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História My little Pest - Novas chances


Escrita por: MoonFe

Notas do Autor


Voltei! Esse é o último capitulo da primeira temporada da nossa história!!!!

Ok, a história é pequena mas eu AMO DEMAIS escrever ela. Os próximos capítulos já estão quase prontos e já já começo a soltar eles aqui.

Espero que gostem, de verdade! Beijo!

Capítulo 12 - Novas chances


Fanfic / Fanfiction My little Pest - Novas chances

Era verão em Londres e o tempo estava bem agradável para atividades ao ar livre. O problema é que estávamos trancados em um quarto de hotel fazia três dias. Só assim a gente conseguiria terminar de compor tudo o que precisávamos para começar os trabalhos no estúdio. Faz três dias que não vejo a luz do Sol, Lucas e Emma. Era necessário estar confinado nesses momentos. Só assim, conseguimos focar totalmente no trabalho. Em casa é muito mais difícil. A nossa próxima turnê é a Four Tour que vai ser bem menor que a No Control, será somente setenta apresentações e todas serão na Europa. O deslocamento será bem menor, a dinâmica será muito mais fácil e ficaremos menos tempo fora de casa. Agora, temos três meses para deixar tudo pronto.

Nossa rotina agora era sentar e se inspirar em alguma coisa para escrever as músicas que faltavam. Por sorte, faltava encaixar a letra de apenas uma e depois estávamos liberados por dois dias para descansar um pouco.

- Acho que essa parte não se encaixa com nenhuma que a gente tenha escrito até agora... - resmungou Louis já cansado. Eu estava sentado no chão com o caderno no colo e um notebook do lado para anotar as notas.

- Liam, coloca aquela parte que você fez ontem, talvez fique bom.

- Cause nobody saves me, baby, the way you do. I think I'm gonna win this time

- Ficou bom... – Disse Niall, escrevendo. - Riding on the wind and I won't give up. I think I'm gonna win this time. I roll and I roll, 'til I change my luck

- Agora, Harry coloca a parte que você fez.

- Yeah, I roll and I roll, 'til I change my luck. Cause nobody knows you.

Repetimos mais algumas vezes até a música encaixar com a melodia que tínhamos pensado. E no fim, ela ficou muito boa. Essa era a última e amanhã vamos poder voltar para casa. Finalmente. Assim que amanheceu eu comecei a arrumar a minha mala. Avisei para Taylor que podia vir me buscar e avisei Emma que estava voltando. Terminei de arrumar tudo, tomei um banho rápido e guardei meus papéis na mochila. Sentei um pouco na cama para responder alguma mensagem da minha mãe e ouvi alguém bater na porta, logo ela se abre e vejo Louis entrar. Já arrumado e com o celular nas mãos.

- Já está pronto, Payne? - se jogou na cama quase ficando de cabeça pra baixo.

- Sim, estou esperando o Taylor vir. - me sentei ao seu lado, ele não estava com uma cara boa. Parecia preocupado. - O que houve?

- Estou preocupado com tudo... - continuei lhe encarando. - A Els pode dar à luz a qualquer momento e eu estou quase entrando em pânico com isso.

- Isso é normal, Lou. O medo, a insegurança... Tudo isso vai passar. Vocês estão se preparando para esse momento? - não estava dando muito certo a conversa, já que ele estava deitado e eu só conseguia ver seu queixo. Sentei-me no chão de frente pra ele.

- Estamos, mas na minha cabeça parece que tudo vai dar errado. O que faço? - suspirei tentando achar alguma resposta que ajudasse Louis.

- Só tenta confiar que vai dar certo, Lou. Não temos muito que fazer nessas horas. Elas sempre fazem o trabalho mais pesado e nossa obrigação é apoiar. - fui sincero.

- Não sei Payne. Tenho medo... O que vou fazer na hora que o bebê estiver nascendo? - sorri imaginando a cena.

- Você vai descobrir o que fazer no momento que for ver o rostinho dele... Acredite tudo vai mudar nesse momento.

