1. Spirit Fanfics >
  2. My Love >
  3. Only you can call me out, out into crowd...

História My Love - Only you can call me out, out into crowd...


Escrita por: st4ndbyme

Notas do Autor


Hey :)

Capítulo 20 - Only you can call me out, out into crowd...


Enquanto Miley me levava para casa, novamente em seu carro – ela não sai mais de dentro dele – pensei em minha mãe. Provavelmente irei receber um telefonema perguntando: “Por que não ligou para desejar um feliz ano novo?”. E aí começariam as frases desesperadas: “Está se esquecendo dos seus pais!”, “Você mudou tanto quando começou a morar sozinha”...

Mesmo com tudo isso, sinto muita falta de tudo. Desde que me entendo por gente, tinha o enorme desejo de ser independente. São tantas as ambições quando somos adolescentes, tanta confusão na cabeça... Mas quando ganhamos essa independência, sentimos falta dos velhos tempos. Não tem jeito, esse ciclo vicioso é inevitável e é um saco!

- Como eu queria ter a habilidade de ler sua mente...

Olhei para Miley. Estamos em sua garagem e eu nem ao menos percebi!

- Não tô pensando em nada demais. Dei de ombros. – E por que não me deixou em casa?

- Se lembra da noite que passou com seu namoradinho? Pois é, era nossa noite de filmes. Tivemos que remarcar por sua causa.

- Pensei que fossem apenas as terças.

- Hoje é terça, Demi. Mas, ano novo planos novos. Agora serão as sextas.

Ela sorriu e saiu do carro. Suspirei. Provavelmente ficaria sozinha em casa, alimentando uma depressão por estar me sentindo tão sozinha. Saí do carro, entrando na casa de minha namorada engraçadinha.

Entrando na sala esperava ver Joe, mas a única coisa que vi foi Floyd correndo em minha direção. A noite de filmes só é uma noite de filmes quando estamos entre nós três. Passei a mão sobre as costas de Floyd, sorrindo para ele.

- Floyd! Olhei para Miley, que estava com muito milho de pipoca em mãos. – Joe não vem hoje?

- Ele já tá chegando, Dem.

- Não quero que ele se sinta excluído – me sentei no sofá – porque estamos namorando.

- Eu também não. Sabe que você, Joe e eu somos melhores amigas pra sempre.

Olho para Miley.

- Melhores amigas?

Miley sorri atenta a panela no fogo. Ela não presta...

Meu celular começou a tocar. Olhando para o primeiro número de telefone que decorei na vida, sorri me sentindo... agradecida.

- Mãe!

- Você lembra que tem uma mãe? Nem ao menos ligou pra gente no ano novo...

- Mãe, aconteceram tantas coisas. Não tem ideia de como fico contente em receber sua ligação!

- E o que aconteceu, querida? Me conte.

Olhei rapidamente para trás. Miley estava na cozinha, mas prestava atenção em mim. Me ajeitei no sofá novamente.

- Ah, terminei com Wilmer.

- Não me parece tão triste... Está de namorado novo... James?

- Não. Mas tô namorando sim...

Miley se sentou ao meu lado e beijou meu braço. Olhei para ela.

- E eu conheço o felizardo?

- Sim mãe, você conhece. Mas... Bem, quando eu for até aí, juro que explico tudo.

- Como assim Demetria? Por que não me diz...

- É complicado, mãe.

- Então quero que venha até aqui me explicar nesse domingo. Você, seu pretendente e a complicação de vocês.

- Nesse domingo? Toquei no braço de Miley. Ela assentiu e se levantou rapidamente. Provavelmente por causa da pipoca. – Estarei aí nesse domingo então.

- Ótimo, vou fazer um risoto... ou quem sabe um estrogonofe...?

- Me surpreenda mãe.

- Ah Demi, estou sentindo sua falta. Todos aqui estão.

- Eu também mãe. Como vão as coisas?

- Nada novo em época de férias. Maddie está mandando beijos e seu pai também.

Sorri comigo mesma. Joe entrou na sala, gritando “Estou com fome, Miley!”.

- Mande muitos beijos pra eles também.

