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História My mirror - Namoro TOP secret do estado


Escrita por: KimSeuk

Notas do Autor


Olha quem voltou? Sim, estou aqui ainda nervosa para saber se passarei na faculdade com a minha média! Torcemos todos!!!
Espero que todos estejam bem nesse início de ano!
Espero que gostem do capítulo e n me taquem pedra no final!
BOA LEITURA!!!

Capítulo 9 - Namoro TOP secret do estado


Fanfic / Fanfiction My mirror - Namoro TOP secret do estado

 

Olhando para cima, acabei vendo o rosto dos meus pais com uma expressão raivosa. Eles entraram na varanda com passos fortes e meu pai segurou a blusa de Chanyeol.

— Quem é você? — Chanyeol retirou a mão do meu pai de sua blusa, quando o mais velho perguntou.

— Devo ter a chance de me apresentar, não acha? — ele fez uma referência adequada aos meus pais com claro sinal de respeito. — Sou Park Chanyeol, estudo com o filho de vocês.

Acho que ele viu que aquele não era o momento certo de revelar a nossa real relação. Meus pais explodiriam.

— Então você que está sendo a influência negativa do nosso filho. — minha mãe olhou para mim. — Recebemos uma ligação da escola, você matando aula, Byun Baekhyun? Nunca pensei que você seria capaz de fazer isso. Ele é o responsável por essa falta?

— Pai e mãe, vamos acalmar. Vamos conversar lá dentro. — eu comecei a andar para a sala que dava para a varanda. — Chanyeol não tem nada a ver com isso.

— Baekhyun. — Chanyeol me chamou. — Eu sou responsável por isso sim, não adianta mentir. Só que eu não sou responsável pelo jeito negativo que seus pais estão pensando.

— Ah! Então, você pensa que matar aula não é negativo? — minha mãe deu uma risada descrente. — Você nunca seria uma pessoa que meu filho andaria pelos corredores daquele colégio. Olha esse cabelo… Essas roupas… Tatuagens? Baekhyun, eu quero uma explicação do motivo de você andar com um rapaz como esse.

— Com todo respeito que tenho por pessoas mais velhas, vocês estão equivocados a meu respeito. Tenha certeza que minha aparência não me define, mas duvido que me deem a oportunidade de eu mostrar qualquer outra coisa sobre mim a vocês. — eu sabia que eu estava em uma encruzilhada naquele momento. Meus pais gostariam que eu desmentisse tudo, que eu o expulsasse de casa como o bom filho deles faria. Mas, eu também sabia que se expulsasse o Chanyeol dali, eu perderia toda a confiança que ganhei esses dias com ele. Chanyeol que não voltaria para minha vida por conta de uma covardia.

— Esse rapaz tem mesmo uma língua afiada. Quero que você saia da minha casa, queremos conversar com nosso filho em particular. — meu pai segurou o braço de Chanyeol.

— Eu só quero dá um toque em vocês. — Chanyeol novamente se esquivou do toque do meu pai. — Deem a oportunidade do filho de vocês falarem o que de verdade ele pensa. Escutem mais e falem menos.

Dar um toque? — minha mãe riu em descrença pela informalidade de Chanyeol. — Eu quero saber agora, qual é a relação entre vocês dois. — ela sentou no sofá, pelo tremor de sua mão, ela estava muito nervosa. — Quem você pensa que é para ficar interferindo na vida do meu filho assim?

— Baekhyun, eu deixo essa resposta para você. — Chanyeol deu um passo para trás.

Eu estava suando frio, não era como se aquela resposta fosse simples. Era esse momento que eu temia, meus pais nunca me perdoariam pela verdade, doeria saber que o filho dele não é toda a perfeição que eles sempre colocaram em um pedestal, mas eu sabia que sem essa oportunidade, uma próxima talvez nunca mais apareceria. Lembrei da tatuagem e recordei o motivo de eu tê-la feito. Chanyeol era o motor de combustão das minhas decisões.

Eu aprendi tanto com ele nesse dia, eu ganhei coragem para fazer aquilo que eu sempre tive medo. Antes eu me prendia a uma rebeldia sem causa quando meus pais não estavam em casa. Eu vivia um teatrinho achando que era feliz com essas transgressões que cometia quando estavam viajando.

O que eu fiz esses dias ao lado de Chanyeol, nada mais foi do que viver como eu quero viver.

Se eu não tivesse a oportunidade de ser sincero com meus pais agora, eu não teria mais a coragem que Chanyeol me proporcionou esses dias.