Continuei conversando com ele por alguns minutos, Louis estava realmente preocupado com tudo e é raro pra eu o ver tendo essas reações. A única coisa que posso fazer por ele é estender a mão e dar o máximo de suporte emocional possível. Já passei por essa fase e sei o quanto é angustiante não conseguir fazer nada. Mas tudo vai dar certo pra eles. Depois que finalmente consegui sair do hotel e fui pra casa, encontrei Emma deitada no sofá e Lucas agarrado com ela enquanto viam algum filme na TV. Entrei no silêncio e fiquei olhando a cena, era engraçado. Lucas parecia um coala grudado nela.

- Cheguei família!

- Paizão! - Lucas saiu correndo se jogando no meu colo. Dei um cheiro nele e fui dar um abraço em Emma. Como ainda não contei para Lucas sobre nós dois... Não seria uma boa ideia ele nos ver nos beijando.

- Como foi o trabalho? - Emma me ajudou com o casaco e a mochila. Deixei a mala no canto e me joguei no sofá e Lucas veio para o meu colo se sentando na minha barriga. - A casa ficou silenciosa sem você.

- Silenciosa? Com o Lucas? Essa é novidade pra mim. - brinquei fazendo cócegas nele. Passei na cozinha para falar com Rose e subi para trocar de roupa. Estava cansado e precisava relaxar um pouco. Desfiz a mala e coloquei tudo para lavar, aproveitei que estava sozinho e passei algumas letras para o computador. Deixo tudo guardado em um Drive separado, mesmo que a gente não use todas as letras, eu sempre guardo. Nunca se sabe né? Já estava na hora do almoço quando Lucas veio me chamar no quarto.

- Paizão, tia Rose pediu pra te chamar. - o coloquei no colo e suas mãos já foram para o teclado do computador, ainda bem que salvei tudo antes dele sentar ali.

- Vamos descer juntos, então. E você? Comportou-se enquanto estava longe? - ele sorriu mostrando todos os dentes pequenininhos. Era fofo.

- Eu sempre me comporto, paizão.

- Sei... O que fizeram? - levantei com ele no braços e fui em direção a cozinha. Já conseguia sentir o cheiro de comida fresca. Maravilhoso.

- Tia Emma me ensinou um joguinho novo,  fez pizza e fez um doce pra mim também.

- É mesmo? E que doce era?

- Não sei o nome, mas era muito bom, paizão. - Quando coloquei os pés na cozinha vi Emma ajudando Rose com a comida enquanto Taylor e Tomás colocavam as coisas na mesa. Eu sempre comi na cozinha com eles, nunca vi sentido em comer sozinho na sala de jantar. Era mais divertido comer ali. - Tia Emma, qual é o nome do docinho que você fez pra mim?

- Brigadeiro. Contou pro seu pai que comeu um prato inteiro também? - ele negou rindo, Lucas ama doce. Tento evitar, mas é difícil. Coloquei-o sentado no meu lado e todos estavam sentados a mesa já se servindo. A comida estava ótima, macarronada de queijo. A minha favorita. Coloquei um pouco no prato de Lucas e começou a comer sozinho. Ficamos conversando sobre coisas aleatórias, como a nova sogra de Tomás que estava obrigando ele a comer comida vegana. A cada história de Tomás e Taylor, Emma gargalhava de ficar vermelha. Depois da sobremesa, fiz um café (digamos que é uma das únicas coisas que sei fazer na cozinha) para todos enquanto Taylor lavava a louça. Ficamos ali a tarde toda conversando, rindo, aproveitando a tarde de sábado que estava bem quente. Enquanto Emma ajudava Lucas a escovar os dentes, senti meu celular tocar e vi algumas muitas mensagens de Louis. Atendi o mesmo.

- Lou, aconteceu alguma coisa?

- Liam, estamos indo para o hospital. - arregalei os olhos, Rose se assustou com a minha expressão. - O bebê vai nascer Liam.

- O que?

- Liam, o meu filho está nascendo. Você está me entendendo? Ele vai nascer, Eleanor está com muitas dores. Liam, ele vai nascer. O que vai acontecer?

- Louis, fica calmo. Vai dar tudo certo. - tentei acalmá-lo, mas consigo imaginar o quão nervoso ele deve estar. - Vocês já estão chegando ao hospital? Quer que eu vá até aí?

- Estamos quase chegando... - ouvi um grito de fundo na ligação, era Els com contrações. - Vem, por favor.

Desliguei o telefone já me levantando da mesa.

- O que aconteceu? - questiona Rose.

