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História My Little Suicide-(Taehyung) - I'm faded...


Escrita por: Siwriter

Notas do Autor


desculpem...

voltei com um capítulo maior do que esperado até, mas... estou desde 00:00 hrs escrevendo então... de uma das fics tinha que sair capítulo.
quero que vocês entendam una coisita.... comecei a escrever essa fic porque estava mais mal que o normal, então tudo quem tá escrito aqui... é um pouco da verdade de cada um desta geração tão doente psicologicamente.

chega de blá blá blá... e boa leitura meus amores.

Capítulo 11 - I'm faded...


Fanfic / Fanfiction My Little Suicide-(Taehyung) - I'm faded...

 

 

Continuação...

 

 

- ei... – tocou meu rosto me fazendo olha-lo. - olha, não quero que se sinta pressionada. – ele me olha então consigo ver sua verdade.

- não quero vê-lo. – falo quase que para me convencer disso. Não sei como mas algo dentro de mim diz que é para eu falar com ele. Porém o que dizer de todas as lembranças que são descarregadas em mim toda vez que ouço o nome dele?

Não sei se estou pronta para enfrentar um dos meus motivos para ser um nada.

- direi a ele que você não quer vê-lo! – olhou para mim uma última vez e saiu em direção a sala.

Será que um dia poderei encara-lo? Será que pelo menos uma vez na vida terei coragem para alguma coisa? Não. Não sou tão forte assim, sou fraca e muito sem esperanças.

E nada conseguirá mudar isso em mim.

Fiquei ali encarando a ilha da cozinha enquanto ouvia meus pensamentos.

“Você nunca conseguirá ser feliz. Você não nasceu para saber o que é felicidade. Não perca tempo pensando na sua vida, ela não vale nada. Nem sei porque você ainda respira. “

E lá estava eu de novo, mais uma vez com lágrimas pesadas escoando pelos meus olhos. Não adianta! Nunca conseguirei deixar de lado essa garota imprestável que habita em mim, para seguir em frente. Nunca conseguirei esquecer o que já me aconteceu.

- você está bem? – enxugo minhas lágrimas antes de responder ao dono da voz.

- sim. – não.

- sinto muito por isso, não quero que se sinta desconfortável na sua nova casa. – ele está desconfortável com aquela situação. Perceberia a quilômetros.

- essa não é minha casa. Não precisa se preocupar em quem vai receber de agora em diante. – digo sem encara-lo. Meus olhos ainda estão se manifestando.

- está errada! Essa casa também é sua. E eu me preocupo com tudo que estiver relacionado a você. – o olhei, e então percebi o brilho no olhar dele ao se encontrar com o meu.

Ele parece mesmo se importar comigo. Não que eu não tenha percebido antes. Mas a cada dia que passa vejo que não trato o Jimin como ele realmente merece.

- obrigada! – profiro abaixando meu olhar.

- de nada. – ele sorriu, pude sentir.

Ele voltou a preparar o café da manhã. E mais uma vez me vi encarando suas mãos e a forma como ele se movimentava. Queria poder ajuda-lo mas...

Mesmo assim parecia instantâneo a cada dez segundo ele me olhava e depois sorria sem graça. Fofo! Admito.

Enfim tomamos o café... cai entre nós, foi o café mais reforçado que já tomei.

- pra que tudo isso Jimin? – inquiro com um meio sorriso.

- você precisa se alimentar bem. De qualquer forma está bom né? – indagou com um sorriso nos lábios.

- sim. Está ótimo. – contesto.

- quando você voltará para a escola? As férias de verão já acabaram e as aulas começam hoje. – seu desconforto era aparente.

- não sei se voltarei para aquela escola. – ele então ficou em silencio por uns segundos.

- então se você não for... eu ficarei com você aqui também. – disse e cruzou os braços com alguma forma de protesto.

- não pode faltar por minha causa? – indaguei um pouco incrédula.

- claro que posso. Não teria graça sem você lá. – ele me olha sério.

Tomei um pouco do suco que ainda estava em meu copo. Isso foi estranho.

- quando a sua prima virá? – perguntei para quebrar o gelo.

- ela virá amanhã... você vai gostar dela, é divertida. – o clima ficou mais uma vez tenso na cozinha.

- o que faremos agora? – pergunto cansada de ficar nessa situação.

- poderíamos assistir doramas, o que acha? – sugeriu, logo rindo da minha reação ao ouvir ele falar “dorama”

Não que eu não goste, mas fazem uns anos que não assisti coisas assim.

- ou filmes de terror. – falei sugestiva e ele assentiu com um sorriso.