— Como assim deixa a resposta para meu filho? Baekhyun, eu quero uma resposta agora. O que está acontecendo aqui? Eu sabia que eu tinha que voltar dessa viagem, que tinha alguma coisa errada. — minha mãe esbravejava.

— O Chanyeol… Ele… — passei meu olho por todos da sala. Respirei fundo… Caralho… Isso é muito difícil… Tem que ser agora, Baekhyun… — Ele é meu namorado. — Chanyeol tinha aberto um sorriso em escutar aquilo e vi seus olhos trazerem um olhar que me motivou a continuar falando. — Esses dias estamos ficando juntos e se eu posso falar com toda a certeza… Foram os melhores dias da minha vida.

— Do que está falando, Byun Baekhyun!!!? Retire essas palavras, isso é mentira.

— Todos esses dias que vocês não estavam aqui e eu estou passando com ele, foram os melhores dias da minha vida, porque foram eles que me fizeram me sentir livre para ser quem eu sou. Sem terninho, aulas de violino, treinamento para entrevistas para faculdades que eu não quero nem ir. — respirei e continuei. Estava tremendo. — Eu estava deixando minha vida ser vivida por vocês dois. Vocês colocaram seus sonhos em mim e nem perguntaram se esses seriam os meus sonhos. O Byun Baekhyun que vocês querem que eu seja, nunca existiu e nunca vai existir, porque eu não sou assim.

— Esse Chanyeol está influenciando o que você está pensando! Eu quero ele fora da minha casa, vá chamar os seguranças. Esse rapaz é um marginal. Nunca deveria ter colocado os pés para dentro da minha casa.

— Marginal? Eu não sou marginal, senhora, mas se essa impressão que tem, fazer o quê? O Baekhyun está sendo sincero com vocês, o mínimo que nossos pais merecem é a nossa sinceridade. Ele está falando a verdade para vocês, não querem acreditar, porque não querem perceber que seu filho não quer mais ser manipulado por vocês dois que querem controlar o modo como ele vai levar a vida dele. — minha mãe estava espumando. — Seu filho é incrível, ele aguentou tanto tempo calado, sem dizer coisas que eu não conseguiria ficar sem gritar por dois minutos. Ele silenciou os sentimentos dele, isso para mim é o maior pecado.

— Tirem ele da minha casa!!!

— Se ele for embora, eu também vou. Se não querem ter uma conversa sincera comigo essa noite, voltarei amanhã depois da aula. — segurei a mão de Chanyeol e entrelacei meus dedos. — Eu quero falar a verdade sobre todos esses anos. Quero livrar meu coração desse peso e a minha consciência, também.

— Eu não estou reconhecendo meu filho! — minha mãe se jogou para trás.

— Você não está reconhecendo seu filho, porque seus olhos ficaram cegos para que o enxergasse de verdade. Eu sempre fiz o que quiseram e pela primeira vez que eu não estou fazendo, eu me sinto em paz. Conversamos amanhã, deixarei que esfriem a cabeça. — saí andando com Chanyeol atrás de mim.

Pedi que a abrissem o portão e assim que eu coloquei os pés para fora, eu dei um grito seguido de um sorriso.

— Eu estou puta orgulhoso de você. — Chanyeol me puxou e me prensou contra o muro da minha casa. — Está tudo bem com você? — ele acariciou meu rosto com as costas dos dedos.

— Eu estou em uma onda de êxtase, mas estou com medo de amanhã. Chanyeol, será que eu fiz a coisa certa? Não teria sido mais fácil, eu simplesmente…

— A verdade sempre é mais difícil, tudo que é mais fácil agora, torna-se um fardo e uma grande bola de neve no futuro. O que você fez, exige muito esforço, porque você se projetou para seus pais, falou o que queria. Eu entendo seu medo, mas lembre-se que eu estou contigo. Nós estamos enfrentando nossos medos juntos, não estamos? Não vou te abandonar agora. — recebi um beijo na testa. — Você foi foda para caralho, acho que eu que tenho que te colocar em um pedestal, Byun.

— Tenho que procurar um hotel para ficar essa noite. Depois do ensaio, eu volto para casa e converso com eles.

— Nada disso, vamos completar mais um item da sua lista. Não disse que queria conhecer a casa de um amigo? Que tal dormir lá em casa hoje? Não é lá um luxo, mas é acolhedor, minha mãe conseguiu deixar o lugar assim. — eu sorri.

— É claro, eu adoraria conhecer! — fiquei animado. — Vamos, então?

