1. Spirit Fanfics >
  2. My Little Star >
  3. A magia está em toda parte.

História My Little Star - A magia está em toda parte.


Escrita por: PrettyJackson

Notas do Autor


Olá, meninas. Trago à vocês mais um capítulo emocionante dessa história.
Eu mudei o nome da Fanfic, vocês devem ter percebido. Mas apenas o nome, a história é a mesma.
Bem, no fim explicarei a vocês as curiosidades referentes à vida real do nosso amado Michael. Beijos. E boa leitura.

Capítulo 4 - A magia está em toda parte.


Fanfic / Fanfiction My Little Star - A magia está em toda parte.

Naquela manhã, apressados, pegamos o avião em Nova Iorque e partimos direto para o Condado de Santa Bárbara. Durante o voo eu estava mais quieta, calada. Eu sempre falava muito. Harry percebeu que eu estava diferente.

- Querida, você tá bem? Está tão quieta.
Sim, eu estava mais quieta, mas apenas por fora. Por dentro, tudo estava agitado. Meu coração palpitava, minha mente sem descanso vagava pelas horas que viriam.

- Eu estou bem. Só... Um pouco cansada.

- Eu poderia ter chamado outra pessoa, caso não quisesse vir.

- Não, não poderia. Eu sou seu braço direito, lembra?

- Sim. É por isso que está aqui.

- Não se preocupe comigo. Tá tudo bem.
Ele sorriu balançando a cabeça afirmativamente, se recostou em seu assento e fechou os olhos.
Eu não queria dormir, mas as nuvens que passavam pela janela me convenceram inconscientemente de que aquilo seria bom. O voo levou 5 horas. Chegamos em Santa Bárbara às 15:00 da tarde. Harry alugou um carro e partimos para o Vale de Santa Ynez, o Rancho fica a pouco tempo dali. Santa Ynez é famosa pelo cultivo de uva. Uma sequência de colinas, carvalhos antigos e videiras intermináveis, atraem muitos turistas amantes de um bom vinho e tranquilidade, é um cantinho da Europa na Califórnia. Porém, não paramos para apreciar a cidade, abastecemos e retornamos para a estrada, agora diretamente para Neverland. 
No banco do passageiro, eu olhava encantada através da janela as montanhas até onde se tinha vista a nossa volta. Uma paisagem espetacular. 

- Nerverland fica num lugar tão bonito, Harry. Isso aqui é lindo.

- É sim. Você ficará encantada com Neverland.

- Eu tô animada.

- Espero que sim. Você tem estado muito calada desde que saímos.

- Não há nada comigo, Harry. Verdade. - Sorri. 

Eu estava ansiosa. É verdade. Porém, tentava me convencer de que não havia razão para aquilo. Eu estava à trabalho. Uma profissional responsável, era como eu deveria me comportar.

Em poucos minutos, paramos em frente aos portões de Neverland. E esquivei  a cabeça um pouco para fora para vê-lo melhor.

- É lindo! 

Olhei em volta, o vento soprava forte, o clima naquele fim de tarde estava fresco, perfeito. De repente, os portões se abriram, ao passarmos por ele eu ouvi música. Sim, uma bela melodia sendo entoada.

- Harry, estou ouvindo música.

Ele sorriu ao ver minha cara de espanto. Como se fosse uma criança. 

- Sempre que os portões se abrem, essa canção chamada Danny Boy é entoada.

- Isso é tão lindo...

Quanto mais adentrávamos a propriedade, mais encantada eu estava. Lindos campos verdes, árvores e flores por toda parte. O lugar parecia estar vivo.

Harry estacionou o carro e descemos. Eu olhei para os lados buscando em minha visão, seguranças com ternos pretos e suas escutas em seus ouvidos, mas não. Não havia ninguém assim. 

- Harry, não há seguranças. - Cochichei em seu ouvido.

- Não, querida. Não há! Este é o lar do Michael. Sua vida por trás dos bastidores.
Eu arqueei as sobrancelhas, balançando a cabeça afirmativamente. Começava a entender a atmosfera daquele lugar. Aquele era de fato um recanto escondido do mundo.
Ouvimos um som de passos que vinham em nossa direção, olhamos para trás e a passos lentos... Não! Não era um empregador. Jamais me passou pela cabeça de que seria o próprio Michael que nos receberia em sua porta. Era ele, sorridente e sereno.

- Harry! Velho amigo. - Disse Michael ao se aproximar.

- Michael!