Seus sorrisos são únicos. Seus olhos se fecham quase que instantaneamente. Isso o torna ainda mais fofo.

Ele me levou para a sala e preparou tudo. Escolhemos um filme e começamos a assistir.

Sim! Parece estranho assistir filmes a essa hora da manhã? Ou não!

- espera um instante! Você não deveria estar na escola? – indaguei ao perceber que ele estava com o uniforme.

Desta vez meu raciocínio logico se superou.

- disse que ficaria com você até se sentir pronta para voltar. Não se preocupe comigo. -  e mais uma vez sorriu.

Me pergunto quantas vezes uma pessoa normal sorri por dia? Acho que o Jimin sorri mais.

Apenas suspirei e voltei minha atenção ao filme novamente.

Não poderia parar de agir normalmente e começar a babar pelo sorriso do jimin.

Bom! Nesse momento queria retirar o que eu disse.

- o que foi? – ele pergunta, mas para ser sincera não sei o que responder.

- nada... – minha resposta foi muito vaga. Melhor que nada.

Como depois de tempos me sentindo um lixo, posso me sentir alguém novamente? Acho que estou começando a me tornar algo ou alguém que eu nunca fui capaz de ser.

Que baboseira, daqui ao um tempo serei novamente abandonada e claramente serei a S/n imprestável de sempre.

- você estava me encarando... – suas bochechas começaram a corar. – tem algo a me dizer?

- o que poderia ser? Um obrigada por estar comigo mesmo eu sendo isso? – falo e aponto para minhas pernas, um incrível e desgraçado detalhe.

- falando assim, até parece que ainda é aquela garota com os mesmos pensamentos sombrios de sempre.

- isso é porque sou. Sinto muito por não conseguir mudar, não sou o que pensa, não posso ser uma garota alegre e feliz como você projeta em mente. Estou cansada de mim mesma, da minha aparência, de tudo que já ouvi e passei, de todas as vezes que tentei ser alguém e fizeram questão de me mostrar que era impossível. – falei plena e tranquila.

Mas queria gritar, chorar e finalmente desabar depois de tempos tentando ser forte.

Drama? E daí se for? As pessoas não têm vontade de me ajudar, então por que perdem tempo me criticando ou me mostrando algo que já sei a muito tempo? Pessoas assim deveriam pensar antes de falar ou criticar algo. Não é modinha e mesmo que fosse não deveriam deixar espalhar dessa forma.

Minha mãe me deixou, assim como o meu pai. Não vai fazer falta!

Estou paralítica e sem um lugar para ficar. Que ótimo não? Vai me dizer que não é a vida que qualquer um desejaria ter?

- sabe que não pode se colocar assim para baixo. Você tem a mim e a partir de agora, estarei com você e por você. – seus olhos se encontraram com os meus em uma ardente troca de enigmas.

- você não ficará comigo para sempre. – disse e sua desanimação me mostrou a minha capacidade em deixar alguém triste.

- o seu problema é achar que ninguém estará por você caso precise, mas saiba que está enganada. Posso não ficar para sempre, mas enquanto eu estiver não irei sair do seu lado. – e lá vamos nós de novo, um escambo de olhares enigmáticos.

Nem eu sei o que penso nesse momento. Acho que nada.

- o meu problema é ainda estar respirando, se eu tivesse, pela primeira vez, feito algo certo não estaria aqui te dando o trabalho de cuidar de mim e nem estaria nessa cadeira de rodas. – senti seus braços me rodearem em um laço harmônico e verdadeiramente seguro.

- por favor não fale mais isso enquanto estiver aqui. – sua voz chorosa depois de tempos se fez presente. – sou sozinho, não tenho uma família como finjo ter. finalmente achei uma razão pela qual lutar mas não quero ouvir dela que seria melhor ela não existir.

E lá estava eu em um dilema entre ser ou não ser importante para alguém.

Não quero machucar a única pessoa que ficou comigo durante todo esse atormentado tempo. Ele foi o único que se importou comigo, o que cuidou mesmo eu o ignorando.

- desculpa... – sussurrei implorando para ser entendida corretamente.

 - não vou te decepcionar como os outros. – ele olha para mim me mostrando seu verdadeiro eu.

Estávamos a centímetros de distância, e minha respiração adjudicava meu nervosismo. Nervosa como nunca fiquei... nem quando tentei me matar.

Mas algo – muito importuno, confesso. – fez questão de quebrar o atmosfera que havia se formado entre a gente.

Seus olhos piscaram rapidamente e sua atenção foi voltada a fonte do barulho.

O celular.

Pela sua feição, era óbvio que ele não queria atender mas assim fez quando eu assenti.