— Sim, podemos pegar o ônibus S54, ele para perto da minha casa. — caminhamos um ao lado do outro. — Você assumiu um namoro falso aos seus pais, você sabia disso?

— É...Hum… Pois é… — fiquei sem jeito, porque eu não sabia a resposta que eu tinha que dar ali, eu falei aquilo, porque esse relacionamento já parece natural para Chanyeol e a mim.

— Eu estou esperando essa semana passar. Não quero assumir que o que estamos tendo é um namoro ainda, porque não teve um pedido formal. Vamos esperar esses últimos dias do contrato passar. — ele segurou minha mão. — Não quero que tudo comece por conta de um contrato, então fecharemos esse ciclo primeiro.

— Você pensa em me pedir em namoro, de verdade? — eu escondi meu sorriso. — Não sabia que existiam essas intenções nessa cabecinha.

— Vamos dar tempo ao tempo. — Chanyeol jogou no ar e assim continuamos caminhando para o ponto de ônibus.

&

Quando chegamos ao bairro no subúrbio de Seul, vejo que Chanyeol mora em um terraço. Do lado de fora do prédio, percebemos que os moradores são negligentes quanto infiltrações, poeira e mofo. Subimos por uma escada e encontro o andar que o Chanyeol mora, a porta estava um pouco bamba, percebi isso quando foi aberta.

Perguntei-me quanta dificuldade Chanyeol tinha passado todos esses anos. Acho que a vida dele se resumiu em uma luta diária ao lado da mãe, eu queria poder ajudar mais. Começou a chuviscar quando entramos.

— Omma! Chegamos. — vejo a mesma mulher aparecendo e sinto um cheiro maravilhoso vindo da cozinha.

— Que bom que chegaram, estou preparando bibimbap. — ela chegou anunciando fechando mais a blusa de frio em volta de seu corpo.

— Já é tarde, quando eu mandei a mensagem, falei que era só para deixar a porta aberta e não fazer o jantar. — Chanyeol a abraçou lateralmente. — Volte para cama, acabou de sair do hospital e já está fazendo esforço. Como enfiar juízo na sua cabeça?

— Claro que eu tinha que deixar alguma coisa para vocês comerem, meninos. Ficar de estômago vazio é um pecado quando se trata de pôr o pé na minha humilde residência. — eu abri um sorriso e falei:

— Não preocupe Srta.Park, Chanyeol e eu acabamos de fazer aqui.

— Que graça me chamando de senhorita. Vou deitar então, divirtam-se, crianças. — ela foi para se quarto.

— Minha mãe é doida mesmo, acaba de sair do hospital e quer fazer tudo. — ele foi até o fogão. — Já está pronto, pode ir sentando que eu levo.

Eu vi que tinha um armário aberto, tinha copos embaixo existiam os talheres em um copo. Eu arrumei a mesa de um jeito arrumadinho e ajeitei as flores que já estavam ali junto a parede grudada à mesa.

— Está ajeitando a mesa? Cheio de frescuras. — Chanyeol brincou, rindo. — Não quero me gabar, mas minha mãe tem o melhor bibimbap da região. Quando eu era mais novo, ela conseguia me engordar com ele. Espero que goste, todos os pratos dela são feitos com carinho.

— Obrigado pela refeição. Comerei com prazer.

Já eram 00:30 quando terminamos de comer e lavarmos as louças e panela.

— Você pode dormir na minha cama, vou ficar no sofá essa noite. Se quiser tomar banho, tem uma ducha logo ali à esquerda e eu vou te emprestar um pijama de quando eu era mais novo, deve servir em você, baixinho.

— Nem tentando tirar uma casquinha para tentar dormir comigo, que cavalheiro o Romeu é. — brinquei.

— Estou tentando ser o mais cavalheiro possível, não menospreze isso. — ele tirou a blusa de frio que usava e foi até um cômodo buscar uma coberta e lençol para colocar no sofá. — Mas caso queira ficar comigo para não ter pesadelo… Não serei mal educado de recusar. — ele me entregou uma toalha e o pijama que ele tinha falado antes.

— Eu vou tomar banho, espertinho. Prepare esse sofá direitinho, ouviu?

Tomei a ducha gelada, porque pelo que vi não tem como alterar a temperatura. Meu corpo todo arrepiou e eu fiquei que nem idiota colocando cada parte do meu corpo lentamente para sofrer lentamente. Vesti o pijama e ele coube quase que perfeitamente, ainda ficou um pouco grande.

