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História .my little squirrel season 2 ; minsung EM REVISÃO - Chapter 40 - Tragedy


Escrita por: chanisteles

Notas do Autor


Attention: Jisung POV
Attention 2: Esse capítulo contém cenas que podem ser gatilhantes para alguns. leia apenas se se sentir confortável. Para os que se sentem confortáveis ou não querem spoiler, passem rápido e continuem o capítulo.
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(aborto espontâneo)

Capítulo 43 - Chapter 40 - Tragedy


Fanfic / Fanfiction .my little squirrel season 2 ; minsung EM REVISÃO - Chapter 40 - Tragedy

Han chegou na parada de ônibus no último segundo possível, e talvez nem teria conseguido entrar no veículo se não conhecesse o motorista, que o havia achado muito simpático e foi gentil o suficiente para esperá-lo terminar a corrida desajeitada e entrar no ônibus. O menor passou a utilizar o transporte público para ir até o trabalho já que Minho nem sempre acordava a tempo, e ele queria fazer pequenas caminhadas para se exercitar. Já estava com quatro meses, e o filhotinho já pesava pelo menos o dobro dentro de sua barriga, mas ele já estava aliviado por saber que não eram gêmeos novamente, observando que o volume de seu abdômen nem se comparava ao da primeira gravidez. O dr. Oh, o mesmo médico que acompanhou toda a gestação das gêmeas, disse que era crucial que ele se movimentasse, contanto que com todos os cuidados necessários, se hidratar e se alimentar bem, além de tomar um cuidado redobrado, mesmo que ele já soubesse de todos os procedimentos. Por isso que quando ele entrou no ônibus tropeçou umas duas vezes nos degraus, por carregar consigo uma enorme garrafa d’água e sua mochila cheia de lanchinhos junto de seus materiais para o trabalho.

Ele se sentou numa das únicas cadeiras vagas do lado do corredor e pôde respirar fundo diversas vezes. As últimas semanas haviam sido incrivelmente corridas para todos, tanto é que Han havia até mesmo perdido sua última consulta: Jeongin havia começado a produzir as suas primeiras músicas e queria apenas divulgá-las na internet, enquanto as audições não estavam abertas para nenhuma empresa que Chan havia recomendado. O mais velho estava dando todo o suporte possível, lhe emprestando seu teclado, microfones e todas as suas dicas valiosas como promotor musical. O melhor amigo ainda não havia revelado nada e esperava mostrar sua primeira canção quando ele estivesse cem por cento confiante para tal. Falando em internet, Changbin também havia entrado de cabeça no mundo digital, decidindo seguir o “conselho” do apresentador que o entrevistou e abrir seu próprio canal do Youtube. Mesmo com apenas dois meses de canal, a Cozinha do Binnie já tinha quase mil inscritos e o número de clientes na confeitaria havia aumentado consideravelmente por causa de seus vídeos. Ele fazia vlogs diários sobre a confeitaria, fazia algumas receitas e a preparação de algumas bebidas que eram também outra especialidade do estabelecimento. Quase sempre usava Seungmin como seu ajudante, tanto na gravação dos vídeos quanto na edição e manutenção do canal. Surpreendentemente, ele havia se tornado muito mais natural em frente às câmeras e os comentários de todos os seus vídeos sempre o elogiavam por aquilo, além da qualidade dos vídeos. Com tantas coisas acontecendo para lá e para cá, era difícil tomar as rédeas do tempo e se situar, o que deixava Han um pouco atordoado, mas feliz pelos amigos que se engajaram em tantas coisas diferentes.

O ônibus em que estava sempre demorava um pouco para chegar ao seu destino, então Han sempre fazia questão de puxar conversa com os usuários assíduos daquele mesmo ônibus, e até já tinha feito algumas amizades. Conversava com duas senhoras que eram irmãs e que sempre iam juntas ao centro para fazer compras, com uma mãe que levava a filha de oito anos para as aulas de balé (Han gostou tanto da roupinha da garotinha que até considerou colocar as filhas para dançar também), e até um grupo de adolescentes que sempre estavam estudando e ele os ajudava com as aulas de biologia, já que aparentemente estavam estudando botânica em seu último ano do ensino médio. Han sabia que não tinha obrigação alguma de conversar com aquelas pessoas, mas ele sabia bem como o sorriso de alguém para você pela manhã poderia deixá-lo de bom humor pelo resto do dia. Talvez fosse por isso que os dias do esquilo sempre começassem bem também.

Por volta das sete horas, com o ônibus quase vazio, Han desembarcou em frente à escolinha, que já tinha algumas crianças e seus pais pontuais até demais esperando o sinal bater para que entrassem. O menor deu bom dia para as criancinhas que já o conheciam e cumprimentou Yoohan com um abraço caloroso. Eles haviam virado bons amigos e sempre conversavam e até mesmo iam até a loja de conveniência no fim da rua para tomar alguma bebida quente. Ela sempre contava histórias engraçadas sobre a sra. Ji e sobre o período em que trabalhava na escola. Han pensava que todas as vezes que conversava com ela, ele voltava no tempo e visualizava sua tia num tempo em que ele nem pensava existir um mundo além daquele que vivia. Ele sentia ter participado de eventos em que esteve longe dela, e que estava aos poucos recuperando o tempo perdido.

