1. Spirit Fanfics >
  2. My Neighbor >
  3. Comfort and compassion

História My Neighbor - Comfort and compassion


Escrita por: whysmoldobrev

Capítulo 20 - Comfort and compassion


Fanfic / Fanfiction My Neighbor - Comfort and compassion

 

 

P.O.V. Nina Dobrev

 

 

Eu estava com as mãos firmes no volante. Nunca havia ficado tão focada e ao mesmo tempo tão nervosa, com o coração apertado e prestes a saltar pela boca. Tentava prestar atenção somente na estrada, mas era quase impossível! Olhava algumas vezes para Ian, o qual estava silencioso, seu rosto e suas emoções estavam uma mistura de dor, angústia e ansiedade. Seus dedos estavam inquietos e passavam nervosamente pelos seus cabelos negros. Ele havia conseguido cessar as lágrimas e se acalmado, mas não completamente. Eu queria abraçá-lo e chorar junto á ele, o via tão vulnerável dessa maneira, o via de um jeito que nunca tinha visto antes. Ele sempre possuía aquele jeito bad boy de que não se importa com nada além do seu próprio ego, mas isso em certos momentos me deixava com dúvida se ele era realmente assim. Talvez fosse uma maneira de cobrir, de esconder e proteger seus verdadeiros sentimentos, sua verdadeira identidade.

Agora parecia um menininho perdido.

Meus olhos se desviaram do rosto dele – de má vontade – por um momento, para a estrada a minha frente. Logo voltei a observá-lo... Estava preocupada e tão aflita, não conseguia me manter totalmente calma. 

Não queria parar de olhá-lo. Não podia crer que estava vendo-o dessa maneira... Não sabia como reagir já que ele nunca fora assim. Achei que fosse forte a todo custo e que nunca veria uma cena como essa.

Estava enganada.

Nem todo mundo, até mesmo alguém egoísta como ele, era feito de pedra. No final das contas não era tão insensível assim... Talvez tivesse sentimentos e mais fortes do que poderia imaginar.

Quem sabe também teria um grande coração por baixo de toda aquela pessoa superficial e indiferente que mostrava ser?

Finalmente chegamos ao hospital, ele saltou para fora do carro em um pulo e eu tentei acompanhá-lo, andando ao seu lado, pronta para segurá-lo caso algo acontecesse. Era de sua mãe que estávamos falando, quando se tratava de Edna, sua mãe, eu sabia que ele não aguentaria se algo de mais sério houvesse ocorrido.       

 

(...)

 

Entramos na recepção e Ian deu o nome de sua mãe em um tom de voz quase suplicante e baixa. A atendente pediu para esperarmos na famosa sala de espera dos hospitais. Acompanhei-o até lá e sentei ao seu lado. Eu não o deixaria passar por isso sozinho, afinal, Edna era como uma segunda mãe pra mim, e eu me encontrava do mesmo jeito que ele.

Agora eu entendia como era. Aquelas paredes brancas e sem ter notícias deixava a pessoa mais agoniada e cada vez mais nervosa.

Ian batia os pés freneticamente no chão e olhava para os lados desesperadamente procurando por algo, talvez alguma resposta. Eu olhava atentamente para ele, até que seus olhos encontraram os meus... Os deles estavam uma confusão, marejados e cheios de dor. Nosso contato visual fora sempre algo incrível. Não precisávamos de palavras caso estivéssemos nos olhando. Nossas emoções, nossos olhares falavam por si mesmo. Não era preciso estar presente verbalmente, apenas sentimentalmente. Ficamos algum tempo nos encarando até que um homem nos atrapalhou e chamou seu nome.

— Você é Ian Somerhalder? Filho da paciente que acabou de dar entrada aqui, Edna? — Perguntou o homem, provavelmente o médico que estava cuidando sobre o assunto.

— Sim-m, como ela está? 