— É! Acho que terei que dormir com você, vou acabar tendo um pesadelo com a expressão raivosa do meu pai. — Chanyeol já estava deitado no longo sofá e me acolheu nos seus braços quando eu deitei ao seu lado. Ficamos em uma espécie de conchinha. — Chanyeol?

— Hum?

— Você acha que as coisas ficarão mais difíceis agora?

— Tenho certeza que a gente enfrentará muito mais coisas a partir de agora. — senti um beijo na minha têmpora. — Mas, se eu posso afirmar alguma coisa, é que você vai conseguir superar qualquer uma delas, afinal, um novo Byun Baekhyun surgiu e esse aqui não tem medo de nada.

— Chanyeol, sei lá, eu só quero que me prometa uma coisa: caso aconteça alguma coisa com você, vai me contar, entendeu?

— Sim, senhor. Agora vamos dormir, amanhã temos aula e ensaio, as provas estão chegando.

Aceitei aquela resposta com satisfação, porque meu coração estava pressentindo que aconteceria alguma coisa.

&

No dia seguinte mandei uma mensagem para Alfie trazer um uniforme para mim na casa de Chanyeol e pedi uma informação sobre como meus pais estavam. Alfie disse que eles praticamente passaram a noite em claro.

As aulas correram tranquilamente, mas fiquei toda manhã com dor de barriga. Não vou ser hipócrita de dizer que não estou com medo da reação dos meus pais nessa conversa que teríamos hoje, mas eu não andaria para trás. Ontem, quase não dormi, fiquei pensando sobre isso. Era meu momento de libertação e meus pais tinham que conhecer o filho e saber me aceitar com o que eu penso, como eu sou e não como eles querem que eu seja.

O ensaio daquela tarde seria um momento de tirar essa tensão que estava acumulando em meus ombros e provocando dor no meu pescoço. Chanyeol encontrou comigo no intervalo e ficamos juntos durante todo intervalo conversando e repassando algumas falas do roteiro. Ele estava sempre dando alguma palavra de força e perguntou se queria que ele fosse comigo quando eu conversasse com meus pais.

— Não precisa, Channie. Eu tenho que enfrentá-los sozinhos. Também não quero que você faça minha mãe ter um infarto. — ele riu, fechando o roteiro e guardando no bolso de sua calça rasgada. — Eu sei que eu tomei a decisão certa e tenho que lidar com as minhas consequências.

— É isso aí! Podemos ir ao karaokê amanhã a noite, porque hoje tenho que trabalhar lavando carros e vou tentar estudar para as provas de madrugada, tentarei virar a noite.

— Se quiser eu posso te ajudar. Eu já estudei bastante e sou bom nas matérias, sou um pequeno nerd.

— Pode deixar, não quero que vire noite por minha causa, se eu tiver alguma dúvida, mando mensagem. — ele deu um beijo na minha testa, como um costume dele.

O sinal tocou.

— Vamos para nossas salas, nos encontramos no ensaio? — concordei e seguimos nosso caminho.

Terminei todas as anotações de aula e segui correndo para o teatro, fiquei sabendo que o coordenador está querendo falar comigo e eu não quero escutar, porque estou achando que tem o dedo da minha mãe nessa história. Abri a porta e subi rapidamente para o palco, eu não deixaria que eles estragassem essa oportunidade que eu estava tendo de ter esses momentos de felicidade diariamente.

Chanyeol estava conversando com a Srta. Dan sobre a cena que estaríamos ensaiando hoje.

— Oh! Ainda bem que chegou, Baekhyun. — ela me chamou com um gesto da mão. — Hoje continuaremos a cena da morte. As falas finais e o encerramento, precisamos deixar essa cena digna de ser chamada de perfeita, o. k? Observarei atentamente cada movimentação do casal e lembre-se Sr. Park, não importa o que o Baekhyun fizer, você está morto e ficará assim até eu dizer que pode renascer.

Eu ri dessa situação e vi que Seulgi não estava nenhum pouco satisfeita de ver nossa química naquela peça. Ela estava de um lado do palco encarando nós dois, enquanto nos posicionávamos em nossos lugares marcados por desenhos com fita no chão do palco.

— Agora, Sr. Byun. — observei com atenção a movimentação da Srta. Dan pelo palco. — Quando você pega a adaga e se esfaqueia, quero que monte sobre ele.

— Ah, puta merda. — Chanyeol murmura abaixo de mim. Eu sabia que isso é uma situação complicado para todo homem controlar sua região baixa a não ter uma reação.

