômoda todas dobradas.

— O quê? Você fez tudo isso sozinho? — Perguntou com os olhinhos banhados pelas lágrimas.

— Eu achei que só meu pedido de desculpas não era o bastante, e bom você tem feito tudo sozinho.. Gostou?

— Eu... Eu amei, Yeol. — Disse sorrindo e olhando tudo ao redor.

— As paredes ainda estão um pouco molhadas. — Avisou quando o menor foi se aproximar e impediu o menor o segurando pela cintura.

— Quer ver uma coisa muito linda?

— Eu já estou vendo a coisa mais linda desse universo Baekkie, você. — Disse e viu as bochechas do menor ficarem rosadas.

— Ya! Não diga essas coisa, Yeollie.

— O quê você quer me mostrar, bebê?

Baekhyun andou até a varanda abrindo a porta de vidro e puxando a cortina para o lado, segurou na mão de seu alfa o puxando até ali.

— O nascer do sol aqui é tão lindo Yeol, vem.

Baekhyun sentou no chão vendo aos poucos o céu começar a se iluminar, era tão lindo, Chanyeol logo se juntou ao menor sentado atrás de si o puxando para ficar no meio de suas pernas, passou seus braços ao redor da cintura do baixinho.

— Olhar o sol dessa maneira me faz lembrar das lendas que meu pai me contava sobre Skoll e Hati e uns deuses nórdicos.

— Skoll e Hati? Os lobos preto e branco?

— Sim, já ouviu essa lenda? Fala sobre o Sol e a Lua.

— Não, me conta Yeollie, fiquei curioso!

— Bom, no início dos tempos, Odin, o Pai de todos, colocou o Sol e a Lua em carruagens mágicas para voarem através do céu. O deus disse ao Sol e a Lua para tomarem os seus carros e viajarem por todo o céu uma vez por dia, mas não foi assim que aconteceu.

— E o que aconteceu Yeollie? — Perguntou curioso para o alfa.

— Calma Baekkie, escute o resto, o Sol gostava de assistir as ondas quebrarem na praia, então ele mantinha o calor por horas perto da terra. Tanto calor transformou a terra em um deserto, e deixou o resto do mundo escuro e frio, a Lua gostava da visão das florestas profundas, e ela amarrava seus cavalos por horas a fio. Além disso, os animais, as pessoas e até mesmo os deuses não sabiam quando acordar e quando dormir.

— Odin os puniu, por isso?

— Odin resolveu enviar mensageiros até o Sol e a Lua, e ofereceram-lhes presentes de ouro e jóias, mas os astros apenas riram, "Nós brilhamos mais intensamente do quê o ouro ou jóias" disse o Sol. — Contava lentamente enquanto fazia levemente um carinho no ômega.

— Por quê Odin não os destruiu? — Perguntou fazendo o alfa sorrir.

— Eu já estava chegando nessa parte bebê, calma, Odin ainda chegou a ameaçou-os com a sua lança mágica, a Gungnir, mas o Sol e a Lua sabiam que os deuses precisavam que eles viajassem por todo o céu. Como eles estavam encarregados desse trabalho, eles iriam fazê-lo do jeito que eles quisessem. Além disso, se os deuses atacassem as suas carruagens, eles poderiam destruir o Sol e a Lua para sempre. Entende Baekkie? Apesar de tudo Odin não podia os destruir.

— Entendi, continua você ainda não falou sobre Skoll e Hati!

— O Deus da trapaça, Loki, sorria enquanto observava Odin e os outros deuses irados com a atitude do Sol e da Lua. Mas seu sorriso transformou-se em uma carranca quando ele percebeu que o Sol mais uma vez tinha parado sua carruagem, logo acima do vulcão onde vivia Surtur, o gigante de fogo. Loki tramava esgueirar-se na montanha de Surt e roubar o seu diamante de fogo, uma enorme e bela jóia feita de fogo vivo. Agora, com o Sol sempre brilhando, os gigantes que guardavam a montanha ficariam sempre acordados, e Loki não poderia esgueirar-se entre eles.

— Loki vai tentar matar eles? Mas, ele não pode fazer isso, se o Sol e Lua deixarem de existir, tudo acaba. — Disse exasperado.

— Calma meu amor, termine de escutar, você é muito apressado.

— Eu estou curioso, e você fica enrolando!

— Agora vai chegar na parte que você quer tanto ouvir.

— Skoll e Hati. — Respondeu animado.

— Loki estava pensando em seus problemas, enquanto caminhava por uma floresta. Ele estava longe do Sol e as árvores estendiam longas sombras sobre o chão. De repente, Loki ouviu um som rosnando. Ele rapidamente subiu em uma árvore e viu um par de lobos perseguindo um veado exausto através da floresta. Então Loki teve uma idéia. Ele sabia que lobos comuns não serviriam para o seu plano, por isso, ele viajou até Ironwood, uma terra de gigantes e árvores tão fortes como o aço. Lá ele encontrou dois lobos gigantes s-

— Skoll e Hati. — Disse interrompendo o maior.

— Sim Baekkie, então Loki foi para a floresta e disparou em um cervo com seu arco. Ele assou sua carne, e a levou para a caverna dos lobos.

“Eu tenho um presente para vocês!” Disse Loki, dando-lhes a carne.

As criaturas devoraram toda a carne em uma única mordida. Eles nunca tinham provado carne cozida e especiarias antes.

“Mais! Queremos mais! Traga-nos mais!” Rosnaram.

“Eu não posso ajudá-los com isso, mas eu posso lhes dizer onde encontrar um pouco mais de carne como está.” Disse Loki.

Loki levou os lobos para fora e apontou para o Sol e a Lua, imóveis no céu.