— O caso dela não está totalmente bem, isso eu já lhe digo, mas ela não corre risco de vida. —Soltamos um suspiro aliviado ao mesmo tempo. — Pode ficar com fraturas. O carro bateu com muito impacto contra o muro. Ela perdeu o controle.

Ian estava silencioso, não disse uma palavra e não agia. Seu olhar estava perdido em algo, talvez em nada, talvez na parede branca do hospital. Ele apenas não se mexia.  Peguei sua mão e o levei até o banco, o forçando a sentar e esperar por mais resultados. Era como se eu estivesse puxando uma estátua... Ele não saia do lugar. 

Será que estava em estado de choque?

— Nós faremos tudo que pudermos. — O médico afirmou agora falando comigo. — E você é...?

— Nina. Sou vizinha deles. 

— O marido dela deve ser informado. 

— É melhor não, ele tem problemas de saúde e no coração, ou algo assim, é melhor não o preocuparmos tão rápido! Assim que tivermos uma notícia completa sobre seu estado, o chamamos pra cá! — Disse certa do que estava fazendo. Ian com certeza tem a mesma opinião e concorda comigo, optando pela certa e melhor opção.

— Claro. Manterei vocês informados assim que for possível. Com licença! — Saiu pelo corredor.

Olhei para Ian e agora ele aparentava se controlar para não desabar, parecia segurar o choro e trancá-lo na garanta. Mordi meus lábios e tentei pensar em alguma solução para talvez tentar acalmá-lo. Quem poderia fazer isso? A primeira pessoa que me ocorreu foi Nikki, afinal, ela é sua namorada. Deve ter um jeito de fazê-lo se sentir bem ou algo assim, não é? 

Parei e me ajoelhei em sua frente de uma maneira que pudesse olhar em seus olhos.

— Ian, você pode me emprestar seu celular? — Perguntei em vão, pois ele não respondeu, estava aina sem fala. Sem me importar, enfiei a mão no bolso de sua calça e peguei seu celular. Achei que ele fosse reclamar, mas não... Ele apenas continuou como uma rocha.

Procurei o nome de Nikki e assim que encontrei, botei pra chamar.

Não queria ela aqui, mas talvez Ian quisesse... Se ele não namorava com ela, era porque tinha razões não é? Deve gostar da mesma e sua função como namorada era estar aqui e cuidá-lo.

— Oi, bebê! — Atendeu com aquela voz nojenta.

— Sou eu... Nina.

— O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO COM O CELULAR DO MEU NAMORADO? — Berrou histérica do outro lado na linha. 

Fútil essa garota.

— Abaixa seu tom de voz pra falar comigo! Ian precisa de você, afinal, você não é a namorada dele?

— Claro que eu sou né, querida. O que aconteceu?

— Edna está no hospital. Você já deve imaginar como ele está, então, preste para alguma coisa e venha ajudá-lo.

— Pobrezinha da minha sogrinha, pena que agora nesse momento não posso, mas vou assim que puder. 

— Tanto faz, garota.

Desliguei sem ter a mínima paciência para aguentá-la. Ela era tão idiota aponto de não ficar ao lado do próprio namorado quando ele precisasse? Revirei os olhos com isso. 

Ian poderia ter escolhido melhor. 

Não que eu estivesse com ciúmes... Talvez um pouco, mas esse não era o ponto. Tanta menina desejando-o e ele pega logo uma como Nikki. Imprestável e fútil.

Olhei para Ian, agora ele tremia e desciam lágrimas frenéticas por seus olhos. 

Não agüentava vê-lo assim!

Sentei ao seu lado e peguei seu rosto virando-o pra mim. Consegui ver seus olhos e me doía ao ter essa imagem dele, parecia um garotinho solitário sem saber o que fazer, perdido da mãe e procurando desesperadamente um acolhimento, um carinho. Seus olhos se perderam nos meus e o mantive firme, o olhando séria e confiante.