— Chanyeol, quando o Baekhyun cair sobre você, não quero que pareçam que foram fuzilados numa briga de gangues. Vocês morrem como viveram: como amantes.

Estou tentando absorver tudo o que ela diz, porque meu corpo sabia muito bem saber que Chanyeol é gostoso e lembrar-se da imagem daquele dia no vestiário da loja, tenho hormônios e eles precisam ser respeitados. E, nesse momento, meu cérebro está fixo em MONTAREI EM PARK CHANYEOL.

Mente poluída nível hardcore aqui.

Com uma perna de cada lado. Partes pressionando partes.

Minha nossa.

Chanyeol está se ajeitando abaixo de mim, ele está esfregando o rosto e gemendo um pouco frustrado pela situação que a gente tem que agir como se tudo tivesse normal, sendo que a gente está com um puta calor do cassete e não é calor convencional, se é que me entendem.

Srta. Dan sorri para nós. Acho que ela curte nosso desconforto mútuo e a tensão sexual que existe entre nós e é palpável.

— Vamos voltar ao beijo e ver se podemos chegar até o final hoje, tá? O restante do elenco envolvido no final dessa cena pode voltar aos seus lugares no palco, por favor?

Pessoas se remexem enquanto retomamos nossas posições. Chanyeol está de cara fechada para mim, mas, ao mesmo tempo, surge um sorriso maliciosa aqui e ali.

Dou a ele meu sorriso mais inocente.

Ele me olha com uma intensidade que seria assustadora se eu não tivesse curtindo tanto sua frustração.

— Deite-se, meu amor. — sussurro com uma voz sexy. — Tenho que montar em você.

Ele xinga e protesta entredentes, mas se deita na posição que antes estávamos.

Me engana que eu gosto que não está adorando isso tudo, porque eu tô.

— Vamos lá, pessoal. Obrigada, Sr.Byun.

Recomeço a cena. Quando chego ao beijo, faço com que pareça mais erótico de propósito. Posso sentir Chanyeol respirando pesadamente, e um pequeno som escapa dele. Tenho que tirar esses pedacinhos dele quando tenho a oportunidade.

Oh-Oh. Morto, cadáver gostoso, por favor.

Ele suspira e fica parado.

Bom menino.

Há vozes fora do palco e eu olho em direção a eles. Julio está ficando sem tempo.

— * Ruídos? * — digo, o pânico está tomando o corpo de Julio que está sentindo a tensão crescente em seu peito, precisa finalizar o que se passava em seus pensamentos. — * Breve serei, então. *

Avisto a adaga e, depois de passar uma das pernas sobre o corpo de Chanyeol, monto sobre o volume um pouco saliente nas suas calças enquanto agarro a faca cênica que ele prendeu na cintura.

— *Ah! Lâmina feliz! * — digo, puxando o cabo e a levando ao peito. —, * esta é a tua bainha. *

Empurro a lâmina retrátil para o centro do meu peito e dou um grito, o rosto contorcido pela dor. Para a plateia, parece que eu me feri mortalmente.

— * Enferrujada em meu peito. * — solto um grunhido e jogo a adaga no chão enquanto aperto o peito. Apoio o corpo com o punho no peito de Chanyeol e beijo ternamente meu Romeu mais uma vez antes de cochichar: — * Para que eu morra! *

Caio sobre Chanyeol. Meu rosto pressiona seu pescoço, uma mão está em seu peito, a outra, em seu cabelo. Se alguém tirasse uma foto nossa, pareceríamos um casal jovem dormindo num abraço íntimo.

Outros personagens correm para o palco e continuam a cena, lamentando nossa morte e desvendando a série de eventos que levou a ela. Posso sentir Chanyeol tenso embaixo de mim, tentando controlar sua respiração. Meu corpo continua pressionando seu pênis semi ereto dentro da calça jeans, e posso sentir que fica gradualmente mais rígido. Tento ignorar, mas eu amei ver essa reação do corpo dele por minha causa. O meu também tá difícil de mantê-lo quietinho, porque meu cérebro está mandando todo meu corpo enviar hormônios para a corrente sanguínea.

Desacelero minha respiração e escuto a cena se desenrolando ao meu redor. A linguagem arcaica e o ritmo têm um efeito sedativo, hipnótico, tão forte e constante. Enquanto meus músculos suavizam e minha pulsação desacelera, meu corpo afunda no dele. Há um momento em que penso sobre ser muito pesado, para depois seu cheiro e calor me entorpecerem.

