História My Love is on Fire - Seulmin - Astuta

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Estávamos envolvidos por saudade e esperança. Seulgi não recusou meu beijo desde o inicio. Ela respondia com a mesma intensidade que a minha, dessa vez nós tínhamos adquirido uma sintonia boa. Eu a trouxe para mais perto de mim, não mantendo minhas mãos apenas no seu rosto, mas percorria seus fios de cabelo enquanto a outra a abraçava. Seulgi segurava em meus braços, mas eu também queria sentir seu toque. Ergui um de seus braços até minha nuca e ela respondeu, porque ali estávamos envolvidos por saudade e desejo que nunca realmente confessamos um para o outro.

Quando não nos restava mais ar, seus lábios se afastaram dos meus. Minha mão voltou a se posicionar em volta do seu rosto. Ela ainda tinha seus olhos fechados, nariz ainda colado e o ar já adquirido. Nos beijamos novamente e pelo segundo pude ver que ficaria o dia todo entregue a ela.

- Jimin... – Ela tentava se esquivar delicadamente. – pode entrar alguém aqui – murmurava ainda com os lábios colados aos meus.

- Nossa... Quanta importância está dando a isso. – ela se afasta, me olhando. Pela primeira vez nos observamos de verdade. Ela suspira e se aproxima novamente, mas me abraça.

- Eu odeio você – ela murmura em meu ouvido, me fazendo rir.

- Poxa, eu pensei o contrário – respondi entre seus fios de cabelo.

- Você demorou tanto... – ela se afasta, me olhando novamente.

- Eu sei... Eu demorei a perceber sua intenção e não seu rancor. Eu me sinto arrependido de ter lhe feito sofrer...

- Não Jimin... Ninguém é obrigado a gostar de ninguém, eu que exagerei tudo dentro de mim, mas... Eu fui egoísta, me distanciei de você a meu favor. Eu não aguentava mais me segurar e isso estava me fazendo mal.

- Eu?

- Não ter você e ficar insistindo como a boba da situação. Eu também tenho orgulho, não acha?- ela solta um pequeno sorriso. – Então precisava me distanciar.

- Acabamos nos ofendendo e dizendo coisas pesadas...

- Eu não quero me lembrar disso Jimin... Tendo tanta coisa a fazer, focar nesse assunto não é bom.

- Então... Kang Seulgi-sshi... – ela me observa, com um sorriso astuto – Você ficaria ao meu lado novamente, me perdoaria?

- Eu te perdoo pela sua demora em vir se comunicar comigo. Porque o que passou, passou. Esquecemos o passado aqui, mas agora, lembrando-se dos momentos bons. O que acha? – ela sorri, o sorriso que estava buscando há dias ser dirigido a mim.

- Que saudade que estava de você... – eu a tomo em meus braços novamente, sem mais rancor, sem mais insegurança, sem mais medo.

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- O que? Isso vai passar no programa? – Jungkook eleva sua voz, surpreso. Faço sinal para que falasse mais baixo, não querendo estragar o sono do restante dos membros no dormitório.

- Eu não sei, eu só fiz o que precisava fazer... Não tive muita escolha na hora.

- Hyung... E depois disso tudo?

- Depois de que? – Jungkook senta ao meu lado, cabeça baixa, inquieto com alguma coisa.

- Disso tudo. Agora vocês possuem um relacionamento, ela é sua namorada agora... Ela é o que?

- Ah... – rio com a palavra ‘namorada’ – Só nos reconciliamos. Isso não significa namoro... Não... Não tanto assim.

- Hyung, se eu estiver brigado contigo você iria me beijar para nos reconciliarmos? Ah, por favor, conte-me a verdade ou não fale nada... – Jungkook se retirava do meu lado, aparentemente inconformado.

- Ei, venha cá, é claro que te beijaria... Ei criança, volte aqui! – eu não estava ligando para mais nada. Aquele dia estava bom demais para ser verdade e tinha a certeza que hoje teria uma boa noite de sono.

Havia se passado quase duas semanas e não tinha conseguido ver Seulgi devido nossa agenda apertada. Lógico que para mantermos contato, fazíamos o mesmo de antes: fotos e vídeos e telefones noturnos até pegarmos no sono. Exceto Jungkook e Red Velvet, mais ninguém sabia. Eu já tinha aceitado o status de relacionamento com Seulgi afinal, não havia mais como negar. Já estava com saudade do seu sorriso e o beijo que demos deixou muito desejo escondido. Contava os dias para o evento em Hong Kong chegar e nos encontrarmos, ao menos no show, os dois assistindo um ao outro, desejando força um ao outro.