- Como estão as crianças?

Com crianças minha mãe quis dizer: Joe, Miley, Jay, Selena e eu. Ela sempre se refere a nos dizendo “crianças”.

- Estão bem, mãe. Olhei novamente para trás. - Joe reclamando de fome como sempre, mas vai sobreviver. Acho que a Selena tá de namorado novo, mesmo não falando nada sobre. Almoço com Jay de segunda a sexta, não aguento mais olhar pra a cara dele.

- Ainda fazem as terças-feiras de filmes?

- Agora não são mais terças, Miley mudou pras sextas.

- Uma mudança muito sensata, querida, admita. Enfim, não quero atrapalhar mais. Até domingo.

- Você nunca atrapalha, mãe.

Me levantei do sofá. Joe estava recebendo tapas de Miley por ter comido a pipoca.

- Eu te amo, Demi.

- Também te amo, mãe.

Desliguei o celular.

- Também te amo, mamãe. Joe passou por mim e se sentou no sofá. Idiota. – Como ela tá?

- Ótima e dramática. Me aproximei de Miley, que ainda estava na cozinha. – Minha mãe quer conhecer minha namorada.

- Sabia! Ela sorriu pegando a enorme bacia cheia de pipoca de cima da mesa. – Minha mãe também quer. Só que ela sabe muito bem quem é.

Arqueei as sobrancelhas. Como?

- Quando falou com ela?

- Sexta-feira passada. Acho que era por isso que fiquei enrolando tanto para ir até lá. Saí decidida a contar tudo.

- E como ela reagiu?

- Como eu imaginei, só que ainda mais animada. Você tinha que ver. Ela riu. – Minha mãe sempre me disse que preza pela minha felicidade e se essa felicidade é você, ela apoia. Mas falar com sua mãe vai ser difícil.

- Não acha que minha mãe preza pela minha felicidade também?

Miley hesitou e acabou não dizendo mais nada. Bufei, cruzando os braços.

- Sério mesmo?

- Demi, eu não sei, tá bom?! Não vamos brigar agora.

Assenti ainda me sentindo incomodada com o que ouvi e saí rapidamente de perto dela quando notei que ela iria se inclinar para me beijar.

Como não havíamos assistido filmes românticos por muito tempo e hoje é minha vez de escolher, decidi optar por “A arte da conquista”. Joe começou a reclamar antes mesmo de o filme começar.

Estava sentada no sofá, Miley com a cabeça em minhas pernas e Joe no tapete, com algumas almofadas. Como nos velhos tempos. Quando apaguei as luzes, Joe não perdeu tempo, já começou a dizer coisas como: “Não quero que fiquem se pegando na minha presença, na verdade eu quero, só que quando eu olhar vocês vão parar então nem comecem.”, “Não pense vocês que vou deixar acontecer qualquer tipo de agarramento durante o filme”... Até que Miley o mandou ficar quieto, o que foi uma ótima ideia.

Enquanto George matava aula com Sally, Joe estava dormindo e às vezes se debatendo. Revirei os olhos e dei um tapa em sua cabeça, o que não causou nenhum tipo de reação de sua parte. Como alguém pode dormir assistindo a um filme tão bom?

E tinha Miley também, que não parava de olhar para mim. Pensei até em parar com o carinho que fazia, passando a mão em seus curtos cabelos loiros.

Já cansada de suas longas olhadelas, a olhei de volta. Mesmo no escuro conseguia ver seus olhos azuis com muita clareza.

- Se continuar vou dormir. Não quero dormir, quero olhar pra você. Sorri um pouco sem graça. – Ah, como você fica linda assim, toda vermelha.

Olhei para a televisão estupefada. Por que Sally está fazendo isso?

- Olha lá, não acredito que a Sally está dançando com Dustin! Que vagabunda!

Miley riu.

- Esse Dustin é bem melhor do que o outro, o garoto deprê.

Olhei para Miley balançando a cabeça negativamente. Ela sorriu. Olhei novamente para a televisão e xinguei Sally mentalmente por ser tão cega. É obvio que George a ama!

- Já sabe que discordo de você.