 Eles conversaram na entrada da escola brevemente, até o menor dizer que precisava resolver alguns assuntos sobre seu projeto, e então entrou no interior aquecido e ainda meio vazio, sem os estudantes por perto. Ele seguiu o caminho percorrido todos os dias até o parquinho, abrindo o cercadinho colorido e se dirigindo até o gramado ainda úmido da chuva que caiu naquela madrugada. A primeira parte de seu projeto com as crianças era lhe dar sementes de uma determinada planta ou flor que quisessem cuidar e então dar a sua para alguém de sua sala que gostasse muito. Para retribuir o presente, quem recebeu a semente do amigo teria que cuidar muito bem da planta e lhe dar um buquê assim que elas florescessem. A maioria das crianças escolheram flores, e algumas delas, plantas estranhas que eles mesmos inventaram, então ele apenas deu uma semente de dente de leão. Chinhae também estava participando do projeto, e Han se lembrava de vê-lo escrever que gostaria de dar alguns lírios para a sua amiga. Ele não queria ter nenhum favoritismo, mas gostava tanto do garotinho que olhou primeiro para o seu brotinho no chão. Ele sorriu ao ver que todos estavam crescendo bem e os pequenos realmente estavam empenhados em fazer um bom trabalho.

Ele voltou para dentro quando o sinal para o início das aulas tocou e esperou todas as crianças entrarem nas salas para que pegasse seus materiais para trabalhar nas plantas do interior da escola. Ele passou os três primeiros períodos plantando os novos brotos para os canteiros entre blocos, podando os galhos seco das árvores e arrastando alguns jarros para posições diferentes, evitando que as crianças que constantemente corriam por ali tropeçassem e sofressem acidentes. Em diversos momentos ele parou e se sentou um pouco quando começou a sentir um incômodo qualquer, e sempre bebia bastante água.

No intervalo, ele decidiu andar pela escola e dar uma pausa. Talvez ele pudesse Chinhae e treinar a linguagem de sinais que estava aprendendo por causa dele. Ele ainda não sabia muito além do básico, como “olá”, um “obrigado” e seu próprio nome. Quando eles se encontravam, o garotinho escreveria o nome de alguma coisa ou alguma frase no caderninho e então faria os sinais correspondentes para que aprendesse novas coisas. Era muito divertido e ele ficava muito feliz quando o pequeno sorria com todos os dentes e ria bastante.

- Vejamos, dessa maneira é “olá” ... – Han gesticulou para si mesmo, e então fez o sinal de “como está?” – O Han precisa estudar mais...

Ele desceu a rampa para o bloco de baixo onde havia as salas das crianças mais velhas e um segundo refeitório. Ele deu seu melhor para se desviar dos garotos e garotas que corriam por aí e olhava ao redor a procura de algo ao qual manter a visão. E, infelizmente encontrou.

No canto do refeitório, longe dos olhos de quem passa apenas superficialmente pelo local, estava uma aglomeração de três alunos que pareciam ser da quinta série, todos ao redor de algo que estava no chão. Eles riam descontrolados e um deles tinha até mesmo uma tesoura nas mãos. Han sentiu que algo já não estava correto ali e começou a se aproximar devagar, mas quando um deles andou para o lado e o esquilo viu a figura de Chinhae encolhida no chão, Han correu a toda velocidade para eles.

- Hahaha, corta mais um tufão, Jino! – Um deles disse ao garoto da tesoura, que deu uma risada descontrolada e ia se aproximando do pequeno, mas Han conseguiu segurar sua mão e puxar a tesoura.

- O que estão fazendo?! – Ele exclamou com a voz marcada pela incredulidade e tristeza. Ele empurrou os meninos para o lado e correu até Chinhae, que soluçava e cobria a cabeça com as mãozinhas. Ele olhou para os garotos que olhavam com os olhos ainda petulantes. – Vocês não têm vergonha de fazer isso com ele? Ele só tem nove anos!!

- E o que ele vai fazer? Não pode falar nada! – Um deles disse e deu uma risada. Han tentou respirar fundo, mas mal conseguia fazer isso direito, tamanha era sua raiva.

- Eu terei certeza de que a mãe dele, a diretora Jang, saiba do que está acontecendo.

- E-espere, a mãe dele é a diretora?! – Um deles exclamou, a expressão mudando imediatamente e se virando para o garoto que aparentemente se chamava Jino.