- Como é bom ver você. - Disse Michael abraçando-o.

 - Quanto tempo, meu rapaz.  

- Não me lembro mais.

- Devemos nos reunir mais vezes.

- Estou de acordo. - Michael respondeu voltando seus olhos para mim. Mas nesse momento minha respiração falhou e eu inexplicavelmente e por puro azar, engasguei com minha própria saliva, provocando assim uma crise de tosse. 

- Hellem. Você tá bem? - Harry preocupado se posicionou ao meu lado e me deu dois leves tapas nas costas. Controlando minha respiração, sorri. Mas tudo que eu quis naquele instante foi enfiar a cabeça num buraco.

- Eu estou bem. - Falei em baixo tom. - Me desculpem por isso.

- Tem certeza? - Michael perguntou-me gentilmente. Foi a primeira vez que ele falou comigo. Olhei para ele e no mesmo instante meu rosto ardeu como se tivesse queimando, tamanho foi minha vergonha. Ligeiramente desviei os olhos  para o nada engolindo em seco. 

- Não foi nada. Eu sinto muito. - Respondi-o finalmente.
Por curtos segundos seus olhos permaneceram parados em mim, foi muito rápido, porém o suficiente para me fazer pensar em mil coisas ao tentar imaginar o que ele estaria pensando. Então, pacientemente desviou seus olhos para o Harry que se divertia com a situação.

Isso não poderia ter começado de maneira pior.

- Mas que falta de educação a minha. - Disse o Harry ainda rindo. - Michael, essa é Hellem Miller. - Esticou sua mão em minha direção. - Hellem, Michael Jackson.

- Hellem! - Ele pronunciou lentamente o meu nome e sorriu. - Como vai? - Estendeu-me sua mão sustentando um olhar firme.

- É um grande prazer, Sr. Jackson. Vou bem, obrigada. - Respondi apertando-lhe a mão. Inconscientemente observando seus traços tão delicados.

Mantendo um olhar sereno, gentilmente ele respondeu.

- O prazer é todo meu.

Sua mão era macia e grande, os dedos cumpridos e magros pareceram-me frágeis, porém demonstrou possuir um forte aperto de mão. E seu sorriso, eu quase desmaiei ao ver aquele sorriso tão pertinho de mim.

Michael soltou minha mão e enfiou as suas nos bolsos da calça que usava, voltando sua atenção ao Harry. 

- Harry, dessa vez ficará mais tempo, certo?

- Eu adoraria, Michael. Mas nessa nova circunstância,  é você quem deve estar sem tempo.
Michael sorriu gentilmente. E toda vez, eu quase desmanchava. Era como se seu sorriso transmitisse algo  mais além de simpatia.

- Refere-se a nova turner?

- Sim.

- Oh. Bem, ainda está um pouco corrido, mas estamos nas finalizações dos ensaios. Quase tudo já foi resolvido. Apertarão novamente quando começarem as viagens.

- Entendo.

Em meio a conversa, foram caminhando em direção a casa. Silenciosamente, peguei minha mala dentro do carro para levar, mas Michael se voltou para mim e gentilmente me avisou de que outras pessoas se encarregariam do serviço. Ele estava atento a tudo e todos, demonstrou isso naquele momento. Sua educação e gentileza eram contagiantes. Assim como toda a magia que envolvia Neverland. 
Adentramos a mansão, e mais uma vez me peguei fascinada. Tudo ali era Michael, grandioso em cada detalhe. Criando visões de encher os olhos e a alma.

Michael nos convidou a nos sentarmos com ele em sua sala de visita. E assim o fizemos seguindo-o até a sala.

Os dois eram amigos de longa data e estavam colocando a conversa em dia, sentada numa poltrona ao lado do Harry, tentei não encará-lo, seria muita grosseria, mas era quase inevitável não olhar. Então, me levantei discretamente e caminhei a passos lentos pela sala. Observando os quadros nas paredes, as esculturas e fotografias por ali espalhados. Ao lado, havia uma enorme janela com uma boa visão para o jardim, eu simplesmente me encantei e acabei distraída olhando para o lado de fora. Tão distraída que não ouvi Michael falar comigo.

- Hellem! - Chamou-me o Harry com um tom de voz mais alto, assim me despertando a atenção.
Olhei-os depressa ao ouvi-lo.

- Sim, Harry!

- Michael está falando com você.
Busquei seus olhos e os mesmos já me fitavam bastante atentos.

- Me desculpe, eu não... 

