1. Spirit Fanfics >
  2. "My Little Treasure." (Catradora) >
  3. "Brigas na reunião e...Magia?"

História "My Little Treasure." (Catradora) - "Brigas na reunião e...Magia?"



Notas do Autor


Boa leitura meu povinho♡


(Desculpa pelos erros ortográficos)

Capítulo 15 - "Brigas na reunião e...Magia?"


Fanfic / Fanfiction "My Little Treasure." (Catradora) - "Brigas na reunião e...Magia?"

Adora:





-  não se preocupe, não vou contar a ninguém sobre suas cicatrizes, agora, vou pra reunião, já devemos estar atrasadas, te vejo lá.


Ela diz de forma rápida, e, quase como se corresse de mim, saiu corrida, fechando a porta do quarto atrás de si.






"..."





"......"





"........"






"Oque...acabou...de acontecer?"



"Ela, realmente, me...beijou e...saiu? Simplesmente? Sem mas nem menos?"



Em minha cabeça pairava um ponto de interrogação, com direito a led pisca pisca e cores neons, eu ainda estava processado os minutos atrás, parada no mesmo lugar.



"Ela...me beijou..."




"..."




"PUTA MERDA! ELA ME BEIJOU!"



Ponho as mãos sobre a cabeça finalmente sentindo o "peso" do significado daquilo.

Eu nunca tinha beijado assim na vida, se quer, cogitado tal possibilidade ou interesse em relação a alguém, muito menos um "alguém" do mesmo sexo, já que realmente nunca tive intenções de compreender ou me meter no mundo das "carícias" e "toques sexuais" e sempre fui a "anjinha inocente", como Lonnie costumava me zuar, mas como isso não impatava minha vida eu só ignorava, achava que não precisaria saber ou fazer utilização dessas coisas nunca em minha vida...


"Talvez agora você precise saber...parece que você utilizara..."



Sacudi a cabeça negando tal pensamento mas no lugar dele os momentos anteriores repassaram.

Estávamos rindo descontraídas, mesmo estando com minhas cicatrizes, inseguranças a mostra, depois dela ter acidentalmente as descoberto, ela me fitava de um jeito gentil e estranho que, involuntariamente, fazia uma sensação estranha, mas gostosa, surgir em meu estômago e um tipo de ansiedade misturada com nervosismo tomar meu coração, seu perfume suave, que eu havia percebido quando estava deitada em suas coxas macias, tomava meus sentidos me deixando com a mente um pouco vaga se perdendo em seus olhos belíssimos com heterocromia que, junto a sua calda felina de pelos castanhos, pareciam inquietos, trocando seu foco de meus olhos pra meus lábios repetidas vezes, algo que fez eu sentir um tipo de "pontada" em um local um pouco abaixo de meu estômago.


Eu disse timida " hey...obrigado...por me ouvi e...por ter ficado...quando eu dei meu ataque de choro..." esperando dela um "denada" simples ou, sei lá, qualquer outra reação menos a que ela teve.


Quando ela nos aproximou, deixando um curto espaço de centimetros entre nossas bocas meu coração errou uma batida, senti um calor anormal subir pelo corpo e minha respiração ficou forte se misturando a dela, era uma distância torturante enquanto encarei sem entender suas orbes coloridas, que eram ainda mais bonitas e hipnotizantes de tão perto.

Eu tive todas as oportunidades de recuar, empurra-la pra longe ou só a distanciar mas...meu corpo não me obedeceu, ao invés disso, continuou imóvel e pareceu ter seus próprios planos, quando os lábios dela colaram nos meus e, depois do pequeno susto pelo toque, correspondeu sem hesitação, chegando até a mover minha mão que agarrou a nuca da morena.


"Foi a primeira vez que senti...essas sensações..."


Admito que por um nano segundo quase permiti um impulso de colocar, por instinto, minha língua no lábio da felina mas foi reprimido, e apenas, só com doce sensação de seus lábios eu me vi sem conseguir raciocinar direito e quando nos separamos minha mente ainda estava atordoada.


Quando ela se levantou, se afastando, bruscamente pra ir embora eu senti algo que até agora estou sentindo.