- alô? – seus olhos ainda estavam nos meus, espera! Acho que estou ficando vermelha. – como assim viajou?

Não sou mau educada, mas estava encarando o Jimin, e pelo que vi a notícia que ele recebeu não o agradou.

Ele desligou o celular desanimado e sentou-se ao meu lado como se estivesse se preparando para me dizer algo.

- O... O Tae viajou, era mãe dele ao telefone. – seu tom estava descontente, ele mantinha uma cara feliz e agora está para baixo.

Mas por que ele se sentiu mal em me contar algo assim? Aquele garoto já é maior de idade. Essa preocupação é um pouco desnecessária. Ou não, talvez o Jimin esteja passando mais tempo comigo do que com o Tae, isso deve deixa-lo irritado. Eu acho.

- ele não é de maior? – perguntei sem muito interesse.

- Ainda não porém, ele tem permissão para sair até do país se quisesse. – ele encara suas mãos. – tenho certeza que ele viajou... porque você não quis falar com ele.

Dou de ombros encarando os créditos do filme.

- não estou te culpando, mas se o Tae não tivesse mudado de verdade, ele não estaria tão mal assim não é mesmo? – é claramente perceptível, a preocupação do Jimin com o Tae. O problema é que eu cheguei para ser o empecilho dessa amizade, talvez.

- tem ideia de onde ele possa ter ido? – quero ser educada.

- talvez Cheongju, não sei. – sua respiração estava pesada.

- talvez ele esteja querendo um tempo. – sugestiono apreensiva.

- sim. Todos nós precisamos disso as vezes. – ele levanta do sofá e me encara suspirando antes de terminar. – tenho que falar coma mãe dele, espero que não te incomode se eu sair por uns instantes.

- claro que não. – falo.

Sinto sua boca sendo pressionada em minha cabeça.

- tchau.

- tchau. – ele sai, e fico ali, sem nada em mente para fazer.

 

[...]

 

Um tempo sem passou desde que o Jimin saiu, e eu não sei como fiquei tanto tempo encarando o nada.

Tinha parado de fazer isso no hospital, já que quando o Jimin não estava, Breno me fazia companhia.

Pensando nele, talvez eu vá fazer a fisioterapia semana que vem, só talvez. Porque não sei se até lá estarei afim de fazer algo em prol da minha vida.

Desistir seria solução em um caso como esse? Tipo... eu nunca tive amigos, sempre fui maltratada pela a pessoa que se diz minha mãe, meu pai realmente me abandonou e não consigo me aceitar como uma pessoa normal. Além de ter doenças psicológicas que não me deixam em paz.

Sem falar no Tae...hyung, que me fez consolidar o pensamento que me convence que sou um lixo.

Não sei mais o que é auto estima, nem motivação, não me acho bonita nem capaz de fazer algo de bom. Fui estuprada, humilhada ao extremo por pessoas que não me deram a chance de tentar ser alguém feliz. Nem ao menos me deixaram em paz quando eu precisava de isolamento. Comecei a desacreditar em mim mesma muito cedo, e acho que isso, agora, é irreversível. Não consigo acreditar mais em ninguém.

Acho que meu único e maior erro foi ter nascido.

Ninguém se importa com meus sentimentos, com o que penso ou com o que vou sentir, eles só querem me ver sorrir e continuar me cravando coisas ruins como de costume. Porque no fim é sempre assim. Se eles querem saber se você está bem, é apenas para continuar a te colocar para baixo até que sua única solução se torne acabar com sua própria vida.

Não é a vida que é difícil, vive-la é que se tornou impossível.

Olho para minhas pernas e simplesmente sorrio como uma idiota. É tão difícil se matar quando você não aguenta mais tudo que já passou? O que mais doí é guardar tudo sem nem ao menos tentar superar. Apenas juntando aquele amontoado de coisas que te deixam cada vez mais depressiva e sem vontade de viver.

Faço força para mexer os pés...

Uma...

Duas...

Três vezes. E nada. Consequências podem não ser mais difíceis que as decisões, mas com certeza são mais insuportáveis.

Em meu rosto só havia lágrimas pesadas e cansadas, cansadas dessa vida e de tudo que não consigo esquecer. Das calunias, estresse, rejeição, difamações e abusos. Tudo.

- sou menos que nada... – sussurrei olhando para baixo... meus pés, se mexeram!

Minha boca se abriu automaticamente e mais uma vez voluntariamente aconteceu, eles mexeram, e eu sorri.

Sem querer. Acabei sorrindo. Isso talvez seja algo insignificante, pelo menos para mim.

Então respirei fundo e olhei para a mesa de centro, vi mais uma vez no porta retrato, o sorriso do Jimin.