- Louis vai ser pai! - corri para o quarto para trocar de roupa de novo e voar para o hospital. E olha que eu queria fazer alguma coisa leve, pra relaxar. Passei no quarto de Lucas e ele estava no banheiro com Emma. – Emma, vou sair, pode olhar o Lucas?

- De novo? Achei que iria descansar.

- O motivo é maior. - os dois me olharam sem entender nada. - Els está dando à luz e Louis pediu pra ir lá.

- Oh meu Deus! - comemorou Emma, Lucas também comemorou. - Me dê noticia, por favor! E tente acalmar Louis.

- Vou tentar. - lhe dei um beijo na bochecha e fiz o mesmo com Lucas. Saí correndo e Taylor já estava pronto me esperando. - Taylor, tente ir o mais rápido que você conseguir.

Quase vinte minutos depois e nós chegamos à maternidade, era a mesma que Lucas nasceu. Subimos direto para a área informada pela recepcionista. Logo vimos Louis sentado com sua mãe do lado e o segurança dele em pé perto dos dois. Assim que me viu, correu até mim. Abracei-lhe apertado.

- Como ela está? - fui até Johannah lhe dando um abraço e um beijo na bochecha, ela não parava de sorrir um segundo. Era seu primeiro neto. Ela estava radiante. Todos estavam.

- Ela entrou para o centro cirúrgico. Liam, nada saiu como planejamos... - sorri de seu desespero.

- Acontece. Nem tudo sai como a gente quer. Como aconteceu? Essa manhã ela estava ótima.

- Quando cheguei em casa ela já estava com contrações. - Nos sentamos na sala de espera, Johannah pegou sua mão e ficou lhe dando apoio da forma que podia. - Não me avisou porque a gente estava sem o celular. O médico disse que ela já está pronta para parir. Liam foi tudo muito rápido. Só deu tempo de pegar as malas e correr pra cá.

- Bom, então fique calmo e feliz. Seu filho está nascendo! - comemorei, ficamos horas na sala de espera. Quase umas três horas. Desci na lanchonete para levar um café para Johannah e uma água para Louis. Ele estava muito nervoso. Os meninos já sabiam do que estava acontecendo e ficaram me mandando mensagem para saber notícias. Avisei Emma que ainda estávamos esperando e pedi para ela ajudar Lucas a dormir. O que seria quase impossível, ele estava animado com a chegada do filho de Louis

Quase dez horas esperando alguma notícia e nada. A única coisa que sabemos é que Els ainda está em trabalho de parto e está chegando a hora do bebê nascer, ela está bem e precisamos aguardar. Eram quase duas da manhã e minha coluna já estava dolorida daquelas cadeiras desconfortáveis da sala de espera. Finalmente eu tinha conseguido acalmar um pouco Louis e ele estava mais quieto e pensativo, sua mãe também estava mais tranquila. A espera seria mais leve agora. Desci para tomar o sexto café só hoje, claramente não vou dormir por muito tempo com essa quantidade de cafeína. Agora, Simon estava esperando com a gente na maternidade, ele conversava sobre coisas aleatórias com Taylor e Daniel. Na lanchonete, aproveitei para comer alguma coisa e levar café para todo mundo. Sentei perto do balcão e senti o celular vibrar, era Emma.

- Oi, Emma.

- Liam, tem alguma novidade?

- Não, ela ainda está em trabalho de parto. - relaxei na cadeira, meus olhos já estavam começando doer. - Mas pelo o que a enfermeira disse, já ela dá à luz. E Lucas conseguiu dormir?

- Na verdade, não. - bufei. - Ele disse que só vai dormir quando você voltar...

- Se você não conseguiu o fazer dormir... Deixa-o acordado, então. Não posso sair daqui ainda... - suspirei cansado. - Não lembrava que isso demorava tanto.

- Você nunca me disse nada sobre o parto do Lucas... Como foi? Gosto de ouvir essas histórias. - sorri lembrando. Aquele dia foi terrível.