Ela estava linda e brilhante como sempre, mesmo a observando atrás do palco, pois o Bangtan se apresentaria depois. Já houve tempos que assistimos apresentações de Red Velvet, mas dessa vez era totalmente diferente, a pessoa na qual estava apaixonado se encontrava lá, se apresentando, ou seja, pra mim não existia 5 garotas ao palco, para mim existia apenas Seulgi. Os meninos gravavam entrevistas e vídeos aleatórios. Eu não pude aparecer em nenhum deles, estava ocupado demais observando.

Poucos minutos depois Red Velvet se retira do palco, vindo em minha direção. Voltei a me juntar com a turma a fim de Seulgi não perceber que estava a espiando. Elas passaram pelo Bangtan em passos largos, se curvando cumprimentando-nos. Irene veio na frente, com seu olhar tímido, mas sua personalidade não era nada disso, não a que eu conhecia. Ela olhou para mim, com um sorriso de quem sabia de tudo e não podia falar nada, enquanto a retribuía com um sorriso. Seulgi foi a próxima a passar, mas tomou outro rumo, veio correndo em minha direção fazendo os membros enfileirados a observarem.

- Me dê licença... Olá... Olá... Olá... – cumprimentava os outros membros até chegar a mim. – Vem cá, rápido! – Seulgi me puxou para um canto, me tirando da fila e claro, fazendo todos olharem curiosos.

- Eii... Isso é um sequestro? – brinco com Seulgi, que me levava a um canto escuro.

- Escuta, presta atenção! – eu não consegui me controlar. Antes mesmo que falasse a puxei para um beijo. A saudade que havia em mim era maior e aquele lugar apertado e escuro estava extremamente sexy.

- Jimin... Para... Deixe-me falar primeiro! – Seulgi se esquiva. O lugar era tão escuro que mal podia ver seu rosto, mas pude perceber que estava sorrindo – Está prestando atenção?

- Não... Quem pensa que é para sair dos meus beijos?

- Cala a boca, Jimin – ela me dá um soco no estomago, rindo. Por mais que sua intenção foi brincar, doeu.

- Aii, essa doeu! Você vai me pagar por isso Seulgi-sshi... Fugiu de um beijo meu e ainda me agride?!

- Tá Jimin, depois te pago até outra coisa, mas agora precisa me ouvir, não temos muito tempo... – eu a puxo para mais perto, abraçando-a.

- Pode falar... – Seulgi apenas ri em meus braços.

- Red Velvet terá de fazer umas fotos em Jeju, iremos amanha de tarde. Não teria como você ir conosco? Iremos ficar 3 dias e 4 noites, um dos dias será dado a passeio e logo quando chegarmos ... – ela se afasta do meu abraço – Tente ir Jimin, por favor, faríamos uma viagem.

- Mas assim... Do nada? Estamos em promoção...

- Eu sei, mas... Tente, ao menos tente. Eu falei com o manager e ele liberou, se prometermos tomar cuidado.

- Ele sabe? – perguntei surpreso.

- Só o que precisa saber... Mas então, me diga sua resposta até amanha. Eu sei também que está em cima da hora, mas também soube em cima da hora. Promete que tentará por nós? – mesmo no escuro, via o sorriso de Seulgi.

- Prometo... Se cumprir sua promessa.

- A gente fica com o beijo porque agora não temos tempo de pagar nada.. – nos beijamos novamente. Eu ouvia meu nome sendo chamado ao fundo, mas não me importei. Era melhor ter os lábios de Seulgi comigo.

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- Só isso? Então você volta...

- Depois de amanha, sim... – sinto um pequeno gemido entristecido de Seulgi no outro lado da linha.

- Ah...- Seulgi suspira. – Tudo bem, pelo menos você irá.

- Sim, eu separei poucas coisas... Já estou pronto. Quer o endereço, quer que eu vá a algum lugar...?

- Não Jimin, basta me passar o endereço daí. Estaremos saindo em meia hora.

- Tudo bem, aguardo. Beijos... Querida. – rio, era uma palavra nova pra mim. Seulgi também ri do outro lado da linha.

- Beijos Jiminnie.... – ela desliga a ligação, quando me dou conta que estou rodeado pelos membros e Jungkook ao fundo rindo.