- Me ouviu? - Ele completou minha frase e sorriu.

- Sim. - Sorri também.

- Eu disse que se quiser se acomodar chamarei a Rose para levá-la ao seu quarto.

- Sim, eu gostaria sim, obrigada.

Ele se levantou no mesmo instante e caminhou até outra sala, chamou uma simpática senhora e voltou com ela.

- Rose, essa é a Srta Miller, companheira do nosso amigo Harry. Passará alguns dias conosco em Neverland.

- Olá, Sra Millher. Sou Rose.

- É um prazer, senhora.
Ela sorriu estendendo-me sua mão.

- Me acompanhe, a levarei até o quarto.

Segurei sua mão e caminhei ao seu lado, como se fosse uma criança segurando a mão de um adulto. Achei graça na situação e sorri. Ela então subiu as escadas, foi quando percebi que o quarto para o qual ela me levava ficava na mansão.

- Com licença, senhora?

- Por favor, querida. Me chame apenas de Rose.

- Oh, sim. Me desculpe. - Sorri.

- Tá tudo bem. O que ia dizer?

- É que pensei que ficaria em um dessas casas que hospedam os convidados do Sr. Jackson.
Ela sorriu.

- São convidados especiais do Michael. Seu quarto é aqui. - Disse abrindo a porta de um dos quartos no corredor.

- Obrigada.

- Se precisar de qualquer coisa, pode me chamar.

- Sim. Eu preciso da minha mala. - Falei em tom risonho.

- Já estão ai, meu bem.

- Oh! Obrigada novamente.

- É um prazer.

Ela saiu. E eu curiosa, dei uma boa espiada em volta antes de entrar no quarto, eu não sabia qual era o quarto do Michael, mas deduzi que não estaria longe dali. 

Entrei e fechei a porta atrás de mim. Tudo era lindo. Espaçoso e delicado. A passos curtos, caminhei até a cama e me sentei. Dei um longo suspiro e me afundei entre os grandes lençóis brancos. Era um verdadeiro sonho estar ali. Desfiz minha mala e ajeitei tudo pacientemente no guarda roupa de madeira. Tomei um longo banho que me descansou. Então, decidi descer para me juntar a eles novamente. Mas eu havia demorado demais. Na sala, nem Michael e nem o Harry encontrei. Um tanto perdida, encostei outra vez ao lado da janela olhando o jardim, foi quando Rose me encontrou.

- Procura pelo Sr. Truman?

- Sim. 

- Acabou de subir para o quarto. Estava agora mesmo estava acomodando-o.

- Oh, sim. Obrigada. 

- Precisa de alguma coisa agora? - Ela perguntou muito prestativa.

- Não. Não se preocupe comigo. Eu estou bem. - Eu estava pensativa, e estranhamente emocionada. Aquele lugar me remetia a minha infância.

- Me avise se precisar de qualquer coisa.

- Aviso sim. - Sorri. - A senhora é muito gentil.

- Vá dar uma voltinha. Esse lugar tem tanta coisa para ver.

- Sim. Eu percebi. Agradeço pela sugestão, Rose.

Rose saiu e como sugerido, saí também explorando aquele recanto mágico. Na entrada da mansão, o lindo jardim estava encantador coberto por flores coloridas, as árvores e o gramados estavam verdes, o clima estava ameno, tinha sol mas estava coberto por grandes nuvens brancas, deixando assim, apenas seus raios brilhantes atravessando as nuvens menos densas. Também ventava, ventava muito e os topos das árvores se balançavam fazendo um som acolhedor e suave. O som das cascatas derramando suas águas no lago a frente se misturava ao canto de pássaros, e bem distante, havia música. Uma melodia doce que lembrava crianças, infância e inocência.

- Oh, meu Deus! Isso é tão lindo. É tão mágico.

Não haviam carros, pessoas conversando, não havia fumaça e nem cheiro de óleo queimado. Apenas a doce harmonia da natureza em seu esplendor. E eu, eu estava encantada. Já não havia palavras para descrever como eu estava me sentindo naquele momento.
Após uma curta caminhada, voltei para a mansão. Encontrei o Harry descendo as escadas.

- Onde você estava, Hellem?

- Caminhando. Conhecendo esse pedacinho do paraíso.

- Você gostou?

- Eu nunca vi nada tão lindo.

Ele apenas sorriu.

- Não se afaste, querida. Logo será servido o jantar.