Queria que ele soubesse que eu estava ali por ele. Que naquele momento nada importava, nem as coisas que havia feito pra mim, nem o quanto havia me machucado... Apenas minha solidariedade e preocupação com ele.

Por ora, tentaria ser seu porto seguro e lhe dar atenção e apoio que precisava agora mais que nunca.

— Ela vai ficar bem, ok? Está me ouvindo? — Fechou seus olhos e deixou mais lágrimas escorrerem. Senti meus olhos umedecerem apenas por vê-lo desse jeito, a dor em meu peito aumentava por cada lágrima que descia por seu lindo rosto. Era uma surpresa pra mim vê-lo chorar, essa era a primeira vez que eu o via dessa maneira e sentia a vontade de aconchegá-lo em meu colo. Mantê-lo protegido dentro do meu abraço.

Fui até o bebedouro e enchi um copo d’água para ele, tendo a intenção de fazer de tudo para mantê-lo calmo e quieto esperando pelo médico. Precisava vê-lo bem para o meu próprio bem. Se eu desejava estar bem, pra isso ser possível, ele precisava estar em primeiro lugar. Caso ele não quisesse, então que deixasse eu o atender até sua namoradinha chegar.

 

(...) 

 

Algum tempo depois...

 

 

P.O.V. Ian Somerhalder

 

 

Sentia que se não fosse por Nina ali ao meu lado, já teria desabado e invadido aquela sala sem elegância alguma e abraçado minha mãe. Ido em busca de novidades por conta própria. Tudo que eu pensava era como eu a havia tratado, as últimas palavras que eu tinha dito. Eu estava bêbado e apenas a cortei, dizendo palavras rudes para a mesma. Sempre fui assim. Um péssimo filho. E se algo mais sério acontecesse à ela e eu não tivesse nem a chance de vê-la mais uma vez? 

Não iria suportar.

Porque eu era assim? Porque eu erro, erro e erro, percebo meus erros e falhas, mas não conserto a tempo? Sempre me toco quando algo acontece e coloca em risco de perder tudo. Só então, ao perceber o que eu poderia perder, a  realidade cai sobre mim... E não estou apenas falando de minha mãe, não! De uma certa vizinha morena também.

A que estava comigo o tempo todo desde que cheguei ao hospital. Não saiu do meu lado por um instante e eu a contemplava por isso. Como poderia ser tão boa comigo depois de tudo que fiz e disse? Podia ter simplesmente dito para me virar sozinho e deixar-me pegar o carro e dirigir em alta velocidade e puro nervosismo... Mas, não, estava preocupada! 

Como pude maltratar algo tão valioso como ela?

Valia ouro aquela garota e sorte seria a do cara que tivesse seu coração. E especialmente merecesse, o que não era o meu caso.

Eu nunca seria esse cara.

Nina já era linda... Agora com suas atitudes e altruísmo, bondade e compaixão, conseguia enxergá-la mais bonita ainda.

Sua alma parecia ser tão pura para esse mundo.

E eu estava me tornando mulherzinha.

— Oh, meu bebê! — Ouvi a voz de Nikki invadir meus ouvidos e bufei com isso. Eu não a queria ali, nem por circunstância alguma, nem por nada! Nina havia ligado pra ela e a mesma disse que não podia, que viria mais tarde, mas eu nem me importava, não queria que ela viesse agora, nem mais tarde e nem nunca! Não queria ouvir sua voz... Só me deixaria mais nervoso. Nervoso de tanta raiva. 

Ela sentou ao meu lado e vi Nina se levantar, provavelmente deixando espaço pra mim e minha “namorada”. Não queria que ela saísse, queria que ela ficasse ali, afinal, ela era a única coisa que estava me mantendo mais calmo e impedindo que caísse aos pedaços. Nikki tentou me abraçar e me afastei de imediato e assim ficamos longos minutos. Ela tentava se aproximar e eu apenas recuava sem dizer nada, pois se algo saísse de minha boca... Ahhh! Eu a mandaria para bem longe. Para o inferno!