"Frustração, decepção...talvez?"


"Mas porque eu estaria frustrada? Decepcionada?"



Essas e outras milhares de questões, como: "porque ela me beijou?, estavam rodeando em minha cabeça mas eu sentia que continuar ali sentada pensando sobre elas não iriam fazer com que as respostas caíssem do céu então, tomando coragem ainda pra me vestir, me movi pra levantar, mas acabei esfregando incocientimente minhas pernas uma contra a outra focando minha atenção pra estranha sensação de me sentir molhada no meu íntimo.


"Mas que?..."


Encarei aquela região, não muito explorada de meu corpo, afastando um pouco as pernas, estava de fato molhado, bem, estranhamente...molhado.


"..."


"Ok...normal? Eu acho..."


Sem querer me aprofundar muito mais em perguntas eu só me enxuguei novamente na toalha e me concentrei em me vestir pra ir a reunião, afinal, felina estava certa, provavelmente, eu estava atrasada.


"Cintilante, vai me matar."


*suspiro*






_______________________________________





"Ok, coragem Adora, é só respirar fundo e não entrar em pânico."


"Apenas seja você mesma."


Repeti mentalmente, antes de ganhar coragem e bater duas vezes na porta da sala de reuniões, que por sinal, parecia estar havendo um pandemônio lá dentro, sem muita demora a porta foi aberta por Arqueiro que transparecia nervosismo e certo alívio por me ver.

*barulho de treta e discussão ao fundo*

- Ha, finalmente você veio, anda, entra.


Ele me puxa pra dentro da sala, fechando a porta atrás de nos e logo me deparei com um verdadeiro caos...


Cadeiras e objetos sendo arremessados, mesa virada, tudo em meio a gritaria entre os rebeldes ali presentes, era como um campo de batalha.
No meio deles, logo Indentifiquei Cintilante, usando a mesa de escudo e arremessando bolas de purpurina, Scorpia, que parecia tentar acalmar a situação no diálogo, oque obviamente não estava dando certo, e num canto, assistindo, parecendo estar levemente se divertindo horrores com a treta dos outros, Catra e Melog.


- ...isso é...normal?


- mais do que imagina, pra ser sincero é sempre assim, começa tudo bem e sempre acaba nesse caos, por isso geralmente não conseguimos bolar nenhuma estratégia ou plano.


Ele diz desanimado e sem sua típica empolgação, com os braços cruzados ao meu lado.


- e ninguém faz nada pra tentar impedi-los?


- eu já tentei, acredite, milhares de vezes, mas acabei desistindo pelo bem da minha sanidade mental.

Vejo o moreno suspirar em desaprovação.



"Bem, isso explica porque era tão fácil atacar eles."



- *suspiro* Ok, já vi que isso vai dar trabalho...

Digo, subindo as mangas da minha nova jaqueta vermelha, me preparando pra improvisar.


- oque vai fazer?


- vou dar meu jeitinho.



Me meti no meio da confusão, agarrei Cintilante pelo braço e a coloquei posicionada a frente de uma lousa, que devia ser usada pra planejamentos, usei uma prancheta que estava no chão pra me defender de qualquer coisa que me fosse arremessada enquanto, com a ajuda de Scorpia, levantei a mesa a pondo em seu lugar, e aos poucos fui organizando as coisas em seus devidos lugares enquanto eles ainda brigavam sem nem reparar em mim, ao fim da organização eu voltei meu olhar a Catra, contive minha mente de voltar a questionar sobre nosso "momento" em meu quarto e a guiei até o lado de Cintilante na lousa, fazendo um gesto pra ela, que pareceu entender oque eu queria.


- faria as honras?

- com prazer.


Ela diz arranhando com as afiadas garras a lousa, fazendo o som ensurdecedor atingir os tímpanos de todos que pararam de brigar no mesmo instante, isso durou uns segundos até eu gesticular novamente pra Catra, que pareceu ficar frustrada com a ideia de parar.

- FELINA! JÁ DEU!

- PELO AMOR! CATRA! PARA COM ISSO!


