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História My Lost Memories - Capítulo 11 - Edição Especial (Brick)


Escrita por: Chems

Notas do Autor


Esse capítulo é uma edição especial, que eu escrevi com muito carinho, e desculpem pela demora.

(PS: NARRADO PELO BRICK)

Jana Kramer - "Why Ya Wanna"

Capítulo 11 - Capítulo 11 - Edição Especial (Brick)


​Brick

Por quê? A maior pergunta da minha vida desde que aconteceu... Porra! Desde que aconteceram muitas revira voltas (por assim dizer) na minha vida.

A pergunta que me faço frequentemente, por quê? Por que algumas pessoas vão embora da nossa vida quando se tem um problema? Eu consegui a resposta exata no momento em que vi o amor da minha vida empurrar apressadamente a nossa filha mais nova para dentro do carro.

Estava chovendo, fortemente com trovadas fortes e estrondosa, e a única coisa que eu conseguia pensar era em como tudo tinha chegado naquele ponto.
​Puxei o capuz vermelho sobre minha cabeça, não ia fazer diferença eu já estava molhado mesmo. A porta do carro se fechou com força, e então o motorista* do carro deu partida e foi embora... Embora! Meu rosto esquentou de raiva, tristeza e angústia. Bati a palma da mão com força em minha testa.

O que eu podia fazer? Impedir? Oras, tudo o que eu conseguiria fazendo isso seria um belo soco na cara, e como não estou em condições de agredir quem eu amo eu fiquei indefeso. Ela queria ir? Basta! Eu deixaria, mesmo que isso doesse demais. Depois do que pareceram oras eu pisquei e olhei para os lados, esperando que ela voltasse, mesmo sabendo que ela não vai voltar - , mas eu esperava que sim.

E então naquele momento eu obtive minha resposta para a pergunta que martelava minha cabeça durante dias. As pessoas vão embora por covardia, porque são covardes demais para enfrentar uma situação difícil.

Apertei minhas mãos com força. Eu queria socar alguma coisa. Foi muita coragem deixar quem eu amo ir embora.

***

- Você deve estar se sentindo um idiota. - Dizia Boomer sentado ao meu lado na grama do parque. O dia estava lindo, uma pena que meu humor esteja de mal a pior. - Deixar a sua esposa, filhos irem embora.. Cara! Não é um trabalho fácil.

- Boomer, cala a boca! Você não tá vendo que ele tá mal? - Butch interpôs em minha defesa.

Nós três estávamos em um parque bem longe de Townsville, eles convidaram a mim agressivamente, me puxando da minha cova da solidão que assim estava o meu ser a mais ou menos uma semana.

- Ah, falou o senhor sensível. - Boomer fez um bico e piscou os olhos rapidamente.

Bufei irritado. - Olhem, se vocês me tiraram da minha casa pra isso, eu só tenho a dizer sinto muito. - Me joguei na grama e fechei os olhos.

- Eu ainda não entendo como a Blossom pôde fazer isso. Tá, tem todo o esquema da memória e tals, mas mesmo assim... - Butch pigarreou e eu abri os olhos.

- Não! Pelo amor de Deus, toda a vez que você vem com essa voz... Não, Butch! Não comece a falar dos tempos antigos.

- Calma, Brick. Não é isso. - Ele se levantou. - Mas eu preciso ir para a minha casa fazer nada, Boomer? Dá uma mãozinha? - Boomer o olhou por alguns segundos e compreendeu, sei lá o que, que ele deveria compreender.

- Ah! Claro, vamos eu vou te ajudar com... - Ele parou e empurrou Butch.

Arqueei as sobrancelhas, nem nas horas de serem compreensivos eles conseguem...

Bufo.

​Ah, ótimo! No final eu sempre acabo sozinho mesmo... Blossom, meus filhos e agora meus irmãos. Não bastava passar o aniversário de casamento sozinho jogado em uma cama.

​Eu só queria que ela pelo menos tentasse entender o meu lado, e não... Ir... Como se o amor que eu sinto por ela fosse algo repugnante. Como se nosso casamento, nossos filhos... Droga! Nossos filhos. Mais um motivo para sentir raiva dela.

​Eu sinto raiva dela?

Não, eu não sinto raiva dela, eu não consigo. Eu tenho raiva do que ela fez, dessa porra de perde de memória que tinha que vir justo no momento em que eu estava tão feliz!

- Ahn... Brick? - Uma voz feminina me chamou e eu dei um pulo*. Olhei na direção da voz e encontrei Berserk e compreendi, aqueles filhos da puta (literalmente!) saíram.

- Oi. - Respondo seco, será que aqueles putos não entendem que eu quero ficar sozinho? É pedir demais?

Meus olhos encontraram os dela, e eu desviei depois de segundos. Ela sempre foi parecida com a Blossom, exceto as roupas. Mas agora, ela estava usando um vestido de mangas largas, sandálias de tiras e o cabelo estava solto (cortesia?), e ela sorria naturalmente, perai... Como isso é possível? Eu só a reconheci por dois detalhes, a Blossom tem um cheiro natural de uma mistura louca de baunilha, morango e lírios e era um cheiro maravilhoso que só combina com ela e o jeito carinhoso que ela tem, ou tinha... Mas Berserk não, ela nesse sentido era totalmente diferente, cheirava a um forte perfume que deve ser aqueles mega caros que a ruiva provavelmente roubou no shopping. E o outro eram os olhos, não que eu esteja querendo compara-las (até porque a Blossom é incomparável), mas é inevitável.