Miley se sentou no sofá bem ao meu lado. Não a olhei porque sei que ela não vai me deixar terminar de ver o filme. Coloquei as pernas no sofá e passei rapidamente a mão pelo cabelo de Joe. Mais uma vez me pergunto: Como alguém pode dormir assistindo a um filme tão bom?

Senti os lábios dela subindo em meu braço. Logo agora que George resolveu tomar alguma atitude? Finalmente beijou Sally!

- Miley, o filme.

Miley olhou para mim.

- Demi, você já assistiu esse filme muitas vezes... Será que posso namorar com a minha namorada agora?

Ela beijou meu pescoço e mesmo não querendo, sorri. Me deitei no sofá, enquanto Miley ficava por cima de mim. Me apoiei nos cotovelos para chegar até Miley, mas ela se afastou rindo.

- Mas...

- Shiu, Joe pode acordar.

E só então ela me beijou. Fiquei contente por ficarmos ali, deitadas no sofá. Miley não tentou levantar minha blusa ou disse qualquer coisa que me fizesse corar. Suas mãos estavam em minha cintura e ficaram por lá o tempo todo.

- Essa música vai tocar quantas vezes?

Abri os olhos e ri.

- De um desconto para George, ele viu o amor de sua vida com outro cara.

- Acho que estou começando a me identificar com esse cara. Me apoiei novamente nos cotovelos e olhei em silêncio para ela. Miley tocou a ponta de seu nariz no meu e suspirou de olhos fechados. – Passei o dia todo pensando na madrugada maravilhosa que tivemos e na manhã deliciosa também – dei uma risada curta –, eu realmente gosto de passar cada segundo que tenho com você.

Aquela vontade de dizer aquela típica frase importante me veio novamente. Mas sei que Miley trata como “obrigação” demonstrar que não é por James que estou completamente perdida de amores.

- Miley, eu...

Não consegui terminar. Acho que foi por isso. Não quero dizer que a amo porque ela quer uma prova de que está um passo a frente de Jay, e sim, porque estou sentindo a necessidade de me expressar, de dizer que é isso que quero. Nós duas. Eu e ela. Miley abriu os olhos, pude enxergar como estava ansiosa.

- Você...?

Engoli em seco e desviei o olhar. Me deitei novamente no sofá.

- Eu acho que vamos acordar Joe. Lembra que ele disse que não queria...

- Tem duvidas do que sente, Demetria?

Encarei Miley. Ela não é justa comigo e precisa ouvir algumas coisas. Sei que o que vou dizer não vai deixa-la nem um pouco contente, mas ela anda me deixando fora do sério, fazendo piadinhas e chamando Jay de “meu namoradinho”.

- Se você duvida dos meus sentimentos, também vou duvidar dos seus.

Ao invés de nos prolongarmos no assunto, discutirmos e etc, Miley saiu de cima de mim e se sentou no chão, ao lado de Joe. Confesso, prefiro assim. Ela acha que tenho um caso com James e eu confio cegamente nela, não deveria, mas confio.

Talvez seja culpa dessa paixão desenfreada que estamos sentindo uma pela outra. Não consegui parar de pensar um segundo se quer na madrugada incrível de hoje. Fizemos amor, sim. Nossa primeira vez. Não poderia haver momento melhor. Foi incrível acordar e ver que ela ainda estava ali, me admirando enquanto eu dormia.

Não, eu não duvido dos meus sentimentos. Não duvido nem um pouco do que sinto por ela. Mas ela duvida de mim.

Vamos brigar, ela vai me dizer algo que me faça chorar, mas não vou querer qualquer outro alguém para me confortar além dela. Sempre quero e sempre vou procurar consolo na emissora das palavras que me feriram.

Não consigo dizer a ela tudo isso porque sei que não vou conseguir mudar sua opinião.

Não me arrependo de nada, mas quando penso demais nisso, não consigo encontrar solução melhor do que fazer tudo de novo, voltar no tempo. Claro que existe um pequeno empecilho nessa ideia maluca... não dá para voltar no tempo.


Notas Finais


Recomendo super vocês assistirem "A arte da conquista". ASSISTAM JÁ!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...