Ela tira suas garras da lousa.


- estraga prazeres, agora que eu estava me divertindo...


"Ai minha cabeça..."

"Pelo menos deu certo."


Me posicionei em frente a mesa.


- por favor, todos, sentem-se em seus lugares e recoponham-se! Isso é uma reunião! não um campo de batalha!


Os olhares duvidosos que me foram lançados foram seguidos de todos, menos Catra, que continuou em pé um pouco afastada da mesa, se sentando junto à enorme mesa, respirei fundo me sentido um pouco aliviada, logo reparei os olhares embasbacados de Arqueiro, Cintilante, Scorpia e até a própria Catra.


- mentira... que ela conseguiu...


- impressionante...



Ignorei seus comentários, ajeitei meu rabo de cavalo, que tinha afrouxado, deixado algumas mechas se soltarem, e me virei pra brilhante.

- desculpa pelo atraso, eu...perdi a hora.


"Eu não vou contar pra ela que a Catra me beijou! Não...acho que seja necessário."



- Bem, você conseguiu trazer ordem pra sala de novo, acho que posso deixar essa passar, *sussurro* obrigada.

Seu sorriso travesso acompanhou sua fala.


- ok! Vamos tentar de novo...


Ela respira fundo se direcionando aos outros da sala que, eu não pude deixar de notar, alguns, me olhavam desconfiados e talvez, até meio raivosos.


*engole em seco*





_____________________________________





- vamos reiniciar, primeiro, por termos novatos, Apresentações.


- aí que saco...


A mulher de cabelos azuis e vestes que lembravam uma sereia, diz com puro desânimo, a primeira a se levantar pra se apresentar foi uma morena com cabelos curtos azuis claros.


- eu sou princesa Netossa e essa é minha esposa Spinne.


Ela se refere a outra sentada a seu lado, que tinha os longos cabelos presos, num tom de roxo claro e um sorriso simpático nos lábios.


- princesa Spinnerella, querida, ela não saberia apenas pelo meu apelido.


Sua esposa apenas lhe lança um olhar divertido em resposta, a próxima foi uma...criança? Parecia ter seus 10, 11  anos e suas vestes tinham como detalhes partes feitas de gelo.


- princesa Frosta, atual governante das Naves das Neves.

Sua voz empenhava respeito, seriedade e rigidez, oque era surpreendente pra uma criança, e, fazendo a maior cena possível, um homem de cabelos bagunçados e bigode fino, pisou, se pondo em cima da mesa numa "pose heróica".


- E EU SOOUU O GRANDE, O MARAVILHO, O CHARMOSO, O MAIOR AVENTUREIRO DESSE ESPAÇO-


- por favor, alguém faça ele parar...!


Novamente a morena sereia e seu "animo" inabalável.

-  O INCRIVELMENTE BONITO...FAAALLLCÃÃO DO MARR!


- eu mereço...


Ela puxa ele de volta pra cadeira com cara de quem "queria se enfiar num buraco" e com o mesmo "animo" que estava dez do início se apresentou.


- Mermista, governo as naves de Salineas e...ha, eu sou princesa, acho que isso tá meio na cara.


"Que...garota...deprimente..."


Os próximos que se apresentaram foram Scorpia, Arqueiro, Catra, e os dois conselheiros, George e Lance, que eu já conhecia, e, foi aí, que uma garota de expressão inocente se levantou pra sua vez.


- eu sou a Flora, apenas, prazer em conhece-la.


Um arrepio me tomou a espinha após sua fala e eu não sabia o porque, deixando isso de lado, agora, depois de Cintilante, faltava apenas eu.

- Eu sou-

Sou interrompida.

- a soldada da Horda.

-  soldada da Horda? Que?

Questionou perdido o Falcão do Mar.


Ela, Frosta e Netossa me encaravam na sala com olhares afrontosos, pareciam me julgar com os olhos.


"Então eu não estava imaginando....realmente estavam me olhando feio por isso..."



Me encolhi um pouco me sentindo mal por estar ali.


- Mermista...

A rainha chamou em reprovação.