Antes que eu me dê conta do que está acontecendo, uma mão sacode meu ombro. Abro os olhos e vejo Masamoto parado diante de nós, com vários outros membros do elenco atrás dele.

Acho que ter passado a noite em claro contribuiu para eu ter tirado um cochilo nessa cena.

— Uau. Estão tão envolvidos com a cena que até acabou dormindo, hein? — sua cara era de deboche e vejo que ele está com raiva de Chanyeol. — Vê se da próxima vez não ronca. — Masamoto ficou puto, porque nessa cena eu me aninhei a Chanyeol e acabei dormindo pela posição confortável e a sensação deliciosa que é estar próximo a ele.

Nós nos sentamos no palco enquanto Srta. Dan faz suas observações, mas em geral ela parece feliz com nosso progresso. Masamoto se senta ao lado de Chanyeol, cochicha e abafa suas próprias risadas com a mão. Chanyeol agarra a frente de sua camisa e cochicha algo em seu rosto. Masamoto fica pálido e se cala imediatamente. Quando Chanyeol o soltou, Masamoto se isolando rindo de um jeito sem graça, falando sozinho. Chanyeol corre as mãos pelo cabelo antes de olhar para mim.

Ele parece furioso.

Quando a Srta.Dan termina o ensaio, um falatório enche o ambiente enquanto todos guardam o cenário e objetos da cena.

Enquanto tudo estava sendo guardado, vou até Chanyeol.

— Tudo bem com você? — pergunto. — O que rolou entre você e o Masamoto?

— Ele é um babaca sem fim, não consigo controlar minha vontade de dar um soco no nariz dele.

— Sim, sei como é essa vontade, mas não faça nada que possa provocar qualquer confusão para seu lado, não pode perder mais aula, Channie. O que ele perguntou?

— Ele me perguntou quantas vezes eu já tinha te comido de quatro. — achei ofensivo e entendi a raiva que Chanyeol tinha ficado. — Queria saber quando iríamos terminar para que ele pudesse voltar a ser quem te come. Baekhyun, fale alguma coisa que me distraia antes que me dê vontade de ir acabar com a raça desse sujeito.

— E o que você disse? Ele pareceu ficar desconsertado.

— Disse a ele que se ele chegar perto de você eu corto as bolas dele e dou para meu rottweiler.

— Você nem tem cachorro.

— Ele não precisa saber.

Nós rimos.

— Nunca mais me provoque desse jeito em público. Eu tive que me controlar loucamente com essa cena. Acabei me segurando mais que a porra de um Dalai Lama perto de você. Você não tem ideia do quanto você tem esse poder, Baekhyun. Eu estou me controlando esses dias, porque quero que tudo seja no tempo certo, quando nós dois estivermos certo. Eu não sou o cara que lida com isso como transar. — Chanyeol disse.

— Você é mesmo todo preocupado com o que eu sinto… É mesmo um lindo, Chanyeol. — apertei suas bochechas.

— Eu só fico puto quando alguém fala alguma coisa como se você fosse um objeto de prazer qualquer e o jeito pejorativo que ele falou, me deixa puto para caralho.

— Não vamos pensar nele, só foca na gente e na peça.

— Byun Baekhyun! — olho para o corredor no meio do teatro e encontro o coordenador. — O diretor quer falar com você na sala de reuniões, seus pais vieram essa manhã e quer conversar. — gelei.

— Meus pais estão aqui?

— Sim, vamos para a sala de reuniões. Eles e o diretor estão te esperando.

Chanyeol balançou a cabeça positivamente.

— Tudo bem, vamos lá. — caminhei atrás dele até a sala de reuniões. Uma sala com paredes de vidro e uma mesa com seis cadeiras. Quando chegamos ao corredor já vejo de longe a figura dos meus pais falando de um jeito exacerbado com o diretor.

Abrindo a porta confirmo que minha mãe está falando em um tom exagerado.

— … Como vocês podem permitir uma coisa dessas!? Eles estão prestes a entrar na faculdade e vocês estão pensando em uma peça? — vi que a Srta.Dan estava em um dos cantos da sala. — Meu filho não tem tempo de ficar participando de uma peça idiota e infantil de colégio.

— Minha peça não é nenhuma das suas classificações. O teatro ajuda os meninos a se desenvolverem e terem um autoconhecimento necessário para a escolha de suas carreiras futuras. — ela interveio na fala da minha mãe. — E eu tenho a obrigação de dizer que seu filho é um excelente ator, está fazendo minha peça ter vida. Essa minha escolha foi a ideal para o papel principal.