Era nítido que Jungkook havia instigado eles a perguntarem algo. Eu não podia mais esconder, até porque não tinha mais nada a esconder, eu estava apaixonado e o que tem de mal mostra-la e dizer aos membros que é minha garota, principalmente Taehyung, mas este eu não me preocupava mais. Havia conversado com Seulgi sobre o relacionamento dos dois e regras já tinham sido estabelecidas, por desencargo de consciência e brigas futuras. Eu adoraria que fosse mais próxima de Jungkook, que era de minha propriedade dentro do Bangtan, mas ainda teríamos tempo para os dois conversarem mais e relembrarem que se conhecem desde muito tempo.

Seulgi foi precisa e menos de uma hora estava no dormitório. Lógico que seu manager não a deixou subir, nem eu a permitiria subir. A sensação de entrar no carro com Red Velvet era... Colorida. Irene me recebeu com uma cara amarrada e um sorriso escondido – nada além da sua personalidade exótica. Fui apresentado a Joy, Yeri e Wendy pela primeira vez. As meninas faziam festa caçoando de Seulgi e Irene nem ajudava – para não dizer o contrário – falando de Seulmin, sendo o ápice do caminho até o aeroporto. De todas elas, adorei conhecer Wendy. Não sabia que sua personalidade era tão eletrizante e animada, lembrando Hoseok, e cogitando a possibilidade de apresentar os dois.

Red Velvet tinha um esquece ninja para entrar nos aeroportos. Eram portões que você mal entrava no aeroporto e parecia já estar dentro do avião. Seulgi havia sido destinada a sentar com Wendy, mas ela me cedeu o lugar, deixando viajarmos lado a lado pela primeira vez. De inicio fomos conversando, sobre diversos assuntos, desde política a exercícios de treino. Seulgi foi contando como havia sido seu debut e eu pude contar um pouco do que vi nos países durante a turnê mundial que o Bangtan fez. Era uma sensação maravilhosa estar ali naquele momento. Estávamos como há quatro anos, conversando assuntos normais sendo que mais juntos do que nunca. Eu peguei levemente na sua mão, entrelaçando nossos dedos e assim continuamos conversando. Era maravilhoso olhar Seulgi e ter a certeza que agora tudo estava claro, tudo estava bem e tranquilo.

Mesmo a viagem não sendo muito longa, Seulgi tirou um cochilo em meu ombro, ainda de mãos dadas. Seus dedos sempre gelados, longos e finos. Sua respiração calma, como de um sono tranquilo e o cheiro de perfume doce que sempre gostava. Assim que a aeromoça anunciou que já iríamos pousar, levemente a acordei. Seu cabelo havia marcado, a deixando um pouco descabelada e... Linda, tudo na Seulgi estava lindo.

Jeju era o paraíso. O sol batia na nossa pele e esquentava, nos obrigando a por nossos óculos de sol, mesmo que a tarde. Sem cerimonias fomos ao hotel. Já estava me familiarizando com Red Velvet, principalmente com Wendy. Joy e Yeri eram mais discretas e andavam mais grudadas, enquanto as outras duas ficavam mais conosco, interagindo.

- Eu estou com muita fome... Deveríamos ir comer, o que acha? – Seulgi pergunta, brincando com meus dedos, como uma massagem.

- Concordo, deveríamos ir comer... As meninas não estão?

- Não sei... – ela se vira a Wendy, que estava escorada no balcão da recepção do hotel – Psiu está com fome? Vamos comer...

- Com certeza vamos comer! – Wendy responde, correndo em nossa direção com a maior animação.

Se eu pensasse em dar uma nota para o início daquela viagem de apenas 2 noites e 1 dia eu já daria 9 de 10. Nunca pensei que as meninas fossem tão receptivas e que eu e Seulgi nos completássemos tanto. Não conseguia deixar de não segurar sua mão, mesmo ao seu lado na mesa de jantar, mas sempre que Seulgi quisesse me alimentar era um motivo para as meninas atuarem como a gente. No meio do jantar, Seulgi leva sua mão ao interior da minha coxa, me fazendo um sinal para sairmos de lá, tinha chegado a hora de nos curtimos.

- Como não consegue fazer isso Seulgi? É só virar o volante, é só andar! – Eu não me controlava com os gritos de Seulgi tentando comandar a maquina de direção na sala de jogos. Não só isso, Seulgi parecia não entender nenhum jogo, desde não acertar as cestas no basquete a não atirar num zumbi eletrônico. Não havia ficado satisfeita com a sua pontuação, afinal, não tinha ganhado nenhum jogo.

- Esse eu sei, esse eu te desafio! – ela falou com os olhos em chama, louca por vingança, já subindo no tapete de dança e escolhendo a musica. – Anda, suba! – Seulgi estava possessa por sua vingança.