- há, qual é Cintilante, realmente acha que vamos fingir que tá tudo bem? E agir naturalmente? Ela é da Horda, não é de confiança no meio de nós!

- Ela é da Horda?! Cumê?!

- já conversamos sobre isso, ela não é mais da Horda e está do nosso lado agora.

- então, ela não é mais da Horda?...

- e quem te garante?! As pessoas da Horda são ardilosas! Manipuladoras! Cruéis! E imprevisíveis! Sem contar que são pessoas horríveis!

- Ela não é assim!

- garotas, calma, Mermista, Cintilante tem razão, nos convivemos com a Adora, ela é diferente deles.

- É, sabe, ela até salvou a gente, precisavam ver a surra que ela deu no Hordak naquela missão suicida de resgate na Horda.

Cintilante lhe deu um olhar mortal e a scorpiana demonstrou nervosismo.


- sem ofensa.


- Isso ainda não prova nada! Isso pode ser só um plano dela!


- Mermista está certa, não podemos dar confiança.


- É arriscado.


- até você Netossa?! Qual é garotas!


- gente, fiquem calmos.


- será que sou só eu que não estou entendendo nada por aqui?


Eu sentia a vontade de simplesmente ir embora ou sentar, abraçada a meus joelhos, e sumir mas me mantive imóvel com apenas um semblante triste até sentir, por baixo da mesa, Melog, se sentar apoiando sua cabeça em minha coxa, ele parecia saber muito bem como eu estava me sentindo, seu olhar me passava conforto enquanto eu o acariciava tentando continuar firme.

A discussão iria tomar um rumo bem maior, se não fosse por Catra, que ameaçou arranhar a lousa novamente mas, mesmo a briga tendo terminado, as caras de desaprovação delas deixavam claro que aquilo tinha sido apenas adiado pra outro momento, Cintilante logo acenou pra mim para que eu continuasse minha fala interrompida.


- Eu sou Adora Grayskull, ex capitã da força na Horda...


Vi Netossa se engasgar, já que estava bebendo um copo d'água e os outros, Mermista, Frosta, Spinnerella, Falcão do Mar e Scorpia, arregalarem os olhos, Cintilante, Catra, Arqueiro, e os conselheiros, apenas fizeram a mesma expressão de "lá vamos nos de novo"  que eu fiz.

"Há não, novamente o troço com meu sobrenome...*suspiro pesado*"


- Grayskull?! Teu sobrenome é Grayskul?!

- vish Maria, tava sabendo disso não.

- só pode ser piadinha.


- será que podemos pular essa parte do espanto? E o da negação também?

- sério, será que podem me explicar qual o problema de vocês com meu sobrenome?


Ouve silêncio na sala, todos me encaravam e isso fez eu me sentir ainda mais retraida.

"Pra quê que eu fui perguntar?..."


Eu vou resumi oque houve depois dessa minha pergunta, briga e discussão, não importava oque Arqueiro, George e Lance ou Scorpia fizessem nada diminuía o bate boca dessa vez, eu me encolhi na minha cadeira com os olhos cerrados.



Sentia a culpa de ser o motivo daquilo tudo, minhas inseguranças, incertezas, paranoias e ansiedade vinheram a tona com força, e junto a elas, uma dor de cabeça horrivel que fez, por um momento, eu ouvi tudo mudo ao meu redor, a sensação interna de ter rompido algo na minha alma se fez presente e no segundo depois, ao abrir os olhos, eu sentia que podia fazer qualquer coisa.

Levantei e, de pé, bati forte com os punhos na mesa, mas não imaginei o quão forte aquilo seria, era como se meu corpo tivesse se enchido de uma força descomunal o suficiente pra marcar dois buracos de meus punhos no material resistente da mesa, sem falar dos contornos magicos brilhantes estranhos que circularam minhas mãos, todos estavam estáticos, surpresos e assustados enquanto aquela sensação e os brilhos sumiam rapidamente de mim.


"..."


- isso foi...?



- Magia.



A morena interrompe e completa a outra, seus visores bicolores estavam frios e sérios, ela sabia de algo.





Notas Finais


:)


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...