- Ferrou. V-Vamos! – Jino gritou, e todos eles correram para longe. Han observou tamanha covardia e sentiu muita pena deles e das famílias deles. Ele se voltou para Chinhae, que olhava para ele com os olhos molhados e o nariz pequeno e inchado. Seu cabelo fora puxado violentamente, e havia falhas em várias partes de sua cabeça. Os tufões estavam jogados no chão ao redor deles, delatando uma cena terrível. Chinhae, ao ver que os três haviam ido embora, voltou a chorar e se jogou nos braços de Han. Este não conseguiu se segurar e soltou algumas lágrimas silenciosas, enquanto o apertava forte contra o coração acelerado. O sinal bateu para que voltassem às salas, mas Chinhae não queria se soltar. Quando todo o local estava silencioso e o pequeno conseguiu se acalmar, Han fez um dos sinais que aprendeu.

- Me desculpa.

Chinhae perguntou por quê.

- Por não ter chegado antes. Nem ter reparado no que andava acontecendo. Eu devia ter prestado mais atenção. – Ele disse. O menino negou com um sorriso. Ele olhou ao redor e pegou seu caderninho do chão, que tinha uma marca de sapato na página principal. Enquanto Chinhae limpava a sujeira e escrevia algo em seu caderno, Han tentava engolir o choro e o incômodo em seu peito. Ele passou a página à Han.

- Não foi culpa sua. Obrigado por ter vindo. – Ele escreveu cuidadosamente. Logo abaixo, havia mais uma mensagem. – Poderia me fazer um favor?

- Claro, pequeno, qualquer coisa.

Ele passou a página e escreveu algo mais.

- Poderia ajeitar meu cabelo?

- Pequeno, você está com sorte! – Ele disse num tom animado, segurando aquele mesmo par de tesouras. – Pois eu corto os cabelos de gêmeas há mais de seis anos.

Os dois seguiram para o banheiro, e Han trouxe consigo um dos banquinhos do refeitório para que o pequeno se sentasse. Era uma posição meio desconfortável para o híbrido, mas eles não poderiam demorar, então começou logo a cortar seu cabelo. Felizmente os cortes não feriram e nem foram tão rentes ao couro cabeludo, então ele pôde cortar sem tirar muito do comprimento e ainda deixá-lo fofinho. Cortar o cabelo de um garoto era bem mais fácil do que os das gêmeas, ele percebeu, e ele até imaginou se o filhotinho seria um menininho para que pudesse cortar o seu cabelo daquele jeito em alguns anos.

Mas, de repente, algo parecia estar errado.

Quando Han estava terminando a dar os últimos cortes e se abaixou para limpar o chão, Han sentiu uma tontura o atingir subitamente e, quase imediatamente após, uma dor dilacerante se apossar de seu baixo vente. Suas pernas enfraqueceram e ele caiu no chão, segurando a barriga com força. Chinhae se virou e se colocou de joelhos ao lado do esquilo, a expressão preocupada beirando ao desespero.

- A-algo errado... – Han murmurou, sentindo outra pontada de dor lhe atingir e lhe roubar um grito de dor. Ele nunca sentira algo daquele jeito antes, e o mal estar era completamente diferente de qualquer outro relacionado àquele. Ele sentia que algo queria se expulsar de dentro de si, e ele começou a negar com a cabeça. Tudo menos aquilo.

Ele pegou o celular com a mão trêmula e colocou na discagem rápida para chamar Minho. Chinhae continuava o balançando, as lágrimas beirando seus olhinhos grandes. Outra pontada de dor veio, tão forte quanto as outras, mas ele tentou sorrir.

- Tudo bem, tudo bem... Chinhae, p-por favor, pode me pegar um copo de água? Minha garrafa... está no outro bloco. – Han pediu com a voz fraca, tocando seu braço. Ele na verdade não queria que o pequeno visse o que quer que estivesse acontecendo. Ele concordou e saiu correndo do banheiro, o que lhe deu tempo para tentar se levantar. Ele foi de joelhos até uma das cabines do banheiro, sentindo uma náusea terrível o consumir. Mas ele não sentia vontade de vomitar. Era uma náusea que provinha do mais puro medo. Ele fechou a cabine e continuou apertando sua barriga, a dor deixando sua mente leve e os pulmões sem ar. Lágrimas manchavam sua camisa, da mesma forma que o sangue molhava suas calças.

- Por favor... não se vá. – Ele clamou entre soluços, fechando os olhos com força e querendo apenas que Minho e suas filhas estivessem ali ao seu lado.


Notas Finais


essa era sinceramente uma parte da estória que eu tava querendo evitar, mas... não se preocupem, ainda teremos um final super duper feliz.

na real, não sabia se colocava o aviso de gatilho lá em cima pq literalmente dava o spoiler do cap inteiro, ent me desculpem se algm se sentiu desconfortável. se muitas pessoas se sentirem mal, coloco o aviso lá em cima :( AAAAAAAAAAAAA EU ME ODEIO VOU CHORAR

muito obrigada por ler e até o próximo cap eu ainda amo mt vcs S2


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