- Não irei muito longe. - Brinquei enquanto ele caminhou até a janela e sorriu olhando para o lado de fora.

- Do que está rindo, Harry?

Nesse mesmo instante, Michael apareceu no topo da escada sorrindo, enrolando as mangas da camisa que usava enquanto descia.

- Ele deve estar se lembrando das incontáveis surras de balões d'água que já dei nele.

- Ainda vou ganhar de você nisso, Michael.

Como é? O Harry? Eu estava incrédula! E não consegui segurar o riso.
 

Michael olhou para mim e sorriu.

- Está rindo disso, não é? Então precisa vê-lo correndo. - Gargalhou.

- Mas o que tem eu, correndo? - Harry perguntou confuso.

- Sobre você correndo, não tenho nada a dizer. Não posso expressar o quão engraçado você torna a brincadeira. - Michael respondeu colocando a mão sobre o rosto sorrindo.

Harry soltou uma gargalhada.

- Não pense que está me intimidando.

- Longe de mim, amigo. - Michael sorria tão divertido que era impossível não se contagiar.

Logo foi sugerido pelo Harry caminharmos até o local onde construiríamos. E partimos numa caminhada descontraída entre risos e descobertas, para mim, impressionantes.

Toda a propriedade possui cerca de 2.7 mil acres, por isso fizemos uma boa caminhada até chegarmos ao local. Conversamos e discutimos o assunto, e eu já me sentia mais calma com toda a situação que estava vivenciando. Após trocarmos ideias e ouvirmos sobre as ideias do Michael, saímos conhecendo a propriedade. Michael nos mostrava tudo com muito carinho e orgulho enquanto caminhávamos.
Quando percebemos, já estava ficando tarde e escurecendo, voltamos para a mansão, onde depois de algum tempo nos foi servido o jantar. Eu estava me sentindo maravilhosamente bem, mas diante do Harry e do Michael, eu tinha que conter todas as minhas emoções. Juntá-las e comprimi-las num potinho.

Terminado o jantar, saí para caminhar pelo jardim, estava frio, e o vento tornava tudo ainda mais gélido, mas nada disso me incomodava, eu queria apenas ver com meus próprios olhos a noite mais estrelada que eu já havia presenciado. A noite naquele lugar era simplesmente mágica, o parque reluzente, os jardins em volta da casa e as passarelas que levavam a toda parte eram cobertas por luzes brilhantes, além ainda de toda beleza natural do lugar. Em Neverland, o céu a noite parecia ter mais estrelas que o normal. E eu estava encantada por elas, por isso, envolvida por toda beleza, acabei me afastando um pouco da casa, sem nem ao menos me dar conta disso.

Uma estrela cadente atravessou o céu, então parei observando, e ali, apenas a luz da lua iluminava a noite.
Assim, me deixei levar pelos pensamentos e as batidas aceleradas do meu coração insuportavelmente feliz. Porém, poucos minutos ali, fui surpreendida por uma voz masculina.

- Minha nossa! - Gritei colocando as mãos sobre o peito. Quando me virei, percebi um senhor de cabelos grisalhos me olhando tão assustado quanto eu. - Que susto o senhor me deu! 

- Me desculpe, senhorita. Não foi minha intenção. - Ele respondeu um pouco sem jeito.

- Mesmo não sendo sua intenção, eu quase infartei. - Olhei para o rosto daquele homem, percebi que ele estava extremamente envergonhado, e para não deixá-lo assim, acabei rindo de toda situação. Que de fato foi engraçado.

- Eu realmente sinto muito.

- Imagina. Não se preocupe. E não precisa se desculpar por isso.

- Eu vim porque o Sr. Jackson viu quando se afastou e me pediu para lhe trazer isso. - Estendeu- me sua mão e me entregou um casaco. - E também para levá-la de volta à mansão, afastar-se demais aqui a noite e sozinha, pode ser um tanto perigoso.

- Perigoso? Por que perigoso?

- Estamos na zona rural. E apesar de todo o movimento, tem alguns animais que acabam passando por aqui.

- Animais?! Mas que tipo de animais? - Perguntei curiosa, mas também um pouco assustada.

- Alguns coiotes, cobras...

- Não precisa dizer mais nada. - O interrompi no mesmo instante. -  Já estou voltando. Só de pensar eu fico arrepiada.

Ele sorriu achando graça na minha atitude.

- Não se preocupe. Não são tantas.

- Só a ideia de que possa ter bichos por aqui, me deixa bastante assustada, senhor. - Sorrimos. Entre risos e tropeços, ele me deixou próxima a frente da casa.