- Acho que foi o dia mais estressante da minha vida. Ela entrou em trabalho de parto às três da manhã, quase não deu tempo de chegarmos a Maternidade. Uma hora depois e Lucas nasceu enorme. - ri alto lembrando, ele era muito grande e bem fofinho e gordinho. - Eu dei o primeiro banho e fiz a primeira troca de fralda... Ganhei um banho de xixi. - ouvi a gargalhada de Emma. Era bom lembrar-se dessas coisas. - Depois ele foi pra quarto e Camila amamentou ele pela primeira vez, ela quase foi à Lua de dor. Tiramos a única foto com o Lucas e depois ele voltou pro berçário. Naquele dia, ela sofreu uma parada cardíaca e...

- Liam... - fiquei em silêncio alguns segundos com ela, a ouvir fungando do outro lado da linha. Meus olhos estavam marejados, mas não queria chorar por isso de novo. - Você quer que eu vá até aí?

- Não precisa... Fica com Lucas... Eu vou ficar bem. - suspirei. - Emma... Eu serei eternamente grato e feliz por Camila ter me dado Lucas. Mas não quero que a presença dela, atrapalhe a gente...

- Isso não vai acontecer, Liam. Eu te amo e amo mais ainda o Lucas. - sorri ouvindo isso, era música para os meus ouvidos. - Tenho certeza de que onde quer que ela esteja, está feliz por vocês.

- Amo você... - sussurrei no telefone.

- Eu também te amo, Liam...

- Eu vou voltar para a sala de esperar, qualquer novidade eu te ligo. - Voltei para a sala e entreguei o café para todos. Olhei pela janela e já estava amanhecendo, quase não vi o dia passar. Fiquei olhando o movimento da cidade aos poucos aumentar, Louis parou do meu lado. - Está mais calmo?

- Sim, ela está em boas mãos e não posso fazer nada que não seja esperar... O que acha de Freddie se for menino e Louise se for menina?

- Gosto dos nomes. Consigo imaginar você com o Freddie.

- Acha que é menino? Eu tenho sonhado com uma garotinha de olhos azuis e sorriso largo, como o da Els. - sorri, seria uma linda menina.

- Aposto uma cerveja que é menino.

- Apostado. - demos as mãos rindo. Nosso silêncio foi interrompido pela voz da enfermeira, finalmente vamos saber de alguma coisa. - Então, como está Els? E o bebê?

- Sua mulher está ótima e o bebê também. Foi um parto longo e difícil, mas seu filho é perfeito. - Comemoramos todos, Johannah abraçou Louis enquanto os dois choravam. A alegria estava instaurada naquele momento. Que felicidade.

- Então quer dizer que temos mais um menino no grupo? - questionou Simon com um sorriso enorme nos lábios.

- Senhor, quer me acompanhar para ver seu filho? - Louis afirmou e logo seguiu a moça. Ficamos mais alguns minutos ali comemorando, Simon já estava ligando para os meninos para dar as boas novas. Precisávamos comemorar. Aproveitei que estavam todos calmos e felizes e voltei a ligar para Emma. Talvez ela já esteja acordada. Voltei para a janela e fiquei aguardando.

- Oi, Liam.

- Te acordei?

- Não dormi ainda. Como estão as coisas aí?

- Freddie nasceu!

- Oh Meu Deus, finalmente! É menino? Deus, que coisa linda deve ser essa criança! - sorri com sua animação. - Quando podemos ir visitá-lo?

- Não sei ainda, Louis acabou de entrar para ver a Els e o bebê. Não sabia que gostava de bebês, achei que era mais chegada em crianças mais velhas...

- Eu amo bebês, Liam. Eles são as coisas mais fofas que existem.

- Quem sabe um dia, você não tenha um bebê fofo e gordinho para ficar babando nele. - Não seria uma má ideia ter outro filho futuramente. Eu adoro ser pai e tenho certeza de que Emma seria uma ótima mãe.

- Não me diga uma coisa dessas, Liam. Eu vou levar à sério e vou te cobrar por isso. - gargalhei.

- Prometo que farei o possível para lhe dar um bebê fofinho. - a ouvi suspirar talvez pensando na hipótese. Quem sabe, né? - Pode dar um banho em Lucas quando ele acordar e depois trazer ele aqui? Tenho certeza de que ele vai adorar conhecer o Freddie.

- Depois que ele acordar? Liam, ele não pregou os olhos um segundo essa noite. Assim que puderem receber visitas, me avise.

- Tudo bem. Dá um beijinho em Lucas por mim. - desliguei e voltei para a sala de espera. Depois de uns quarenta minutos, Louis voltou para onde estávamos com um sorriso absurdamente grande.