- Sério, amorzinho? Eu achei que você, no mínimo iria me confundir com a cafona, mas... Nem isso. - Ela fez bico e olhou inocentemente para mim.

- Butch te trouxe aqui, não foi? - Perguntei e ela desviou o olhar, isso significava sim. - Ele acha o quê? Que por eu estar acabado mentalmente e querendo morrer...

- Não exagere. - Ela revirou os olhos incrivelmente vermelhos.

- Como eu ia dizendo - aumentei a voz - , querendo morrer significa que eu queira transar com você? Aquele porra merda nunca cresce.

- Por que você sempre pensa o pior de mim? - Ela coloca a mão esquerda sobre o coração, fingindo estar ofendida. - Eu não vim aqui para transarmos. - Ela sorrio e jogou o cabelo para trás. - Eu não vou te deixar no fundo do poço.

Excelente! Era só o que me faltava. Uma ruiva irritante para vir piorar a minha situação.

- Eu não vou a lugar nenhum, eu não quero. - Me levantei e chutei a grama. - Na verdade eu vou sim, voltar ao fundo do poço. Esse sol todo não tá me fazendo bem. - Limpei minha calça que estava cheia de grama e tirei o boné.

- Depois que você se casou com a bostinha da Blossom, você mudou completamente... Onde está aquele Brick selvagem que me jogava na mesa de jantar?

- Ele não existe mais, tá legal? Olha, eu realmente não estou a fim de sair agora, ou melhor de sair com você. - Me virei para sair.

- Eu posso te fazer se lembrar dela. - Berserk disse baixo no momento em que eu ia atravessar a fonte do Cupido, mas graças a minha audição (que veio em um mal momento) eu consegui ouvi-la perfeitamente, e senti que ela estava sorrindo.

Um frio atravessou minha barriga e eu parei. Com isso, Berserk veio em minha direção lentamente e se sentou na beira da fonte, com as penas cruzadas.

- Te fazer se lembrar de quem ela era antes do "acidente". - Me virei para encara-la. Berserk sorriu.

- Talvez porque você sozinha não basta, não é mesmo? - Cruzei os braços. - Tem que se passar por ela para conseguir me levar pra cama? Que decadência, ruiva. - Balancei a cabeça positivamente.

Ela ficou em silêncio por alguns instantes e se levantou, ficou frente a frente a mim.

- Eu não preciso disso para te levar para a cama, tijolinho. - Ela passou o dedo indicador delicadamente pelo meu queixo. Mas eu posso, e devo usar todas as minhas armas para conseguir o que eu quero, e foi o senhor que me ensinou isso nos tempos do crime, se lembra?

- Claro, você ainda vive nesses tempos.

Ela pigarreou e balançou a cabeça. - Eu sou uma versão única, não uma cópia fajuta* da Blossom. Veja bem, ela tem filhos, e digamos milhare deles e... - Eu a interrompo.

- Que são meus também, e com muito orgulho. Ela nunca precisou me convencer a amar ela, eu faço isso de bom grada. Eu a amo, e amo os meus filhos, e não importa se ela esteja com ou sem memória. Ela sempre vai ser tudo pra mim,  e foi graças a ela que eu fui feliz durante anos e ela só precisou me amar de volta e isso basta pra mim.

- Oh, tijolinho, que lindo! Uma pena que acabou não é? - Ela passou a mão direita pelo meu cabelo. - Ela foi embora! Embora, Brick. E não vai voltar, e você sabe por que? - Ela mordeu o lábio inferior e olhou divertidamente para mim. - Porque ela não te ama mais. E como o Brick de antes, que eu adorava - Ela suspirou e olhou rapidamente para cima, e em seguida voltou a me fitar. - , ela se foi, não existe mais, a Blossom por quem você se apaixonou loucamente, não está mais entre nós. Agora o que te resta é um Blossom chata, muito mais multiplicada.
​Eu posso  te ajudar a ter tudo de volta, comigo. Posso ser a Blossom que você tanto quer, ou melhor eu posso ser a Berserk por quem você era louco na adolescência. É só você me dar uma chance, apenas uma. - Ela jogou os braços ao redor do meu pescoço.

- Você nunca será ela. - Tentei me afastar, mas Berserk usou a super força para me manter no lugar.

- Se você me der uma chance, eu posso fazer muito mais que sexo gostoso.

Eu a olhei nos olhos e ela sorriu, e por um momento eu senti uma sensação de que eu já tinha visto aquilo antes.
​Que sensação o que, é claro que eu já tinha visto aquilo antes.

Continua...*

 

 

 


Notas Finais


* O motorista no caso é o pai da Blossom, o Pofessor.
* Eu sei que ele estava sentado, mas ele deu um pulo sentado.
* Fajuta - Falso(a)/Ruim/Péssimo (pelo menos é isso o que significa aqui em SP)
* Agora a fanfic segue normalmente, com a narração da Blossom.


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