- Muito obrigada. - Agradeci. - Como se chama, senhor?

- Bill. 

- É um prazer, Bill. Eu sou Hellem.

- O prazer é meu, senhorita Hellem.

- Obrigada por me acompanhar. Tenha uma boa noite.

- A senhorita também.

Nos despedimos e ele partiu. Caminhei até a entrada da casa, e há poucos metros da porta, tomei outro susto.

- Meu Deus! - Eu gritei.

- Deus? Oh, não. É apenas Michael, por favor. - Ele brincou divertido.

Michael estava na pequena área aguardando minha chegada, e por uma distração qualquer, não o vi parado ali.

- Oh, minha nossa! Estão tentando me matar do coração. - Exclamei divertida. Rindo de sua piada.

- Me desculpe, Srta Miller. Eu achei que seria uma boa ideia aguardá-la aqui.

WHAT? Ele estava esperando por mim?! Quase não consegui conter minha emoção.
 

- Me aguardava?

- Sim, eu vi quando se afastou e fiquei preocupado. Pedi para que o Bill fosse atrás de você. Eu fiz mal? - Perguntou me fitando.

- Não. De modo algum. - Sorri meio sem jeito. Me deixava nervosa o fato de ser encarada, principalmente pelo Michael. - Ele me disse que alguns animais selvagens passam por aqui.

Michael sorriu, olhou para o chão passando um de seus dedos sobre os lábios, e depois levantou a cabeça olhando para mim. Aquela noite estava ventando forte e isso fazia com que meus cabelos compridos voassem e se espalhassem insistentemente sobre o meu rosto. Por segundos, Michael prendeu suas vistas em mim, e então desviou os olhos para o nada.

- Ele disse isso? - Perguntou enfiando as mãos dentro dos bolsos do casaco.

- Sim.
Ele fez uma pausa em silêncio.

- O que fazia tão longe da casa? - Perguntou ainda mirando o nada.

- Eu estava olhando as luzes do parque. E me distraí um pouco quando percebi o céu tão estrelado. Nem me dei conta do quão longe eu estava. - Saí um pouco da pequena cobertura da porta olhando para o céu. - Parece que aqui, em Neverland, elas brilham mais intensamente. - Sorri.

- Sim, é muito lindo. - Ele também caminhou um pouco para fora, observando os pontos brilhantes sobre nós. - Às vezes, eu também saio observando elas. E hoje está perfeito. Não há nuvens. E elas brilham.

- É emocionante. - Sussurrei suspirando profundamente. E percebi quando seus olhos se voltaram para mim. Então o vento soprou mais forte contra nós, e eu instintivamente bati o queixo de frio. Michael achou graça e sorriu.

- Vamos entrar. Está ficando mais frio.

- Sim, claro.

Ele saiu na frente e abriu a porta para que eu pudesse passar.

- Obrigada.

Ele apenas consentiu com a cabeça. E eu entrei.

- O Harry? Onde ele está? - Perguntei.

- Já deve ter se recolhido. - Michael fechou a porta e caminhou até o centro da sala guardando seu casaco sobre uma poltrona. - Você aceita uma taça de vinho?
 

Seus olhos me fitavam, convidativos, mas eu simplesmente não sei o que deu em mim.

- Agradeço pelo convite. Mas vou me recolher também.

- Sim. É claro. - Parecia meio desapontado. - Fique à vontade.

- Obrigada, tenha uma boa noite.

- Você também.

Dei-lhe as costas e subi as escadas com as pernas trêmulas, até pensei que não conseguiria chegar até o quarto.

- M-E-U  D-E-U-S! Eu sou tão idiota assim? Como pude recusar? O que deu em mim? Aaahh sua burra... Burra!

Me deitei sobre a cama incrédula com minha atitude.

Mas o que diabos tinha sido aquilo?

Desapontada comigo mesma, peguei no sono e adormeci ali mesmo.
 


Notas Finais


Entón, gostaram do capítulo?

Curiosidades: Michael escolheu Danny Boy, um canto pelo tenor irlandês, Michael Londraum, para a entrada do seu rancho. Era tocada sempre que os portões se abriam para seus convidados.

Os espaços (à volta do lago, casa principal, casas de hóspedes, etc.) tinham uma playlist personalizada de clássicos e Disney, favoritos. Michael escolheu pessoalmente cada canção para o seu rancho. Não é lindo, meninas? <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...