“Aquele é o lugar onde vocês vão encontrar mais carne como essa.”

“Quê bem isso fará para a gente? Não podemos voar!” Disse Skoll.

“Agora eu posso ajudá-los.” Disse Loki, e dizendo isso, ele tirou a bolsa de pó de vôo que ele havia roubado de Odin e espargiu-o sobre cada um dos lobos com isso, os lobos gigantes partiram rumo ao céu, quando o Sol e a Lua viram os lobos vindo em sua direção, eles recomeçaram imediatamente a guiar seus carros pelo céu. Daquele dia em diante, o Sol cruza o céu para fazer o dia, e a lua a noite, e todas as partes do mundo obtém pelo menos alguma luz e alguma escuridão, então animais, pessoas e deuses passaram a saber quando dormir, em algumas épocas do ano, o Sol se move mais rapidamente sobre o céu e em outras vezes, ele se move mais lentamente. Isso ocorre porque, durante o horário de verão, quando sopra o vento sul, Skoll se cansa, e sua pele se sente quente, então ele fica mais lento. Mas quando sopra o vento norte, e ventos frios flutuam sobre o mundo e o céu, Skoll sente mais forte e persegue o sol ainda mais rápido do quê antes, fazendo os dias de inverno serm muito mais curtos do quê os nossos dias de verão.

— É lindo, mas é tão triste Yeol, o Sol e Lua sempre vão ser perseguidos! — Disse com a voz embargada.

— Mas eles foram criados pra isso Baekkie, pense que assim eles podem ver todo o universo e ainda vão estar nós ajudando.

Baekhyun apenas concordou e se virou o primeiros raios de sol já estavam saindo, sempre gostou de observar o nascer do Sol, e poder fazer isso ao lado de seu alfa era melhor ainda.

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ALGUNS MESES DEPOIS.

Baekhyun terminou de abrir mais um dos presentes que havia ganhado e logo reconheceu de quem era, Do Kyungsoo, apertou a pelúcia de coruja entre seus bracinhos, costumava chamar o beta de corujinha quando mais novos, não achava quê o outro lembrasse.

— Gostou? — O beta perguntou.

— Eu amei! — Disse sorrindo com os olhinhos marejados.

— Não chore, bebê. — Chanyeol disse limpando o rosto do menor.

— Eu não estou chorando!

— Certo, agora abra o próximo presente. — Disse entregando outro pacote para o menor, dessa vez um pequeno.

O menor abriu com delicadeza e franziu o cenho confuso, havia avisado sobre presentes muito caro.

— Esse é do meu appa, ele disse quê queria estar presente, mas infelizmente não pode vir, ele pediu quê eu te entregasse.

— É lindo... — Disse olhando as duas pulseira.

— Meu appa uma vez me disse quê quando eu encontrasse o meu ômega, o meu amor, ele iria me dar elas. — Se abaixou na frente do ômega segurando em suas mãozinhas. — Eu quero te fazer um pedido bebê.

— Yeol.

— Shh. Deixei eu terminar, eu estou nervoso e acabei esquecendo o quê eu passei a semana toda ensaiando na frente do espelho, eu amo você, mas do quê tudo no mundo, você e nosso filhote, eu não acreditava em almas gêmeas até quê eu te conheci, você roubou meu coração Baekkie, e com essa palavras clichê eu peço a sua mão, quer casar comigo, amor?

Baekhyun já estava chorando era incrível como Chanyeol conseguiu o tirar de órbita com tão pouco, mas antes quê conseguisse responder sentiu uma forte contração em sua barriguinha, Opa, seu bebê havia resolvido chegar algumas semanas antes.

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Park Byun MinSeok havia nascido exatamente as 20:00pm da noite de um domingo, era um bebê gordo e preguiçoso como Sehun havia o intitulado.

Chanyeol sorria ao observar Baekhyun dormindo com MinSeok ao seu lado na cama, era possível ver a ligação quê o filhote havia com o menor, se Baekhyun se afastasse por muito tempo já era motivo para o pequeno alfa abrir o berreiro e só se acalmava quando o ômega vinha a seu encontro, chegava a ser engraçado como o filhote ficava desespero.

Também era engraçado a semelhança do filhote com o alfa, eram simplesmente apaixonados pelo cheirinho do ômega.

— Chegou faz muito tempo, Yeol? — Baekhyun perguntou todo manhosinho chamando o alfa para se aproximar.

— Tem uns minutos, como foi com o MinMin hoje?

— Ele é um anjinho Yeol, nem chorou hoje. — Sorriu — Só tem uma semana que ele chegou e já é a coisinha mais perfeita desse mundo.

— Você tem razão. E eu acabei de me lembrar uma coisa, a uma semana eu te fiz uma pergunta e até agora o senhor não me respondeu.

— Qual foi a pergunta? Não consigo me lembrar. — Disse brincando.

—  Não? Bom deixa eu refrescar a sua memória, eu fiz uma declaração toda nervosa.

— O quê mais? Qual foi a pergunta quê você me fez.

— E perguntei se você queira casar comigo, bebê. — Pegou um colar em seu bolso e no lugar do pingente havia duas alianças. — Aí, o MinMin resolveu roubar minha hora.

— Eu aceito! — Disse baixinho e o alfa sorriu juntando seus lábios ao do menor, mas quando iria aprofundar o ósculo sentiu uma mãozinha se enfiar ali no meio.

— Você não coopera com o appa né garotão, às vezes acho que você quer roubar ele de mim. — Disse segurando na mãozinha do menor. — Mas, eu conheci ele primeiro então o Baekhyun é meu, mas eu divido com você, amorzinho, só um pouquinho.

— YEOL!