Fomos interrompidos pela voz do médico. Me levantei na mesma hora e Nina veio também, chegando ao meu lado pra saber de algo. Tive vontade de segurar sua mão por um breve instante de inconsciência... Daria a desculpa que estava com as pernas bambas e que precisava de ajuda para manter-me de pé.

Me contive.

— Tenho boas e más noticias. Sua mãe está melhor e não corre risco de vida, mas ela terá que ficar mais alguns dias em observação, dependendo de seu desenvolvimento e melhora, ela pode ir o quanto antes para casa. Teve machucados internos e externos, mas nada que não podemos cuidar. Braço torcido, tornozelo também, arranhões, mas já está fora de perigo. Ela vai ficar bem!  — Garantiu ele e eu apenas o ouvia com atenção. Tão aliviado, mas ao mesmo tempo tão culpado!  — Você já está aqui faz um tempo, meu rapaz, sugiro que vá para casa descansar.

Após o médico sair, continuei no mesmo lugar e com meus pensamentos um turbilhão. Eu não sabia o que pensar ou o que fazer. Senti braços ao meu redor e realmente queria que fosse os de Nina, mas não era.

Empurrei Nikki e ela me olhou indignada.

— Amor, eu estou apenas tentando te ajudar e te dar apoio... — Em uma tentativa falha, tentou tocar meu rosto.

— Eu não quero você aqui. Não quero seu apoio.  – Soltei as palavras sem pudor algum. Ela me olhava com raiva e ódio... Eu nem ao menos me importava. Não a queria ali! Nem ali e nem em qualquer outro lugar.

Nunca quis, na realidade.

Nina estava ali ao meu lado, apenas observando, seus olhos lacrimejavam como os meus e continha um sorriso pequeno e contido. Eu sabia o que minha mãe significava  pra ela. O fato de ela estar ali comigo me fazia admirá-la mais ainda, sua força e calma todo esse tempo, sua paciência... 

— É minha culpa. Tudo que eu faço é decepcionar minha mãe, chego em casa bêbado, faço besteiras... — Deixei as lágrimas escaparem. Me sentia um tolo, um total fracasso por chorar.

Era difícil chorar na frente de alguém. E me sentia libertado e sem medos ao me entregar desse jeito na frente dela... Era completo bobo, mas não possuía vergonha.

Nina se aproximou lentamente e sorriu meigamente, me passando um ar de tranqüilidade e paz de espírito. Afundei-me naquele mar de chocolate, a fim de me afogar neles e nunca deixá-los.

Eles eram lindos! Tão meigos e cintilantes... Prontos para serem admirados.

— Não se culpe. Foi uma fatalidade, podia ter acontecido com qualquer um. — Sua voz soava tão doce e isso me acalmava de certa forma. Era a calmaria no meio da turbulência. Minha casa no meio da tempestade. — Não ouviu o médico? Ela vai ficar bem! É isso que importa agora, tudo bem?

Bastou ela terminar de falar e me agarrei em sua cintura, puxando-a para um abraço apertado. Era esse o abraço que eu precisava.

Deus... Precisava tanto! 

Vi Nikki sair bufando e nem me importei, apenas apertei Nina mais contra mim e suspirei pesado com o contato. Ela ficou surpresa de primeira, deixou seus braços afastados e achei que não fosse me abraçar de volta, e se não abraçasse, teria toda razão. Mas, não foi o que aconteceu, para a minha alegria, suas pequenas mãos subiram para minha nuca, envolvendo meu pescoço e retribuindo meu abraço do mesmo jeito sufocante. Sorri contra seus cabelos e fechei meus olhos... Aquele era o melhor lugar do mundo. Não havia nada comparado à aquele abraço. Aqueles braços delicados me envolvendo... Retribuindo o carinho. Eu a apertava cada vez mais contra mim, querendo não sair desse aperto nunca mais e deixando-nos sem ar. Eu não precisava de oxigênio no momento... Não queria. Queria é passar a eternidade ali, dentro do lugar mais aconchegante e calmo, quente. No seu colo.