- Então? Conseguiu ver ele? Els está bem? - disparou Johannah.

- Ele é perfeito! Els está ótima também, vamos entrar pra ver ele? - concordamos e todos fomos atrás dele no berçário. Paramos de frente para a grande janela de vidro. Dentro da sala tinham poucos bebês, três meninas e dois meninos. Todos estavam limpinhos e calmos. - É aquele ali. - Apontou para o bebê da esquerda que estava com os olhos bem abertos. Eram azuis como o céu, seu rostinho redondo e poucos fios de cabelo loiro eram perfeitamente alinhados. Era uma mistura perfeita de Louis e Eleanor. Havia traços dos dois, mas os de Louis eram mais evidentes.

- Ele é a sua cara quando criança. - comentou Johannah com lágrimas nos olhos. - Meu neto é lindo.

- Parabéns cara. Ele é perfeito. - abracei Louis de lado, ele não parava de sorrir. Ficamos mais alguns minutos ali até pedirem para a gente sair, não podíamos ficar muito tempo. Voltamos para a sala de espera e Louis veio com a gente. Já passava das onze da manhã e quase todo mundo já estava no hospital com a gente. Os meninos, Emma e Lucas, os pais de Els e as irmãs de Louis já estavam aguardando ansiosos para conhecer o rostinho de Freddie. Enquanto esperávamos, Lucas fazia um milhão de perguntas pra mim e Harry.

- Mas como ele saiu de lá? A tia Els tem uma portinha? - Harry gargalhava das perguntas dele, Lucas estava sentado no meu colo de frente pra mim e Emma conversava animadamente com Niall e Johannah.

- A tinha Els tem uma portinha que só as mulheres têm. É por lá que os bebês entram e saem. - Foi a minha vez de gargalhar, Harry sempre se esforça para responder às perguntas de Lucas, mas quase sempre ele falava umas coisas nada haver que Lucas não entendia. Era cômico.

- A tia Emma também tem essa portinha?

- Tem sim. Seu pai conhece a portinha dela. - me engasguei com a saliva enquanto Harry ria, que filho da mãe.

- E pode sair um bebê da tia Emma também? - eu estava ligeiramente incomodado com as perguntas de Lucas e com as respostas de Harry.

- Se seu pai der um bebê pra ela... - Ok, agora eu estava envergonhado com aquele assunto todo.

- Vamos mudar de assunto? - Harry estava vermelho de tanto rir da situação. - Harry, não pode falar essas coisas pra ele.

- Qual o problema? - sussurramos, Lucas voltou sua atenção para o meu braço. - Ele vai saber o que é isso você querendo ou não.

- Ele tem seis anos, seu idiota. - fomos interrompidos por Emma se sentando ao meu lado.

- Porque estão cochichando?

- Tia Emma você vai ter um bebê? - Lucas perguntou, senti meu rosto queimar na hora, nem preciso dizer que Harry estava quase caindo da cadeira de tanto rir.

- Eu? Que bebê? O que vocês disseram pra ele? - ela nos fuzilou dois, Harry procurava ar enquanto controlava o riso.

- Foi o Harry! Eu não disse nada.

- Ele perguntou como o Freddie saiu da Els e eu disse que ela as mulheres tem uma portinha que entram e saem bebês. - Vi Emma fechar os olhos, respirou fundo. E balançou a cabeça em negação. - Curiosidade de criança, Emma. Já deveria estar acostumada com elas.

- Harry, não existe jeito pior para explicar isso, sabia? - segurei o riso. - Lucas, depois vamos ter uma conversa de como nascem os bebês. E vocês dois, não expliquem mais nada pra ele. - Finalizou o assunto levando Lucas no colo para longe de nós.

[...]

Se existia uma criança tão bonita quanto Freddie, eu desconhecia. De perto era ainda mais nítido a aparência fofinha dele e o quanto era parecido com Louis, Els estava ótima e estava andando pelo quarto todo sem dificuldade nenhuma. O quarto estava todo decorado com balões azuis e verdes, muitas flores e alguns ursos de pelúcia. Depois que entramos para finalmente conhecer o caçula da banda, tiramos algumas fotos e foi a vez de Lucas conhecer ele. Acho que era a primeira vez que via um bebê tão pequeno. Com muito cuidado, me sentei no sofá com Lucas no colo e Els colocou o bebê nos braços dele. Segurei firme para que Lucas não tirasse as mãos de apoio de Freddie. Lucas quase não se movia, talvez com medo de machucar ele.