- Noona... Vamos deixar isso para depois – eu não conseguia controlar meus risos, ela estava extremamente fofa tentando achar algo que ganhasse.

- Jimin, estou mandando, SUBA! Você vai jogar esta merda, eu vou vencer alguma fez, nesse eu venço.

Ainda embriagado pelos risos, subo. Eu não conseguia acompanhar, estava rindo vendo Seulgi mega concentrada em ganhar,  mas errando vários sinais do tapete. Ela estava se esforçando ao ponto de suar, muito concentrada.

- Vamos noona, chega disso! – abraço suas pernas e a coloco em meus ombros, a tirando daquele tapete e de toda aquela humilhação cometida. Surpresa grita  xingando, não por eu estar a segurando mas por estar tirando-a de lá. Sua vingança estava nervosa.

Andamos um pouco pela cidade. Havia visto uma loja com itens de casais e Seulgi se arriscou a comprar. Eram apenas dois anéis de prata com uma pedrinha no meio, mas dentro tinha mandado gravar a data da gravação do Hello Counselor, determinamos como nosso dia. A noite caia e nós andávamos, comprávamos e comíamos tudo que vendia por perto, até sentarmos numa pequena sorveteria. Os donos tinham nos reconhecido, e como cortesia, nos reservou a mesa mais camuflada do local.

- Nossa é sempre assim, eu como muito quando estou contigo. – Seulgi dizia entretida na sua casquinha de sorvete.

- Come, você come! – rio, provocando-a. Ela me olha de lado, com um pequeno sorriso astuto.

- Ah Jiminnie... Você ultimamente anda muito abusado ao falar com sua noona...

- Enquanto você não cumprir suas promessas eu a tratarei assim, Seulgi-ah – falo, provocando-a. Ela salta um riso pesado, acolhendo minha provocação.

- Re... pete o que disse...

- O que, você manda em mim agora... Seulgi-ah...- sussurro seu nome em seu ouvido, soltando um leve riso.

- Malcriado... – Seulgi leva seus dedos gelados no meu rosto, como um leve tapa, enquanto a outra já me puxava para um beijo. Suas pernas se moviam para meu copo, sentando-se, ficando em frente a mim. Seus beijos eram mais intensos, como a maneira que passava a mão em minha nuca. A acompanhei com meu toque, até involuntariamente apertar sua bunda.

- Eita... – ela sussurra em meu ouvido, dentre um sorriso. – Jimin, abre a calça! – surpreso, observo seu rosto, levando meu olhar ao estabelecimento, não a fazendo esquecer que estávamos numa sorveteria.

- Bora Jimin, me obedeça! – ela sai do meu colo, se posicionando no banco ao meu lado. Mesmo surpreso, levei minha mão ao sinto, ainda observando-a.

- Vamos... – ela assentiu já posicionada, enquanto eu a obedecia.

Seulgi havia me pego totalmente de surpresa, principalmente pela situação que estávamos em uma sorveteria. Eu via pelo vidro levemente embaçado do estabelecimento, pessoas na rua passando, pessoas entrando no mesmo ambiente e Seulgi com a boca em meu membro. Talvez aquilo tenha deixado a situação mais prazerosa, assim como sua língua dançava em mim. Ela estava linda naquela posição, estava linda fazendo aquilo e extremamente gostosa, com o olhar mais que provocativo. Eu a ajudava segurando seus fios de cabelo e controlando sua velocidade, mas ela sabia ir onde devia. Eu não conseguia controlar meu som justamente na hora que aquela sorveteria estava enchendo, tendei me manter ao máximo, até chegar ao meu ápice.

- Querida... Se você não se... Afastar... – Ela apenas continuava em seu ritmo – Querida... Saia, agora! – por um ato natural, não estava mais sob meu controle. Seulgi havia se retirado segundos antes, me observando imerso ao prazer daquele momento com um sorriso astuto.

- É... Com licença... – o dono da sorveteria se aproxima da nossa mesa camuflada. Seulgi o recebe com um sorriso de quem não fez nada do que acabou de fazer – Estamos enchendo, vou precisar liberar essas mesas próximas a vocês e podem reconhecer os dois...

- Sim claro, acabamos mesmo, estamos de saída. Muito obrigada!

- Sim... Ele está bem? – tento me recompor, me dando conta que ainda estava imerso àquele prazer.

- Sim.. Só esta com pouco de sono... – o senhor acena e se retira. Seulgi me olha, mordendo seu lábio inferior.

- Você... Se superou! – Digo, fechando a calça, enquanto ela ri, achando total graça da situação.