Como era bom!

Eu não estava entendendo essa minha necessidade de estar ali com ela, mas apenas atendi meu desejo. Inspirei o cheiro delicioso de morangos que vinha de seus lindos cabelos castanhos. Esse shampoo! Enterrei meu rosto em seu pescoço e assim fiquei. Aquela posição podia estar desconfortável para ela, mas pra mim não, estava incrivelmente satisfeito com isso.

Poderia me acostumar com isso...

Ela me afastou e olhou atentamente pra mim. Seus olhos castanhos agora estavam em minha boca e os meus na sua, eu não conseguia desviar o olhar ou controlar a vontade de beijá-la. Me aproximei lentamente, já sentindo sua respiração acelerada e quente contra meu rosto...

Tão perto...

— Então... — Pigarreou desviando de mim. — É melhor eu te levar para casa.

— Eu vou passar a noite aqui... — Disse sem jeito, coçando a nuca e sentindo o clima tornar-se bem constrangedor.

— Mas não vai mesmo! Você vai pra casa descansar. — Me diverti com o tom de sua voz. 

Mandona!

— Mas, Nina... 

— Não. Vou ligar pro seu pai e ele vem depois do trabalho pra cá. Dorme aqui com Edna. E você... — Apontou pra mim me repreendendo como se tivesse cinco anos de idade. — Vai ir pra casa dormir!

Suspirei frustrado, não conseguindo dizer não aos derretidos olhos chocolates e seu poder para conseguir o que queria.

 

(...)

 

Ela dirigia tranquilamente e eu não conseguia e nem queria desviar os olhos dela. Ela se mantia firme e não me olhava pelo cantinho dos olhos como costumava fazer. O caminho foi inteiramente silencioso. Eu observava como ela mordia os lábios freqüentemente, seus cabelos, os lábios carnudos...

As pernas torneadas...

— Chegamos! Vamos, eu te levo até lá dentro. — Ela disse saindo do carro. Ela estava tão preocupada comigo assim? Sorri com essa possibilidade.

— Não precisa, Cookie... — Me repreendi mentalmente por chamá-la assim, ela devia odiar agora e era provável que gostaria de me matar por isso. Po contrário.... Ela corou, as maças de seu rosto ficaram vermelhas e ruborizadas. 

Tão bonita...

— Eu insisto.

 

(...)

 

Tomei meu banho tranquilamente, tentando relaxar e não pensar em minha mãe totalmente frágil no hospital. Coloquei minha roupa e sai, ciente que Nina ainda estava no meu quarto.

Quando abri a porta, a encontrei arrumando minha cama e resmungando consigo mesmo sobre não conseguir arrumar o lençol. Me escorei no encosto da porta e sorri como um idiota, a observando descaradamente.

— Ah, Nikolina, você nunca vai conseguir arrumar uma cama... Mas que droga de lençol! — Ela resmungava e debatia o lençol, tentando arrumá-lo. Não aguentei e gargalhei, sorrindo do seu jeito de menina. Atrapalhada. Linda!

— Deixa que eu arrumo. 

Quando terminei, deitei na cama e ela sentou ao lado, seus olhos perdidos por meu rosto.

— Então, espero que você fique bem e... — Não deixei ela terminar e sem pensar, peguei sua mão e coloquei entre as minhas. Ela se assustou com minha atitude e me encarou. 

Ouvi sua respiração falhar e depois acelerar.

Sua mão tremeu.

Os pêlos do braço arrepiaram...

A intensidade do olhar aumentou.

Ela reagia à mim! Eu ainda tinha algum controle sobre.