- Paizão, porque ele é tão pequeno? - perguntou sussurrando, Louis e Els estavam abaixados na nossa frente acompanhando cada reação de Lucas. Assim como Emma, Simon Johannah, Harry e Niall. Todos estavam atentos à cena.

- Porque ele acabou de nascer, filho.

- Ele vai ser pequeno para sempre? - senti sua mão sair debaixo dele e ir para a bochecha rosada de Freddie. Passava os dedos de forma delicada por ali.

- Daqui a pouco ele vai crescer e ter o seu tamanho, campeão. - Louis disse passando a ponta do dedo no bracinho gordo de seu filho. Ele estava muito babão.

- E ele vai poder brincar comigo?

- Sim. Você vai ensinar ele a jogar videogame, a nadar... - completou. Lucas abriu um sorriso e com calma deu um beijinho na cabeça de Freddie que se mexeu lentamente e abriu um leve sorriso. O primeiro sorriso de Freddie.

[...]

Já estávamos no carro voltando pra casa, Taylor levava Johannah para casa e eu estava com Emma e Lucas no carro. Depois de tantas horas, eu precisava de um bom banho e uma cama confortável. Minha coluna estava me matando. O caminho foi animadíssimo, Lucas contava o que iria fazer quando Freddie tivesse o tamanho dele e era muito engraçado imaginar que daqui a pouco isso realmente aconteceria. Como o caminho da maternidade até em casa era longo, tivemos tempo o bastante para ouvir os papos aleatórios de Lucas. Eles nunca acabavam. 

- Paizão, porque a gente não pode dar um ratinho de presente para o Freddie?

- Porque ele ainda é muito pequeno, filho. Não pode ter um bichinho agora. 

- E uma ovelhinha? - Emma não conseguiu segurar o riso, Lucas tem cada idéia que é até difícil saber se ele está sendo irônico ou só interessado mesmo. 

- Vai ser igual quando você quis levar uma ovelha para a sua tia Ruth? - soltei me lembrando desse dia. Fiquei quase duas horas tentando fazer com que Lucas entendesse que não podíamos levar a ovelha da fazenda em que estávamos hospedados. 

- Você queria uma ovelha? - Emma perguntou diretamente para Lucas. 

- A tia Ruth ia gostar de ter um bichinho. 

- O que ele fez com a ovelha? - Perguntou pra mim. 

- Estávamos numa fazenda e ele tentou colocar um filhote dentro da mochila dele. - Emma arregalou os olhos e segurou o riso. - Ele queria levar de presente de Natal para a minha irmã. 

- Meu Deus! - gargalhou. - Que tal comprarmos um urso bem grandão? Ele vai gostar.

- Posso colocar o nome dele de Bear? - eu e Emma nos olhamos segurando uma risada. 

- Pode sim. - concordei já entrando no condomínio de nossa casa. Finalmente.

Já passava das oito da noite e eu me preparava psicologicamente para contar a Lucas sobre Emma. Pode ser muito exagero da minha parte, mas sei exatamente o filho que tenho e justamente por isso, preciso ter todo o cuidado do mundo pra falar qualquer coisa com ele. Desde que chegamos, Lucas estava empenhado em ensinar Taylor a jogar um joguinho eletrônico que ficava em seu tablet. Era engraçado ver que Taylor tentava jogar da forma que Lucas ensinava mas nunca passava de fase. Ele estava quietinho jogando aquele maldito jogo que eu com vinte e quatro anos não consigo jogar direito e meu filho de seis anos já fez questão de zerar umas três vezes. Francamente, já fui melhor nisso. Eu estava enrolando mais do que qualquer outra coisa, até Rose já estava me pressionando para conversar com Lucas. 

- Liam, ele vai saber da pior forma. Não é justo com ele. - disse, estávamos na cozinha tomando um café e uma dose de coragem. Assim como eu, Emma estava nervosa com a reação de Lucas. Pedi para Taylor enrolar ele na sala até termos coragem. Mas estava chegando a hora de falar com ele. 