— Como é que é? — ela olhou para eu entrando na sala. — Baekhyun, como que você pôde pensar em gastar seu tempo de estudo com uma peça de escola? Você está em ano de vestibular e das entrevistas das faculdades.

— O teatro está me fazendo bem. Eu estou amando fazer. — falei não me sentando, só ficando de pé na frente dela.

— Não, você não tem tempo para isso. Tire meu filho dessa peça. Ele não tem tempo para fazer isso. — minha mãe segurou meu pulso, mas eu retirei da mão dela rapidamente. — Baekhyun, não me desrespeite na frente de outros adultos. Não existe discussão em cima disso, ele não participará da peça e ponto final. Gostaria de conversar com meu filho em particular, por favor. — minha mãe olhou para o diretor. — Faça isso para que o próximo cheque de doação chegue a sua mesa.

Todos saíram da sala depois que o diretor saiu, a Srta. Dan recusou, mas o diretor falou que seria bom ela sair junto a ele.

— Baekhyun, o que está acontecendo com você, meu filho? Uma peça de colégio? O que se passou pela sua cabeça achando que essa seria uma boa ideia? Está perdendo o juízo? — meu pai ficava mais calado em um canto, mas eu sabia que ele concordava com tudo o que minha mãe falava. — Você já acabou qualquer coisa que você tem com aquele marginal, não é?

— Eu não terminarei com ele, mamãe. Eu falei que a gente vai conversar, não vou deixar que fala tudo o que pensa e eu vou ficar calado. — ela sentou em uma das cadeiras ao lado do meu pai.

— Então fale, o que quer dizer para mim com tanta convicção, Baekhyun? Quero que explique-me essa loucura.

— Eu só quero que saiba que essa peça está sendo muito importante para mim e eu não desistirei dela. — fiquei em uma das pontas da mesa, de pé. — Eu estou chegando a conclusão que eu não quero seguir o passo de vocês dois, talvez eu não queira me tornar um advogado e ficar sujeito ao nome de vocês dois, como o filho dos advogados Byun´s. Eu realmente estou gostando de atuar, estou me sentindo bem no palco…

— Nem termine de falar uma bobagem dessa, Baekhyun. E…

— Eu vou terminar de falar. — interrompi. — Chanyeol me mostrou isso, ele me mostrou o que é ter poder sobre suas próprias decisões e como elas são importantes para vivermos nossas vidas como queremos. Eu sei que ele não é o perfil que vocês querem ter como meu namorado, as roupas dele, o jeito direto dele falar o que pensa, nada disso seria o ideal para vocês, mas ele é o ideal para mim e está me fazendo feliz nesses dias que a gente está ficando juntos. — respirei fundo, porque parecia que meu mundo estava desabando. — Desculpe, eu decepcionei vocês, mas eu precisava falar isso, estava me sentindo sufocado já.

— Então, o que eu pensei estava certo. — minha mãe pegou o celular dentro da bolsa. — Eu tomei uma decisão para conter essa sua fase rebelde, Baekhyun. — ela levantou. — Agora, todos os dias depois da aula, você vai ter um segurança que vai te buscar e outro que fique de olho em você nessa escola.

— O que é isso? Quer me monitorar agora?

— Sim, eu quero te monitorar. Porque eu estou proibindo que namore com esse tal de Chanyeol, como mesmo disse, ele não é o perfil que se encaixa ao meu filho. Até esse ano letivo terminar você ficará sob vigia, não terá nada com esse delinquente. Adiantarei sua ida para Londres.

— E se eu não quiser fazer isso? — questionei quando ela já estava saindo.

— Pense em uma troca. Se quiser participar dessa peça, aceite, porque senão você vai para Londres na próxima semana e sairá desse colégio. — eu arregalei meus olhos e bufei frustrado. Não adianta o quanto eu fale, eles tapam o ouvido e não me escutam. — Então, o que me diz, Baekhyun?

Tá. — eu saí com passos furiosos da sala e mandei uma mensagem para Chanyeol. Ele disse que estava treinando no ginásio, mas que poderia dar um perdido no treinador por uns minutos.

Chegando ao ginásio, fui aos vestiários.

— Baek? — eu estava chorando baixo. Quando ele me viu sentando no banco comprido de madeira e abraçado às minhas pernas, ele agachou e levantou meu rosto. — O que aconteceu?

— Eles não me escutam, Chanyeol. Não adianta se eu falar, gritar… Eles não se importam.