— Eu não ficaria se não fosse por você. Obrigado por estar comigo hoje!  — Fui sincero com a intenção de fazê-la acreditar em mim. Querendo com todas minhas forças que ela visse o quanto eu dizia a verdade.

— Não, não foi por nada... — Ficou sem jeito e tirou sua mão das minhas. Eu via que ela não queria estar muito perto e isso machucava. Era ruim saber que minha presença a fazia mal...

Parecia um gay pensando dessa maneira, mas era verdade.

Era o que sentia.

— É sério, muito obrigado, você fez o que fez por mim hoje mesmo depois de... 

— Não fale sobre isso. — Vi em seus olhos a quantidade de machucados e feridas. Eu queria seu perdão, queria consertar, mas não sabia como. Era tarde demais... Ela havia se ferido demais. Atingido-se demais.  — Eu vou indo. Boa noite, Ian.  — Foi curta e grossa, levantando-se e partindo. 

— Espera... — Chamei e ela continuou andando para fora do quarto, fingindo não ouvir e não importar-se. — Nina!

E ela já havia saído. Droga, porque eu queria que ela ficasse? Porque ela tinha todo esse efeito sobre mim? Hoje foi um dia que achei que ninguém conseguisse me fazer sorrir ou me acalmar, mas ela conseguiu. 

Era apenas o abraço dela que eu queria.

Apenas ele tinha o poder que nenhum outro tinha.

Eu simplesmente fiquei maravilhado com o fato que depois do que fiz com ela, ela ainda sim ter me ajudado e se preocupado com tudo. Ela é maravilhosa, isso é notável e eu não podia mais negar que eu achava isso desde o começo. Desde de quando a conheci.

O sorriso dela ainda me tirava o fôlego. 

A risada dela ainda era a mais linda e gostosa de se ouvir. 

Meu sangue ainda fervia quando eu a havia com outro, até mesmo com Paul.

 A noite que eu havia passado com ela, apesar de eu já ter tido várias outras com inúmeras outras garotas, ainda sim havia sido a melhor. A única envolvendo sentimentos e paixão carnal intensa. O desejo por essa garota era enorme e cheio de vida dentro de mim, em cada parte do meu corpo e nervos. 

Meus pelos se eriçavam apenas por ouvir sua voz.  

Tudo isso eu tinha percebido na noite que passamos juntos e foi exatamente essa razão por ter feito o que fiz com ela na manhã seguinte. Com o medo idiota de estar apaixonado por ela como um idiota. Isso nunca havia acontecido comigo, então era tudo tão novo. Fui medroso por fugir disso e tratá-la daquela maneira. Fui medroso por fugir de algo que não havia saída, de algo impossível e perdido. 

Medo do desconhecido.

O legal não era fugir ou adiar; e sim aceitar, lutar, conversar com o coração e entender o que estava se passando. Porém, na prática era muito mais difícil.

Eu estava perdendo, na verdade, já havia perdido aquela garota incrível.

E a pergunta que rondava minha cabeça era: Eu sentia mesmo algo bem maior e mais forte pela minha vizinha do que eu imaginava? Estava apaixonado? Essa palavra soava tão estranho, tão irreconhecível para mim, mas era a única explicação que eu havia sobre essa garota.

O ódio todo esse tempo não era ódio? Eu ainda a odeio. Mas, odeio por me fazer sentir tudo isso.

Por fazer-me apaixonar pela primeira vez.

Não era ódio. Era amor. Alguns sintomas são os mesmos.

 

(...)


Notas Finais


E esse abraço apertado dos dois? Quem é o otp mais lindo? Nho nho nho ❤😩
Ian deu uma ignorada legal na namoradinha, viu? Tá todo todo! Ficou admirado com a Nina e finalmente tá percebendo que tá apaixonado <3
Espero que tenham gostado!
COMENTEM E UM BEJO PRA VOCÊS


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...