Ele me fez sorrir algumas vezes, ok! Várias vezes; me fez esquecer quem sou por instantes, o que me fez bem.

E sem explicação estava eu tentando me manter em pé, estava tentando depois de me crucificar mais uma vez por ser uma perdedora.

E consegui! Sentia minhas pernas formigarem e minha coluna doer, mas não quis voltar a me sentar na cadeira, queria me mover e sair de onde estava. Com certeza estava sem o controle total do meu corpo, mas inexplicavelmente, era isso que eu queria.

Conseguir voltar a andar novamente. Quem sabe assim eu deixaria de ser um peso para um garoto da minha idade que têm seus próprios problemas.

Então me esforço mais um pouco, e mais... até conseguir dá um pequeno passo.

Meus lábios se largueiam e eu mais uma vez estou sorrindo sem nenhuma explicação lógica, apenas sorrindo.

Me viro com cuidado dando mais um passo, respiro fundo soltando de uma vez todo o ar que tenho nos pulmões e me estabilizo ali. Em frente a porta que é aberta pelo o dono da casa.

- S/n... – sua boca aberta e os olhos brilhando me fizeram lacrimejar e então sorrir junto. Não sei o porquê mas vê-lo feliz por algo relacionado à mim me deixa comovida.

- eu... consegui me levantar – sem que isso é óbvio, mas foi a única coisa que conseguiu sair com clareza da minha boca.

Então tentei dar um passo maior em direção ao garoto que se mantinha estático e com a mesma feição.

Mas me desequilibrei, tentei me manter me pé mas não consegui.

Mas alguém me segurou. Alguém que pelo visto é o meu anjo da guarda.

(RECOMENDAÇÃO DE MUSICA – HALSEY – SORRY)

 

 

Mais uma vez estávamos nos encarando como se só existisse o vazio dos nossos olhos. Eu tentava de alguma maneira tirar minha concentração de seus olhos mas era uma missão impossível.

- nunca deixarei você cair. – enfim consegui, parei de encarar seus olhos, mas minha atenção estava em seus lábios agora. Droga!

Como se não estivéssemos com a mínima noção do tempo, nossos rostos se aproximavam cada vez mais.

Até que nossos lábios se selaram. O arrepio que senti na espinha e o descontrole de minha respiração me denunciaram.

Não sei como me portar em uma situação como essa. Só sei que é bom.

Suas mãos acariciavam levemente o meu rosto enquanto o beijo se intensificava.

Meu desejo de continuar o beijo era maior do que o medo do que poderia vir depois dele. Então assim fiz.

Seu gosto era bom, seus labios eram macios e por um momento me senti uma garota de verdade.

Só por um momento.

- por que fez isso? – me separei o mais rápido que pude, o que me dou, confesso.

- achei que estivesse tudo bem. – ele estava preocupado comigo e com o que eu sentia, pelo menos era o que ele transmitia no seu olhar.

- está, mas... aish! Por que sempre comigo? – pergunto para mim mesma em sussurro.

Sempre consigo estragar tudo. É impressionante.

Me afasto dele me apoiando no sofá e voltando para a cadeira.

Ele quis me ajudar mas como a idiota que sou, recusei. Ele não deve gostar de mim, sou imprestável, desprezível e não conseguiria fazer alguém feliz de nenhuma maneira.

Jimin não merece alguém assim.

Minhas lágrimas me tomaram e minha falta de coragem para explicar para ele simplesmente tomou conta de mim.

Desculpa Jimin

Finalmente consegui sair dali e segui até o quarto, meu coração doeu como nunca. Mas não posso fazer alguém que cuidou tanto de mim, infeliz.

Infeliz. É exatamente assim que alguém fica quando está perto de mim.

- Desculpa... eu não queria fazer você ficar constrangida. – sua voz estava abafada. Eu tinha fechado a porta, e pelo que parece ele está encostado nela.

Sei que sou cruel as vezes e que não pareço ligar pros sentimentos dos outros. Bom, me acostumei com todos nunca ligando pros meus. Foi algo desgraçadamente automático.

- por favor... – ele estava chorando... meu coração se parte em dois e minha culpa se derrama sobre mim como um castigo por ser tão mal com alguém como ele.

Encaro a porta embaçada pelas lágrimas incontroláveis, sim, quero abrir mas não consigo me mover.

Sou mais lixo do que pensava minutos atrás.

Como posso ser assim? Me odeio ainda mais agora.

- eu gosto de você... não quero te ver triste. – continuou falando.


Notas Finais


foi isso... e espero que vocês estejam bem.
beijos da @Park_Symin


I'm out!!!!


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