— Baekhyun, me fala o que eles fizeram para te deixar assim?

— Eles colocaram seguranças para ficarem de olho em mim. Disseram que só me deixariam participar da peça se eu concordasse com isso. Não querem que eu te veja nunca mais, porque acham que você é um delinquente. — ele limpava minhas lágrimas com suas grandes mãos. — Eu falei tudo o que eu queria, mas só piorou. Eles dizem que se eu não fazer o que eles querem, vão me mandar para Londres e vão me tirar do colégio.

— Porra! Isso é loucura! Baekhyun, o que você quer fazer agora? Eu deixo essa decisão com você. Eu prometi que te ajudaria a participar da peça, qualquer decisão que você tomar, eu vou te ajudar. — eu abri um sorriso triste. Segurei o rosto dele, fazendo um carinho em suas bochechas. — Eu tô dentro em tudo que quiser fazer. Se já sou considerado um delinquente para eles… Não vai fazer muita diferença se eu continuar sendo como sou.

— Chanyeol, acho que vamos ter que namorar escondido. Eu quero mesmo fazer essa peça, até eu traçar um plano melhor e ver se eles acalmam, é melhor a gente seguir assim. Não é uma missão impossível é? — ele negou com a cabeça. — Se Romeu e Julieta conseguiram, acho que a gente consegue, tirando a tragédia é claro.

— Estou dentro! — ele pegou meu lábio inferior com os dele. Chupou fracamente e soltou. — Não é tão difícil, nunca recusaria uma pequena aventura. Dar um perdido em seguranças? Parece coisa de filme para mim, parece interessante. — ele deu um beijo em cada uma das minhas bochechas. — Eu te fiz uma promessa, não vou deixar de cumpri-la, falou? Não fique assim, se eles não quiseram te escutar estão perdendo a oportunidade de verem o filho maravilhoso, que amadureceu muito nesses dias.

— Obrigado, Channie. — escutei um grito do técnico com o nome de Chanyeol, me levantei. — Pode voltar a treinar. Vai trabalhar em qual lava jato hoje?

— É um lugar em Hongdae, lá dá mais movimento. Por quê?

— Por nada não. — obviamente eu o visitaria mais tarde, mas deixemos isso quieto. — Eu vou indo para casa.

— Peraí um minuto. — ele me enlaçou pela cintura com o braço. Ele beijou meu pescoço enquanto inclinou minha cabeça para trás segurando meu queixo e seguiu para minha boca. Nossos lábios se juntaram rapidamente e o beijo foi intenso, eu já estava com esse pensamento desde o ensaio da peça. Chupamos os lábios um do outro, a língua e dei pequenas mordiscadas quando nos afastávamos, — Casais proibidos sempre devem ter esse momento quando se despedem.

— Não recusarei nunca! — segurei seu pescoço dando um selar com pressão. — Obrigado por isso, de verdade, Channie.

— Eu sempre pensei em uma coisa. — ele disse me abraçando pela cintura. — Se está tudo bem, está tudo bem. Não tem por que procurar motivos para reclamar. Às vezes, maldizer as coisas vira mania, costume. Você está sendo o motivo de eu agradecer todos os dias pela iniciativa que eu tomei de te fazer participar da minha vida.

— CHANYEOL! Você está no vestiário!? — a voz do treinador estava mais próxima?

— É melhor você ir, nos falamos depois. Amanhã dou um jeito de sair a noite de casa para irmos ao karaokê.

— Tudo bem. — ele me deu um rápido selinho. — Até amanhã.

Quando fui para o portão do colégio vejo Alfie me aguardando ao lado de um outro homem grandão de terno. Esse deveria ser o segurança que minha mãe falou. Bufei e entrei no carro sem falar nada.

&

Alfie perguntou o que eu tinha feito quando chegamos na garagem de casa e eu disse que queria conversar com ele na cozinha mais tarde, porque ele poderia me ajuda com meu plano.

Ao abrir a porta de casa, tenho a cena mais espantosa que já vi na minha vida.

Na sala estavam sentados nos sofás, minha mãe, meu pai e…

Masamoto?


Notas Finais


Masamoto? Na casa do nosso Byun?/ Que absurdo é esse?/?
E esse momento hot da peça?? Mara néee? Quem queria estar na primeira fileira para ver essa interação Chanbaek??
E esses pais do Byun? Byun todo decidido, jogando verdade na cara de geral? Quem n ama?
Espero que tenham gostado do capítulo <3 <3
UM BEIJO E ATÉ O PRÓXIMO GAL!


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