- Liam, eu não consigo mais jogar aquele negócio. Não está na hora de falarem com ele? - questionou Taylor entrando na sala igual um furacão. Respirei fundo e me levantei. Agora vai.

- Tudo bem, eu vou começar a falar e eu te chamo, ok? - Emma assentiu com a cabeça. Fui até a sala e Lucas continuava com seu jogo. - Filho, eu preciso ter uma conversa com você. 

- O que foi, paizão? - Me sentei na mesinha de centro, de frente pra ele.

- Lembra que a gente tinha prometido que sempre falaria a verdade um para o outro? - Ele confirmou com a cabeça. - E lembra também que independente de qualquer coisa, eu sempre vou ser seu pai e sempre vou te amar? - afirmou de novo. - Eu e Emma precisamos te contar uma coisa muito importante. 

- O que é, paizão?

- Fica aqui enquanto eu chamo ela, tá bom? - afirmou com a cabeça e me levantei indo até a cozinha de novo. Quando apareci, Emma abriu um sorriso nervoso e vi que estava mordendo seus dedos. Era engraçado vê-la tão nervosa assim. - É feio roer a unha, sabia? - Brinquei afastando a mão da boca dela, Rose e Taylor já não estavam mais na cozinha. Provavelmente estavam no jardim, eles gostam de ficar sentados lá conversando. 

- Eu tô nervosa. - disse cruzando os braços. 

- Não fica assim. Ele vai gostar. Tenho certeza. - A puxei para meus braços lhe dando um abraço forte e um cheiro no pescoço. - Está pronta? - Confirmou com a cabeça, lhe dei a mão e fomos para a sala, Lucas estava sentadinho olhando para seus pés que balançavam no sofá. - Lucas, lembra quando você disse que gostava da Emma? E não queria que ela fosse embora?

- Sim, paizão. Eu gosto da tia Emma. Ela cuida bem de mim e da Doris. 

- Então... - respirei fundo, Emma estava sentada do lado dele e me olhava aflita. - Lucas, eu queria te dizer que eu e a Emma estamos namorando. 

- O que? Você é namorada do meu pai? - perguntou diretamente para Emma. 

- Sim, meu amor. - Ela respondeu sorrindo e fazendo um leve carinho em sua bochecha. 

- E seu pai deixou?

- Como assim, Lucas? - sorri fraco. 

- Tia Els disse que quando eu for grande e fosse namorar, eu tinha que pedir para o pai dela. Então, o pai da tia Emma tem que deixar você namorar ela. - Lucas explicou e eu fiquei de boca aberta, Emma me olhava segurando a risada da minha cara de bobo. 

- Nunca mude, meu amor. - Emma disse abraçando Lucas. 

- Você sabe que quando ele chegar na adolescência, não vai mais pensar assim né? - Soltei recebendo um olhar furioso de Emma, ri alto. 

- Você ainda não respondeu. - Reclamou Lucas. - Seu pai deixou?

- Meu bem, lembra que eu disse que meu pai virou uma estrelinha? - Lucas confirmou. - Então, ele não pode me dar permissão para namorar seu pai. 

- E quem deixou então?

- Meu irmão mais velho. - respondeu. 

- Paizão, porque eu não tenho um irmão?

- Talvez um dia você tenha um irmão. Basta a Emma querer um bebê também. - falei encarando Emma, suas bochechas ficaram coradas na hora. 

- Então, você vai ficar pra sempre com meu pai? 

- Vai sim, filho. - Respondi orgulhoso. 

- Pra sempre mesmo? Ou vai pro céu como a minha mãe? - Engoli seco, não estava preparado para essa pergunta. 

- Não vou a lugar nenhum, Lucas. 

- Promete? 

- Prometo. - Lucas pulou no colo de Emma, acho que ele aceitou. A cena era linda demais. 

- Então filho, você gosta da ideia de Emma fazer parte da nossa família agora?

- Eu tenho que chamar ela de "mãe"?

- Só se quiser, nunca vou te obrigar a nada. - encarei seus olhos verdes e logo um sorriso surgiu em sua boca, aquele sorriso sapeca que eu bem conheço. Ele pulou no meu colo e ficou me encarando, Emma observava a cena esperando a resposta dele. - Então...?

- Acho que posso gostar disso, paizão.

 


Notas Finais


Até a segunda temporada!


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